Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Liquidez -
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- Suzana Machado Taveira
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1 Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Liquidez -
2 Sumário: 1. Introdução: Objetivo: Diretrizes de Gestão: Atribuições e Responsabilidades: Conselho de Administração: Diretoria: Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital: Departamento de Gestão de Riscos: Departamento de Tecnologia da Informação: Auditoria Interna: Ferramentas de Acompanhamento do Risco de Liquidez: Análise do Fluxo de Caixa: Plano de Contingência - Estratégias Trigger: Fase 01 - Detecção de situação de crise de liquidez: Fase 02 - Identificação das causas da crise de liquidez: Fase 03: Definição das ações a serem tomadas: Independência da Estrutura de Controle do Risco de Liquidez: Sistemas de Gerenciamento: Validação: Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
3 1. Introdução: O Banco Semear, braço financeiro do Grupo Seculus, em atendimento às determinações contidas na Resolução nº 4.090/12 do Conselho Monetário Nacional (CMN), apresenta sua estrutura de procedimentos e regras para o controle do risco de liquidez, compatível à complexidade institucional de seus produtos, serviços, atividades, processos e sistemas. Em consonância à resolução supracitada, define-se como risco de liquidez, a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis - descasamentos entre pagamentos e recebimentos - que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. 2. Objetivo: A estrutura de gerenciamento do risco de liquidez tem por objetivo principal controlar os diferentes descasamentos de prazos de liquidação de direitos e obrigações do Banco Semear, assim como a liquidez dos instrumentos financeiros utilizados na gestão das posições financeiras, procurando garantir: O pagamento de obrigações e compromissos assumidos com os clientes, fornecedores e acionistas; Capacidade de financiar o crescimento dos ativos de maneira sustentável, sem comprometer o pagamento dos compromissos assumidos; A sustentabilidade do Banco Semear nos mais diferentes cenários, procurando sempre testá-la em ambientes mais severos. 3. Diretrizes de Gestão: diretrizes: O gerenciamento do risco de liquidez deverá ser realizado considerando as seguintes Atender integralmente às disposições contidas na Resolução 4.090/2012 do Conselho Monetário Nacional (CMN), bem como, outros normativos legais e legislação vigente que estejam relacionados com o gerenciamento do risco de liquidez; Evitar descasamentos significativos entre ativos e passivos do Banco Semear; 3 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
4 Verificar tempestivamente as tendências do mercado e o impacto no fluxo de caixa do Banco Semear; Aperfeiçoar a relação entre risco e retorno; Assegurar a disponibilidade de liquidez suficiente para: Honrar saques de depósitos; Efetuar pagamentos de outros passivos nos respectivos vencimentos; Conceder empréstimos ou outras formas de créditos; Atender às suas próprias necessidades de Capital de Giro. Utilizar cenários mais severos nas análises, de maneira a prever o impacto no caixa da instituição, visando identificar as possibilidades de descasamentos; Estabelecer premissas sobre o comportamento das entradas e saídas de caixa do Banco Semear, com base em dados históricos, buscando sempre uma convergência entre os pressupostos utilizados nas predições com a realidade; Monitorar tempestivamente as exposições off - balance, e incluí-las nas análises de cenários; Estabelecer e manter o relacionamento com os detentores dos passivos, buscando manter a diversificação desses e garantir a sua capacidade de vender seus ativos; Rever frequentemente as premissas utilizadas na sua gestão de liquidez de maneira a determinar se elas continuam válidas; Buscar constantemente, novas fontes para o financiamento do crescimento dos ativos da instituição. 4. Atribuições e Responsabilidades: As atribuições e responsabilidades em relação à Gestão de Risco de Liquidez estão relacionadas a seguir: 4.1. Conselho de Administração: Aprovar as políticas e procedimentos de gestão do risco de liquidez; Indicar Diretor responsável pelo gerenciamento em questão, junto ao Banco Central do Brasil - BACEN. 4 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
5 4.2. Diretoria: Zelar pelo cumprimento, das políticas relacionadas à gestão de liquidez aprovadas pelo Conselho de Administração; Assegurar que o Departamento de Gestão de Riscos execute os procedimentos necessários para o controle do risco de liquidez em conformidade com esta política; Entender a natureza e o nível do risco de liquidez da instituição; Buscar uma política conservadora na aplicação dos valores mantidos como reserva de caixa, buscando sempre os ativos mais líquidos, dando preferência para aqueles garantidos pelo Banco Central do Brasil ou pelo Tesouro Nacional; Implementar as estratégias trigger, quando acionada pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital, até a normalização dos limites de liquidez estabelecidos; Buscar alternativas de financiamento dos ativos da instituição em prazos adequados aos produtos oferecidos; Promover relacionamento com outras instituições, de maneira a garantir recursos disponíveis em caso de acionamento de Estratégia Trigger. Garantir o acesso contínuo a uma fonte diversificada de funding a custos eficientes; Manter em base consolidada todos os acordos de venda de ativos com outras instituições, evidenciando limite, custo, prazo e tipo do ativo, bem como, o tempo em que o acordo estará disponível; Informar ao gerente de riscos, tempestivamente, o montante de recursos (limites) disponíveis em outras Instituições Financeiras Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital: Definir os limites mínimos de liquidez; Aprovar os relatórios mensais de Riscos. 5 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
6 4.4. Departamento de Gestão de Riscos: Estabelecer, ad referendum, da Diretoria procedimentos e parâmetros para gerenciar o risco de liquidez e assegurar que o nível de liquidez seja mantido a qualquer tempo; Verificar diariamente, a posição de liquidez da instituição e monitorar eventos e fatores internos e externos que possam exercer alguma influência no nível de liquidez da instituição; Informar à Diretoria, tempestivamente, todas as operações com prazos de liquidação inferiores e iguais a noventa dias; Apurar os indicadores de liquidez diariamente, e manter em locais de fácil acesso aos membros do Comitê; Elaborar análises econômico-financeiras que permitam avaliar o impacto dos diferentes cenários na condição de liquidez dos fluxos de caixa do Banco Semear, considerando premissas relativas à: Fatores internos e externos ao Banco Semear; Diferentes taxas, prazos e preços; Cláusulas de opcionalidade das operações. Estimar o fluxo de caixa do Banco Semear, diariamente; Monitorar o fluxo de caixa de médio e longo prazo, vis-à-vis a predição de processos de planejamento orçamentário; Verificar periodicamente, as estratégias, políticas e procedimentos de gestão do nível de liquidez do Banco Semear; Buscar evidenciar tempestivamente, problemas que, de alguma forma, possam comprometer o equilíbrio econômico-financeiro do Banco Semear; Manter as pessoas envolvidas na gestão de liquidez informadas e atualizadas sobre os procedimentos; Informar ao Diretor responsável, quando o limite mínimo de liquidez for extrapolado, acionando diretamente, o Comitê de Riscos Financeiros. 6 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
7 4.5. Departamento de Tecnologia da Informação: Assegurar que a integração dos dados entre os sistemas legados e o sistema de controle do risco de liquidez esteja em conformidade; Manter backup da base de dados gerada pelo sistema pelo período de 5 (cinco) anos; Assegurar a plena disponibilidade dos sistemas utilizados no Gerenciamento do Risco de Liquidez, bem como, atender as demandas geradas por inconformidades no sistema com tempestividade Auditoria Interna: Promover revisões regulares e avaliações de eficiência da estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez, garantindo, quando necessário, que as melhorias do sistema sejam feitas. O resultado destas revisões deve ser disponibilizado às autoridades de supervisão, quando solicitados. 5. Ferramentas de Acompanhamento do Risco de Liquidez: A metodologia é parte fundamental das nossas políticas, e deve atender às necessidades do Banco Semear S.A, às exigências regulatórias, bem como, às melhores práticas do mercado Análise do Fluxo de Caixa: A principal ferramenta de acompanhamento do risco de liquidez é a análise do Fluxo de Caixa projetado, que inclui todos os ativos e passivos expostos do Banco Semear. Em relação aos ativos, deverão ser considerados diversos cenários de evolução da carteira de crédito e de liquidação dos instrumentos financeiros, levando em consideração as características de cada produto em relação aos seguintes parâmetros: Renovação; Perda; Antecipação; Atrasos. 7 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
8 Para os passivos, as premissas adotadas incluem as possibilidades de resgates antecipados - recompra de CDB s e também de rolagem das obrigações em valores menores do que o previsto. O principal objetivo da análise do fluxo de caixa é identificar possíveis gaps entre os ativos e passivos de maneira a evidenciar se a suficiência do caixa suporta as obrigações acordadas. 6. Plano de Contingência - Estratégias Trigger: As estratégias trigger são um conjunto de ações constituídas com o objetivo de minimizar impactos de crises de liquidez, sejam elas causadas por fatores internos ou por fatores externos. Serão acionadas quando o valor observado ou projetado da liquidez indicar níveis inferiores à Reserva Mínima de Liquidez estabelecida pelo Comitê de Gestão Integrada de Riscos e Alocação de Capital e sem tendência de reversão da posição. O Plano de Contingência de Liquidez, concebido pelo Banco Semear S. A. prevê uma sequência lógica de fases, para as quais são definidas ações gradativas visando à recomposição de suas disponibilidades, conforme a seguir: 6.1. Fase 01 - Detecção de situação de crise de liquidez: Para a detecção de situações de crise de liquidez, o Banco Semear S. A. utiliza-se do monitoramento de indicadores de alerta precoce que objetivam predizer situações em que a instituição possa encontrar dificuldades de honrar suas obrigações Fase 02 - Identificação das causas da crise de liquidez: O Departamento de Tesouraria deve avaliar se os resultados apresentados pelos indicadores de alerta precoce constituem uma situação de crise de liquidez e consequentemente, avaliar suas causas e potenciais efeitos; As causas de crise de liquidez poderão ser tanto de origem intrínseca ao Banco Semear S. A., quanto de origem externa, ou ainda de ambas. Caracterizam-se como origens intrínsecas os descasamentos entre ativos e passivos, a frustração no recebimento de recursos, boatos negativos, etc.. Como origens externas, ressalta-se, a quebra de Instituição Financeira, o aumento dos saques para compensar perdas em outras instituições, 8 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
9 a desconfiança dos investidores, entre outros. Em situações mais graves, podem ocorrer múltiplas origens, tanto internas quanto externas. Realizado o diagnóstico das causas e potenciais impactos, a Tesouraria e o Departamento de Gestão de Riscos devem comunicar prontamente à Diretoria a extensão da crise, propondo o nível de ações a serem adotados, os responsáveis e suas eventuais consequências Fase 03: Definição das ações a serem tomadas: Detectada uma situação de crise de liquidez e identificadas suas potencialidades, a Diretoria deve iniciar as ações retificadoras para a recomposição do caixa do Banco Semear S.A. Essas ações devem ser implantadas de acordo com a proporção de gravidade da crise de liquidez, estando todas essas descritas em relatório de acesso público aos interessados, de acordo com o nível de gravidade observado. 7. Independência da Estrutura de Controle do Risco de Liquidez: A estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez será independente e segregada das atividades de Tesouraria, ditas de negociação e de auditoria, de forma a evitar conflitos de interesse e resguardar a imparcialidade dos trabalhos realizados. 8. Sistemas de Gerenciamento: O Banco Semear S.A utiliza o sistema Élin Duxus, plataforma Basiléia e Mercado para o acompanhamento e gerenciamento do Risco de Liquidez. Há ainda, a utilização do sistema legado, CRK, como ferramenta no acompanhamento das obrigações contratadas pela Instituição. 9. Validação: Todas as informações e deliberações foram devidamente aprovadas pelo Conselho de Administração, o qual se responsabiliza por estas em sua íntegra, conforme disposição contida na Resolução nº 4.090/12 do Conselho Monetário Nacional (CMN). 9 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
10 O presente Relatório foi aprovado nos termos da Reunião do Conselho de Administração do Banco Semear, S. A., realizada no dia 10 de março de Belo Horizonte, 10 de março de BANCO SEMEAR, S. A. Roberto Willians Silva Azevedo Diretor-Presidente Artur Geraldo de Azevedo Diretor Vice-Presidente 10 Descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Liquidez
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