Abordagem Centrada na Pessoa. Profª Alexandra Fernandes Azevedo

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Transcrição:

Abordagem Centrada na Pessoa Profª Alexandra Fernandes Azevedo

Se eu deixar de interferir nas pessoas, elas se encarregam de si mesmas. Se eu deixar de comandar as pessoas, elas se comportam por si mesmas. Se eu deixar de pregar as pessoas, elas se aperfeiçoam por si mesmas. Se eu deixar de me impor as pessoas, elas se tornam elas mesmas" LAO-TSÉ

Carl Rogers Psicólogo americano Pioneiro no desenvolvimento de métodos científicos que tinham como objetivo o estudo da mudança nos processos psicoterapêuticos Criou e desenvolveu um modelo de intervenção que designou inicialmente por Terapia Centrada no Cliente. Estudou muitos outros cientistas ligados a outras área do saber, como por exemplo a biologia.

Carl Rogers Suas idéias passam do campo exclusivo da Psicoterapia para ser aplicada em áreas como os Grupos, as Organizações e a Educação. Encontrou eco em pessoas de horizontes profissionais diversos, nomeadamente no domínio da Educação. Constituiu um Movimento que é conhecido atualmente como Abordagem Centrada na Pessoa.

Abordagem Centrada na Pessoa Uma forma específica de entrar em relação com o Outro, estando implícito um modo positivo de conceitualizar a pessoa humana. Representa uma evolução no pensamento de Carl Rogers e no quadro teórico por ele desenvolvido, Foi formalizada na publicação do livro Sobre o Poder Pessoal (em inglês, On Personal Power, 1977), onde explicita a aplicação do seu quadro conceptual aos mais diversos campos

Abordagem Centrada na Pessoa Integra três pressupostos de base: - Uma concepção do homem alicerçada nos princípios da corrente humanista da Psicologia. - Uma abordagem fenomenológica que privilegia a experiência subjetiva da pessoa, implicando que o conhecimento que se tem do outro surge a partir da compreensão do seu quadro de referências. - Uma forma de entrar em relação que se constitui como um encontro entre pessoas.

Seu pressuposto fundamental é que em todo indivíduo existe uma tendência à atualização, uma tendência inerente ao organismo para crescer, desenvolver e atualizar suas potencialidades numa direção positiva e construtiva. Baseia-se na confiança em todos o seres vivos e em todos os organismos. Parte do princípio de que em cada organismos há um fluxo subjacente de movimento em direção à realização construtiva das possibilidades que lhes são inerentes. Há também uma tendência ao crescimento e desenvolvimento mais completo e complexo. Tendência realizadora

Esta tendência pode ser frustrada ou desvirtuada, mas não pode ser destruída sem que se destrua o organismo. O substrato de toda motivação é a tendência do organismo à auto-realização Tendência formativa: assim como o universo, o ser humano está em constante criação e construção. (deterioração também).

A experiência mostrou-me que as pessoas têm, fundamentalmente, uma orientação positiva... Acabei por me convencer de que quanto mais um indivíduo é compreendido e aceito, maior tendência tem para abandonar as falsas defesas que empregou para enfrentar a vida, e para progredir num caminho construtivo.

Tendência atualizante O ser humano possui uma capacidade inata que lhe impulsiona para a freqüente tentativa de progredir, ou seja, que dentro de si, a pessoa possui os mecanismos necessários para lidar consigo e com o outro. Posso ter confiança na minha experiência... quando sinto que uma atividade é boa e que vale a pena prossegui-la, devo prossegui-la.

Apesar das diferenças, todos possuem necessidades semelhantes, que em função de aspectos sociais e aprendidos, como maneira de se proteger ou ser aceito, a pessoa sem perceber vai ao longo do tempo abrindo mão dos seus valores, maneira de ser e sentimentos naturais passando a viver em função de um padrão pré estabelecido. A partir daí tende a achar que aquilo que vem de fora é verdade e que o que sente quando diferente do préestabelecido é ruim, é feio e que, portanto deve ser eliminado ou camuflado dentro de si. Nesse sentido a pessoa perde o seu eu como referencia distanciando-se de si, muitas vezes fazendo coisas socialmente aceitas, mas no fundo ruins para si, ou coisas socialmente ruins, que terminam sendo ruins também para si, mas que fazem parte de sua fachada.

A tendência atualizante nada mais é do que a crença de que se o outro tiver condições favoráveis, ele se direcionará de modo a suprir as suas necessidades e terá seus sentimentos muito mais claros em si. A partir daí, poderá aceitar e respeitá-los como legítimos e em conseqüência respeitar também o outro em sua individualidade.

Consciência a capacidade de prestar atenção em si mesma é pequeníssima em relação ao funcionamento não consciente do organismo. Porém, quanto maior a consciência, mais a pessoa flutuará segura numa direção afinada com o fluxo evolutivo (este guia a não consciência). Havendo maior autoconsciência torna-se possível uma escolha mais bem fundamentada, uma escolha mais livre de introjeções, uma escolha consciente mais em sintonia com o fluxo evolutivo. A consciência participa dessa tendência formativa, mais ampla.

Não-diretividade O método psicoterapêutico desenvolvido por Rogers ficou conhecido inicialmente por Terapia Não Diretiva, tendo posteriormente evoluído para Terapia Centrada no Cliente e mais tarde Abordagem Centrada na Pessoa. A definição de não diretividade passa, segundo Rogers, pelo acreditar que "o indivíduo tem dentro de si amplos recursos para autocompreensão, para alterar seu autoconceito, suas atitudes e seu comportamento autodirigido" (Rogers, 1989: 16).

Não-diretividade Rogers propõe um modelo de intervenção que acredita na autonomia e nas capacidades de uma pessoa, no seu direito de escolher qual a direção a tomar no seu comportamento e sua responsabilidade pelo mesmo (Idem:28).

Nas palavras de Pagès (1976, citado por Gobbi et al., 1998: 104-105) "A não diretividade é, antes de tudo, uma atitude em face do cliente. É uma atitude pela qual o terapeuta se recusa a tender imprimir ao cliente uma direção qualquer, em um plano qualquer, recusa-se a pensar o que o cliente deve pensar, sentir ou agir de maneira determinada. Definida posteriormente, é uma atitude pela qual o conselheiro testemunha que tem confiança na capacidade de auto-direção do seu cliente".

Não-diretividade pode ser entendida como uma forte subscrição do conceito de Tendência Atualizante "É uma confiança de que o cliente pode tomar as rédeas, se guiado pelo técnico, é a confiança de que o cliente pode assimilar insight se lhe for inicialmente dado pelo técnico, pode fazer escolhas".(rogers, citado por Raskin, 1998:76)

A atitude não diretiva pode ser transmitida através das respostas reflexo de sentimento ou reformulação, que é a forma que o terapeuta utiliza para acompanhar o cliente, sem o dirigir (Raskin, 1998: 77) ou seja acompanhá-lo a partir do seu (cliente) quadro de referência.

A apreciação dos outros não me serve de guia. Apenas uma pessoa pode saber que eu procedo com honestidade, com aplicação, com franqueza e com rigor, ou se o que faço é falso, defensivo e fútil. E essa pessoa sou eu mesmo.

Criando o clima A tendência à atualização é promovida em uma relação interpessoal permeada das atitudes de congruência, consideração positiva incondicional e empatia. Nas minhas relações com as pessoas descobri que não ajuda, a longo prazo, agir como se eu fosse alguma coisa que eu não sou.

Descobri que sou mais eficaz quando posso ouvir a mim mesmo aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo.... Julgo que aprendi isto com meus clientes, bem como através da minha experiência pessoal - não podemos mudar, não podemos afastar do que somos enquanto não aceitarmos profundamente o que somos. (p.29)

1ª - autenticidade, sinceridade ou congruência. Quanto mais o T for ele mesmo aumenta a possibilidade do CL mudar. O T se faz transparente para o CL. O CL pode ver o que é o T na relação. Dá-se um congruência entre o que está sendo vivido no nível profundo, o que está presente na consciência e o que está sendo expresso pelo CL.

2ª - aceitação, interesse ou consideração. Ter uma atitude positiva em relação ao que o CL está sendo naquele momento. Desejar que o CL expresse seu sentimento de maneira não condicional. Atribuo um enorme valor ao fato de poder me permitir compreender uma outra pessoa. (p.30) Verifiquei que me enriquece abrir canais através dos quais os outros possam comunicar os seus sentimentos, a sua particular percepção do mundo.(p.31)

3ª - Compreensão empática. Captar com precisão os sentimentos e significados pessoais que o CL está vivendo e comunicar essa expressão ao CL. Esclarece o que é consciente como também o que se encontra abaixo do nível consciente. É sempre altamente enriquecedor poder aceitar outra pessoa. Quanto mais aberto estou às realidades em mim e nos outros, menos me vejo procurando, a todo o custo, remediar as coisas.

Assim: se as pessoas são aceitas e consideradas tendem a desenvolver uma atitude de maior consideração em relação a si mesma. Ao serem ouvidas de modo empático podem ouvir cuidadosamente o fluxo de suas experiências internas. Por fim, a medida que compreende e considera seu eu, torna-se mais congruente com sua própria experiência.

Assim: Não possui técnicas definidas e considera que a melhor maneira de ajudar alguém é acreditando na pessoa e em suas possibilidades de pensar, sentir, buscar e direcionar sua própria necessidade de mudança. Para isso o papel do psicoterapeuta (educador, etc...) é o de facilitar através de alguns pressupostos básicos no intuito de colaborar para que a pessoa possa buscar em si própria a sua direção.

O T deve acreditar nos pressupostos da ACP e não apenas utilizá-los como técnica. Pois aplicar técnica o distancia da relação com a pessoa, o que é imprescindível para essa abordagem. O facilitador pode aceitar em si seus sentimentos, seus limites e abrir mão de ajudar determinada pessoa, assumindo para o outro a própria limitação, falando e ouvindo, caso não consiga de fato aceitar o outro. Em um ambiente onde a pessoa sinta-se verdadeiramente aceita e acolhida, livre de ameaças, ela tende a ser ela mesma e a entrar em contato consigo própria para buscar aquilo que julga importante para o seu crescimento pessoal.

Campos de atuação individual grupo (incluindo grupos de encontro) casal familiar ludoterapia breve plantão psicológico aconselhamento psicológico

No hospital, na educação e na empresa. A Abordagem Centrada na Pessoa é ainda utilizada em diversas áreas de relacionamento interpessoal de maneira formal ou informal nos mais variados grupos sociais, buscando colaborar para o crescimento pessoal e nas relações humanas, sempre através da aceitação, acolhimento, não direcionamento e ética (entendendo esta como algo muito além das normas pré estabelecidas, mas sim como um respeito profundo de todos os direitos da pessoa).

Fontes Texto de: Marcos Alberto da Silva Pinto-CRP 06/33896-4 acessado em 25/10/2010 http://www.encontroacp.psc.br/conheca_a_acp. htm) acessado em 25/10/2010 http://www.encontroacp.psc.br/aprendizagem. htm, acessado em 25/10/2010 http://www.institutodelphos.com.br/abordagem /index.htm, acessado em 25/10/2010