Língua francesa para deficientes visuais em Diadema, São Paulo: uma proposta de ensino de. inclusão social concebida segundo a abordagem acional



Documentos relacionados
de manuais concebidos segundo a Perspectiva Acional

PALAVRAS-CHAVE: PNLD, livro didático, língua estrangeira, gênero.

ANÁLISE DE COMPREENSÃO DE TEXTO ESCRITO EM LÍNGUA INGLESA COM BASE EM GÊNEROS (BIOGRAFIA).

ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE PARA ALUNOS DEFICIENTES VISUAIS:EM FOCO A FORMAÇÃO DOCENTE.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010.

ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA ACERCA DO PROJETO A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO NO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR SOBRE A REDAÇÃO DO ENEM

Os gêneros presentes nas propostas de produção escrita de livros didáticos do Ensino Médio.

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

Sequências Didáticas para o ensino de Língua Portuguesa: objetos de aprendizagem na criação de tirinhas

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM BREVE ESTUDO

AGENDA ESCOLAR: UMA PROPOSTA DE ENSINO/ APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR MEIO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

WEB-RÁDIO MÓDULO 2: RÁDIO

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio

PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Educação de qualidade ao seu alcance SUBPROJETO: PEDAGOGIA

PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO

NEW PROJECTS FOR LIFE: MUSIC IS IN THE AIR

Critérios de seleção e utilização do livro didático de inglês na rede estadual de ensino de Goiás

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

A PROPOSTA DE ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DOS PCN E SUA TRANSPOSIÇÃO ENTRE OS PROFESSORES DE INGLÊS DE ARAPIRACA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO ESPECIALIZAÇÃO DE MÍDIAS NA EDUCAÇÃO VÂNIA RABELO DELGADO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

Deficiência auditiva parcial. Annyelle Santos Franca. Andreza Aparecida Polia. Halessandra de Medeiros. João Pessoa - PB

A aula de leitura através do olhar do futuro professor de língua portuguesa


PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO SILMARA SILVEIRA ANDRADE

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID

ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES SURDOS: UMA ANÁLISE DE ATIVIDADES DO ENSINO REGULAR

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

RESUMOS DE PROJETOS RELATOS DE EXPERIÊNCIA ARTIGOS COMPLETOS (RESUMOS)

REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº... DE (Do Sr. Francisco Praciano)

Linha de Pesquisa 1: ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O ALUNO SURDOCEGO ADQUIRIDO NA ESCOLA DE ENSINO REGULAR

O intérprete de Libras na sala de aula de língua inglesa Angelita Duarte da SILVA 1 Maria Cristina Faria Dalacorte FERREIRA 2

O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA A PARTIR DO GÊNERO TEXTUAL PROPAGANDA

A CONTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS DISPONIVEÍS NA INTERNET PARA A ELABORAÇÃO DE SEQUËNCIAS DIDÁTICAS NO ENSINO/APRENDIZAGEM DO FRANCÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA

A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

ESPAÇO INCLUSIVO Coordenação Geral Profa. Dra. Roberta Puccetti Coordenação Do Projeto Profa. Espa. Susy Mary Vieira Ferraz RESUMO

Pedagogia. Comunicação matemática e resolução de problemas. PCNs, RCNEI e a resolução de problemas. Comunicação matemática

Encantos de Mojuí dos Campos

Especialização em Atendimento Educacional Especializado

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO CAMPUS GUARULHOS

PROGRAMA ESCOLA DA INTELIGÊNCIA - Grupo III ao 5º Ano

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO DO CURRICULO ANO 2 - APROFUNDAMENTO

CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXPERIMENTAÇÃO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

Centro de Estudos Avançados em Pós Graduação e Pesquisa

AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS E O INCENTIVO À LEITURA E CRIAÇÃO TEXTUAL

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia

SEQUÊNCIA DIDÁTICA: ORALIDADE

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO MARIA MAZUR

FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS

ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS MANIPULATIVOS COMO ALTERNATIVA METODOLÓGICA NO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO REGULAR

PROJETO INFORMÁTICA E CIDADANIA

UNIÃO BRASILEIRA EDUCACIONAL UNIBR FACULDADE DE SÃO VICENTE

FRANCISCO JORGE DE SOUZA JOBSON DE FARIAS LIMA MARIA JOSIVÂNIA DE LIMA ABDALA MAXSUEL DA SILVA EMILIANO NÉLTTER NEYSON FREIRE DE PONTES

PROJETO Identificação do projeto

Pesquisa sobre o perfil dos alunos com deficiência da PUC/SP Dezembro/2010

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

Programa da Disciplina

Educação especial: um novo olhar para a pessoa com deficiência

III SEMINÁRIO EM PROL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Desafios Educacionais

Psicopedagogia Institucional

TÍTULO: ALUNOS DE MEDICINA CAPACITAM AGENTES COMUNITÁRIOS NO OBAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Curso de Especialização Educação Infantil 2ª Edição EMENTA DAS DISCIPLINAS

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault

Projeto em Capacitação ao Atendimento de Educação Especial

Projeto Girassol de Ideias Fábio Pereira da Silva Valéria Cristiani de Oliveira Vivian da Silva Francini

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro.

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio

FERREIRA, Ana Lúcia BRIZOLARA TRINDADE, Elaine ROCHA HUFFELL, Jefferson Lima BRAGA Maria Tereza Comunicação Oral RESUMO

POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA - NOR 350

PROJETO: ESCOLA DIGITAL

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

GERENCIANDO O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

O USO DE SOFTWARE EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇA COM SEQUELAS DECORRENTES DE PARALISIA CEREBRAL

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU

Programa de Educação Ambiental e de Comunicação Social. Projeto de Implantação de Depósito de Celulose. Klabin S.A

Palavras-chave: Fisioterapia; Educação Superior; Tecnologias de Informação e Comunicação; Práticas pedagógicas.

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA: DOCÊNCIA E GESTÃO EDUCACIONAL (Currículo iniciado em 2009)

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PRESENCIAL DEB

A inserção de jogos e tecnologias no ensino da matemática

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

ENSINO INTEGRADO DE LÍNGUA INGLESA

A importância da TIC no processo da Inclusão Escolar Agnes Junqueira

Transcrição:

Língua francesa para deficientes visuais em Diadema, São Paulo: uma proposta de ensino de Mestranda: Michelle A. G. Honório inclusão social concebida segundo a abordagem acional Orientadora: Profa. Dra. Heloísa Albuquerque Costa Esta pesquisa nasce num contexto específico, numa biblioteca em Diadema concebida como interativa e de inclusão social, que oferece ateliers e cursos voltados para o público portador de necessidades especiais, que se vê, muitas vezes, excluído do mundo do trabalho e da sociedade de maneira geral. A proposta de um curso de francês língua estrangeira (FLE) que trabalhe somente a oralidade vem ao encontro de uma necessidade de inserção social e cultural, garantida pela legislação brasileira, mas que em muitas situações, não é assegurada. Os motivos reconhecidos por todos, dizem respeito à falta de estrutura das escolas regulares e a não formação de professores que trabalhem segundo uma metodologia específica de motivação dos DV para que possam enfrentar suas dificuldades. Um outro aspecto é a pouca escolaridade desse público que, muitas vezes, não domina sequer o sistema Braille de leitura e escrita. Nesse sentido faz-se necessária uma proposta de ensino de LE que leve em consideração esta realidade e que priorize e valorize o único meio comum de comunicação entre eles e professor: a oralidade. Os objetivos da pesquisa são: elaborar um curso de FLE para deficientes visuais moradores da cidade de Diadema/ SP e freqüentadores da biblioteca interativa e de inclusão social Nogueira. Um curso que priorize as competências orais, o único meio comum de comunicação entre os alunos e alunos e professor; desenvolver uma proposta de curso segundo a abordagem acional para o ensino de línguas para um público que apresenta necessidades especiais, no que tange a comunicação num contexto coletivo e social; e por fim contribuir com a formação, de maneira geral, de professores de FLE. O corpus da pesquisa será constituído primeiramente de um questionário aplicado aos alunos a fim de traçar os perfis e direcionar as metodologias a serem aplicadas; do próprio grupo de DVs, freqüentadores da biblioteca Nogueira Diadema São Paulo e que participarão do Curso de sensibilização ao FLE a ser ministrado no local a partir de outubro 2010; da elaboração do conteúdo das 10 aulas semanais de 2 horas, totalizando uma carga horária 20 horas, assim como o registro de áudio (gravação) das 10 aulas do curso. Também serão inclusos registros das anotações de aula em um diário de impressões, análises do desenvolvimento das atividades e comentários críticos de cada aula; assim como o registro dos

depoimentos dos alunos ao final do curso. Será também construído ao longo do curso materiais em Braille ou em tinta ampliados com o resumo do conteúdo das aulas, o que constituirá para eles uma espécie de manual, além de um cd com os documentos orais trabalhado nas aulas, indispensável já que contaremos sobretudo com a memória deste público para a aprendizagem. O quadro teórico inicial do trabalho é constituído pela abordagem acional do ensino de línguas (Puren, 2003-2007); Beacco (2007); Rosen (2007); pela abordagem por Competências (Beacco, 2007; (Bronkart e Dolz, 2002); pelo interacionismo sócio-discursivo de Bronckart (1997 2004); Maingueneau ( 2001); Cristovão (2008); assim como a Motivação e afetividade no aprendizado de línguas (Revuz, 1998, Bogaards, 1991); e por fim o estudo de gêneros textuais de Schneuwly e Dolz (2010). A abordagem acional e o ensino por competências prioriza o agir em sala de aula e a criação de um ambiente onde os alunos possam agir e interagir em situações de comunicação relacionadas à aprendizagem e em contextos da vida cotidiana. Esse agir ocorre por meio da realização de tarefas, entendidas como ações linguageiras ou não. O aprendiz é visto como um usuário e ator social, sujeito de seu processo de aprendizagem, capaz de identificar e nomear seu percurso e desenvolver competências lingüísticas formais, mas também mobilizar saberes de forma adequada em situações determinadas, o que em termos de aprendizagem de uma língua estrangeira vai exigir que o aprendiz desenvolva a capacidade de adaptar as produções de linguagem aos mecanismos de comunicação e às propriedades de cada contexto (Bronkart e Dolz, 2002:34). A discussão sobre motivação e afetividade (Revuz, 1998, Bogaards, 1991) faz-se necessária, pois muitas vezes, devido a deficiência, os alunos tem uma certa resistência em se relacionar com o outro (constatação à partir do pré-teste aplicado a eles), e trabalhar a motivação e afetividade nas aulas de FLE será indispensável para que consigam integrar-se e realmente atuarem como atores sociais em LE. As relações pessoais que serão criadas no decorrer do curso poderão, além da sensibilização à nova língua, trabalhar a auto-estima e expandir as possibilidades de entrar em contato com o outro através de sentidos como o toque. A motivação é, como para outros grupos, o que os leva à concentração, se não estão motivados dispersam-se facilmente sem muita preocupação com a figura do professor diante deles, como foi constado nas primeiras aulas. Quanto ao estudo de gêneros textuais de Schneuwly e Dolz (2010) eles servirão de base para a construção dos modelos e seqüências didáticas, que terão como tema principal gêneros

textuais da vida quotidiana, tais como: filmes (audio-descrição); músicas; provérbios; contos orais; comptines, etc. Devido ao público-alvo da pesquisa, nosso trabalho estará centrado, sobretudo nos estudos de gêneros orais. Outras referências serão também consideradas como o conceito de cidadania e inclusão social; assim como o levantamento da legislação e sua aplicação na definição de políticas públicas voltadas ao deficiente visual no contexto brasileiro. A metodologia adotada neste trabalho será a seguinte: a elaboração, aplicação e análise dos dados de um questionário para o levantamento das necessidades do público-alvo; a elaboração de um programa de curso explicitando seqüências didáticas para o ensino/aprendizagem da língua francesa referentes ao nível A1 do QECRL competências orais; a realização das aulas do curso com registro do trabalho (gravações e diário de campo); o levantamento da legislação sobre DV; o levantamento das publicações na área além de visitas a centros de assistência ao DV como a Fundação Dorina Nowil, a Laramara, etc, e por fim a análise do corpus. As contribuições desta pesquisa se dão no âmbito do ensino/aprendizagem da FLE a um público específico, segundo a abordagem acional numa perspectiva de inclusão lingüística, cultural e social; na própria formação de professores de FLE; mas também no âmbito institucional da prefeitura com a ampliação das atividades na biblioteca e eventualmente a aquisição de alguns materiais. Referências bibliográficas BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo, Martins Fontes, 1997. BEACCO, J. C. L approche par compétences dans l enseignement des langues. Enseigner à partir du Cadre européen commun de références pour les langues. Didier BRONCKART, Jean Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 2007. BUENO, L. Gêneros textuais: uma proposta de articulação entre leitura, escrita e análise linguística. In: CENP. Língua Portuguesa: ensinar a ensinar. São Paulo, Secretaria da Educação, 2009. Cadre européen commun de référenc e pour les langues apprendre, enseigner, évaluer, Paris, Éditions Didier, 2001.

CRISTOVÃO, V. L. L. Estudos da linguagem à luz do interacionismo sociodiscursivo. Londrina, Eduel, 2008. GALVÃO, Eli. O ensino da língua espanhola para o deficiente visual. In: XV EPLE Encontro de professores de Língua Estrangeira do Paraná. Disponível em: http://www.apliepar.com.br/site/anais_eple2007/artigos/35_eligalvao2.pdf, Acesso em 08/09/2010. FERREIRA, Viviane Gualberto. O ensino de língua estrangeira para deficiente visual em sala de aula regular do ensino fundamental. Dissertação de Mestrado, Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, 2003 LAURE-OLIVERI, M.L.; LIRIA, P. (Org.) L approche actionnelle dans l enseignement des langues. Onze articles pour mieux comprendre et faire le point. MOTTA, Lívia. Aprendendo a ensinar inglês para alunos cegos e de baixa visão: um estudo na perspectiva da teoria da atividade. Tese de Doutorado, Puc/ SP, 2004. PUREN, C. Les Langues Modernes (Perspectives actionnelles et perspectives culturelles em didactique des langues-cultures: vers une perspective co-actionnelle co-culturelle. Revista da APLV n. 3/2002, julho, agosto setembro 2002, p. 55-71) PUREN, C. De l approche communicative à la perspective actionnelle. Français dans le Monde N.347. ROSEN, E. Le point sur le CECR pour les langues. Clé International, 2007 ROSEN, E. (Org.) La perspective actionnelle et l approche par les tâches en classe de langue. In: Français dans le Monde N. 45, Paris, jan. 2009. SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e Org. Rosane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas/ SP, Mercado de Letras, 2010