Transcrição da Teleconferência - Resultados do 1T11 Operadora Bom dia, senhoras e senhores, e obrigada por aguardarem. Sejam bem-vindos à teleconferência do PINE para discussão dos resultados referentes ao primeiro trimestre de 2011. Informamos que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação inicial da empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso necessite de alguma assistência durante a conferência, por favor, solicite a ajuda de um operador digitando *0. Temos webcast simultâneo que pode ser acessado através do site de RI do PINE: www.bancopine.com.br/ri. A apresentação da teleconferência também pode ser baixada no mesmo site. O replay estará disponível após a teleconferência. A apresentação será feita pelo senhor Norberto Zaiet, Vice-Presidente Executivo do PINE. Ressaltamos que algumas informações contidas nesse conference call podem ter projeções ou afirmações sobre expectativas futuras. Tais informações estão sujeitas a riscos conhecidos e desconhecidos e incertezas que podem fazer com que tais expectativas não se concretizem ou sejam substancialmente diferentes do que era esperado. Agora, gostaria de passar a palavra ao senhor Norberto Zaiet, que iniciará a conferência. Obrigada. Obrigado. Bom Dia. Gostaria de agradecer a participação de todos na nossa teleconferência de resultados do primeiro trimestre de 2011. Neste primeiro slide, como de costume, temos o sumário dos assuntos que discutiremos ao longo dessa apresentação. Continuamos apresentando simultaneamente nossos números em BR GAAP e IFRS, mantendo nosso compromisso com a transparência e as boas práticas de governança corporativa. Nesta apresentação, focarei nos números em BR GAAP. Vamos para o slide 4, por favor. Continuamos desenvolvendo nossa estratégia de estabelecer um relacionamento de longo prazo com os clientes e de ampliar a oferta de produtos e serviços, o que possibilitou o crescimento do negócio de maneira saudável e diversificada, como vocês poderão verificar ao longo da apresentação. Neste slide, mostramos alguns destaques do trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano passado, tivemos uma saudável evolução dos nossos negócios. A carteira de crédito de Empresas atingiu 5,8 bilhões de reais, crescendo quase 30% em 12 meses. Do lado da captação, em 12 meses, tivemos um aumento de 17,5%, com melhora da qualidade. Temos estreitado nosso relacionamento com agências multilaterais estrangeiras. Lembro que, neste trimestre, fizemos uma captação de 106 milhões de dólares via A/B Loan com o IIC. Neste slide, mostramos também os principais indicadores de desempenho e rentabilidade do banco. Nosso lucro líquido cresceu 4,3% sobre o mesmo período do ano passado. Por fim, a margem financeira foi de 6,4%, alinhada com o que temos falado nos trimestres anteriores. Passando para o próximo slide, o slide 5, temos os destaques do negócio de Empresas. Nossas operações estão segmentadas em três principais linhas de negócio: Crédito Corporativo, que disponibiliza diversos produtos de crédito, Mesa para Clientes, que oferece produtos de administração de riscos e hedge, e PINE Investimentos, nosso veículo para oferta de produtos de Corporate Finance. Fica claro nos gráficos o sucesso da estratégia de diversificação de produtos e fontes de receita. Nossa Mesa de Derivativos para clientes passou de 13,1% das receitas de empresas há um ano, para 27,1% no primeiro trimestre de 2011. Continuamos buscando uma maior diversificação e, acreditamos que ao longo do tempo possamos chegar a 60% de receitas de crédito e 40% de outros negócios. O lucro líquido do negócio de Empresas, desconsiderando as despesas do Varejo, atingiu R$ 35,4 milhões, equivalente a um ROAE de 17,2%, em linha com o nosso guidance. Relações com Investidores PINE (PINE4 BZ) 1
O slide 6 mostra a evolução da nossa carteira de crédito. A carteira de empresas cresceu 0,8% no trimestre e 29,8% em 12 meses, atingindo R$ 5,8 bilhões em março de 2011. O primeiro trimestre é tradicionalmente mais lento do que o restante do ano. Esta característica, aliada ao cenário macroeconômico mais restrito, ajuda a explicar o crescimento da carteira de crédito de empresas neste trimestre. O saldo da carteira de crédito total, que inclui empresas e o saldo remanescente da carteira de crédito consignado, atingiu pouco mais de R$ 6 bilhões na mesma data. Vale destacar que a carteira de empresas representa 98% da carteira total. Passando para o slide 7, o gráfico da esquerda mostra que continuamos a ter uma carteira pulverizada em diversos setores da economia. A carteira está muito bem posicionada para apoiar empresas com alto potencial de crescimento. Cerca de 50% da nossa carteira está distribuída nos setores de Açúcar e Álcool, Infraestrutura, agricultura e Energia Elétrica e Renovável. Apoiamos muitos clientes ligados à produção de commodities. Este é um ponto interessante, pois também temos crescido nossa atuação no hedge para estes clientes, como mostrarei mais a frente. Na distribuição por produto, neste trimestre, podemos observar que as modalidades de BNDES, Fiança e Trade Finance aumentaram sua participação na carteira, em relação ao quarto trimestre. Isso é explicado pela busca constante de ampliar a oferta e a diversificação de instrumentos de crédito para nossos clientes, além da ativa atuação do BNDES na concessão de linhas e da sazonalidade do trimestre. Passando para o slide 8, vemos a qualidade da carteira de crédito. Continuamos com baixos índices de inadimplência. Como esperávamos, estes índices tiveram elevação em relação ao trimestre anterior. Temos trabalhado, já desde o quarto trimestre, no aumento da cobertura de nossa carteira de crédito. Em março, esta cobertura se ampliou ainda mais, atingindo 2,7% da carteira total. O slide 9 mostra o run-off da carteira de crédito consignado. No passado, o PINE atuou neste mercado, e, como é de conhecimento geral, decidimos descontinuar a atuação no final de 2007, cessando completamente a originação no primeiro semestre de 2008. Conforme temos falado, o consignado vem diminuindo a sua representatividade na carteira a cada trimestre. Em março representava apenas 2,0% do portfólio total. Outro ponto que também temos dito é que o varejo ainda gera algumas despesas, relacionadas, principalmente, a pré-pagamentos, provisão para créditos de liquidação duvidosa e seguro prestamista. Estas despesas representaram um prejuízo líquido de R$ 3,9 milhões de reais no trimestre. O gráfico na parte de baixo do slide demonstra a nossa expectativa de queda da carteira cedida com coobrigação. Como vocês podem perceber, já ao final de 2011 ela será ainda menos representativa. No slide 10, detalhamos a nossa estrutura de funding. O total da captação estava em 5,4 bilhões de reais em março. Como comentei, continuamos melhorando a qualidade do nosso funding. Neste trimestre, ampliamos ainda mais nosso relacionamento com multilaterais, que possuem linhas com prazos e custos atrativos. Em janeiro de 2011, por exemplo, assinamos um contrato de empréstimo sindicalizado, na modalidade A/B Loan, no valor de 106 milhões de dólares, liderado globalmente pelo IIC. Neste trimestre, outros dois fatores influenciaram as captações: a sazonalidade do fluxo de caixa das empresas e o fim da isenção de IOF para CDBs, que impactou nossa carteira de LCAs. No slide 11, podemos ver que o PINE continua com uma estrutura de casamento entre ativos e passivos bastante eficiente e extremamente líquida. Destaco aqui o gap positivo que apresentamos. O prazo médio da carteira de crédito é de 471 dias versus 551 dias do funding. Como vocês podem observar no gráfico, mostramos um casamento adequado entre ativos e passivos em cada um períodos apresentados. Passando para o slide 12, vemos que em março de 2011 o índice de Basiléia atingiu 17,1%. Nosso nível de Tier I é confortável e nos dá espaço suficiente para a expansão da carteira de crédito de acordo com nossa estratégia. Além disso, o capital será incrementado pela operação com o DEG anunciada no último trimestre. Esperamos publicar o aviso de subscrição ainda no segundo trimestre e a conclusão da operação para o terceiro trimestre. Temos, ainda, espaço para emitir cerca de R$ 200 milhões para ampliar nosso capital Tier II. Seguindo para o slide 14, nosso guidance continua o mesmo que divulgamos no trimestre passado, porém imaginamos que apresentaremos um crescimento de carteira mais perto da banda inferior. O slide 15 mostra alguns outros destaques deste trimestre, entre eles, o fato de termos alcançado a terceira posição no ranking da Cetip em derivativos de commodities. Como mencionei anteriormente, temos diversos clientes produtores de commodities, aos quais, seguindo a nossa estratégia de diversidade de produtos, oferecemos mais este instrumento financeiro. Adicionalmente, no ranking geral de derivativos da Cetip, o PINE já ocupa a 13ª posição. Como característica, não só em commodities, mas em todos os produtos oferecidos pela Mesa de Clientes, buscamos proporcionar alternativas de proteção aos seus balanços, trazendo previsibilidade aos seus fluxos de caixa. Relações com Investidores PINE (PINE4 BZ) 2
Outro destaque foi o FIDC que lançamos em abril. Ficamos muito contentes com o resultado desta operação, que atingiu R$ 300 milhões. Por fim, recebemos, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio da revista World Finance de melhor Banco Comercial do Brasil. Trata-se de uma revista inglesa voltada para o mercado financeiro, que organiza a premiação há quatro anos em diversos países. A escolha é feita por uma seleção prévia realizada pela revista, seguida por uma votação. Ficamos felizes com mais este reconhecimento ao nosso trabalho. Com isso, encerro nossa apresentação do trimestre. Agradeço a atenção de todos e gostaria agora de passar para a sessão de perguntas e respostas. Muito obrigado. Perguntas e Respostas Anderson Weder: Bom dia. A piora dos índices de inadimplência é uma tendência para o próximo trimestre também? Como está o controle de custos e despesas administrativas nesse novo cenário? Anderson, bom dia. Obrigado pela tua pergunta. A gente já esperava um aumento dos índices de inadimplência, a gente estava com níveis muito baixos de inadimplência até o último trimestre do ano passado. O que a gente espera é que tenha um ligeiro aumento até uma estabilidade durante os próximos trimestres, nada dramático em termos de aumento. Eu acho que o que está acontecendo, na verdade, é uma correção natural de a gente ter apresentado níveis muito baixos de inadimplência nos últimos trimestres, que não são normais. Então, essa correção de níveis de inadimplência, acho que é uma correção esperada. Não esperamos nada dramático em termos de correção. Acho que a tendência ainda é de aumento, mas não esperamos nada dramático em termos de aumento nesse índice. Em relação a tua pergunta, a respeito do controle de custos e despesas, isso é moto aqui no banco, a gente tem isso no DNA. Controlar custos e despesas é o que a gente faz aqui todo dia, de maneira bastante rigorosa, tanto é que a gente espera, como você vê, pelo nosso guidance, que o nosso nível de despesas continue mais ou menos no mesmo nível que a gente tem mostrado no último ano. Então, o controle é bastante rígido, como sempre, em relação a despesas e custo. Vitor Araújo, Santander: Tendo em vista a palavra do presidente do BNDES, onde ele diz que os desembolsos para 2011 serão menores do que os de 2010, como o PINE espera crescer a carteira de crédito, sendo que a participação do BNDES tende a diminuir? E, hoje, vocês estão com um ROAE de 15,2%, como esperam chegar à meta de 17%? Vitor, obrigado pela sua pergunta também. Em relação ao BNDES, de fato, o que tem acontecido é que o BNDES, como você sabe, reduziu um pouco, mudou um pouco as taxas dos seus financiamentos, tem reduzido um pouco o ritmo de liberação de linhas, mas o que a gente tem visto é que liberação de linhas para investimento é uma coisa que o BNDES ainda continua incentivando. Então, a gente tem trabalhado com clientes que estão buscando fazer investimentos e usam essas linhas do BNDES para investimento. Então, essas linhas, a gente pretende continuar crescendo, assim como todas as outras linhas de produto de crédito que a gente pode oferecer, o capital de giro, a fiança. As linhas de trade finance são uma coisa que a gente espera que cresça bastante ao decorrer do ano. A gente tem feito um trabalho bastante grande de aumentar o número de correspondentes bancários que nos financiam com linhas de trade finance. É uma linha de negócios que a gente vê com bastante otimismo durante o ano. A gente tem, como eu comentei durante o call, aumentado bastante a participação com multilaterais. Então, o financiamento via multilaterais ou diretamente pelas multilaterais, com clientes nossos, ou através da gente com linhas de multilaterais, é uma coisa que a gente também vê com bastante otimismo durante o ano. E respondendo a tua pergunta em relação a como a gente pretende atingir o ROAE de 17% para empresas... Tem uma distinção importante a fazer, o 15,2% é o ROAE do banco, incluindo as despesas de varejo. Se você pega o negócio de empresas, nós já estamos a 17%, um pouquinho acima de 17%. Acho que é uma distinção importante a se fazer, dado que a gente não tem mais o negócio de varejo, mas ele ainda impacta o resultado do banco. Então, já estamos a 17% no resultado de empresa, esse é o nosso guidance. Como é que a gente vem atingindo isso? Com a estratégia de Relações com Investidores PINE (PINE4 BZ) 3
penetração em cliente, com a estratégia de diversidade de produto. Como eu comentei, a gente já está, mais ou menos, a 75/25, 70/30 em termos de receitas de crédito e receitas de outros produtos, a gente pretende chegar, com essa estratégia clara, chegar em 60/40. Então essa estratégia de diversidade de produtos e penetração com cada cliente, oferecer uma quantidade de produtos maior para cada cliente, oferecer soluções que os atendam de maneira completa, é isso que tem possibilitado o sucesso da estratégia com empresas. Uma importante distinção do nosso modelo de negócios é que não é só um modelo de escala. Na verdade, não é um modelo de escala, é um modelo penetração. Então, obviamente que o crescimento de crédito é importante, a gente tem crescido crédito. Você vê o nosso guidance, o crescimento de carteira entre 20 e 25%, mais perto dos 20%, a gente está falando agora. Mas é um crescimento importante, na nossa visão, é um crescimento com o mercado. Mas o que nos dá diferenciação na estratégia e o crescimento ROAE é a estratégia de penetração com o cliente, de diversidade de produtos. Então, a gente se sente muito confortável nessa estratégia. Marcelo Novaes, XP Investimentos: Oi, bom dia. A minha pergunta é bem na linha, na verdade, do que você estava comentando agora sobre a estratégia do banco. A gente vê aqui que a divisão está perto de 77/33, 70/30. Eu queria saber se a gente pode esperar uma diminuição para o nível de 60/40 já mais perto desse ano, ou só uma questão de dois anos, porque, comparando com o primeiro trimestre de 2010, já vê que a divisão já está se assemelhando mais ao que o banco está querendo. E se essa tendência de diminuir nesse ritmo vai continuar para o segundo trimestre e o terceiro trimestre de 2011. Marcelo, obrigado pela pergunta. Eu acho que sim, eu acho que é uma tendência. A gente vai ver essa tendência se desenvolver ao longo dos trimestres. É difícil dizer se ela vai acontecer nesse ano, mas é claramente uma meta. Ela talvez aconteça no começo do ano que vem, mas, claramente, o que você vai ver no trimestre a trimestre é que a gente vai diversificar as fontes de receita. Então, para te dar uma idéia, a mesa de clientes, hoje, é uma mesa extremamente representativa no total de receitas do banco, uma mesa que cresceu bastante. Já é o terceiro banco, na verdade, eu estou falando aqui com você agora, mas a gente recebeu um relatório um pouco mais cedo, hoje, a gente é o segundo banco de commodities na CETIP, então já pulamos um ranking, de terceiro para segundo, o que é significativo. Somos o 13º banco em derivativos em geral na CETIP. Então, mostra uma representatividade em mercado e uma representatividade com os clientes, dado que o que a gente faz é só hedge para clientes, e a representatividade nas receitas do banco. A gente verá isso acontecendo ao longo do tempo, ao longo do trimestre também com a nossa atividade de PINE Investimentos, que é o veículo que a gente tem para oferecer produtos de corporate finance com os clientes. Então, a gente já tem um pipeline bom na PINE Investimentos, que também vai contribuir para esse mix de receitas. Então, no trimestre a trimestre, você vai ver essa tendência que eu estou te comentando. O 60/40 a gente atingirá em algum momento - potencialmente, até, mais para frente, um 50/50 -, sem ansiedade, devagar, construindo a estratégia da gente. Aloísio Lemos, Ágora Corretora: Bom dia a todos. Eu queria que você explorasse um pouquinho a questão da captação. A gente vê examinando o press release e o quadro mais aberto da composição das captações, tivemos depósitos a prazo, por exemplo, entre dezembro e março, uma redução em pessoa jurídica, aumento em institucionais. Isso me dá a impressão de que vocês estão remanejando, rearticulando o modelo de captações. Os bancos menores têm tido alguma limitação em alguns aspectos. Queria que você abordasse um pouco isso, por favor. E uma questão mais pontual, dentro do mesmo tema. Pode ser que eu esteja entendendo alguma coisa errado. Depósitos totais, que aparecem nessa página, R$3,36 bilhões em março de 2011, não bate com o valor de BR GAAP lá do balanço. Isso é muito pontal. Se preciso, a gente pode ver isso depois, até depois da conferência, só para citar aqui, se puder esclarecer também. Obrigado. Oi, Aloísio, obrigado pela tua pergunta, também. O que houve aí, de queda nos depósitos de pessoa jurídica, não é nenhuma estratégia em relação à gente fazer um mix diferentes de depósito, não. É puramente sazonal. A gente teve dois impactos que são representativos nesse número. O primeiro deles é que, realmente, no começo do ano, tem uma sazonalidade por conta do fluxo de caixa das empresas. Então, elas têm um pouco menos de caixa à disposição para aplicar. A gente sentiu isso, então, isso é Relações com Investidores PINE (PINE4 BZ) 4
representativo da queda. Também houve um impacto, como eu comentei um pouco mais cedo, na carteira de LCAs. O CDB voltou a competir com a LCA por causa da isenção da IOF. Então a gente teve um pouco de queda na carteira de LCA, também, explicada por isso. Então, você vê que número de depósitos, uma quantidade de depósitos no total caiu um pouquinho mais influenciado por pessoa jurídica. Institucionais, a gente sempre teve uma base bastante forte, bastante sólida de investidores institucionais, é um investidor que a gente gosta de ter, é uma base diversificada, a gente procura não concentrar em investidores. Então, é uma base de depósitos de investidores bastante pulverizada, tanto no institucional quanto na pessoa jurídica. E a gente vai ver esse mix aí se fortalecendo, se desenvolvendo ao longo dos trimestres, mas é não é uma estratégia, não foi uma mudança pensada de mix, não. A gente mantém os investidores, mantém tanto institucional quanto corporativo. Como você sabe os investidores corporativos, nossos, são, na sua grande maioria, clientes do banco, também, do lado ativo, clientes que conhecem o banco, clientes que trabalham conosco já há bastante tempo. Então, a gente se sente bastante confortável com a base de investidores, nessa linha. Como você sabe, também, só, acho que para completar um pouquinho, tanto a parte de BNDES quanto a parte multilaterais, na composição do funding, você verá ela crescendo, ao longo dos trimestres. Em relação a tua pergunta sobre o que está, aqui, no press, em relação ao balanço, a diferença são as LCAs. Essa que é a diferença. Aloísio Lemos, Ágora Corretora: Diferente o quê? Desculpe, eu não entendi. A diferença são as LCAs, as letras de crédito do agronegócio. Victor Araújo, Santander: Existe algum planejamento de recompra das carteiras cedidas com coobrigação ou vocês vão esperar o run-off? O banco vem aumentando a cobertura total, nos últimos trimestres. Vocês trabalham com o cenário de piora significativa nos índices de inadimplência? Vamos lá, Victor. Olha, nós não temos estratégias de recompra das carteiras coobrigação, para ser sincero. Mas do nosso ponto de vista, tudo tem um preço. Então, dependendo do preço, se for uma coisa que faça sentido economicamente, é uma coisa que a gente faz, a gente olha para as oportunidades que apresentam. Mas não temos uma estratégia de fazer recompra não. Estamos participando da C3, vamos entrar na C3, que eu acho que é uma coisa que dá transparência, acho que é bom para o mercado. Então, estamos incentivando isso. Você sabe, a nossa carteira é uma carteira bastante pequena, não é representativa. Então, a gente olha para a oportunidade na medida em que ela aparece, sem nada muito focado nesse sentido. A tua outra pergunta, em relação à cobertura, a gente tem aumentado cobertura, sim. Como eu respondi mais cedo, não que a gente espere um aumento significativo de inadimplência. Mas a gente mostrou, nos últimos trimestres do ano passado, especialmente, números bastante baixos de inadimplência, que a gente já esperava que não fossem os números recorrentes, nesse sentido. Então, esse aumento que houve, é um aumento que a gente já esperava, a gente aumentou a cobertura, uma cobertura de um nível que a gente considera adequado, pelo que a gente vê para frente, mas não estamos esperando nada muito dramático, em termos de aumento de inadimplência, mas uma correção natural, que é o que está acontecendo. Sílvio Ferreira, DLM Invista: Olá, bom dia. Eu gostaria que você esclarecesse um pouco mais sobre a questão de crescimento de carteira de crédito, no trimestre a trimestre, e falasse um pouco de como vocês estão vendo o nível de atividade atual e as perspectivas para 2011. Obrigado. Relações com Investidores PINE (PINE4 BZ) 5
Silvio, não sei se entendi perfeitamente tua pergunta, mas deixa eu te falar como a gente está vendo o cenário como um todo. A gente vê o cenário bastante diferente; vamos dizer, o cenário de 2011 é um cenário bastante diferente do cenário de 2010. Como você sabe, a gente teve em 2010 de crescimento bastante significativo em todas as vertentes, o país cresceu de maneira significativa, crédito cresceu de maneira significativa e 2011 é um ano diferente, é um ano de estrutura diferente do que o ano 2010. Então, como é que a gente vê? A gente vê crescimentos mais baixos do que a gente teve em 2010, tanto é que o nosso guidance de carteira de crédito é menor do que o que, realmente foi, efetivamente, o crescimento nosso de carteira durante o ano 2010. A gente pretende crescer 20% a carteira, que é um mercado menor do que ano passado. A gente vê aí, do ponto de vista macro, tem todo esse debate em relação ao combate ou à luta contra a inflação. Eu acho que a também, do ponto de vista macro, nós estamos vendas um mix de políticas para conter a inflação, que é diferente que a gente via em 2010, nesse sentido. Você via, em 2010, uma política que era muito clara em relação à subida de juros, qualquer aumento de expectativa de inflação era combatido com subida de juros. Nesse ano, a gente vê um mix de políticas, a gente vê subida de juros com restrição ao crédito especialmente do lado do varejo. Como você sabe, as medidas macroprudenciais atingem bastante forte o crédito ao varejo, que não é um setor que estamos envolvidos, mas, enfim, afeta a economia como um todo. E você também vê um mix de política fiscal, nesse sentido, de aumento de cortes, em fim. Eu acho que a idéia clara desse governo, é ver qual o resultado que esse mix todo de políticas vai dar em relação à inflação. O governo vê de uma maneira otimista e nós também, nesse sentido. A gente acha que esse mix de políticas vai ser efetivo no combate à inflação. Mas, de qualquer maneira, vai ser um ano de crescimento menor do que o crescimento que a gente experimentou em 2010. Para o nosso negócio, como a gente vê? A gente vê de maneira bastante otimista ainda. Porque como a gente sabe, o País ainda precisa de bastante investimento. Eu acho que o recado claro que foi mandado, que tem sido mandado é que, talvez, o varejo tenha ido além ou tenha crescido mais proporcionalmente do que o crédito e do que as empresas, para as empresas, né, para o setor corporativo. O setor que a gente atua, que é o setor de empresas, a gente ainda vê de maneira otimista. Claro, que todo o ambiente macro é um pouco mais restrito. Então, a gente vai ter que trabalhar com isso, mas o nosso setor, em específico, que é o setor corporativo, é um setor que ainda demanda crédito, ainda demanda investimento, é um setor que a gente ainda vê com bastante otimismo. Mas aquilo, de novo, 2011 é bem diferente de 2010. Não sei se respondi tua pergunta completamente, Sílvio. Operadora: Obrigada. A cessão de perguntas e respostas está encerrada. Gostaria de passar a palavra ao Sr. Norberto Zaiet para as suas considerações finais. Eu agradeço a todos pela participação. Como eu comentei, a gente permanece otimista com o nosso negócio, otimista com a nossa estratégia. E caso vocês tenham qualquer pergunta adicional, por favor, fiquem à vontade para nos contatar. Operadora A teleconferência do PINE está encerrada. Agradecemos a participação de todos. Tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição. A Empresa faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a Empresa não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a Empresa não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da Empresa. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) do Banco PINE para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. Relações com Investidores PINE (PINE4 BZ) 6