a Federal Boletimj Manual de Procedimentos IPI - Arrendamento mercantil ICMS - IPI e Outros 2.1 Arrendamento mercantil financeiro 1.

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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI - Arrendamento mercantil SUMÁRIO 1. Introdução 2. Normas administrativas 3. Fato gerador do IPI 4. Não ocorrência do fato gerador 5. Base de cálculo 6. Arrendamento de bens importados 7. Crédito fiscal 8. Reentrada do produto no estabelecimento do remetente 9. Escrituração em conta especial 10. Considerações sobre o ICMS 11. Considerações sobre o ISS 1. Introdução Ocorre o fato As operações de arrendamento mercantil (leasing) são devido o imposto no momento da gerador do IPI e torna-se definidas no parágrafo único saída de produtos industrializados do do art. 1 o da Lei n o 6.099/1974 estabelecimento industrial ou equiparado como o negócio jurídico a industrial, independentemente da realizado entre pessoa jurídica, finalidade do produto e do título na qualidade de arrendadora, e jurídico da operação pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta. Neste texto, focalizamos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para as operações de saídas de produtos a título de arrendamento mercantil (leasing). (Lei n o 6.099/1974, art. 1 o ) 2. Normas administrativas As operações de arrendamento mercantil (leasing) são disciplinadas pela Resolução Bacen n o 2.309/1996 e alterações posteriores, que prevê 2 modalidades de arrendamento mercantil: o financeiro e o operacional. (Resolução Bacen n o 2.309/1996) 2.1 Arrendamento mercantil financeiro Considera-se arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que: a) as contraprestações e os demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, são normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha o retorno sobre os recursos investidos; b) as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de responsabilidade da arrendatária; c) o preço para o exercício da opção de compra é livremente pactuado, podendo ser, inclusive, o valor de mercado do bem arrendado. (Resolução Bacen n o 2.309/1996, Anexo, art. 5 o ) 2.2 Arrendamento mercantil operacional Considera-se arrendamento mercantil operacional a modalidade em que: a) as contraprestações a serem pagas pela arrendatária contemplam o custo de arrendamento do bem e dos serviços inerentes à sua colocação à disposição da arrendatária, não podendo o valor total desses pagamentos ultrapassar 75% do custo do bem; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 MG 1

b) as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado são de responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária; e c) o preço para o exercício da opção de compra é o valor de mercado do bem arrendado; e d) não há previsão de pagamento de valor residual garantido. Nota As operações de arrendamento mercantil operacional são privativas dos bancos múltiplos com carteira de arrendamento mercantil e das sociedades de arrendamento mercantil (Resolução Bacen n o 2.309/1996, Anexo, art. 6 o, 1 o ). (Resolução Bacen n o 2.309/1996, Anexo, art. 6 o, caput, I a IV, 1 o ) 2.3 Contratos de arrendamento Os contratos de arrendamento mercantil devem ser formalizados por instrumento público ou particular e, além de outros requisitos, estabelecer os seguintes prazos mínimos: a) no caso de arrendamento mercantil financeiro: a.1) 2 anos compreendidos entre a data de entrega do bem à arrendatária, consubstanciada em termo de aceitação e recebimento daquele, e a data de vencimento da última contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bem com vida útil igual ou inferior a 5 anos; a.2) 3 anos, observada a definição do prazo citada na letra a.1, para o arrendamento de outros bens; b) no caso de arrendamento mercantil operacional: 90 dias. A operação de arrendamento mercantil será considerada como de compra e venda à prestação se a opção de compra for exercida antes de decorridos os prazos indicados nas letras a e b. (Resolução Bacen n o 2.309/1996, Anexo, arts. 7 o, 8 o e 10) 3. Fato gerador do IPI Ocorre o fato gerador do IPI e torna-se devido o imposto no momento da saída de produtos industrializados do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, independentemente da finalidade do produto e do título jurídico da operação. Dessa forma, o contribuinte que der saída a bem na modalidade de arrendamento mercantil (leasing), quando seja equiparado a industrial (como, por exemplo, o importador de produto do exterior), ou após a realização de qualquer processo industrial, deverá emitir documento fiscal para acobertar a operação, com o destaque do imposto devido. (Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 7.212/2010, art. 35, II, e art. 39) 4. Não ocorrência do fato gerador Nas saídas de bens subsequentes à primeira, nos casos de arrendamento mercantil, não ocorrerá o fato gerador do IPI, exceto na hipótese em que o produto for submetido a nova industrialização. Nesse caso, o imposto incidirá apenas sobre a primeira saída do produto. (RIPI/2010, art. 38, II, a ) 5. Base de cálculo Considera-se valor tributável o preço corrente do produto ou do seu similar no mercado atacadista da praça do remetente na saída do produto do estabelecimento industrial ou equiparado, quando se der a título de arrendamento mercantil. Inexistindo o preço corrente no mercado atacadista, deverá ser utilizado como base de cálculo: a) produto importado - o valor que serviu de base do Imposto de Importação, acrescido do valor desse imposto e dos demais elementos componentes do custo do produto, inclusive a margem de lucro normal; e b) produto nacional - o custo de fabricação, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, assim como do lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação. (RIPI/2010, art. 192 e art. 196, parágrafo único) 6. Arrendamento de bens importados Nas operações de saída de bens do estabelecimento importador a título de arrendamento mercantil, será considerado como valor tributável do IPI: a) o preço corrente no mercado atacadista da praça onde estiver domiciliado o estabelecimento arrendador; ou b) o valor que serviu de base para cálculo do IPI no desembaraço aduaneiro, quando demonstra- 2 MG Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 - Boletim IOB

do comprovadamente que o preço dos produtos importados é igual ou superior ao que seria pago pelo arrendatário se os importasse diretamente. (RIPI/2010, art. 193) 7. Crédito fiscal Os estabelecimentos industriais poderão apropriar o crédito do IPI relativo às entradas de insumos (matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem) quando adquiridos para emprego na industrialização de produtos tributados ou que venham a sair do estabelecimento com isenção ou imunidade (exportação) ou, ainda, que estejam sujeitos à alíquota de 0%. Estão incluídos entre as matérias-primas e os produtos intermediários aqueles que, embora não venham a integrar o novo produto, sejam consumidos durante o processo de industrialização, excetuados os bens que façam parte do Ativo Permanente. Os estabelecimentos importadores também poderão se creditar do IPI pago no desembaraço aduaneiro de mercadoria importada do exterior quando as saídas forem realizadas a título de arrendamento mercantil e tributadas pelo imposto. Notas (1) Por meio do Ato Declaratório Interpretativo SRF n o 5/2006, o Secretário da Receita Federal declarou que: a) o direito ao aproveitamento do crédito do IPI nas aquisições de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem que entraram nos estabelecimentos industriais a partir de 1 o.01.1999 somente se aplica aos produtos aos quais a legislação do IPI garante o direito à manutenção e à utilização dos créditos; e b) não se aplica o direito ao crédito do IPI nas aquisições de matérias- -primas, produtos intermediários e materiais de embalagem utilizados na industrialização de produtos com a notação NT (não tributados) na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), amparados por imunidade, exceto os decorrentes de exportação para o exterior, e nas saídas de produtos excluídos do conceito de industrialização pelo art. 5 o do RIPI/2002. (2) O art. 5 o do RIPI/2002 corresponde ao art. 5 o do RIPI/2010. (RIPI/2010, art. 5 o e art. 226, I e V; Lei n o 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF n o 33/1999; Ato Declaratório Interpretativo SRF n o 5/2006) 8. Reentrada do produto no estabelecimento do remetente No caso de arrendamento mercantil, a reentrada do produto no estabelecimento do remetente não confere direito ao crédito do IPI, salvo se o produto tiver sido submetido a nova industrialização e se houver ocorrido nova saída tributada. (RIPI/2010, art. 230) 9. Escrituração em conta especial Os bens objeto de arrendamento mercantil devem ser escriturados em conta especial do Ativo Imobilizado da arrendadora para que não sejam confundidos com outros bens que, embora escriturados no Ativo Imobilizado da empresa, não se destinam a operações de arrendamento mercantil. A arrendadora deve manter registro individualizado que permita a verificação do fator determinante da receita e do tempo efetivo do arrendamento. (Lei n o 6.099/1974, arts. 3 o e 4 o ; Parecer Normativo CST n o 9/1977) 10. Considerações sobre o ICMS O ICMS não incide sobre as operações de arrendamento mercantil, exceto quando ocorrer a venda do bem arrendado ao arrendatário. Contudo, o Convênio ICMS n o 4/1997 autorizou os Estados e o Distrito Federal a concederem isenção do imposto na operação de venda do bem arrendado ao arrendatário, desde que este seja contribuinte do imposto. O citado Convênio ICMS n o 4/1997 também autorizou os Estados e o Distrito Federal a conceder ao estabelecimento arrendatário do bem o crédito do imposto pago por ocasião da aquisição do referido bem pela empresa arrendadora. (Lei Complementar n o 87/1996, art. 3 o, VIII; Convênio ICMS n o 4/1997) 11. Considerações sobre o ISS O item 15.09 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar n o 116/2003 inclui o arrendamento mercantil entre as operações sujeitas exclusivamente ao ISS: 15.09 - Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing). Dessa forma, a contraprestação paga pelo arrendatário do bem ao arrendador, a título de arrendamento mercantil, está sujeita à incidência do ISS. (Lei Complementar n o 116/2003, art. 1 o, Lista de Serviços, item 15.09) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 MG 3

a Estadual ICMS - Venda à ordem SUMÁRIO 1. Introdução 2. Procedimentos na entrega efetiva das mercadorias 3. Escrituração fiscal 4. Tratamento fiscal em relação ao IPI 5. Possibilidade de entrega das mercadorias em local diverso do destinatário 6. Exemplo 1. Introdução Ocorre a venda à ordem quando um estabelecimento adquire mercadoria de um determinado fornecedor e, antes mesmo de recebê-la, aliena a terceiro, qualificando-o como o efetivo destinatário da mercadoria, razão pela qual a saída promovida pelo fornecedor será feita por conta e ordem do adquirente originário. Neste texto, trataremos dos procedimentos fiscais que serão adotados pelas partes nas operações de venda à ordem. Examinaremos, com base no art. 304 do Anexo IX do RICMS-MG/2002, o tratamento fiscal aplicável à operação de venda à ordem, a qual pode ser entendida como aquela em que o vendedor Y (fornecedor), uma vez acertada a operação, aguarda ordem do comprador X (adquirente originário) e indica a empresa para a qual deverá ser efetivamente remetida a mercadoria (destinatário final Z ). (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 304) 2. Procedimentos na entrega efetiva das mercadorias Por ocasião da entrega global ou parcial das mercadorias, devem ser observados os procedimentos mencionados nos subitens a seguir. 2.1 Pelo adquirente originário O adquirente originário emitirá Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, tendo como natureza da operação Venda - CFOP 5.120, quando se tratar de operação interna, ou 6.120, quando se tratar de operações interestaduais, com destaque do ICMS, quando devido, em nome do destinatário da mercadoria (2 o adquirente - destinatário final), consignando-se, no campo Informações Complementares da nota fiscal, o nome, o endereço e os números de inscrição, federal e estadual, do estabelecimento que irá promover a remessa da mercadoria. (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 304, I) 2.2 Pelo vendedor remetente O estabelecimento vendedor remetente (fornecedor) deverá emitir 2 notas fiscais, em nome do: a) destinatário, para acompanhar o transporte da mercadoria, sem destaque do valor do ICMS, na qual, além dos requisitos exigidos, fará constar, como natureza da operação: Remessa por Conta e Ordem de Terceiros, CFOP 5.923, quando se tratar de operações internas, ou 6.923, quando se tratar de operações interestaduais, bem como informar, no campo Informações Complementares da nota fiscal, o número, a série e a data da nota fiscal emitida pelo adquirente originário (subitem 2.1), bem como o nome, o endereço e os números de inscrição federal e estadual do mesmo; b) adquirente originário, com destaque do ICMS, quando devido, na qual, além de os requisitos exigidos, constarão, como natureza da operação: Remessa Simbólica - Venda à Ordem, CFOP 5.118 (indústria) ou 5.119 (comércio), nas operações internas, e 6.118 (indústria) ou 6.119 (Comércio), nas operações interestaduais, devendo informar, no campo Informações Complementares da nota fiscal, o número, a série e a data da referida nota fiscal de remessa por conta e ordem (letra a ). (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 304, II, na redação dada pelo Decreto n o 44.765/2008) 3. Escrituração fiscal 3.1 Pelo vendedor remetente A nota fiscal de remessa simbólica - venda à ordem, emitida, será escriturada nas colunas próprias do livro Registro de Saídas, inclusive naquela sob o título ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto. A nota fiscal emitida para remessa das mercadorias será escriturada no livro Registro de Saídas, nas colunas relativas a Documento Fiscal e Observações, em que serão anotados os dados indicativos da nota fiscal emitida para efeito de remessa simbólica. 4 MG Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 - Boletim IOB

3.2 Pelo adquirente originário (1 o comprador) A nota fiscal emitida pelo vendedor remetente, para efeito de remessa simbólica - venda à ordem, será escriturada nas colunas próprias do livro Registro de Entradas, inclusive na coluna sob o título ICMS - Valores Fiscais - Operações com Crédito do Imposto. A nota fiscal de venda citada no subitem 2.1 será escriturada no livro Registro de Saídas, nas colunas próprias, inclusive na coluna relativa a ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto. 3.3 Pelo destinatário (2 o adquirente) Será escriturada, no livro Registro de Entradas de Mercadorias, a nota fiscal de remessa por conta e ordem, emitida pelo vendedor remetente, nas colunas relativas a Documento Fiscal e Observações, devendo-se apor, nesta coluna, a expressão Remessa por Conta e Ordem de Terceiros. A nota fiscal de venda emitida pelo adquirente originário (1 o comprador) será escriturada, nas colunas próprias do livro Registro de Entradas, inclusive na coluna sob o título ICMS - Valores Fiscais - Operações com Crédito do Imposto. 4. Tratamento fiscal em relação ao IPI Em relação ao IPI, as notas fiscais a serem emi - tidas seguem os mesmos critérios previstos na legislação do ICMS. Todavia, por ocasião da emissão da nota fiscal de simples faturamento, a legislação do IPI permite que o imposto seja imediatamente destacado nessa nota, desde que seja antecipadamente cobrado do destinatário. Caso o IPI não tenha sido debitado na nota fiscal de simples faturamento, será lançado na nota fiscal de remessa simbólica a ser emitida pelo vendedor (fornecedor) ao estabelecimento comerciante (comprador intermediário). Na hipótese de o IPI ser antecipadamente lançado na nota fiscal de simples faturamento e de haver majoração de alíquota do imposto após a sua emissão, a diferença deverá ser lançada na nota fiscal de remessa simbólica a ser emitida para o estabelecimento comerciante por ocasião da efetiva saída das mercadorias. (RIPI/2010, art. 187, I, e art. 407, VII e 3 o ) 4.1 Crédito do imposto Aos estabelecimentos industriais e equiparados a industriais, é conferido direito ao crédito do imposto destacado nas notas fiscais relativas a entregas ou transferências simbólicas do produto, como na operação de venda à ordem. Para efetuar a escrituração do crédito no livro fiscal, o destinatário deve obter o documento que lhe confira a legitimidade do crédito. Nas operações de venda à ordem, o crédito so - mente poderá ser escriturado na efetiva entrada do produto no estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, com base na nota fiscal que o acompanhar. (RIPI/2010, art. 226, X, e art. 251, II e 3 o ) 4.2 Cancelamento da operação após a emissão da nota fiscal de simples faturamento Em relação ao IPI, há a faculdade de o imposto ter sido ou não lançado antecipadamente na nota fiscal de simples faturamento. Se não tiver sido lançado, não haverá problema para o seu cancelamento, bastando para tanto que as partes envolvidas justifiquem o fato, da maneira que melhor lhes convier, indicando-o na coluna Observações, na mesma linha do lançamento da nota fiscal. Caso o IPI tenha sido lançado na nota fiscal emitida para simples faturamento e ocorra o cancelamento da operação, o estabelecimento comerciante adquirente deverá enviar carta ao estabelecimento vendedor original (fornecedor) na qual esclareça o motivo do cancelamento do pedido e informe, inclusive, que estornou o lançamento da nota fiscal de simples faturamento por ele emitida. De posse da mencionada carta, que deverá ser enviada pelo estabelecimento comerciante dentro de 5 dias da data de realização do estorno do crédito, o estabelecimento vendedor original poderá recuperar o imposto mediante lançamento do crédito em seu livro Registro de Apuração do IPI. 5. Possibilidade de entrega das mercadorias em local diverso do destinatário Neste item, abordamos algumas particularidades previstas na legislação mineira acerca da entrega da mercadoria em local diverso do estabelecimento destinatário. 5.1 Destinatário pessoa não contribuinte do imposto A legislação mineira permite que a entrega da mercadoria seja em local diverso do estabelecimento Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 MG 5

destinatário, nas operações em que o este seja pessoa não contribuinte do imposto. Assim, a mercadoria poderá ser entregue em local diverso, desde que localizado neste Estado e o documento fiscal contenha a expressão Entrega por ordem do destinatário, além do endereço do local de entrega. Esse permissivo da legislação mineira não se aplica às operações realizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com a finalidade específica de doação ao Programa Fome Zero. (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 304-A) 5.2 Remessa a estabelecimento de terceiro Nas hipóteses de remessa de mercadoria para estabelecimento de terceiros, por conta e ordem do importador, transmitente, adquirente ou proprietário, o contribuinte remetente deverá adotar o procedimento previsto no RICMS-MG/2002, Anexo IX, art. 304 (descrito no item 2). Entretanto, esse procedimento não poderá ser adotado nas seguintes operações por possuírem tratamento fiscal diferenciado estabelecido no RICMS- -MG/2002, Anexo IX: armazém-geral ou depósito fechado; construção civil; distribuição e entrega de brindes ou presentes; exportação de mercadoria para o exterior e remessa para industrialização de mercadoria quando esta não deva transitar pelo estabelecimento do encomendante. (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 304-B) 5.3 Contribuinte com inscrição única Nas operações de remessa de mercadorias a estabelecimento diverso do destinatário em que este seja possuidor de inscrição única neste Estado, o estabelecimento remetente (fornecedor) emitirá nota fiscal em nome do estabelecimento centralizador (destinatário) e, no campo Informações Complementares, indicará o endereço do local de entrega (diverso do estabelecimento centralizador). (RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 304-C) 6. Exemplo Vamos supor que a empresa Móveis CBI Ltda. tenha adquirido, da empresa Comercial de Móveis ABC Ltda., 40 jogos de sofá revestidos em couro sintético e, antes da efetiva entrega, alienado as mercadorias à empresa Móveis PX Ltda.. No nosso exemplo, vamos considerar que todos os estabelecimentos envolvidos na operação estão localizados no Município de Belo Horizonte. Assim, temos: a) Comercial de Móveis ABC Ltda. emitirá as seguintes notas fiscais: a.1) nota fiscal de saída simbólica com destaque do ICMS (se for o caso) para Móveis CBI Ltda. ; a.2) nota fiscal de remessa dos produtos para Móveis PX Ltda. sem destaque do imposto; b) Móveis CBI Ltda. emitirá nota fiscal de saída simbólica para Móveis PX Ltda. com destaque do ICMS (se for o caso). Demonstramos a emissão das notas fiscais pelos estabelecimentos envolvidos, com base no esquema a seguir, que permite melhor compreensão da operação: 6 MG Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 - Boletim IOB

6.1 Nota fiscal de venda emitida pelo fornecedor para o adquirente originário (venda) Nota Fiscal de venda EMITENTE Comercial Móveis ABC Ltda. UF MG NOTA FISCAL Nº 000.939 x SAÍDA ENTRADA LOGOTIPO Rua Gólgota, 1349 CEP 00000-000 Vila Coriolano - Belo Horizonte/MG 1ª VIA CNPJ 111.380.491/0001-00 DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Remessa simbólica - venda à ordem CFOP 5.119 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO Móveis CBI Ltda ENDEREÇO Rua Xenope, 567 12.002.003/0001-00 BAIRRO/DISTRITO CEP Vila Coriolano 19.09.2011 DATA DA SAÍDA/ENTRADA MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA Belo Horizonte FATURA MG - DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO ALÍQUOTAS TOTAL ICMS IPI DO IPI 010-10 Jogos de sofá revestidos em couro sintético Cap. 94 da NCM/SH 000 Un 40 130,00 18 % CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS 936,00 DO FRETE DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS TOTAL DO IPI TOTAL DA NOTA TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE 2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Mercadorias entregues a Móveis PX Ltda., Rua Aristo, nº 939, Belo Horizonte - MG, CNPJ 10.939.734/0001-00 e IE nº..., pela NF nº 939, desta data. DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RESERVADO AO FISCO N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 939 RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N 000.0939 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 MG 7

6.2 Nota fiscal de remessa simbólica emitida pelo fornecedor para o destinatário final Nota Fiscal de remessa EMITENTE Comercial Móveis ABC Ltda. UF MG NOTA FISCAL Nº 000.938 x SAÍDA ENTRADA LOGOTIPO Rua Gólgota, 1349 CEP 00000-000 Vila Coriolano - Belo Horizonte/MG 1ª VIA CNPJ 111.380.491/0001-00 DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Remessa por conta e ordem CFOP 5.923 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO Móveis PX Ltda ENDEREÇO Rua Aristo, 939 12.002.003/0001-00 BAIRRO/DISTRITO CEP Vila Coriolano 19.09.2011 DATA DA SAÍDA/ENTRADA 19.09.2011 MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA Belo Horizonte FATURA MG 10:00 DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO ALÍQUOTAS TOTAL ICMS IPI DO IPI 010-10 Jogos de sofá revestidos em couro sintético Cap. 94 da NCM/SH 090 Un 40 130,00 18 % - CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS DO FRETE DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS TOTAL DO IPI TOTAL DA NOTA TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE 1 Próprio 2. DESTINATÁRIO ABC-4931 ENDEREÇO MUNICÍPIO UF M G M G INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE 40 DADOS ADICIONAIS ESPÉCIE Cx MARCA INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Mercadorias remetidas por conta e ordem de Móveis CBI Ltda, Rua Xenope, 567, Vila Coriolano, Belo Horizone - MG, CNPJ nº 12.002.003/0001-00 e IE nº, alienadas pela NF nº 894, de 19.09.2011, na qual foi destacado o ICMS incidente na operação. DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR X NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO RESERVADO AO FISCO N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 938 RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N 000.938 8 MG Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 - Boletim IOB

6.3 Nota fiscal de venda do adquirente originário para o destinatário final Nota Fiscal de venda EMITENTE Móveis CBI Ltda. UF MG NOTA FISCAL Nº 000.894 x SAÍDA ENTRADA LOGOTIPO Rua Xenope, 567 CEP Vila Corriolano - Belo Horizonte/MG 1ª VIA CNPJ 12.0002.003/0001-00 DESTINATÁRIO/ REMETENTE NATUREZA DA OPERAÇÃO Venda CFOP 5.120 INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA-LIMITE PARA EMISSÃO DESTINATÁRIO/REMETENTE NOME/RAZÃO SOCIAL CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO Móveis PX Ltda ENDEREÇO Rua Aristo, 939 12.002.003/0001-00 BAIRRO/DISTRITO CEP Vila Coriolano 19.09.2011 DATA DA SAÍDA/ENTRADA - MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA Belo Horizonte FATURA MG - DADOS DO PRODUTO CÓDIGO PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO ALÍQUOTAS TOTAL ICMS IPI DO IPI 109-4 Jogos de sofá revestidos em couro sintético Cap. 94 da NCM/SH 000 Un 40 130,00 18 % - CÁLCULO DO IMPOSTO BASE DE CÁLCULO DO ICMS DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TOTAL DOS PRODUTOS 936,00 DO FRETE DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS TOTAL DO IPI TOTAL DA NOTA TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF 1. EMITENTE Próprio 2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO DADOS ADICIONAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES As mercadorias serão entregues por Comercial de Móveis ABC Ltda., estabelecido na Rua Gólgota, 1.349 em Belo Horizonte - MG, CNPJ nº 11.380.491/0001-00 e IE nº... DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR RESERVADO AO FISCO N DE CONTROLE DO FORMULÁRIO 894 RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N 000.894 N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 MG 9

a IOB Setorial Federal Setor alimentício - IPI - Chocolates - Forma de tributação Os chocolates classificados nos códigos 1704.90.10 e 18.06.90.00 (exceto o EX 01) e nas subposições 1806.31 e 1806.32 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo Decreto n o 6.006/2006, estão sujeitos ao imposto, conforme estabelecido nas Notas Complementares (NC) 17-1 e 18-1. Veja, a seguir, a transcrição dessas notas complementares: NC (17-1) Nos termos do disposto na alínea b do 2 o do art. 1 o da Lei n o 7.798, de 10 de julho de 1989, com suas posteriores alterações, as saídas dos estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial dos produtos classificados no Código 1704.90.10, ficam sujeitas ao imposto de nove centavos por quilograma do produto. NC (18-1) Nos termos do disposto na alínea b do 2 o do art. 1 o da Lei n o 7.798, de 10 de julho de 1989, com suas posteriores alterações, as saídas dos estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial dos produtos classificados nas subposições 1806.31, 1806.32 e 1806.90 (exceto Ex - 01 ), acondicionados em embalagens para consumo inferior a dois quilogramas, ficam sujeitas ao imposto de doze centavos por quilograma do produto. Para melhor visualização dessas normas, vejamos a seguinte tabela: NCM Descrição NC (17-1) Tributação 1704.90.10 Chocolate branco R$ 0,09 por kg R$ 0,09 por Kg. NCM Descrição NC (18-1) Tributação 1806.31 - Recheados 1806.31.10 Chocolate R$ 0,12 por kg R$ 0,12 por kg 1806.31.20 Outras preparações R$ 0,12 por kg R$ 0,12 por kg 1806.32 - Não recheados 1806.32.10 Chocolate R$ 0,12 por kg R$ 0,12 por kg 1806.32.20 Outras preparações R$ 0,12 por kg R$ 0,12 por kg 1806.90.00 - Outros R$ 0,12 por kg R$ 0,12 por kg WExemplos a) 1.000 kg de chocolate branco - NCM - 1704.90.10 (x) R$ 0,09 = R$ 90,00 (IPI devido); b) 1.000 kg de chocolate - NCM 1806.32.10 (x) R$ 0,12 = R$ 120,00 (IPI devido). D Acrescente-se que o art. 1 o, 2 o, b, da Lei n o 7.798/1989 dispõe sobre a exclusão ou inclusão de produtos no regime tributário de incidência do IPI, por unidade de produto, nos termos do mencionado diploma legal. (Lei n o 7.798/1989, art. 1 o, 2 o, b ; RIPI/2010, art. 207; TIPI - Decreto n o 6.006/2006, NC 17-1 e NC 18-1) N a IOB Perguntas e Respostas MG/ICMS - Isenção - McDia Feliz - Entidades beneficiadas 1) O produto da arrecadação da comercialização do sanduíche Big Mac tem destinação específica? Sim. Para os fins da isenção do ICMS sobre as operações internas com sanduíche Big Mac, prevista no RICMS-MG/2002, Anexo I, Parte 1, item 188, a receita líquida integral auferida na comercialização do mencionado produto será doada, em partes iguais, às entidades assistenciais indicadas abaixo: a) Organização dos Amigos Solidários à Infância e à Saúde; b) Fundação Sara Albuquerque Costa. (Resolução SEF n o 4.346/2011, art. 1 o ) MG/ISS - Cadastro de Contribuintes - Prestador de outro município 2) Em qual hipótese o prestador de serviço estabelecido em outro município deverá realizar inscrição no Cadastro de Contribuintes de Tributos Mobiliários (CMC) de Belo Horizonte? O prestador de serviço sujeito à incidência do ISSQN, nos termos do art. 4 o, 1 o, II ao XX, da Lei n o 8.725/2003, não estabelecido no município, quando o tomador também não estiver aqui formalmente estabelecido, fica obrigado a se inscrever no CMC, nos termos do Regulamento. (Lei n o 8.725/2003, art. 33, 1 o, X) 10 MG Manual de Procedimentos - Out/2011 - Fascículo 41 - Boletim IOB