A CADEIA PRODUTIVA DE BIODIESEL E AS POSSIBILIDADES NO MERCADO DE CARBONO RESUMO

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Transcrição:

A CADEIA PRODUTIVA DE BIODIESEL E AS POSSIBILIDADES NO MERCADO DE CARBONO Juliana Eiko Nascimento Elaine Yumi Notoya Maria Rosângela Ferreira RESUMO São inúmeras as oportunidades de negócios e novos mercados para o Brasil, destacando-se o Mercado Internacional de Créditos de Carbono, visto que o Brasil é signatário do Protocolo de Quioto. A participação do Brasil neste mercado está associada a realização de projetos que utilizem tecnologias que reduzam as emissões de gases de efeito estufa além de contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico da região e minimização de impactos ambientais adversos, ou seja, projetos que promovam o desenvolvimento sustentável. A avaliação da cadeia de produção do biodiesel, desde a produção de oleaginosas até o consumo final do combustível, permitiu enquadrá-la em todos estes requisitos, pois promove geração de renda, empregos, integração social, redução dos níveis de emissões de alguns gases de efeito estufa gerados por diesel mineral, redução do consumo deste combustível, atendimento dos requisitos legais pertinentes e auxílio à concretização do plano governamental brasileiro. PALAVRAS-CHAVES: Combustível Renovável, Sustentabilidade, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

1. INTRODUÇÃO Inúmeras são as oportunidades para o Brasil de desenvolvimento de novos mercados ligados à implantação de fontes mais limpas de energia, com ampliações de renda, empregos e divisas que levariam ao desenvolvimento regional sustentável, fundamental para o crescimento da economia brasileira. Em termos de novos mercados e de ampliação de nichos relacionados ao setor energético podemos prever a intensificação das seguintes cadeias de negócio: Biodiesel, Álcool, PCH (pequenas centrais hidrelétricas) e Biodigestores 1. O impulso para o crescimento e busca por fontes de energia renováveis e limpas resulta principalmente das instabilidades relacionadas ao fornecimento de petróleo, e ao cumprimento de tratados/acordos internacionais de redução/abolição de gases de efeito estufa (GEE); exigências legais; e obrigação moral de promoção do Desenvolvimento Sustentável, visto que se tais recursos energéticos apresentam potencialidade em agregar benefícios sociais, ambientais e econômicos. 2. OBJETIVOS Este trabalho tem como objetivo apresentar a sustentabilidade da cadeia produtiva do combustível, bem como sua característica de recurso energético renovável, para posicionar o cenário de produção e consumo de biodiesel no Brasil dentro do contexto dos compromissos assumidos no Tratado de Quioto (TQ). 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O TQ foi elaborado em 1997, durante a Conferência das Partes ocorrida no Japão, e encontrase atualmente ratificado por 155 países. Segundo o TQ os países industrializados devem reduzir suas emissões de GEE em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 entre o período de 2008 a 2012. São considerados como GEE: Dióxido de carbono (CO 2 ), Metano (CH 4 ), Óxido Nitroso (N 2 O), Hidrofluorcarbonos (HFCs), Perfluorcarbonos (PFCs) e Hexafluoreto de Enxofre (SF 6 ). De acordo com as regras determinadas pelos artigos 2 e 3 do TQ apresentadas no Brasil pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, os países ou partes listados em seu Anexo 1 devem cumprir seus compromissos de redução de emissões de GEE, minimizando os impactos

adversos ambientais, sociais e econômicos, a fim de promover o desenvolvimento sustentável. Estas reduções devem ser obtidas a partir de modificações de suas atividades antrópicas. Porém, frente às dificuldades tecnológicas, econômicas, físicas, entre outras, são permitidos mecanismos de flexibilização. Os artigos 6 e 12 do TQ definem como mecanismos de flexibilização a transferência de Unidades de Redução de Emissões (URE) entre as partes signatárias ao TQ, sendo cada unidade medida em tonelada de CO 2 equivalente (CO 2eq ). Existem três tipos de mecanismos de flexibilização: Comércio de Emissões, Implementação Conjunta e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Os dois primeiros são aplicados para transferência de URE apenas entre países do Anexo 1 do Protocolo. Já o MDL estabelece as regras para a transferência de URE de signatários não Anexo 1 para signatários do Anexo 1. As unidades de redução de emissões decorrentes de flexibilização do tipo MDL são denominadas Certificados de Emissões Reduzidas (CER). Sendo o Brasil um país signatário do TQ e não constante do Anexo 1, o procedimento para MDL é a única opção possível de comercialização de Créditos de Carbono, e as regras para implantação de MDL são: A participação das partes envolvidas deve ser voluntária; Os CER devem ser mensuráveis, reais e de longo prazo; As reduções de emissões devem ser adicionais àquelas que ocorreriam sem MDL. Minimização dos impactos adversos ambientais, sociais e econômicos, e promoção do desenvolvimento sustentável. Para posicionarmos o cenário de produção e consumo de biodiesel no Brasil dentro do contexto do TQ, devemos analisar o panorama brasileiro, tanto para produção, como para consumo deste combustível. O governo brasileiro elaborou um Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) que tem por objetivo implementar a produção de ésteres de óleo vegetal biodiesel - de forma sustentável, tanto técnica, como economicamente, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda. Observa-se ainda que o programa exige a utilização de terras inadequadas para o plantio de gêneros alimentícios 2. Os processos produtivo do biodiesel mais utilizados no país são de transesterificação pela rota metílica ou etílica, que utiliza como matérias primas ácidos graxos (óleo vegetal ou gordura), catalisador (normalmente NaOH ou KOH). As principais diferenças entre os dois processos são descritas na tabela 1 3.

Tabela 1 Comparação entre os processos de transesterificação pela rota metílica e etílica. 3 Metanol Pode ser produzido a partir da biomassa, porém é tradicionalmente um produto fóssil. Consumo de Metanol cerca de 45% menor que do Etanol anidro. Equipamentos de processo da planta com rota metílica cerca de 1/4 do volume dos equipamentos para a rota etílica, para uma mesma produtividade e mesma qualidade. Mais reativo. Para uma mesma taxa de conversão (e mesmas condições operacionais), o tempo de reação utilizando Metanol é menos da metade do tempo quando se emprega Etanol. Considerando a mesma produção de biodiesel, o consumo de vapor na rota metílica é cerca de 20% do consumo da rota etílica, e o consumo de eletricidade é menos da metade. A capacidade atual de produção de Metanol brasileira só garantiria o estágio inicial de um programa de âmbito nacional. É mais volátil, apresentando maior risco de incêndios (Chama invisível). É bastante tóxico. Transporte controlado pela polícia federal, por se tratar de matéria-prima para produção de drogas. Etanol Se for feito a partir de biomassa (como é o caso de quase toda totalidade da produção brasileira), produz um combustível 100% renovável. Dependendo do preço da matéria-prima, os custos de produção de biodiesel etílico podem ser até 100% maiores que o metílico. Apresenta azeotropia, quando misturado em água. Com isso, sua desidratação requer maiores gastos energéticos e investimentos com equipamentos. Os ésteres etílicos possuem maior afinidade à Glicerina, dificultando a separação. Produção alcooleira no Brasil já está consolidada. Produz biodiesel com maior índice de cetano e maior lubricidade, se comparado ao biodiesel metílico. Gera ainda mais ocupação e renda no meio rural. Apresenta menor risco de incêndios. Não é tóxico como o Metanol. A produção de biodiesel via utilização de Etanol proveniente de biomassa faz com que este tipo de biodiesel seja um combustível mais renovável, quando comparado ao proveniente de aplicação de Metanol. Dentre os projetos de MDL já aprovados no âmbito do TK não existem projetos de substituição de diesel mineral por biodiesel, porém já existe 01 projeto na Índia e 02 na Tailândia (Tabela 2) submetidos para avaliação final como projeto de MDL. Em todos eles são utilizados apenas o processo de transesterificação pela rota metanólica 4. Tabela 2 Comparação entre os projetos de MDL de troca de petrodiesel por biodiesel 4. Origem do Tempo de Duração Volume de Reduções Estimativa de Ganhos País Biodiesel do Projeto (anos) (tco2 eq/ano) Anuais ( ) Índia Animal e Vegetal 7 26.000 390.000 10 218.000 3.270.000 Tailândia Vegetal 10 34.000 510.000 Deve-se atentar que os motores não necessitam de alterações significativas para substituição de diesel mineral por biodiesel. São necessárias apenas a substituição dos elastômeros usualmente utilizados por outros compatíveis e a troca mais freqüente do filtro de combustível 5. No Brasil é necessária a avaliação dos produtores de automóveis para validar a utilização de biodiesel sem prejuízo das peças automotivas.

A Lei nº. 11.097, de 13 de janeiro de 2005, permite a adição de um percentual mínimo de biodiesel ao óleo diesel mineral comercializado, em qualquer parte do território nacional. Esse percentual obrigatório será de 2% a partir de 2008 e 5% a partir de 2013 6. 4. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO A cadeia de biodiesel apresenta-se plausível à obtenção de CER s, visto que: O país apresenta grande potencial para produção de oleaginosas em várias regiões do país; A organização de pequenos produtores de oleaginosas para obtenção do óleo vegetal demonstra a responsabilidade social do projeto, pois gera empregos no setor primário, e reduz o êxodo rural; A substituição parcial ou total do diesel mineral por biodiesel atende ao quesito de sustentabilidade ambiental; O biodiesel pode ser produzido a partir da rota etílica, uma vez que o país já apresenta a tecnologia necessária e possui planos de expansão de produção de cana-de-açúcar, caracterizando-o ainda mais como um combustível renovável. A utilização de biodiesel pode estimular o país a investir cada vez mais em pesquisas relacionadas aos recursos energéticos renováveis. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Oportunidades do Agronegócio e Novos Mercados. Disponível em: <http://www.agronegociose.com.br/agr/down/artigos/pol_agr_4_artigo_11.pdf>. Acesso em: 06 de Junho de 2006. [2] Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Disponível em: <http://www.biodiesel.gov.br/>. Acesso em 10 de Maio de 2006. [3] POLEDNA, S.R.C. Ministério de Ciência e Tecnologia: Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. 05 de Maio de 2005. Disponível em: < http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt682.pdf?phpsessid=510fb887e16ef434559def2be5793862>. Acesso em: 31 de Maio de 2006. [4] Methodologies for CDM Project Activities: Methodology Progress Table. Disponível em: <http://cdm.unfccc.int/methodologies/pamethodologies/publicview.html?openall=1&cases=b>. Acesso em 07 de Junho de 2006. [5] Clean Alternative Fuels: Biodiesel. Disponível em: http://www.epa.gov/otaq/consumer/fuels/altfuels/420f00032.pdf. Acesso em 08 de Maio de 2006. [6] LEI Nº 11.097, de 13/01/2005. Dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética brasileira; altera as Leis nºs 9.478, de 6 de agosto de 1997, 9.847, de 26 de outubro de 1999 e 10.636, de 30 de dezembro de 2002; e dá outras providências.