TÍTULO: AUTORES: Justificativa

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Transcrição:

TÍTULO: CONDIÇÕES DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, QUE PARTICIPAM DE TIMES DE FUTEBOL COMO PARTE DE UM PROJETO DE INCENTIVO À SOCIALIZAÇÃO REALIZADO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA MG. AUTORES: Danielle Cabrini; Kiriaque Barra Ferreira Barbosa; Rogéria Duarte Magalhães; Silvia Eloiza Priore; Sylvia Do Carmo Castro Franceschini; Sílvio Ricardo Silva; Rogério Santos Pereira; Flávio Lúcio Lamas; Janaína Maia Lopes Justificativa Considerando o contexto dos países em desenvolvimento, onde o acesso aos cuidados primários de saúde é bastante limitado, o profissional de saúde freqüentemente se depara com o problema da má nutrição, cujo tratamento requer uma abordagem nutricional e social. As conseqüências desta, geralmente envolvem atraso do crescimento físico e mental, além do aumento da morbidade e mortalidade (FRONGILLO, 2001) Nos países em desenvolvimento, devido às más condições sanitárias e de higiene, as infestações intestinais por parasitas são comuns, o que contribui para o quadro das carências nutricionais (LEAL, 2001). Existe também um efeito sinérgico entre alguns parasitos intestinais e anemia, pois o ferro sendo necessário para o metabolismo dos microrganismos é captado por estes em detrimento dos níveis de hemoglobina e geralmente tendo como conseqüência a instalação da anemia ferropriva, a qual também pode ocorrer em função da ingestão de dietas pobres em fontes de ferro, o que é bastante comum nas populações menos favorecidas, devido à baixa ingestão de carnes (MARTINEZ, 2001). Para preservar um bom estado de saúde e nutrição deve-se dar atenção especial a alimentação, principalmente nas comunidades menos privilegiadas onde a ingestão alimentar, possivelmente é inadequada no aspecto quantitativo como no qualitativo.

Levando em conta que a infância e adolescência são caracterizadas por intenso crescimento e desenvolvimento, além das modificações psicossociais e consolidação e formação dos hábitos alimentares, destaca-se a importância da realização de intervenção visando a prática de atividade física e alimentação saudável. A maturação e as fases de crescimento estão envolvidas no diagnóstico e prognóstico nutricional, e são determinantes das necessidades nutricionais a cada momento da adolescência. Portanto, a nutrição apropriada é uma das necessidades básicas de saúde para que os adolescentes possam expressar adequadamente o seu potencial genético, em termos de crescimento e desenvolvimento (URBANO et al., 2002). Pensando em melhorar a qualidade de vida e promover a inclusão social de crianças e adolescentes carentes do município de Viçosa - MG, o Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Viçosa vem desenvolvendo um projeto de extensão com cerca de 100 meninos, no qual estudantes de Educação Física coordenam escolinhas de futebol como parte de um projeto que visa a socialização desses indivíduos. Os meninos foram divididos em dois grupos, de acordo com a localidade de moradia. Um dos grupos desenvolve atividades na universidade (37 garotos), enquanto que o outro pratica as atividades em um campo de futebol localizado na própria comunidade. Além dos jogos semanais, o projeto promove passeios, viagens, caminhadas e visitas. Atentos à saúde das crianças e adolescentes envolvidos e buscando o bem-estar social, professores e estudantes do Departamento de Nutrição e Saúde foram convidados a participar do projeto, visando a realização de avaliações nutricionais. Em um primeiro momento foi feito o diagnóstico sócio-ecônomico, antropométrico e dietético parcial. Na segunda etapa haverá a conclusão das avaliações dietéticas e a adoção de medidas de intervenção baseada na realidade encontrada. Objetivos da Equipe de Nutrição: Geral Avaliar as condições de saúde e nutrição de crianças e adolescentes que integram o Projeto de Socialização da Universidade Federal de Viçosa.

Específicos Avaliar a situação sócio-econômica das crianças e dos adolescentes; Caracterizar o estado nutricional; Conhecer os aspectos quali-quantitativos da dieta ingerida pelos indivíduos. Casuística e Métodos Casuística: A primeira etapa desse estudo foi realizada no período de julho a setembro de 2002, com 37 crianças e adolescentes carentes, entre 9 e 16 anos, residentes em bairros de periferia do município, que participam de uma escolinha de futebol. Métodos: As avaliações estão sendo realizadas por estudantes do Departamento de Nutrição e Saúde, aos sábados à tarde, antes da atividade de socialização. Avaliação Sócio-econômica

Aplica-se um questionário sócio-econômico contendo questões sobre moradia, escolaridade e atividades realizadas pelos moradores da casa. Avaliação Dietética É feita por meio de anamnese alimentar incluindo o recordatório habitual, para avaliar a distribuição dos macronutrientes em relação à ingestão energética e a adequação dos micronutrientes; cálcio, ferro e vitamina C. Também será avaliada adequação de fibras. Antropometria Peso Estatura Utiliza-se o peso e a estatura para o cálculo do Índice de Massa Corporal (P(kg)/E 2 (m)), indicador do estado nutricional. Circunferência da Cintura e do Quadril As circunferências da cintura e do quadril obtidas são utilizadas para calcular a relação cintura/quadril, a qual é utilizada como um indicador de adiposidade central. Pregas Cutâneas As medidas obtidas de pregas cutâneas foram a bicipital, tricipital, subescapular e suprailíaca.

Para se verificar a topografia da gordura subcutânea, as pregas serão avaliadas isoladamente. A somatória das quatro pregas é utilizada em equações, para estimar o percentual de gordura. Resultados preliminares: Sócio-econômicos, antropométricos e dietéticos parciais A idade do grupo variou de 9 a 16 anos, sendo a mediana de 14 anos. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC, onde 13,5% apresentaram baixo peso, 81,1% eram eutróficos e 5,4% tinham sobrepeso. Dos meninos avaliados 21,6% tinha um déficit de estatura / idade. Estando abaixo do percentil 5. Por meio do questionário sócio-econômico constatamos que a mediana de anos de estudo foi de 4 anos tanto para a mãe quanto para o pai. E todos os participantes estudavam. O número mediano de filhos encontrado foi 3, e 45,9% relataram ser o segundo filho. Com relação à moradia, a mediana para o número de cômodos foi 6 e para o número de moradores foi 5. A maioria (37,8%) relatou que 2 dos moradores trabalhavam, sendo que 10,8% dos meninos trabalhavam 4,7 h / dia (mediana) e as atividades citadas por eles foram vendedor de jornal, faxineiro e entregador de compras. Quanto aos outros membros da família, 73,0% dos pais e 59,5% das mães trabalhavam. Em relação a alimentação, todos os meninos realizavam mais de 3 refeições, sendo as refeições mais omitidas a ceia (75,7%) e a colação (51,4%). Como as atividades do projeto desenvolvem-se a tarde, foi questionado sobre a ingestão antes do exercício físico. Todos tinham ingerido pelo menos uma refeição no dia, que para 86,1% era o almoço, porem o tempo de jejum foi de 2 h (mediana) antes da atividade física.

Este jejum foi quebrado por 30,6% dos avaliados e o grupo dos açúcares foi o mais mencionado. Discussões Apesar dos resultados serem preliminares, já existem alguns pontos relevantes nos quais pode-se intervir de maneira a melhorar a qualidade de vida e o estado nutricional dos meninos. Por exemplo, percebe-se um déficit estatural importante nessa população, já que mais de 1/5 dos avaliados estavam abaixo do percentil 5, o que reflete a ausência ou ineficiência da atenção à saúde primária desses indivíduos. Em função dos aspectos apresentados e considerando a importância da intervenção na faixa etária em questão, deve-se ressaltar a importância da realização de um diagnóstico das condições de saúde e nutrição das populações, possibilitando a prática de ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida, bem como do planejamento de medidas preventivas como a orientação e educação nutricional. Referências Bibliográficas FRONGILLO, E.A. Jr. Prevalências mundial e regional da má-nutrição na infância. Anais Nestlè, vol 61: 1-10,2001. LEAL, P.F.G. Caderno de doenças infecto-parasitárias de interesse em nutrição. Viçosa-MG, 2001, 170p. MARTINEZ, H. Aspectos clínicos e tratamento. Anais Nestlè, vol 61: 11-18, 2001.

URBANO, M.R.D., VITALLE, M.S.S., JULIANO, Y., AMANCIO, O.M.S. Ferro, cobre e zinco no estirão pubertário. Jornal de Pediatria, vol 78, nº 4: 327-334, 2002.