Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Liquidez -
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1 Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Liquidez -
2 Sumário: 1. Introdução: Objetivo: Diretrizes de Gestão: Responsabilidades: Conselho de Administração: Diretor de Tesouraria: Comitê de Riscos Financeiros: Gerente de Risco -(Risk Manager): Gerentes Operacionais: Ferramentas de Acompanhamento do Risco de Liquidez: Análise do Fluxo de Caixa: Indicadores de Liquidez: Plano de Contingência - Estratégias Trigger: Independência da Estrutura de Controle do Risco de Liquidez: Sistemas de Gerenciamento: Revisão: Aprovação: Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
3 1. Introdução: O Banco Semear, braço financeiro do Grupo Seculus, em atendimento às determinações contidas na Resolução do Banco Central de 2001, apresenta sua estrutura de procedimentos e regras para o controle do risco de liquidez, compatível à complexidade institucional de seus produtos, serviços, atividades, processos e sistemas. A Política de Gerenciamento de Risco de Liquidez estabelece um conjunto de princípios e normas que norteiam a gestão e o controle do risco de liquidez envolvido nas operações do Banco Semear. Os controles de liquidez devem seguir os seguintes princípios: prudência, a conformidade, a transparência, a boa técnica, a acurácia e a ética. Defini-se como risco de liquidez, a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis - descasamentos entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a Capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. 2. Objetivo: A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez tem por objetivo controlar os diferentes descasamentos dos prazos de liquidação de direitos e obrigações do Banco Semear, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras, procurando garantir: O pagamento de obrigações e compromissos assumidos com os clientes, fornecedores e acionistas; Capacidade de financiar o crescimento dos ativos de maneira sustentável, sem comprometer o pagamento dos compromissos assumidos; A sustentabilidade do Banco Semear nos mais diferentes cenários, procurando sempre testá-la em ambientes mais severos. 3. Diretrizes de Gestão: diretrizes: O gerenciamento do risco de liquidez deverá ser realizado considerando as seguintes 3 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
4 Atender integralmente às disposições contidas na Resolução 2.804/01 do Banco Central do Brasil, bem como outros normativos legais e legislação vigente que estejam relacionados com o gerenciamento do risco de liquidez; Evitar descasamentos significativos entre ativos e passivos do Banco Semear; Verificar tempestivamente as tendências do mercado e o impacto no fluxo de caixa do Banco Semear; Aperfeiçoar a relação ente risco e retorno; Assegurar a disponibilidade de liquidez suficiente para: Honrar saques de depósitos; Efetuar pagamentos de outros passivos nos respectivos vencimentos; Conceder empréstimos ou outras formas de créditos; Atender às suas próprias necessidades de Capital de Giro. Utilizar cenários mais severos nas análises, de maneira a prever o impacto no caixa da instituição, visando identificar as possibilidades de descasamentos; Estabelecer premissas sobre o comportamento das entradas e saídas de caixa do Banco Semear, com base em dados históricos, buscando sempre uma convergência entre os pressupostos utilizados nas predições com a realidade; Monitorar tempestivamente as exposições Off - Balance, e incluí-las nas análises de cenários; Estabelecer e manter o relacionamento com os detentores dos passivos, buscando manter a diversificação destes e garantir a sua capacidade de vender seus ativos; Rever freqüentemente as suposições utilizadas na sua gestão de liquidez de maneira a determinar se elas continuam válidas; Buscar constantemente novas fontes para o financiamento do crescimento dos ativos da instituição. 4. Responsabilidades: As atribuições e responsabilidades em relação à Gestão de Risco de Liquidez estão relacionadas abaixo: 4.1. Conselho de Administração: Compete ao Conselho de Administração: _ Aprovar as políticas e procedimentos de administração do risco de liquidez; 4 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
5 _ Indicar Diretor responsável pela gestão junto ao BACEN Diretor de Tesouraria: Compete ao Diretor da Gestão e Riscos: _ Zelar pelo cumprimento, das políticas relacionadas à gestão de liquidez aprovadas pelo Conselho de Administração; _ Assegurar que a gerência de riscos execute os procedimentos necessários para o controle do risco de liquidez em conformidade com esta política; _ Entender a natureza e o nível do risco de liquidez da instituição; _ Buscar uma política conservadora na aplicação dos valores mantidos como reserva de caixa, buscando sempre os ativos mais líquidos, dando preferência para aqueles garantidos pelo Banco Central do Brasil ou pelo Tesouro Nacional; _ Implementar as estratégias trigger, quando acionada pelo Comitê, até a normalização dos limites de liquidez estabelecidos. _ Buscar alternativas de financiamento dos ativos da instituição em prazos adequados aos produtos oferecidos; _ Promover relacionamento com outras instituições, de maneira a garantir recursos disponíveis em caso de acionamento de Estratégia Trigger. _ Garantir o acesso contínuo a uma fonte diversificada de funding a custos eficientes; _ Manter em base consolidada todos os acordos de venda de ativos com outras instituições, evidenciando limite, custo, prazo e tipo do ativo, bem como o tempo em que o acordo estará disponível; _ Informar ao gerente de riscos, tempestivamente, o montante de recursos (limites) disponíveis em outras Instituições Financeiras Comitê de Riscos Financeiros: Compete ao Comitê de Riscos Financeiros: _ Definir os limites mínimos de liquidez; _ Aprovar os relatórios mensais de Risco de Liquidez Gerente de Risco - (Risk Manager): Compete ao Gerente de Riscos: _ Estabelecer, ad referendum, da Diretoria procedimentos e parâmetros para gerenciar o risco de liquidez e assegurar que o nível de liquidez seja mantido em qualquer tempo; 5 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
6 _ Verificar diariamente a posição de liquidez da instituição e monitorar eventos e fatores internos e externos que possam exercer alguma influência no nível de liquidez da instituição; _ Informar a Diretoria Executiva, tempestivamente, todas as operações com prazos de liquidação inferiores há noventa dias; _ Apurar os indicadores de liquidez diariamente e manter em locais de fácil acesso aos membros do COMITÊ; _ Elaborar mensalmente análises econômico-financeiras que permitam avaliar o impacto dos diferentes cenários na condição de liquidez dos fluxos de caixa do Banco Semear considerando premissas relativas à: Fatores internos e externos ao Banco Semear; Diferentes taxas, prazos e preços; Cláusulas de opcionalidade das operações. _ Estimar o fluxo de caixa do Banco Semear, diariamente; _ Monitorar o fluxo de caixa de médio e longo prazo vis-à-vis predição de processos de planejamento orçamentário; _ Verificar periodicamente as estratégias, políticas e procedimentos de gestão do nível de liquidez do Banco Semear; _ Buscar evidenciar tempestivamente problemas que, de alguma forma, possam comprometer o equilíbrio econômico-financeiro do Banco Semear; _ Manter as pessoas envolvidas na gestão de liquidez informadas e atualizadas sobre os procedimentos; _ Informar ao Diretor responsável pelo Gerenciamento do Risco de Liquidez, quando o limite mínimo de liquidez for extrapolado, acionando diretamente o Comitê de Riscos Financeiros Gerentes Operacionais: Compete aos Gerentes Operacionais: _ Tecnologia - São atribuições do gerente de tecnologia: Assegurar que a integração dos dados entre os sistemas legados e o sistema de controle do risco de liquidez esteja em conformidade; Manter backup da base de dados gerada pelo sistema pelo período de 5 (cinco) anos; 6 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
7 Assegurar a plena disponibilidade dos sistemas utilizados no Gerenciamento do Risco de Liquidez, bem como atender as demandas geradas por inconformidades no sistema com agilidade. _ Controles Internos e Auditoria Interna: Promover revisões regulares e avaliações de eficiência da estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez, garantindo, quando necessário, que as melhorias ao sistema sejam feitas. O resultado destas revisões deve ser disponibilizado às autoridades de supervisão quando solicitados. 5. Ferramentas de Acompanhamento do Risco de Liquidez: 5.1. Análise do Fluxo de Caixa: A principal ferramenta de acompanhamento do risco de liquidez é a análise do Fluxo de Caixa projetado, que inclui todos os ativos e passivos expostos do Banco Semear. Em relação aos ativos, deverão ser considerados diversos cenários de evolução da carteira de crédito e de liquidação dos instrumentos financeiros, levando em consideração as características de cada produto em relação aos seguintes parâmetros: _ Renovação; _ Perda; _ Antecipação; _ Atrasos. Para os passivos, as premissas adotadas incluem as possibilidades de resgates antecipados - recompra de CDBs e também de rolagem das obrigações em valores menores do que o previsto. O principal objetivo da análise do fluxo de caixa é identificar possíveis gaps entre os ativos e passivos de maneira a evidenciar se a suficiência do caixa suporta as obrigações acordadas Indicadores de Liquidez: Como ferramenta auxiliar ao processo de gestão de risco de liquidez deverá ser apurado diariamente, os seguintes indicadores de liquidez: 7 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
8 6. Plano de Contingência - Estratégias Trigger: As estratégias trigger são um conjunto de ações constituídas com o objetivo de minimizar impactos de crises de liquidez, sejam elas causadas por fatores internos ou por fatores externos. Serão acionadas quando o valor observado ou projetado da liquidez indicar níveis inferiores ao limite mínimo de liquidez estabelecido pelo Comitê de Riscos Financeiros e sem tendência de reversão da posição. 7. Independência da Estrutura de Controle do Risco de Liquidez: A estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez será independente e segregada das atividades de Tesouraria, ditas de negociação e de auditoria, de forma a evitar conflitos de interesse e resguardar a imparcialidade dos trabalhos realizados. 8. Sistemas de Gerenciamento: O Banco possui sistemas utilizados para medir e controlar o Risco de Liquidez da instituição, aderentes a esta política, incluindo todas as exposições com prazo de liquidação de no mínimo 90 dias. Os sistemas observam e mantém as seguintes características: _ Consonância com os perfis operacionais do Banco Semear S.A.; _ Capacidade de gerar relatórios tempestivos para auxiliar a Alta Administração no controle e monitoramento da liquidez da Instituição; _ Aprovados pela Diretoria da Organização. São realizados com periodicidade anual, testes de avaliação e aderência do sistema, políticas e estratégias da instituição. 8 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
9 9. Revisão: As políticas e os processos contidos neste documento são revisados anualmente pela Diretoria de Gestão e Riscos do Banco Semear S.A.. Nessas revisões são avaliadas a eficácia dos relatórios de liquidez e a aderência das políticas de controle ao perfil da instituição. 10. Aprovação: O presente documento, bem como seus termos e informações foram devidamente aprovados pelo Conselho de Administração, conforme definições internas e legislação vigente. 9 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
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