PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL E A INCLUSÃO ESCOLAR

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TÍTULO: A EDUCAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA- SURDOCEGUEIRA: UM DESAFIO EDUCACIONAL NO ESTADO DE SÃO PAULO.

Transcrição:

PROFESSORES DE ENSINO FUNDAMENTAL E A INCLUSÃO ESCOLAR Flores, A. S. 1,* ; Pagliarini, C.D. 1 ; Escolano, A. C. M. 1 ; Maltoni, K, L. 1 andrezza_flores@hotmail.com 1 Faculdade de Engenharia Campus de Ilha Solteira UNESP Introdução A partir dos princípios da Declaração de Salamanca, oriunda da Conferência Mundial de Educação Especial (1994), procura desenvolver uma reflexão crítica sobre a formação de professores e as politicas de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular (BUENO, 1999). Nas ultimas décadas, iniciou-se programas e politicas educacionais e de reabilitação em muitos países, incluindo-se o Brasil, desta forma exige-se a transformação das escolas, defendendo a inserção de alunos no ensino regular, cabendo às escolas se adaptarem às características dos alunos, levando a ruptura do modelo tradicional de ensino (FIORIM, 2005). Este mesmo autor discute as dificuldades na inclusão escolar, a começar pelo diagnóstico das dificuldades de aprendizagem determinando a pouca capacitação profissional para atender pedagógica e psicologicamente essa população. Estudos recentes sobre a atuação do professor em classes inclusivas apontam que o sucesso de sua intervenção depende da implementação de amplas mudanças nas práticas pedagógicas. Sendo necessário adaptações ou reconstrução de currículos; uso de novas técnicas e recursos específicos para essa clientela; o estabelecimento de novas formas de avaliação; o estímulo à participação de pais e da comunidade nessa nova realidade social e educacional. No entanto, autores têm alertado que a implantação inclusiva tem encontrado dificuldades, em virtude de falta de formação dos professores das classes regulares para atender às necessidades educativas especiais, além de infraestrutura adequada e condições materiais para o trabalho pedagógico com as crianças com deficiência (FIORIM, 2005). O presente trabalho tem por objetivo, analisar a opinião dos professores de uma escola pública estadual de Ensino Fundamental de Ilha Solteira - SP sobre inclusão escolar e quanto se sentem capacitados ou não para lidar com estas crianças em sala de aula.

Material e Métodos Os participantes da pesquisa foram 14 professores de uma escola pública estadual de Ensino Fundamental na cidade de Ilha Solteira-SP. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário confeccionado pelas autoras, com 15 questões dissertativas, que foi aplicado na reunião HTPC. Após a coleta dos dados, foi realizada a análise dos mesmos por categorização dadas pelos professores. Resultados Nos resultados a seguir serão apresentadas as análises de 6 das 15 questões respondidas pelos professores. Na questão Há em sua sala de aula algum aluno portador de necessidades especiais, 71% dos 14 professores relatam que sim. Na Tabela 1, verifica-se que 28%, coincidem, que portadores de necessidades especiais são aqueles que apresentam déficit intelectual, deficiência física ou aqueles alunos que requer uma atenção maior no processo de aprendizagem, já 21% determina que é a dificuldade na aprendizagem e dificuldade de se relacionar. Tabela 1 de respostas dos docentes na questão: Como você define um aluno portador de necessidades especiais? n=14* Déficit Intelectual 28% Deficiência Visual 28% Um aluno portador de necessidades especiais é aquele que apresenta déficit intelectual ou deficiência física. É aquele aluno que possui alguma deficiência física ou intelectual. Atenção e atendimento especial 28% Um aluno que requer um atendimento e uma atenção maior no processo de ensino aprendizagem. Dificuldade na aprendizagem Dificuldade de relacionar 21% Dificuldade na aprendizagem e de se relacionar. Dificuldade na aprendizagem e de se relacionar. Direitos iguais Alguém com o direito de entrar na escola, onde o ensino deve ser feito com estratégias diferenciadas mais sem sobressair aos demais. Apresentar necessidades próprias aqueles que apresentam necessidades próprias diferente dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares correspondente a sua idade,

diferentes dos demais requerendo recursos pedagógicos e metodológicos educacionais específicos Não respondeu Em relação à Tabela 2 foi perguntado aos professores quais as necessidades especiais mais frequentes no ambiente escolar e 57% dos resultados foram caracterizados como déficit intelectual e 50% como Dislexia. Tabela 2 de respostas dos docentes na questão: Quais as necessidades especiais mais frequentes em seu ambiente escolar? n=14* Déficit Intelectual 57% Alunos com Déficit Intelectual (DI). Hiperatividade Transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade. Dislexia 50% Dislexia. Deficiente Mental Dislexia, Deficiente mental e Deficiente intelectual. Deficiente Visual Dislexia e deficiência Visual. Alunos com transtorno Alunos com transtorno e Déficit Intelectual. Não possui nenhum aluno com necessidades especiais 14% Nas salas de aula que leciono, não trabalho com nenhum aluno portador de necessidades especiais, mas já trabalhei em anos passados. Na Tabela 3, 21% trabalham com atividades diferenciadas em sala de aula, com o atendimento individualizado em meio a essas diferentes necessidades e 14% trabalham com a explicação oral, os demais professores trabalham com letras maiores, uso de figuras e jogos. Tabela 3 de respostas dos docentes na questão: Como você trabalha com estas diferentes necessidades? n=14* Atividades diferenciadas 21% Atividades diferenciadas. Atendimento individualizado 21% Com atendimento individualizado dentro de sala de aula quando possível. Professores auxiliares Realização de atividades diferenciadas e atenção quase

Respeito ao ritmo do aluno exclusiva com a presença de professores auxiliares. Procuro desenvolver o conteúdo programático respeitando o ritmo do aluno e o seu nível. Letras maiores Explicação oral 14% Trabalho com letras maiores para Deficientes Visuais e explicação oral. Trabalho com letras maiores para Deficientes Visuais e explicação oral. Com a mesma atenção que os demais Com a mesma atenção que os demais. Uso de jogos Uso de figuras As aulas são dadas com a utilização de recursos relacionados com figuras, explicação oral, uso de jogos e atividades diferenciadas. As aulas são dadas com a utilização de recursos relacionados com figuras, explicação oral, uso de jogos e atividades diferenciadas. Não respondeu 28% Observa-se na Tabela 4, que 64% dos alunos tratam e encaram os alunos portadores de necessidades especiais normalmente, com uma boa acolhida e até procuram auxiliar esses alunos em sala de aula, já 14% dos professores não responderam essa questão. Tabela 4 de respostas dos docentes na questão: Como os demais alunos tratam ou encaram alunos portadores de necessidades especiais? n=14* Acolhida A acolhida tem sido boa, quando se fala em inclusão de portadores de necessidades especiais em sala de aula regular. Normalmente 64% Normalmente não há diferenças. Sem preconceito Sem nenhum preconceito, percebo acolhimento. Procura auxiliar nas dificuldades Com normalidade, alguns alunos até procuram auxiliar nas dificuldades. Varia de sala para sala Isso varia de sala para sala. Não respondeu 14% Em meio aos problemas enfrentados para incluir essas crianças em sala de aula na Tabela 5, 35% dos professores destacam a grande quantidade de aluno dentro da sala de aula,

que acaba dificultando o atendimento individualizado, tal como a falta de especialização do professor e 21% destacam a adaptação do currículo do estado para um melhor atendimento para essas crianças. Tabela 5 de respostas dos docentes na questão: Quais os problemas enfrentados para incluir crianças portadoras de necessidades especiais em sala de aula? n=14* Conciliar atividades diferenciadas das respostas 14% Conciliar atividades diferenciadas, com um currículo para determinada serie, pois muitas vezes não possuem estrutura com conhecimentos prévios. Adaptação do currículo 21% Adaptação do currículo do estado, assim como o caderno do aluno a falta de estruturas mentais e conhecimentos prévios. Numero de alunos por classe Especialista para auxiliar 35% A quantidade de aluno em sala de aula, dificultando no atendimento individual que requer mais atenção e falta de especialização. O número de alunos por classe e um especialista para auxiliar. Falta de especialização 14% Falta de especialização na área. Como integrar um aluno em sala de aula Como integrar o aluno especial em sala de aulal. Não respondeu 21% Considerações Finais Na medida em que a orientação inclusiva implica um ensino adaptado às diferenças e às necessidades individuais, os educadores precisam estar habilitados para atuar de forma competente junto aos alunos inseridos, nos vários níveis de ensino (SANTANA, 2005). Dessa forma analisando todas as tabelas, mediante a resposta dos professores, observa-se que um dos maiores problemas enfrentados em relação à educação inclusiva é a falta de capacitação para os professores receberem esses alunos nas escolas, pois entre os 14 professores analisados, apenas um possui o curso de livras onde mesmo assim o treinamento recebido não foi adequado. Portanto, é de extrema necessidade investir nos professores, capacitando os seja desde a mudança do currículo, ao fornecimento de cursos e palestras para que eles estejam habilitados a receberem esses alunos sanando todas as necessidades em sala de aula.

Referências BUENO, J.G.S. Revista Brasileira de Educação Especial. Disponível em: <http://educa.fcc.org.br/scielo.php?pid=s141365381999000100002&script=sci_abstract&tlng=p t>. Acesso em 27 de abril de 2013. FIORIM, S.R. Avaliação assistida para crianças com necessidades educacionais especiais: um recurso auxiliar na inclusão escolar. Disponível em: < http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?isisscript=iah/iah.xis&src=google&base=l ILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=432567&indexSearch=ID>. Acesso em 27 de abril de 2013. SANTANA, I.M. Educação Inclusiva: Concepções de professores e diretores. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/%0d/pe/v10n2/v10n2a09.pdf>. Acesso em 28 de abril de 2013.