SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO PROGRAMA NACIONAL DE DRAGAGEM META 03 Thiago Duarte Mota (Engenheiro, IVIG/COPPE/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE, Centro de Tecnologia - Bloco C - Sala 211, Cid. Universitária - I. Fundão, 21941-972 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - IVIG Telefone: 55 (21) 25628258 thiago.mota@ivig.coppe.ufrj.br) Marcos Freitas (Geografo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE, Centro de Tecnologia - Bloco C - Sala 211, Cid. Universitária - I. Fundão, 21941-972 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - IVIG Telefone: 55 (21) 25628258 mfreitas@ivig.coppe.ufrj.br) Carlos Roberto Bastos Araujo Filho (Analista de Sistema, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE, Centro de Tecnologia - Bloco C - Sala 211, Cid. Universitária - I. Fundão, 21941-972 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - IVIG Telefone: 55 (21) 25628258 carlos.araujo@ivig.coppe.ufrj.br), Cesar Magalhães (Engenheiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE, Centro de Tecnologia - Bloco C - Sala 211, Cid. Universitária - I. Fundão, 21941-972 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - IVIG Telefone: 55 (21) 25628258 cesar.magalhaes@ivig.coppe.ufrj.br) Mario Moraes (Biologo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE, Centro de Tecnologia - Bloco C - Sala 211, Cid. Universitária - I. Fundão, 21941-972 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil - IVIG Telefone: 55 (21) 25628258 mario@ivig.coppe.ufrj.br) Resumo O trabalho consiste em apresentar uma ferramenta de registro eletrônico desenvolvida para atender ao Programa Nacional de Dragagem, vinculado à Secretaria dos Portos da Presidência da República e executado pela COPPE/UFRJ através do IVIG. Especialmente como fonte de informação e controle das obras de dragagem e coleta de materiais realizadas nos portos brasileiros, criamos um banco de dados de dragagem visando preservar as informações extraídas das atividades que ocorrem nos portos hoje. Estas informações requerem um controle muito grande, documentação, arquivamento, além de investimento elevado em recursos humanos, logísticos e financeiros. A combinação da tecnologia do computador com internet e o sistema de registro facilita a integração e distribuição dos casos ocorridos em cada um dos portos, podendo o meio digital tornar-se uma ferramenta eficaz de apoio e controle. Palavras-Chave: Banco de Dados, Portos, Dragagem, Sistemas, Georreferenciamento. Introdução Nos últimos anos, o uso de informações registradas em Banco de Dados para controlar e armazenar informações aumentou significativamente. Na área portuária brasileira, poucas informações estão disponíveis para acesso e um número menor ainda pode ser encontrado em bancos de dados. Em muitos casos estas informações não são registradas em nenhuma base de dados, nem mesmo estudadas, de forma a gerenciar e tornar público um parecer referente a um estudo ou a uma avaliação de um ponto determinado dos portos brasileiros. Assim, criar um ambiente estruturado, documentar, arquivar e disponibilizar documentos técnicos e informações sobre a infraestrutura dos portos brasileiros para estudo e formas de controlar e relatar isso entre instituições de pesquisa é hoje uma questão relevante, tendo em vista que o país precisa investir muito para melhorar a infraestrutura existente. Entre os itens disponibilizados, de diversas maneiras, podemos citar os documentos e banco de dados gerados pelo IVIG/COPPE/UFRJ SEP/PND (Instituto Virtual de Mudanças Globais da Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Secretaria de Portos do Ministério da Casa Civil), através do Programa Nacional de Dragagem. Processos de documentação de informações técnicas, como parecer referente à infraestrutura portuária, dúvidas técnicas dos portos, relatórios e orientações de fiscalização de obras, e diversas outras como batimetrias, tipo de material existente, são alguns exemplos de tipos de informações que podemos ter dentro de um Banco de Dados Nacional de Georreferenciados de Obras de Dragagem que podemos ter para auxiliar os estudos junto à Secretaria de Portos do Governo Brasileiro. O objetivo deste trabalho é apresentar o modelo de banco de dados proposto e a versão inicial do sistema
criado para disponibilizar, registrar e documentar os processos das obras, bem como as avaliações técnicas analisadas e associadas às obras de dragagem realizadas nos Portos Brasileiros. Esta construção está em desenvolvimento pelo IVIG/COPPE/UFRJ com finalidade de apoiar a SEP/PND, e com isso documentar em um padrão único todas as informações levantadas. Dentro disso, o objetivo do trabalho seria elaborar estudos para estabelecer as rotinas de estruturação, manutenção e aperfeiçoamento do banco nacional de dados do Plano Nacional de Dragagem. Material e Método Integram a equipe técnica de desenvolvimento de sistemas 8 pessoas: um Advogado, um Biólogo, um Engenheiro Naval, um Engenheiro de Computação, um Oceanógrafo, um DBA (Administrador de Banco de Dados) e dois programadores, todos do IVIG/COPPE/UFRJ. A equipe usou na parte servidora como gerenciador de aplicações WEB, o IIS (Internet Information Services); como controlador de versão do sistema foi usado o software SVN Tortoise; tendo sido também utilizado o Banco de Dados SQL Server 2008 R2, da fabricante Microsoft. O servidor WEB foi necessário para disponibilizar o sistema para uso em campo, por meio de um microcomputador do tipo Servidor DELL, com sistema operacional Windows 2003 Server, placa de rede 10/100 Ethernet 3COM, conectado através da rede de internet da empresa terceirizada (Synapsis do Brasil LTDA), com suporte 24 horas por dia e 7 dias por semana. Usamos em toda a metodologia e construção do banco de dados diversos equipamentos, metodologia Scrum de 15 dias intervalados e ferramentas para criação de diagramas usando o DBWrench. Foiram utilizado o programa para desenvolvimento de "páginas internet" Visual Studio 2010 para o sistema em C# dot net. Desse modo, todo o sistema foi feito para ambiente web, podendo ser acessado através de computadores PCs, tabletes, telefones, etc. Como ferramenta de gerenciamento do projeto, foi usado o DOT Project, versão 2.1.3, e o gerente do projeto com certificação PMP do PMI. Todo o acesso ao sistema criado pode ser feito através de qualquer tipo de dispositivo que tenha acesso à internet com um navegador web (Mozilla, Chrome, Internet Explorer ou outro programa de navegação na internet). Com isso podemos permitir acesso de toda a comunidade portuária, caso a Secretaria dos Portos julgue necessário. Até este momento apenas a SEP/PND podem acessar o sistema. Inicialmente foi criado um protocolo de registro de dados para coleta dos dados junto aos portos brasileiros. Com estes protocolos apurados foram criadas as estruturas do banco de dados para a entrada de cada um dos pontos necessários para a construção do sistema. As entradas dos protocolos serviram para mapearmos as necessidades de cada porto, o que eles possuem de comum, e com isso criar as tabelas e relacionamentos do banco de dados. Este material criado foi gerado através da linguagem de programação C# dot net (Asp net), com Ájax e disponibilizado em formato Hyper Text Markup Language (HTML). Para disponibilizar este material houve a necessidade de criar um mecanismo de segurança que não permita a outros usuários acessarem o seu conteúdo, sendo este mecanismo desenvolvido em C# dot net (Asp net) com JavaScript/Ajax, onde os usuários devem ser cadastrados antes de entrar em qualquer um dos itens. Cada um dos portos passa a ter uma visão sobre seu próprio espaço, não podendo ver os resultados dos demais portos, enquanto que o acesso da universidade e da secretaria permite avaliar todos. Os Resultados encontrados até o momento Tivemos como principal objetivo gerar uma ferramenta e um Banco de Dados com os quais o IVIG/COPPE/UFRJ e a SEP/PND consigam ter registrados não apenas as informações de obras, como também os dados de coletas em campo (tipo de solo, material encontrado, e outras informações), e que, ainda, seja possível fazer tudo isso de forma automática com qualquer dispositivo, sem a obrigatoriedade de portar um computador, documentando tudo o que está ocorrendo na área portuária brasileira em uma única base de dados compartilhada. Por não encontrar uma ferramenta disponível no mercado que atendesse a todos os pontos do IVIG/COPPE/UFRJ e SEP / PND, foi desenvolvido um novo sistema que atendesse às demandas dos biólogos, oceanógrafos, advogados, engenheiros, envolvidos nos procedimentos e portos brasileiros, com o objetivo de cumprir os itens do projeto. Assim, foi construída uma
ferramenta de gerenciamento, construção, gravação e registro de notas técnicas dos portos brasileiros separadas por diversos indicadores, entre eles os portos, local de registro, responsável, assunto, data do registro, data da resposta, etc. O modelo usado neste banco de dados relacional possui várias tabelas, entre elas nota técnica, situação da nota técnica, participante, porto, documento nota técnica, e outras. Ao acessar o caminho http://sistema.ivig.coppe.ufrj.br/notatecnica, mostrado na figura 1, o usuário deve digitar seu usuário e senha. Neste ponto o usuário terá o identificador cadastrado login e uma senha. O identificador é cadastrado anteriormente, liberando o acesso das pessoas e a senha é gerada e enviada pelo sistema para o e-mail cadastrado. Figura 1 Entrada do sistema com controle de usuário e senha com perfis diferentes por pessoa ou grupos. Figura 2 Acesso ao Sistema. Após entrar com sua identificação e senha, o usuário verá várias opções de menu de acordo com seu perfil. Neste exemplo, ele acessa a lista dos Portos cadastrados. O item descrito na parte superior da tela, figura 2, é o filtro que pode ser usado na tela. Os itens inferiores tratam a paginação da lista de portos. Estes mecanismos serão iguais para todos os portos. Na parte superior do sistema, ao lado esquerdo, podemos ver a foto e o nome do usuário que está conectado no sistema, e do lado direito a opção de troca de senha, logoff e o manual do sistema. O botão Editar, na lista, detalhado na figura 3, não pode ser usado para editar qualquer item - neste caso a edição de um cadastro de Draga. Já na figura 4, podemos ver a inserção de uma nova Draga. Figura 3 Opção de Editar uma Draga cadastrada. Figura 4 Inserir uma Draga no Banco de Dados. Figura 5 Lista de Fabricantes de Draga. Figura 6 Adicionar um Fabricante de Draga à lista do Banco de Dados.
Figura 7 Editar um Fabricante de Draga. Figura 8 Exclusão de um Fabricante de Draga. Na figura 9 podemos ver o cadastro de um porto novo, com os dados de latitude e longitude, etc., e na figura 10 podemos ver os portos sendo editados/alterados. Da figura 11 à figura 14, podemos ver os cadastros de projetos e áreas de um porto, bem como a lista deles associadas ao porto. Figura 9 Adicionar um Porto ao Banco de Dados. Figura 10 Editar o cadastro de um Porto. Figura 11 Alterar um Projeto de um Porto. Figura 12 Adicionar uma área de um Porto associada a um projeto. Figura 14 Lista dos Projetos de um Porto. Figura 13 Cadastro da área do Porto.
Figura 15 Lista dos Tipos de Combustíveis. Figura 16 Cadastro de um Tipo de Combustível. Nas outras opções do sistema podemos ver outras telas, figura 15, 16 e 17 trata do tipo de combustível que vai estar associado à Draga. As figuras 18, 19 e 20 tratam os tipos de material do solo. As figuras de 21 a 23 mostram como ficou o diagrama do banco de dados gerado no DBWrench. Todas as informações registradas através de um porto são analisadas e não entram automaticamente no banco de dados, gerando antes um controle de todos os tipos de pesquisa e informações documentadas nos portos, tendo em vista que estes registros serão compartilhados nas obras de dragagens. Desse modo, dados de batimetria, mares, ventos, registros dos portos são armazenados possuindo controle das suas entradas. Abaixo, nas figuras de 23 a 25, listamos ainda como esta a estrutura no banco de dados. O projeto tem a duração de 3 anos para ter sua execução completada, mas no momento já podemos começar a ver os resultados e indicadores que devem ser gerados com a aplicação deste tipo de tecnologia. As informações georrefereciadas, datum, são armazenas no padrão WGS84 para associarmos os dados ao google maps e depois plotarmos isso no sistema, como pode ser visto na figura 26. Figura 17 Alteração de um Tipo de Combustível. Figura 18 Lista dos Tipos de Solos cadastrados. Figura 19 Editar um Tipo de Solo cadastrado. Figura 20 Adicionar um Tipo de Material do Solo. Figura 21 Diagrama do Banco de Dados de Pessoa. Figura 22 Diagrama do Banco de Dados de Segurança.
Figura 23 Diagrama do Banco de Dados de Dragagem. Figura 24 Vista do SQL Server para o Banco de Dados de Dragagem. Figura 25 Lista das Tabelas para o Banco de Dados de Dragagem. Figura 26 Abertura da estrutura de uma tabela do Banco de Dados de Dragagem. Figura 27 Mapa dos Portos Brasileiros.