Mini curso: modelos de causalidade lógica e Marco Lógico

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Transcrição:

III Seminário de Avaliação de Políticas Públicas e Qualidade do Gasto FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Mini curso: modelos de causalidade lógica e Marco Lógico Aula 05 Oficina de Marco Lógico Victor Maia Senna Delgado e-mail: victor.maia@fjp.mg.gov.br Porto Alegre - RS 17/11/2010

Outras questões importantes na construção do ML: Análise de Consistência: a lógica do programa em termos de condições necessárias, suficientes e as necessárias e suficientes. Se ocorre X, então, Y. Análise de Vulnerabilidade: Identificar os nós críticos do programa. Pontuar as probabilidades de não ocorrência de cada ação necessária, qual o impacto caso determinado pela não ocorrência e análise dos pontos fortes e fracos. Análise de motivação dos agentes: os atores estão todos envolvidos no projeto? Há diferenças de participação e de percepção de cada um deles?

Revisitando o ciclo da Política Pública:

Revisitando o ciclo da Política Pública: A análise foi feita Nas muitas dimensões do programa?

Exercício Prático: Vamos construir uma matriz de Marco Lógico com três estudos de caso: Dividir a sala em grupos, cada grupo será responsável por construir o quadro com Objetivos Finais, Produtos e Atividades. Definições e Indicadores que pode ser usados. Ao final do exercício o grupo deverá apresentar sua matriz preenchida para discussão com os colegas.

Roteiro (adaptado de Cassiolato & Gueresi, 2010): Fase_1. Identificação do problema: 1. Qual o problema o programa se propõe a enfrentar? 2. Quais são as principais conseqüências do problema? 3. Por que esse problema existe: quais as causas mais importantes desse problema? 4. O que tem sido feito nas áreas relacionadas ao problema? Fase_2. Descrição do programa: 1. Qual o objetivo do programa? 2. Qual é a justificativa? 3. Quem são os beneficiários do público-alvo? 4. Quais são as ações que compõem o programa? 5. Qual a finalidade de cada Ação? 6. Há produtos vinculados a cada uma dessas ações?

Roteiro (adaptado de Cassiolato & Gueresi, 2010): Fase_3. Resultados Esperados do Programa: 1. Quais são os resultados esperados? 2. Que resultados pretende alcançar em um período de 4 a 5 anos? 3. Se o programa for temporário, quantos anos são previstos para a completa execução do programa? 4. Os produtos estão ligados (há relação causal) com os resultados? 5. Como as ações contribuem para alcançar os resultados? Justifique cada uma delas Fase_4. Análise do Contexto e de Vulnerabilidade: 1. Quais os fatores de contexto podem afetar o desempenho do programa 2. Quais são seus pontos fracos e fortes na cadeia causal de insumos até resultados? Se o programa já está implementado, há algum elo mais fraco?

Cassiolato & Gueresi (2010)

Matriz Simples de Marco Lógico: Definição Indicadores Objetivo Final (Resultado) Produtos (Bens e Serviços Produzidos) Atividades

Obrigado!

Bibliografia: Acevedo, G. L.; Rivera, K.; Lima, L.; Hwang, H. Challenges in Monitoring and Evaluation: An Opportunity to Institucionalize M&E Systems. 5 th Conference of the latin America and Caribbean Monitoring and Evaluation (M&E) Network. Baker, Judy. Evaluating the Impact of Development Projects on Poverty A Handbook for Practioners. The World Bank Bamberger, M. Rugh, J.; Mabry, L. Real World Evaluation. Working Under Budget, Time, Data and Political Constraints. SAGE, 2006. Barrera-Osório, F. E Linden, L. The use and the misuse of computers in education: evidence from a randomized experiment in Colombia. Policy Research Working Paper Series. 4836, The World Bank. 2009. Barros, Ricardo P.; Mendonça, R.; Santos, D. Quintães, G. Determinantes do Desempenho Educacional no Brasil. IPEA. Texto para Discussão, 2001. BRASIL. Ministério do Planejamento. Secretaria de Planejamento e investimentos Estratégicos. Indicadores de Programas, Guia estratégico. 2010.

Bibliografia: Cassiolato, M.; Gueresi, S. Como Elaborar Modelo Lógico: roteiro para formular programas e organizar avaliação. Nota Técnica, nº 6. IPEA. 2010. Davis, James A. The Logic of Causal Order. SAGE, 1985. Delgado, Victor M. S. Eficiência das Escolas Públicas Estaduais de Minas Gerais. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 37, p. 427-464, 2007. Frechtling, Joy. Logic Modeling Methods In Program Evaluation. Kerlinger, Fred N. Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais. Ed. Pedagógica Universitária. 1979. Singleton Jr. Royce A. e Straits, Bruce C. Approachs to Social Research. Oxford University Press. 1999. Spector, Paul E. Research Designs. SAGE, 1981. Yin, Robert K. Case Study research: design and Methods. SAGE. 2009.