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Transcrição:

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 20.092/2002 ACÓRDÃO Jet-sky VADIO x veleiro BONS VENTOS I. Abalroação envolvendo veleiro e jet-sky não identificado. Causa indeterminada devido a falta de elementos de prova que possam apontar o responsável pelo acidente. Arquivamento. Vistos os presentes autos. Consta que no dia 3 de novembro de 2001, nas proximidades do Saco da Capela município de Ilhabela SP, ocorreu o abalroamento envolvendo o jet-sky VADIO e o veleiro BONS VENTOS I, inscrito na Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião SP sob o número de inscrição 401.075.290-4 de propriedade da Srª Cláudia Victor Pereira. Dados das embarcações: Embarcação: BONS VENTOS I Classificação: Esporte Recreio/Mar Aberto. AB: 6.4 Bandeira: Brasileira Porto de inscrição: São Sebastião SP Comprimento: 8.55 Proprietário: Cláudia Victor Pereira; e Embarcação: VADIO não possui dados cadastrais. Foram tomados 02 (dois) depoimentos, dos quais destaca-se o seguinte: A Srª Cláudia Victor Pereira afirmou em seu depoimento (fls. 16, 17 e 18) que é proprietária da embarcação BONS VENTOS I e na hora do ocorrido estava a bordo do veleiro AMERICA II fazendo um passeio. Foi informada do acidente pelo seu irmão, Mauricio Victor Pereira, que foi passear com a embarcação BONS VENTOS I, que estava apoitada em frente ao campo de aviação próximo a ponta do Pequeá. No 1

embarque, ele notou que havia avarias na parte interna da embarcação e logo após tomar conhecimento do fato ocorrido, fez uma vistoria na embarcação e procurou obter informação sobre o acidente. Obteve informação de Luis Carlos Castelari, que anotou os nomes dos Senhores Antonio Carlos Castello Gomes e Ademar Roberto Giuspe, que se comprometeram em arcar com as despesas do reparo da embarcação BONS VENTOS I, e que em seguida registrou a ocorrência na Delegacia Policial de Ilhabela, levando vinte e cinco dias para registrar a ocorrência na Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião por não possuir dados do Jet-Sky. Afirmou que o choque do Jet-Sky com a embarcação BONS VENTOS I foi a bombordo a mais ou menos trinta centímetros da linha d água, entre a popa e o través, causando um arranhão de aproximadamente dois metros e um rombo de aproximadamente trinta centímetros, mas que não houve vítima durante o acidente. Declarou, ainda, que já havia feito o reparo no Estaleiro SUPMAR, sito Av. Maria de Oliveira Chere nº 140 CING Guarujá SP CEP 11420-000 Tel/Fax (13) 3354-2855 e 3354-2859, reparo este que ficou num custo total de aproximadamente de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). A Srª Cláudia afirmou no seu depoimento que o Srº não era o condutor do Jet-Sky conforme foi mencionado no Boletim de Ocorrência nº 2324/01 da Delegacia de Polícia de Ilhabela e que o Srº Ademar Roberto Giuspe no decorrer das negociações de acertos das despesas passou a dizer que não era condutor e nem proprietário do Jet-Sky, afirmando apenas que era um laranja. A Srª Cláudia afirmou que entrou em contato, via telefone, com o Srº Marcos, provável condutor do Jet-Sky, que lhe afirmou que o seu corretor, Srº Mauro, da Seguradora Ideal Seguros, sito à Av. do Cursinho, nº 61 conjunto nº 4 Sacomã, São Paulo SP, CEP: 04132-000 cobriria as despesas com o reparo da embarcação BONS VENTOS I, o que não ocorreu, apesar de sua embarcação ser segurada pela seguradora AGF Brasil Seguros, sito à rua Luís Coelho nº 26 CEP: 01309-900 São Paulo SP. 2

Luis Carlos Castelari afirmou em seu depoimento (fls. 27 e 28), que no momento do acidente se encontrava em frente ao antigo campo de aviação na praia do Saco da Capela, local onde exatamente ocorreu o acidente. Presenciou o acidente desde o momento em que o Jet-Sky largou da areia, em manobras arriscada, com velocidade, não apropriada para o local, indo se chocar com o veleiro BONS VENTOS I, que estava apoitado a uns cem metros da praia. O choque foi na altura da linha d água, por bombordo, entre o través e alheta. No local do choque houve uma abertura de (50) cinquenta centímetros não havendo vítimas. Porém, não soube dizer o nome do possível condutor do Jet-Sky e que o único dado da embarcação é o nome VADIO. Anotou o nome de duas pessoas que conhecem o condutor, o Sr. Antonio Carlos Castello Gomes e o Sr. Ademar Roberto Giuspe, que apresentaram como responsável pelo Jet-Sky. O Sr. Luis Carlos Castellari afirmou que antes do abalroamento, o condutor do Jet-Sky já vinha fazendo manobras arriscadas e tinha sido alertado pelo depoente do perigo das mesmas. Foram notificadas as testemunhas Antonio Carlos Castello Gomes e Ademar Roberto Giuspe, as que não compareceram. De tudo quanto contém os presentes autos, concluiu-se: 1) fatores que contribuíram para o acidente: a) fator humano não foi possível afirma se contribuiu, por falta de informação de seu condutor. b) fator material não foi possível afirmar se contribuiu, por falta de realização de uma perícia direta no Jet-Sky. c) fator operacional contribuiu, em face das manobras arriscadas e em alta velocidade, num local impróprio, afirmado pela testemunha Luis Carlos Castellari, folhas nº (27 e 28). 3

2) que, em conseqüência, houve apenas danos materiais. 3) Foi enviado o ofício nº 01/2002 de 08 de julho de 2002, sem resposta, a seguradora Ideal Seguros, na tentativa de obter dados cadastrais do Jet-Sky e do seu proprietário. Concluiu-se, portanto, que pela ausência de dados cadastrais do Jet-Sky, bem como de dados e testemunhos de seu condutor, não há nos autos provas suficientes para apontar possíveis responsáveis pelo acidente. A PEM requereu o arquivamento dos autos. Prazos preclusos sem manifestação de possíveis interessados. Extrai-se dos autos que ocorreu um abalroamento envolvendo o Jet-Sky VADIO e o veleiro BONS VENTOS I no dia 03 de novembro de 2001, nas proximidades do Saco da Capela, Município de Ilhabela SP. A proprietária da embarcação BONS VENTOS I Cláudia Victor Pereira disse que o veleiro, sob a condução de seu irmão Maurício Victor Pereira, afinal não identificado nem ouvido nos autos, encontrava-se aportada em frente ao campo de aviação, próximo à Ponta do Peguiá. Que ano presenciou o choque do Jet-Sky que provocou avarias a BB, a 30cm da linha d água, entre a popa e o través, causando um arranhão de aproximadamente2,00 (dois) metros e um rombo de aproximadamente 30cm. Do Jet-Sky abalroador soube-se, apenas, que era de cor laranja, tendo como provável condutor Marcos de Tal, sendo corretor de seguros Sr. Mauro da seguradora (ou Corretora) Ideal Seguros, sita na Av. Cursinho nº 61, Conjunto nº 4 Sacomã SP CEP: 04132-000. O Encarregado do inquérito não obteve resultado positivo na identificação do Jet-Sky, nem dos nomeados pretensos responsáveis por ele, Antonio Carlos Castello Gomes e Ademar Roberto Giuspe. 4

O certo é que a motoaquática esteve envolvida em manobras arriscadas e em alta velocidade, em local impróprio e que, deu causa à abalroação ora sub examen, entretanto devido a não identificação do proprietário/condutor do Jet-Sky e da falta de elementos de prova que possam apontar o responsável pelo acidente é de se concordar com o requerido pela ilustrada representante da PEM e mandar arquivar os autos. Assim, A C O R D A M os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza e extensão do acidente: abalroação envolvendo veleiro e jet-sky não identificado; b) quanto à causa determinante: indeterminada devido a falta de elementos de prova que possam apontar o responsável pelo acidente; c) decisão: concordar com a D. Procuradoria e mandar arquivar os autos. P.C.R. Rio de Janeiro, RJ, em 27 de maio de 2003. JOSÉ DO NASCIMENTO GONÇALVES Juiz-Relator WALDEMAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR Almirante-de-Esquadra (RRm) Juiz-Presidente 5