Tratamento hormonal da doença metastática

Documentos relacionados
Terapia anti-her2 em pacientes com CA de mama

30/05/2016. Introdução. Declaração de Conflito de interesses

Up to Date em Hormonioterapia no Câncer de Mama Metastático. Aknar Calabrich

Sequenciamento hormonal na doença metastática na mulher pós-menopáusica.

Perfil de paciente para estratégia switch de hormonioterapia

QUIMIOTERAPIA DE SEGUNDA LINHA NO CÂNCER DE PRÓSTATA REFRATÁRIO À CASTRAÇÃO (CPRC): QUANDO INDICAR? Igor A. Protzner Morbeck, MD, MSc

Carcinoma renal NÃO células claras Qual a melhor terapia? Daniel Herchenhorn, MD, PhD

Terapia Alvo versus Imunoterapia: Qual a melhor opção? Helena de Andrade Oncologista Clínica

Câncer de Mama nos Extremos de Vida - Pacientes Jovens - Considerações Clínicas

Mecanismos de resistência ao tratamento hormonal. José Bines Instituto Nacional de Câncer

Lista completa de autores no final da apresentação. Supressão Ovárica no Tratamento Adjuvante de Cancro da Mama: Avaliação Multicêntrica

Agentes Biológicos e Terapia Alvo em Câncer de Mama Metastático. Antonio C. Buzaid

PAPEL ATUAL DA QUIMIOTERAPIA EM CÂNCER DE PRÓSTATA AVANÇADO SENSIVEL a CASTRAÇÃO. Luiz Flávio Coutinho. Tiradentes 13/08/2016

Tratamento adjuvante sistêmico (como decidir)

30/05/2016. Resposta parcial após neoadjuvância: há espaço para quimioterapia adjuvante?

Superando a Resistência Hormonal em Câncer de Mama RH(+) - HER-2 (-)

NOVIDADES PARA O TRATAMENTO ENDÓCRINO DE PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA RECEPTOR HORMONAL POSITIVO (DOENÇA INICIAL E AVANÇADA)

Padrões de tratamento e efetividade relativa da terapia adjuvante com inibidores da aromatase ou tamoxifeno em doentes com carcinoma invasivo da mama

Cirurgia da mama em casos de câncer de mama metastático: entendendo os dados atuais

Podemos eliminar os antracíclicos do tratamento adjuvante?

Imunoterapia em pacientes com CPNPC EGFR mutados

- Papel da Quimioterapia Neo e

de Segunda-linha do Câncer Renal Metastático Oncologista Clínico Onco-Vida / Brasília - DF

Tratamento Sistêmico Câncer Gástrico

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MAIO HOSPITALAR

CHICAGO, 06 JUNHO DE 2017 ASCO 2017

Quimioterapia Adjuvante. Fatores Atuais de Decisão

Qual a melhor combinação de quimioterapia quando associada à radioterapia para tumores localmente avançados (pulmão)?

Anastrozol. Antineoplásico câncer da mama. Anastrozol não possui atividade progestogênica, androgênica ou estrogênica.

Medicina Personalizada e Sequenciamento Genético na Prática Clínica: Estamos Prontos?

Recentes Avanços no Tratamento do Câncer de Mama HER2 positivo. Ricardo Marques Centro de Oncologia/Hospital Sírio Libanês São Paulo - SP

Os 5 Trabalhos mais Importantes em Oncologia Clínica. Antonio C. Buzaid

Update Imunoterapia no Câncer de Mama

Câncer de Ovário (Epitelial)

Mutações em ESR1 e DNA tumoral circulante

Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células

André P. Fay, MD, PHD

Jornadas ROR Sul. Workshop Tumores Urológicos. Cancro da BEXIGA. Gabriela Sousa IPO COIMBRA

Estratégias para facilitar Acesso: Experiência da Novartis

Tratamento quimioterápico de primeira-linha na doença resistente à castração Fábio A. B. Schütz

Dacarbazina (DTIC)* Dacarbazina: 250 mg/m²/dia IV durante minutos D1 ao D5 a cada 21 ou 28 dias

CPRC: é possível estabelecer qual o melhor sequenciamento? Luiz Flávio Coutinho. Tiradentes 13/08/2016

Papel da Quimioterapia Paliativa: até onde ir?

ADENOCARCINOMA DE PÂNCREAS

Artigo Original TRATAMENTO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO IDOSO ACIMA DE 80 ANOS

Imunoterapia em Câncer de Mama e Tumores Ginecológicos

Tratamento Sistêmico de Primeira Linha do Câncer de

IMUNOTERAPIA PARA CPNPC: MITOS & VERDADES

Câncer de mama Best of ASCO 2017

Tratamento do linfoma difuso de grandes células B do paciente idoso. Rony Schaffel Universidade Federal do Rio de Janeiro

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009

Leuprorrelina: 7,5mg IM a cada 28 dias ou 22,5 mg IM a cada 12 semanas Ref. (01) Gosserrelina: 10,8 mg SC a cada 12 semanas Ref.

Câncer de pulmão. Ellias Magalhães e Abreu Lima Março 2015

Agenda. Cost-effectiveness analysis of vemurafenib compared to dacarbazine for the metastatic melanoma treatment in Brazilian Public Health System

III Simpósio Internacional de Imuno-Oncologia. Tumores Gastrointestinais não-ccr. Ricardo Carvalho

Tratamento Adjuvante do GIST em Quando, Como e Por Quanto Tempo. Rafael Aron Schmerling Hospital São José Beneficência Portuguesa de São Paulo

História da Imunoterapia do Câncer. Daniel Tabak Centro de Tratamento Oncológico (CENTRON-RJ) Membro Titular,Academia Nacional de Medicina

Câncer de Mama. AC-D Adriamicina: 60 mg/m 2 IV D1. Docetaxel: 35mg/m 2 IV D1 após 4 ciclos de AC. a cada 21 dias X 4 ciclos Ref.

Recomendações para pacientes com câncer de mama com mutação dos genes BRCA 1 ou 2

glioblastoma controvérsias Suzana M F Malheiros

SEQUENCIAMENTO DA HORMONIOTERAPIA NA DOENÇA METASTÁTICA DO INÍCIO ATÉ A RESISTÊNCIA HORMONAL?

Imunoterapia no tratamento do câncer de mama avançado - Dados atuais e perspectivas

Benefício da radioterapia neoadjuvante na sobrevida de pacientes com câncer de mama localmente avançado

Adjuvância. Doença Irressecável

XXII WORSHOP UROLOGIA ONCOLÓGICA Março 2017 Hotel Solverde, Espinho

5-Fluorouracil + Radioterapia 5-Fluorouracil: 500 mg/m 2 /dia IV D1 a 3 e D29 a 31 seguido de 5-Fluorouracil semanal iniciando no D71 Ref.

Influência do peso corporal no tratamento adjuvante do câncer de mama

Melanoma de Alto risco Tratamentos Adjuvantes I Simpósio Latino Americano de Imuno Oncologia

O PAPEL DOS ANTIANGIOGÊNICOS NO TRATAMENTO DOS ADENOCARCINOMAS DE PULMÃO NA SEGUNDA LINHA

IMUNOTERAPIA NO CPNPC: PARA ONDE VAMOS?

Carcinoma de Rim e Carcinoma Urotelial - Imunoterapia. Dr. Fábio A. B. Schutz Oncologia Clínica BP A Beneficência Portuguesa de São Paulo

QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE NO CÂNCER DE ENDOMÉTRIO. QUANDO HÁ EVIDÊNCIAS E QUANDO COMBINÁ-LA COM A RADIOTERAPIA

06 A 08 DE NOVEMBRO DE 2014 PROGRAMA

Hipofracionamento da mama, aplicar sempre? Ernane Bronzatt

Câncer de Pulmão Pequenas Células. Clarissa Mathias Núcleo de Oncologia da Bahia Hospital Português

Programa de Acesso Precoce e de Partilha de Risco em Oncologia. Ricardo da Luz Centro Hospitalar Lisboa Central

A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES LOCALMENTE AVANÇADOS TRATADOS COM RADIOQUIMIOTERAPIA É MELHOR DO QUE NAQUELES SUBMETIDOS A LARINGECTOMIA TOTAL?

Up to date do papel dos fatores prognósticos e preditivos de resposta no

Declaro não haver nenhum conflito de interesse.

TRANSDUÇÃO DE SINAL E VIAS DE SINALIZAÇÃO

Quimiorradioterapia Definitiva em Câncer de Pulmão não Pequenas Células

CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS

HighLights ASCO 2017 Câncer de Pulmão

Trato Gastrointestinal Baixo. Dr Fabio Kater

CÂNCER DE PRÓSTATA CASTRAÇÃO RESISTENTE: OPÇÕES DISPONÍVEIS E MELHOR SEQUENCIAMENTO DANIEL DE CASTRO MONTEIRO ONCOLOGISTA CLÍNICO

QUAL O PAPEL DA RADIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA NO LEITO CIRÚRGICO?

Tratamento combinado nos tumores localmente l avançados: Qual o melhor esquema? Juvenal Antunes Oliveira Filho Oncocamp, Campinas, SP

Realização: Auditoria em Alta Complexidade. Oncologia. Patrocínios: Jornada de Auditoria Médica

ATUALIZAÇÃO NO TRATAMENTO DO CARCINOMA INFLAMATÓRIO

Artigo de Revisão Bibliográfica Mestrado Integrado em Medicina. TRATAMENTO HORMONAL NO CANCRO DA MAMA Sara Isabel Regueiras de Sousa

Faculdade de Medicina do ABC Disciplina de Ginecologia Serviço do Prof. Dr. César Eduardo Fernandes. Setor de Mastologia IVO CARELLI FILHO

Atualização de Angina Instável e IAM sem supra ST AHA/ACC Guideline

CABEÇA E PESCOÇO. GILBERTO DE CASTRO JUNIOR Hospital Sírio-Libanês, São Paulo Serviço de Oncologia Clínica, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Cancro do pulmão: perspectivas actuais em doentes com mutação EGFR.

Up to Date em Quimioprofilaxia no Ca Mama. Fabrício P Brenelli

Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás , Brasil.

Protocolo de Preservação de Orgão em Câncer de Cabeça e Pescoço

20º CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOLOGIA PROGRAMA PRELIMINAR

Gustavo Nader Marta, Rachel Riera, Cristiane Rufino Macedo, Gilberto de Castro Junior, André Lopes Carvalho, Luiz Paulo Kowalski

Joint SFBO-SBR-ALATRO Consensus Meeting Controversies on Radiotherapy Treatment. Breast Cancer

Transcrição:

Tratamento hormonal da doença metastática Daniele Assad, MD, MSc Oncologia clínica Hospital Sírio Libanês- Brasília

Conflitos de interesses De acordo com a Resolução 1931/2009 do Conselho Federal de Medicina e com a RDC 96/2008 da ANVISA, declaro que: Aulas como speaker das industrias: Roche, Pfizer, Astrazenica

Can Molecular Profiles Help Define Endocrine Sensitivity? Luminal subtype can guide decision towards adjuvant chemotherapy Luminal subtype does not guide the choice of endocrine therapy

Prognostic Value of Intrinsic Subtypes in Hormone Receptor- Positive metastatic Breast Cancer Treated with Letrozole With or Without Lapatinib HER2-negative disease treated with placebo Unsupervised clustering heatmap of the 821 samples and the PAM50 genes JAMA Oncology October 2016 Volume 2, Number 10

Casos Clínicos Caso 1 Paciente pós menopausa, 48 anos, CDI de mama 4 linfonodos positivos: QT adjuvante: AC/paclitaxel Tamoxifen adjuvante por 2 anos seguido de anastrozol adjuvante por 5 anos Sem doença por 3 anos Agora com 59 anos, com dor lombar. Caso 2 Paciente 60 anos, pós menopausa, CDI de mama IIIC, luminal B HER2- Ki 67 40% QT neo AC- taxol- cirurgia+ RT Letrozol adjuvante por 1 ano com progressão de doença óssea e linfonodal O que fazer? CO: lesões ósseas. Biópsia confirmou doença metastática com mesmo perfil do primário IHQ: ER+ PR+ HER2- O que fazer?

Sumário Estudos de hormonioterapia em 1ª linha Estudos de hormonioterapia em 2ª linha Inibidores CDK4/6 Inibidores de mtor Mecanismos de resistência endócrina

Milestones in the treatment of HR+ ABC Tamoxifen Exemestane Everolimus + exemestane CDK 4/6 i + letrozole Letrozole Toremifene Anastrozole Fulvestrant Fulvestrant + anastrozole Ana + trastuzumab Let + Lapatinib 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020

1ª Linha Bonneterre 2001 (Combined ) Mouridsen 2007 (PO25) Paridaens 2008 Robertson 2009 (FIRST) Mehta 2012 (SWOG 0226) Bergh 2012 (FACT) Tam Ana Let Ta m Exe Tam Ful Ana Ful+Ana Ana Ful+Ana Ana N= 511 510 453 454 182 189 102 103 349 345 258 256 CBR% 57 52 49 38 Not done Not done 72.5 67 73 70 55 55.1 Median TTP 8.5 7 9.4 6 9.9 (PFS) 5.8 (PFS) 23.4 13.1 15 (PFS) 13.5 (PFS) 10.8 10.2 hazard ratio = 1.13 95% CI: 1.00-NR; p = 0.103 hazard ratio = 0.72 p <.0001 Log-rank p =.121 (p=0.028 using Wilcoxon test) hazard ratio = 0.66 95% CI: 0.47-0.92; p =.01 p = 0.007 hazard ratio = 0.99 95% CI: 0.81 to 1.20, p = 0.91 HR+ % 60 66 93 100 100 100

Falcon: PHASE III Study Design Postmenopausal women Locally advanced or metastatic breast câncer ER+ and/or PgR+ HER2- Endocrine therapy-naïve 1:1 Fulvestrant 500 mg (500 mg IM on Days 0, 14 and 28, then every 28 days) + placebo to anastrozole Anastrozole 1 mg (daily PO) + placebo to fulvestrant Primary endpoint: PFS a Secondy endpoints OS b DoCB, EDoCB ORR HRQoL (FACT-B CBR toal and TOI) DoR, EDoR Safety Randomised, double-blind, parallel-group, international, multicentre study Follow-up for disease progression and survival Randomization of 450 patients was planned to achieve 306 progression events; if the true PFS HR was 0.69 this would provide 90% power for statistical significance at the 5% two-sided level (long-rank test) Stratification factors: prior chemotherapy for advanced disease (yes / no); measurable vs. non-measurable disease (at baseline); locally advanced vs. metastatic disease Subgroup analysis of PFS for pre-defined baseline covariates a Assessed via RECIST 1.1, surgery / radiotherapy for disease worsening, or death; b Interim analysis at the time of PFS analysis EDoCB, expected duration of clinical benefit; EDoR, expected duration of response; FACT-B, FunctionalAssessment of Cancer Therapy-Breast; TOI, Trial Outcome Index

The FALCON study - patients Fulvestrant (n=230) Anastrozole (n=232) Median age (years) 64.0 62.0 Previous chemotherapy for early stage disease Previous chemotherapy for advanced disease 20% 18.5% 15.7% 18.5% ER-positive; PR-positive 76.1% 77.2% ER-positive only 19.1% 18.5% Visceral disease 58.7% 51.3% Ellis, ESMO 2016

PFS 16.6 months x 13.8 months

The FALCON Study - OS 1.0 0.9 Fulvestrant (N=230) Anastrozole (N=232) Proportion of patients alive 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 31% maturity Median follow-up 25.0 months 0.1 0.0 Number of patients at risk: HR 0.88 (95% CI 0.63, 1.22); p=0.428 0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 Time (months) Fulvestrant 230 221 208 200 188 180 168 153 129 92 57 31 17 0 Anastrozole 232 223 213 197 186 175 164 155 122 94 61 37 18 0

The FALCON Study with versus without visceral disease Proportion of patients alive and progression-free 1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 Without visceral disease HR 0.59 (95% CI 0.42, 0.84) Median PFS Fulvestrant: 22.3 months Anastrozole: 13.8 months 0.0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Time (months) Fulvestrant (n=95) Anastrozole (n=113) Proportion of patients alive and progression-free 1.0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 With visceral disease HR 0.99 (95% CI 0.74, 1.33) Median PFS Fulvestrant: 13.8 months Anastrozole: 15.9 months Fulvestrant (n=135) Anastrozole (n=119) 0.0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Time (months) Note: The PFS estimates for Anastrozole are > 12 months regardless of visceral disease Visceral disease is not an indication for first-line chemotherapy

Fulvestrant in the first-line setting? FALCON cohort does not reflect the majority of ER-positive stage IV patients in our clinics Patients in FALCON were all naïve to endocrine therapy De novo stage 4 disease (represents approx. 5-10% new diagnoses)

2ª Linha Buzdar 1998 Dombernowsky 1998 Kaufmann 2000 Rose 2003 Chia 2008 Johnston 2012 Di Leo -Confirm 2012 Ana Meg Let 2.5 mg Meg EXE Meg Let Ana Ful Exe Ful Ful + Ana Exe Ful 500 Ful 250 N= 263 253 174 189 366 403 356 357 351 342 231 243 249 362 374 CBR 35 32 37.4 34.6 27 23 32.2 31.5 Not availa ble 45.6 39.6 TTP months 4.8 4.6 5.6 5.5 4.7 3.9 5.7 5.7 3.7 3.7 4.8 4.4 3.4 6.5 5.5 Significance Hazard ratio = 0.94; p =.49 (0.76, 97.5% Ci, 1.16) p = 0.07 p = 0.0370 p = 0.653 p = 0.98 p = 0.56 Hazard ratio = 0.80; 95% CI, 0.68 to 0.94 p = 0.006 Known HR+ 26% 42% 68% 49% 98% 100% 100% 100%

PRIMARY ENDOCRINE RESISTANCE is defined as: Relapse while on the first 2 years of adjuvant ET, or PD within first 6 months of 1st line ET for MBC, while on ET. SECONDARY (ACQUIRED) ENDOCRINE RESISTANCE is defined as: Relapse while on adjuvant ET but after the first 2 years, or Relapse within 12 months of completing adjuvant ET, or PD 6 months after initiating ET for MBC, while on ET.

Crosstalk das vias de sinalização JNCI J Natl Cancer Inst (2015) 107(10): djv212

PALOMA-2 and MONALEESA-2: Study Design PALOMA-2* MONALEESA-2** Postmenopausal ER+, HER2- advanced breast cancer No prior treatment for advanced disease Patients who are AI-resistant are excluded N = 666 2:1 Palbociclib 1:1 Ribociclib + + letrozole letrozole Randomization Placebo + letrozole Postmenopausal ER+, HER2- advanced breast cancer First-line Patients who are AI-resistant are excluded N = 668 Randomization Placebo + letrozole AI, aromatase inhibitor *Finn RS, et al. N Engl J Med. 2016; 375(20): 1925-1936 **Hortobagyi GN, et al. N Engl J Med 2016; 375(18): 1738-1748

PALOMA-2 and MONALEESA-2: Progression-Free Survival (PFS) Analysis PALOMA-2* MONALEESA-2** *Finn RS, et al. N Engl J Med 2016; 375(20): 1925-1936 **Hortobagyi GN, et al. N Engl J med 2016; 375(18): 1738-1748 LET, letrozole; PAL, palbociclib; PBO, placebo

PALOMA3 Study Design HR+, HER2 ABC Pre- or post-menopausal Progressed on prior endocrine therapy: 2:1 Randomization N=521* n=347 Palbociclib (125 mg QD; 3 wks on/1 wk off) + Fulvestrant (500 mg IM q4w) On or within 12 mo adjuvant Stratification: On therapy for ABC 1 prior chemotherapy regimen for advanced cancer Visceral metastases Sensitivity to prior hormonal therapy Pre-/peri- vs Postmenopausal n=174 Placebo (3 wks on/ 1wk off) + Fulvestrant (500 mg IM q4w) Pre- and peri-menopausal women received concurrent ovarian function suppression with goserelin 1. Post-menopausal patients must have progressed on prior aromatase inhibitor therapy. HER2=human epidermal growth factor receptor 2; HR=hormone receptor; IM=intramuscular; q4w=once every 4 weeks; ABC=advanced breast cancer; QD=once daily. *Number of patients randomized; administered on Days 1 and 15 of Cycle 1. Clinicaltrials.gov NCT01942135 1. NCCN Guidelines: Breast Cancer Version 2.2015. Turner et al, ASCO 2015

PFS: ITT population Lancet Oncol; 17: 425-39

Hormonioterapia isolada x combinação com inibidores CDK4/6 Estudo Falcon- pacientes virgens de tratamento com HT x Paloma 2- incluiu também pacientes que receberam HT adjuvante (mais de 12 meses) SLP no Falcon: grupo fulvestranto 16,6 meses x 13,8 meses anastrozol SLP no Paloma 2: grupo letrozol+palbociclib 24,8 meses x 14,5 meses letrozol Aumento de toxicidades no Paloma 2- eventos adversos grau 3: combinação 76% x 24% letrozol Necessidade de monitorização laboratorial na combinação Seleção de pacientes: Falcon denovo Paloma-2 de novo e recorrência tardia (+ de 12 meses após término da adj) Paloma-3 recorrência precoce

BOLERO-2: Exemestano±Everolimus em pacientes refratárias a IA Não esteroidais Fase III; N = 724 Câncer de Mama Avançado HR+ HER2- Pós Menopausa refratário a Anstrozol ou Letrozol Recorrência durante ou em até 12m após término de HT adjuvante ou PD durante ou em até 1m após término de HT paliativo Everolimus 10 mg/d + Exemestano 25 mg/d (n = 485) Placebo + Exemestano 25 mg/d (n = 239) Endpoint primário: PFS Endpoints secundários: OS, ORR, CBR, segurança, QoL, marcadores ósseos Baselga J, et al. N Engl J Med. 2012;366(6):520-529.

BOLERO-2: Endpoint primário, SLP (F/U 12.5 meses - avaliação central) Probability of Not Having an Event, % 100 80 60 40 20 0 HR = 0.36 (95% CI = 0.28, 0.45) Log-rank P value: < 1 10 16 Everolimus + Exemestane: 11.0 mo (E/N = 155/485) Placebo + Exemestane: 4.1 mo (E/N = 127/239) 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96 Time, wk Abbreviations: CI, confidence interval; E/N, patients with events/total patients; HR, hazard ratio; PFS, progression-free survival. Hortobagyi G, et al. SABCS 2011; abstract S3-7 (oral).

Defining Endocrine Sensitivity / Resistance with Adjuvant Treatment

Alterações genômicas- alvos moleculares para terapêutica The Lancet December 6, 2016

Resistência endócrina 187 tumores metastaticos ER+ 21% mutaçaoer LBD Jeselsohn, R. et al. Nat. Rev. Clin. Oncol. 12, 573 583 (2015);

Structural diagram of the ERα protein encoded by the ESR1 gene Jeselsohn, R. et al. Nat. Rev. Clin. Oncol. 12, 573 583 (2015);

Alterações genéticas nos tumores primários x metastáticos ERα LBD mutada- elevada atividade do receptor na ausência de ligação com hormônio Clin Cancer Res; 20(7) April 1, 2014 Nature Genetics Volume 45 / Number 12 /December 2013

Jeselsohn, R. et al. Nat. Rev. Clin. Oncol. 12, 573 583 (2015)

Analysis of ESR1 mutation in circulating tumor DNA demonstrates evolution during therapy for metastatic breast cancer PFS on AI therapy after ctdna analysis for patients with ESR1 mutant and WT ctdna ESR1 mutations are rarely acquired during adjuvant AI and frequently during metastatic AI therapy (HR, 3.1; 95% CI, 1.9 to 23.1) Sci Transl Med. 2015 Nov 11;7(313):313ra182.

Heterogeneity and clinical significance of ESR1 mutations in ER-positive metastatic breast cancer patients receiving fulvestrant Nature Communications 13 May 2016

Impact of ESR1 mutation on sensitivity to endocrine therapies in SoFEA ESR1 MUT ESR1 WT Fribbens et al. J Clin Oncol June 2016

Impact of ESR1 mutation on sensitivity to palbociclib in PALOMA3 ESR1 MUT ESR1 WT Fribbens et al. J Clin Oncol June 2016

Prevalence of ESR1 Mutations in Cell-Free DNA and Outcomes inmetastatic Breast Cancer A Secondary Analysis of the BOLERO-2 Clinical Trial OS for WT vs MT SG: 20.7 x 30.2 months Overall Survival (OS) by mutation and Multivariate Analysis a JAMA Oncol. 2016;2(10):1310-1315

Mecanismos de resistência endócrina e estratégias de tratamento Ativação do ER independente do ligante: down regulation do receptor Sinalização alternativa: terapia combinada Fatores de transcriçao Drug Discovery Today Volume 21, Number 7 July 2016

Take home messages Podemos identificar pacientes com câncer de mama metastático que não responderão à terapia endócrina? Mudanças adaptativas nas vias de sinalização podem dificultar a identificação dos drivers dominantes O que acontece na clínica? Mutação do ESR1? Ou vias de sinalização alternativas up- regulated? Quais seriam os fatores para definir sequencia ótima? Biomarcadores? Quem pode usar hormonioterapia isolada? Após uso de terapia combinada com mtor ou CDK4/6 os tumores adquirem biologia diferente? Qual impacto na terapêutica?

Take home messages Inibidores CD4/6 são ferramentas valiosas em combinação com hormonioterapia no câncer de mama avançado Ainda incerto se a combinação deve ser oferecida em primeira linha para a maioria das pacientes Hormonioterapia isolada ainda é uma opção especialmente em pacientes com doença hormôniosensível

Custo Droga Dose Custo Mensal US Dollar Tamoxifeno 20 mg/dia $120 Anastrozol 1mg/dia $450 Letrozol 2,5 mg/dia $550 Exemestano 25 mg/dia $600 Fulvestranto Ampola 500 mg $2 000 Everolimus 10 mg/dia $12 800 Palbociclib 125 mg D1-21 /28 dias $ 9 900 *Custo da administração fulvestranto não incluído

O Futuro: testes com biomarcadores Journal of Cellular Biochemistry 114: 514-524 (2013)

Pós menopausa- ASCO J Clin Oncol Sept, 2016

Obrigada daniele.xassad@hsl.org.br