smart cities TORNAR AS CIDADES SUSTENTÁVEIS, COM O AUXÍLIO DA TECNOLOGIA, É O GRANDE



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Transcrição:

especial 3a Edição Feira 01 e Congresso / 2015 Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura Serviços, Materiais e Equipamentos smart cities TORNAR AS CIDADES SUSTENTÁVEIS, COM O AUXÍLIO DA TECNOLOGIA, É O GRANDE DESAFIO DA SOCIEDADE MODERNA Pg 3 Cidades inteligentes, planeta sustentável Pg 10 Rede de Cidades Inteligentes e Humanas Pg 12 Pg 13 INTELIGÊNCIA PARA ENFRENTAR O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE Tecnologia terá impacto na segurança pública Pg 14 Um projeto de Nação

Suplemento Cidades Inteligentes Cidades inteligentes, planeta sustentável Reinventar as cidades modernas, a partir de padrões mais sustentáveis, não apenas sob o ponto de vista ambiental, mas também social e econômico, passou a ser o grande desafio da humanidade. A tecnologia pode ser um forte aliado nesse processo Quando assistimos a filmes de ficção, que falam do futuro do planeta Terra, comumente vemos nossas cidades retratadas com prédios extremamente altos, de um arquitetura ultramoderna e arrojada, com automóveis que voam à sua volta e robôs que executam as tarefas domésticas e braçais. Neste cenário, todas as necessidades básicas foram satisfeitas e o homem se dedica a atividades mais nobres. Como a exploração do Universo, por exemplo. Outra possibilidade, radicalmente oposta, mas explorada com a mesma frequência pela indústria do cinema, retrata cidades superpopulosas, devastadas pela poluição do ar, com escassez de energia e de recursos naturais, sujas e violentas, enfim, um ecossistema falido, onde não há lugar para a esperança. Longe de serem somente obras de ficção, os dois cenários podem ser interpretados como antecipações de uma realidade não tão distante assim, e de um futuro que se avizinha. Qual deles queremos? Em que direção estamos caminhando? Como será viver na Terra daqui a 50, 100 anos? As respostas dependem das escolhas que fazemos hoje. O desafio do futuro da humanidade já foi lançado, assim como o das cidades onde queremos viver. E as respostas já estão sendo buscadas. Há apenas 100 anos, somente 10% da população mundial vivia em cidades. Hoje somos mais de 50% da raça humana, e até 2050, seremos mais de 75%. O século XXI assiste ao surgimento das megacidades, aglomerados urbanos gigantescos, alguns com mais de 10 milhões de habitantes. Nada menos que dois terços do consumo global de energia e aproximadamente 75% de todo o lixo e resíduos que produzimos vêm das cidades, que, para completar, geram 80% das emissões de gases que causam o efeito estufa. Cenário de contradições dramáticas, as megacidades expõem o melhor e o Setembro 2015 / 3

Suplemento Cidades Inteligentes pior que a humanidade é capaz de gerar. É nas megacidades que acontecem as maiores transformações, gerando uma demanda inédita por serviços públicos, matérias-primas, produtos, moradia, transportes e empregos. Mas, se por um lado elas criam as condições propícias para o desenvolvimento econômico, por outro estimulam o surgimento das megafavelas estima-se que dois em cada três habitantes estejam vivendo em favelas ou subhabitações, da violência urbana em níveis alarmantes, do desemprego em larga escala. A maioria das megacidades são palco de graves problemas socioambientais, decorrentes da falta de investimentos maciços em infraestrutura e saneamento. Paradoxalmente, em um planeta cada vez mais digital e virtual, nunca se buscou tanto o encontro físico, e as cidades nunca foram tão atrativas quanto agora. Em resumo, as cidades tendem a crescer cada vez mais e seus problemas também. Atenta a esse tema, tão atual quanto preocupante, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração Sobratema promoverá, de 15 a 17 de junho de 2016, no São Paulo Expo, em São Paulo a 3ª Feira e Congresso Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura, Serviços, Materiais e Equipamentos Construction Expo 2016. O Evento terá como tema central Cidades em Movimento: Soluções Construtivas para os Municípios Brasileiros. A ideia é reunir, em um único ambiente, gestores públicos, técnicos, e representantes de empresas privadas, para discutir questões relacionadas ao desenvolvimento urbano, promovendo amplo debate, troca de experiências e apresentando soluções para melhorar a vida nas cidades brasileiras. Serão abordados temas críticos e apresentados casos nacionais e internacionais de projetos de infraestrutura urbana. Para as empresas do segmento representa uma oportunidade de mostrar suas soluções que tragam produtividade, qualidade, redução de custos e agilidade para obras públicas. Para os profissionais de prefeituras e governos estaduais será uma chance de entrar em contato com as melhores soluções em materiais, serviços, equipamentos e tecnologias. A atuação da esfera pública em parceria com a iniciativa privada resulta em benefícios à sociedade, uma vez que traz mais agilidade e eficiência no desenvolvimento urbano, por meio da adoção de novas tecnologias, sistemas e de um planejamento mais estruturado, avalia Hugo Ribas Branco, diretor de Operações e Feiras da Sobratema. Inteligência, um conceito amplo A escolha do tema mostra que a Sobratema está afinada com o seu tempo e na vanguarda das principais questões da atualidade. Em todo o mundo, líderes políticos, representantes de grandes corporações, da sociedade civil, comunidade acadêmica e renomados tecnicos das mais diversas áreas têm se debruçado sobre o tema do crescimento das cidades e as soluções para torma-las mais amigáveis e sustentáveis. Em junho desse ano, a Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil promoveu, em São Paulo, seu primeiro Seminário de Smart Cities. O objetivo era estimular o debate sobre o tema, articulando ações em benefício da sociedade, nos segmentos de mobilidade urbana. Participaram Horácio Sabino, Diretor de Infraestrutura, Defesa e Segurança da Indra Brasil; Renato Meirelles, presidenteda CAF Brasil; Gustavo Marchiori, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da ITS Informática; Antonio Saramago Mendes, Diretor da Telefônica Onthespot Service e Eduardo Polidoro, Diretor de Produto da GE Lighting Latam. A cada reunião que acontece, consolida-se o conceito smart cities, ou cidades inteligentes. Em um primeiro momento, o termo passou a ser usado ao se tratar da aplicação de tecnologia da informação (TI) para o sistema elétrico, integrado aos sistemas de comunicação e infraestrutura de rede automatizada de forma a tornar o processo mais eficiente. Mas o conceito evoluiu e hoje o termo cidade 4 / Grandes Construções

inteligente diz respeito a um conjunto de soluções urbanísticas e tecnológicas visando ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida. O conceito se baseia no crescimento planejado, na combinação adequada entre recursos e atividades e na participação dos cidadãos, com as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) como uma das principais ferramentas. O que se espera é que, com a incorporação da gestão inteligente e integrada das informações as cidades inteligentes poderão e deverão suportar os desafios da maior inclusão social e do desejável desenvolvimento sustentável. Diversos avanços esperados para um futuro distante já estão em testes em cidades planejadas, que funcionam como laboratórios de boas ideias a serem replicadas. As metrópoles entraram na mira das companhias de tecnologia porque se tornaram consumidoras em potencial de uma série de soluções criadas para enfrentar o caos urbano, resultado, principalmente, do crescimento desordenado e da falta de planejamento. Um conjunto de tecnologias desenvolvido por empresas como IBM, Siemens, GE, Cisco, Philips, Oracle, Samsung e CAF, entre outras, tem ajudado as cidades a se tornar mais inteligentes, com transporte eficaz e menos poluente, edifícios verdes e energia renovável. No Brasil, a exemplo do que ocorre em outros países, vários fóruns e seminários têm sido realizados, com o propósito de identificar experiências internacionais e projetos com potencial de aproveitamento no País. Demanda por tecnologia O crescimento acelerado das grandes cidades cria novas demandas em termos de transporte, eficiência energética, sustentabilidade, meio ambiente e tecnologia. São milhões de pessoas ligando o chuveiro ao mesmo tempo, usando o sistema de metrô, ônibus, acendendo o gás, parando em frente ao semáforo. Para dar conta dessa demanda crescente por serviços, estimativas apontam para a realização de investimentos de 2 trilhões, nos próximos anos, em sistemas de energia, água e transportes nos grandes núcleos urbanos. Assim, as megalópoles tornaram-se principais pólos concentradores de recursos e investimentos globais visando a permanente melhoria dos serviços públicos. No Brasil, pode-se tomar como exemplos São Paulo e Rio de Janeiro que, juntas, formam o principal complexo metropolitano do País. Elas concentram 22% da população brasileira, embora cubram apenas 0,5% de todo o território nacional. A região corresponde, ainda, a 60% de toda produção industrial brasileira. Este potencial de mercado não passou desapercebido pela Siemens, uma das maiores desenvolvedoras mundiais de tecnologia. Em seus estudos e análises para definir a estratégia global da companhia, ela percebeu a demanda por tecnologia desta região, mirando somente as necessidades de infraestrutura e serviços desses grandes núcleos urbanos: algo na casa dos 300 bilhões. Mas também percebeu que o desafio não é somente dispor de tecnologias que sejam adequadas para as megacidades. Daí a estratégia da Siemens de criar uma Setembro 2015 / 5

Suplemento Cidades Inteligentes divisão especial de Infraestrutura e Cidades, que tem como objetivo integrar toda a cadeia de soluções tecnológicas produzidas dentro de suas diversas divisões, e que possam atender as demandas específicas sejam de governos ou das concessionárias de serviços públicos. O Brasil é um dos principais focos dessa estratégia global da empresa tendo em vista os grandes volumes de recursos destinados à infraestrutura, segundo a Siemens, estimadas em R$ 100 bilhões para os próximos anos. O setor de Infraestrutura e Cidades é composto por cinco divisões: Rail Systems (sistemas ferroviários), Mobility and Logistics (gestão de trafego, transporte e gerenciamento logístico), Low and Medium Voltage (baixa e média tensão), Smart Grid (redes inteligentes de energia) e Building Technologies (tecnologias prediais). Foco na área de infraestrutura De acordo com o executivo Guilherme Mendonça, diretor da área de Infraestrutura e Cidades, a empresa já participa do setor de infraestrutura brasileira, fornecendo para toda a cadeia de geração, transmissão, distribuição de energia elétrica, além de atuar nos setores de mobilidade urbana, óleo e gás, Smart Grid e saúde, mas quer ampliar essa participação e para isso prevê investir US$ 1 bilhão no Brasil nos próximos cinco anos para dar conta desse crescimento. Em 2012, já se viu um forte incremento das atividades com a aquisição da empresa Senergy, além da criação dos centros de Pesquisa & Desenvolvimento em Curitiba e no Rio de Janeiro, e de uma Fábrica Healthcare, na área de saúde. Nos últimos 10 anos, foram aplicados US$ 700 milhões no Brasil, na abertura de nove novas unidades. Atualmente são 14 fábricas no país e dez mil colaboradores. Já são sete centros de Pesquisa & Desenvolvimento e em breve aberto outro centro de pesquisa para a Petróleo & Gás, informa. Queremos dobrar nossas receitas no Brasil até 2017. E os propulsores de crescimento são infraestrutura para cidades e grandes eventos, petróleo e gás e energias renováveis. A Siemens Brasil é uma parceira-chave para a estratégia do grupo, se colocando com um dos seis mais importantes mercados do Mundo para a Siemens, representando 3% do faturamento global. Nos últimos 10 anos, a Siemens Brasil cresceu a uma taxa média de quatro vezes o PIB global e 3,5 vezes o PIB brasileiro, ao mesmo tempo em que dobrou o volume de negócios nos últimos cinco anos, enfatiza. No setor metroviário, só para citar um dos de maior visibilidade, a empresa responde pelo fornecimento dos sistemas de energia às linhas 7 Rubi e 10 Turquesa (consórcio das linhas norte-sul) e às linhas 11 Coral e 12 Safira (consórcio das linhas leste) da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM). Ela também responde pelo sistema, de energia para o projeto de expansão por monotrilho da linha 15 Prata, do metrô de São Paulo. Ainda na área de transporte, a empresa desenvolve um ônibus híbrido em parceria com a Agrale, para uso no transporte público, que reduzirá as emissões de CO2 em até 30%. Um modelo já está em experimentação no município de Campinas. Gerenciamento de tráfego O Brasil tem enfrentado alguns dos mais árduos desafios que acompanham seu esforço por crescimento: cidades densamente povoadas; necessidade crescente de energia; e congestionamentos que afetam o deslocamento e a qualidade de vida. As complexas infraestruturas necessárias para viabilizar o fornecimento de água e energia, a distribuição de alimentos e o transporte estão sendo sobrecarregadas. Investimentos em tecnologia são imprescindíveis para adaptar a infraestrutura das cidades em busca de mais sustentabilidade, crescimento e progresso social. Cerca de 40% dos alimentos produzidos são perdidos devido a problemas no transporte e no armazenamento. A energia elétrica que é desperdiçada poderia suprir mais de 17 milhões de brasileiros por ano. E, só em São Paulo, o congestionamento de trânsito gera um custo anual de mais de R$35 bilhões. A IBM vem ajudando centenas de empresas, instituições e governos a conduzir suas atividades de forma mais inteligente. Em quatro cidades onde a IBM implementou soluções de gerenciamento de tráfego, o congestionamento foi reduzido em até 18% nos horários de pico, as emissões de CO2 foram reduzidas em 14% e o transporte público recebeu 7% de aumento em sua utilização. 6 / Grandes Construções

Em Nova Iorque, os índices de criminalidade tiveram uma redução de 27% com o uso soluções de análise de informação em tempo real. A polícia polonesa aumentou as taxas de apreensão em 66% depois que passou a ter acesso remoto à base de dados da União Européia. E em qualquer cidade, redes informatizadas são capazes de gerenciar a distribuição de eletricidade e reduzir o pico de demanda de energia em 15%. De acordo com Antônio Carlos Dias, Diretor de Smart Cities Brazil da IBM, muitas das soluções oferecidas pela empresa podem trazer resultados muito satisfatórios no Brasil. É o caso do Centro de Controle de Informações (CCI), da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O espaço possibilita que a agência reguladora avalie a qualidade do atendimento das 19 concessionárias que atuam nas quase 30 estradas do estado. No CCI são unificadas todas as informações sobre tráfego, serviços e ocorrências de incidentes, desde obstrução nas vias até eventuais buracos no asfalto. É o primeiro sistema de transporte inteligente nas estradas do país e que vai garantir conforto e segurança aos usuários da malha rodoviária. Em Porto Alegre, a prefeitura investiu em tecnologia IBM para monitorar e melhorar a gestão dos serviços públicos da cidade. Foi instalado o Centro de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa), para atuar, inicialmente, em três áreas distintas SMOV (obras e viação), DMAE (água e esgoto) e DMLU (limpeza urbana). Segundo Antônio Carlos Dias, o projeto proporciona mais inteligência aos departamentos e a capacidade de avaliar e responder às demandas da população de forma mais rápida. O objetivo é construir um sistema inteligente, que forneça serviços de melhor qualidade para os mais de 1,4 milhão de habitantes da capital gaúcha. A solução permite que a prefeitura gerencie obras e reparos que estão sendo feitos na cidade e administre serviços públicos, como a rede de água e esgoto, o sistema de iluminação pública, pontes, parques, caminhões e containers de lixo. O Aeroporto Internacional de São Paulo fechou parceria com a IBM para o desenvolvimento de um projeto de tecnologia e serviços com o objetivo de unificar, padronizar e integrar os sistemas de gestão, que atualmente funcionam com distintas linguagens e formatos de informação. Com o novo sistema, é possível ampliar e fortalecer a sinergia entre a administração do aeroporto, as autoridades reguladoras e a navegação aérea e, com isso, oferecer mais segurança e eficiência à operação aeroportuária, além de entregar melhores serviços aos passageiros no terminal mais movimentado da América Latina. A nova infraestrutura foi desenvolvida com tecnologia IBM e consiste na gradativa substituição dos recursos técnicos existentes por uma moderna estrutura de conectividade flexível, especialmente preparada para a integração de aplicativos e serviços. O objetivo é atender à crescente demanda do aeroporto com uma estrutura digital que inclua atividades próprias, as necessidades de companhias aéreas e varejistas, a gestão financeira e de negócios, o fluxo aeroportuário, a segurança, entre outros elementos. Setembro 2015 / 7

3a Feira e Congresso Internacional de Edificações & Obras de Infraestrutura. Serviços, Materiais e Equipamentos CIDADES EM MOVIMENTO: SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS PARA OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS.

A CONSTRUCTION EXPO 2016 nasce do apoio direto de 135 entidades do Construbusiness e das principais construtoras do País. A feira reunirá toda a cadeia de serviços, materiais e equipamentos voltados aos segmentos da construção brasileira, afim de estimular e apoiar os municípios na realização dos projetos de infraestrutura que irão potencializar os negócios e alimentar o mercado com novas oportunidades. As empresas e municípios poderão participar da Construction Expo 2016 de 4 modos distintos: SALÕES TEMÁTICOS: um modelo inovador de demonstração de novas tecnologias, serviços, equipamentos e sistemas construtivos; FEIRAS SETORIAIS: espaços para que as entidades realizem seus eventos em um ambiente de compartilhamento de oportunidades; CONGRESSO: foco no desenvolvimento urbano, abordando temas de grande importância para os gestores e técnicos dos setores público e privado; ESTANDES EMPRESARIAIS: áreas disponíveis para que as empresas do setor da construção possam apresentar materiais, equipamentos, serviços e sistemas construtivos. Escolha o modo de participação mais adequado e participe da integração do setor da construção e dos municípios brasileiros. DE 15 A 17 DE JUNHO DE 2016 SÃO PAULO EXPO SÃO PAULO / SP INFORMAÇÕES E RESERVAS DE ÁREA: 11 3662-4159 contato@constructionexpo.com.br www.constructionexpo.com.br REALIZAÇÃO: LOCAL:

Suplemento Cidades Inteligentes Rede de Cidades Inteligentes e Humanas A cidade de Vitória faz PPP voltada para a iluminação pública que incluirá rede internet wi-fi As cidades inteligentes utilizam a tecnologia e recursos digitais para melhorar o desempenho, reduzir custos e consumo de recursos e se envolverem de forma mais eficaz e ativa com seus cidadãos a fim de melhorar qualidade de vida da população. Uma cidade inteligente deve ser capaz de responder mais rapidamente aos problemas e desafios globais e ter uma relação com os habitantes, onde todos possam ser agentes transformadores, causando uma verdadeira revolução social através da informação. Um exemplo é a cidade de Santander, na Espanha. Lá, foi criada uma rede de informações online aos cidadãos, com dados sobre a poluição do ar, serviço de coleta de lixo, dados do trânsito e da iluminação pública, coletados por meio de 12 mil sensores. Surgia assim a Rede de Cidades Inteligentes e Humanas na Europa (European Network of Living Labs - EnOLL), que inclui cidades de Portugal, Finlândia, Bélgica, Itália e Espanha englobando 31 localidades escolhidas. No Brasil, a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas surgiu oficialmente em setembro de 2014. Quinze cidades brasileiras já aderiram à metodologia das Cidades Inteligentes. O projeto tem o apoio do Banco Mundial e é uma SS Vitória (ES) é exemplo de experiência pioneira de PPP na área de iluminação pública dentro do conceito de smart grid iniciativa da União Europeia e do Fórum Nacional de Ciência e Tecnologia da Frente Nacional de Prefeitos. Sua certidão de nascimento, por assim dizer, é a Carta de Vitória, assinada por nove cidades e que recebeu este nome por ter sido redigida na capital do Espírito Santo, durante uma reunião do Fórum Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação da Frente Nacional dos Prefeitos. A meta é investir na pesquisa das tecnologias que serão à base da infraestrutura inteligente das cidades, e ao mesmo tempo, promover a inclusão da sociedade na tomada de decisões. Quem explica é André Gomyde, presidente do Fórum Nacional de Ciência e Tecnologia, que engloba a Rede de Cidades. Gomyde é também presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória. De lá para cá crescemos um pouco e hoje somos 15 cidades integradas, trocando experiência e compartilhando conhecimento sobre o tema. Segundo Gomyde, o papel da Rede Brasileira é apoiar as iniciativas que garantam o envolvimento das pessoas das localidades onde os projetos serão implantados. Defendemos a adoção de plataformas abertas porque não queremos ver nenhuma cidade aprisionada a contratos por 20 ou 30 anos, restritas a uma tecnologia fechada que não conversa com nenhuma outra. Entendemos que os living labs urbanos ou laboratórios vivos urbanos são uma metodologia testada e recomendada para garantir a presença dos cidadãos nesse processo, destaca ele. Para o secretário, é preciso haver estímulo nas cidades aos ecossistemas de inovação sustentáveis e integrados, ou seja, às incubadoras de empresas de base tecnológica ou aos parques tecnológicos. E não menos importante é que a governança seja participativa, que o município esteja disposto a integrar os seus cidadãos através da prestação de bons serviços mas, sobretudo, da troca de informações e da ampliação da qualidade de vida, enfatiza. Entre os objetivos da Rede está a interlocução com financiadores potenciais, entre eles o Banco Mundial para que os municípios possam viabilizar seus projetos de cidades inteligentes A iniciativa já está dando frutos. Em Vitória, por exemplo, está sendo feita uma parceria público-privada (PPP) na área de iluminação pública dentro do espírito de conexão. A partir da gestão do seu parque público de iluminação, a cidade vai 10 / Grandes Construções

Suplemento Cidades Inteligentes Ranking das Cidades Inteligentes no Brasil 1º Rio de Janeiro (RJ) 29,99 2º São Paulo (SP) 29,36 3º Belo Horizonte (MG) 28,91 4º Brasília (DF) 28,34 5º Curitiba (PR) 28,10 6º São Caetano do Sul (SP) 28,09 7º Vitória (ES) 28,01 8º Florianópolis (SC) 26,56 9º Porto Alegre (RS) 26,05 10º Recife (PE) 25,76 Fonte: Urban Systems ganhar um smart grid com Internet de alta velocidade para o cidadão. Há outros municípios como Belém, por exemplo, desenvolvendo várias e importantes iniciativas que podem sim, ser reconhecidos como projetos que visam à implantação de uma Cidade Inteligente dentro da metodologia proposta e defendida pela Rede, explica Gomyde. O secretário informa que a rede está trabalhando na produção de um documento que ajude a definir a política nacional de cidades inteligentes de forma articulada com o Governo Federal. Será o Plano Nacional de Cidades Inteligentes e Humanas. Recentemente a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas foi convidada a integrar uma comissão interministerial formada pelos ministérios da Ciência e Tecnologia, Indústria e Comércio, Comunicação, Cidades e Fazenda para discutir e desenvolver projetos nessa linha, disse. A posição da Rede pode ser resumida em cinco pontos: plataformas tecnológicas abertas; inclusão dos cidadãos locais, com formação das pessoas em torno da tecnologia, do seu uso e do acesso dessas pessoas ao desenvolvimento de aplicativos; Adoção de metodologias dos Living Labs Urbanos, de modo a garantir que o ser humano ocupe com absoluta centralidade os processos em busca de soluções sociais e tecnológicas; o estímulo à ecossistemas de inovação sustentáveis e integrados (parques tecnológicos e as incubadoras de empresas) e; governança participativa. Segundo o líder, há recursos disponíveis para as Human Smart Cities. O que os municípios precisam é ter bons projetos e bom direcionamento, enfatiza. Uma das funções da Rede é atuar como facilitadora desse processo de aquisição de crédito. Nesse sentido, na primeira reunião que a Rede participou em Brasília com a comissão ministerial, Gomyde apresentou uma proposta de flexibilização do uso da Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública (COSIP) que hoje está restrita ao custeio e investimentos em projetos de energia elétrica. Levamos à Comissão Interministerial a proposição que a COSIP possa financiar também as PPPs de Iluminação associadas a projetos de Cidades Inteligentes. A proposta é inovadora e foi muito bem recebida. Já enviei à Presidência da República uma minuta de projeto de lei nesse sentido. Um dos exemplos de como a conexão pode ser uma ferramenta de auxílio está em projetos dentro e fora do país. E vai desde sensores em uniformes escolares para informar aos pais sobre ausências ou atrasos de seus filhos na escola a concessionárias que monitoram suas redes de água ou de energia em busca de eventuais falhas no serviço. Para o secretário, o próximo passo é o lançamento do Instituto e adesão de mais parceiros. Vamos dedicar o segundo semestre de 2015 a esses dois pontos. Queremos que 2016 seja o ano das Cidades Inteligentes e Humanas no Brasil, o que significa que pretendemos tirar do papel alguns projetos importantes e levá-los até o cidadão. TT São Paulo, segunda colocada no ranking de cidades inteligentes no Brasil Para ele, a conexão dos serviços públicos é um caminho irreversível para gestão pública. O conceito da chamada Internet das coisas remonta ao final da década de 1980. Do conceito à realidade estamos vendo, gradativamente, as coisas, ou seja, objetos do dia a dia tornando-se capazes de se comunicar e interagir entre si e com o ambiente por intermédio da troca de dados e informações. Cito como exemplo o tráfego controlado por câmeras que tem autonomia para liberar ou fechar os semáforos de acordo com a informação (dados) que recebe da via. É uma aplicação da internet das coisas das mais importantes para a nossa vida. Com a internet das coisas haverá um fluxo incessante de dados na rede, permitindo que os governos façam a gestão dos serviços de saúde, de educação, de segurança e do trânsito como mencionei. Setembro 2015 / 11

Suplemento Cidades Inteligentes T T Cidade de San Diego, na Califórnia, tem inovadora iluminação pública inteligente, de LED, da GE INTELIGÊNCIA para enfrentar o desafio da sustentabilidade Uma das grandes corporações comprometidas com investimentos voltados para tonar as cidades mais humanas, a GE leva a sério seu papel de elevar a eficiência nos serviços públicos e promover experiências que vão mudar a forma como nos deslocamos em nossas cidades e de como vivemos o dia a dia. Usando a infraestrutura de iluminação existente, desde as luminárias dos espaços públicos até às lâmpadas de nossas casas, a GE está colocando a Internet das Coisas para funcionar de maneira instigante com a Internet Industrial. Isso significa conectar soluções de LED com sensores e software de ponta, como a plataforma Predix da GE, para abrir um novo potencial para o que a luz pode trazer para o mundo. A partir dessa plataforma será possível, por exemplo, ter maior controle do trânsito de grandes cidades, criar redes de acesso wi-fi, gerir estacionamento, monitorar aspectos relacionados à segurança pública, etc. De acordo com Eduardo Polidoro, gerente de Produtos da GE Lighting, os potenciais de oportunidades são infinitos, dando a uma cidade acesso a dados em tempo real que nunca existiram antes. Por exemplo, estacionar no centro da cidade pode ser um problema. Na cidade inteligente do futuro, a rede de sensores GE investe pesado em desenvolvimento de tecnologia para melhorar a vida nas cidades embutidos e transceptores sem fio implantada na iluminação pública de LED poderá direcionar motoristas para vagas disponíveis. A mesma rua poderia servir como um sensor e dar alertas no caso de um furacão ou outro evento por meio de um alto-falante para o público, escondido dentro do poste de luz. Em outro cenário, microprocessadores e outros sensores poderiam trabalhar juntos para dar às equipes de emergência visão em tempo real de uma área, enquanto eles estão respondendo a uma chamada, antes mesmo de chegarem ao local. Estas características são exemplos do que pode ser realizado por meio desta solução no futuro. Polidoro revela que a GE está desenvolvendo projetos pilotos com as cidades de San Diego e Jacksonville nos EUA para analisar as tendências de dados e determinar onde a solução detém o maior valor e como ela será usada. O primeiro piloto nos EUA está sendo desenvolvido em San Diego e adicionará sensores à iluminação pública inteligente de LED da GE, com foco em soluções para estacionamento em sua área urbana. Em 2014, San Diego tornou-se a primeira cidade dos EUA a amplamente utilizar luminárias de LED da GE com tecnologia LightGrid de controles sem fio ao ar livre. A tecnologia, implantada em mais de 3.000 luzes de rua, economiza para a cidade mais de US$254 mil por ano em custos com energia e manutenção. Já Jacksonville, a maior cidade do país em termos de área, vai testar a solução da GE no verão de 2015. Jacksonville também testará a tecnologia de controles sem fio da GE, chamada LightGrid, que irá proporcionar economias significativas de energia para a cidade. Com o monitoramento remoto e mapeamento GPS, essa tecnologia permite aos municípios identificar imediatamente o uso e desempenho de iluminação pública em locais específicos. Certamente, muitos dos produtos que integram o portfolio da GE Lighting fazem parte do conceito GE Ecomagination, um comprometimento adotado pela companhia há quase 10 anos e que tem como objetivo desenvolver tecnologias inovadoras e que atendam os desafios ambientais trazidos pelo crescimento econômico global. Desde o lançamento da plataforma Ecomagination, a GE já investiu US$ 12 bilhões em pesquisa e desenvolvimento e gerou mais de US$ 160 bilhões em receitas. A própria companhia reduziu suas emissões de gases do efeito estufa em 32% desde 2004 e o uso de água doce em 45% desde 2006, comemora. 12 / Grandes Construções

Tecnologia terá impacto na segurança pública Centrais de vídeo-monitoramento e câmeras com alta resolução de imagem auxiliam o trabalho da Polícia na redução dos índices de criminalidade No Brasil, existem cerca de 271 policiais para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2013. O país figura entre as últimas colocações no ranking de policiais por habitantes dentre os países latino-americanos. Mas a solução não é necessariamente aumentar o quadro. Mais relevante do que o número de policiais é a eficiência da atuação desses profissionais. Câmeras de segurança, principalmente aquelas com visão 360 e qualidade de imagem full HD, têm o poder de expandir a atuação policial pois aumentam a capacidade de monitoramento maior áreas supervisionada com o mesmo efetivo. Um conjunto reduzido de policiais pode ser responsável pela visualização de vídeos na sala de videomonitoramento, acompanhando as imagens geradas 24 horas por dia. Essa equipe não precisa sequer ficar de olho em tudo o tempo todo. Basta contar com os recursos inteligentes de alguns modelos de câmeras que identificam comportamentos suspeitos, veículos na contramão e placas de carros roubados. Tais recursos identificam suspeitos e geram alarmes quando ocorrem situações atípicas, anulando a necessidade de se estar presente no local do incidente ou mesmo acompanhar todas as câmeras. As autoridades já se deram conta disso e começaram a investir em câmeras de videomonitoramento IP ligadas em rede que permitem a instalação dos recursos. No ano passado, o Estado de São Paulo assinou um protocolo para aumentar a segurança por meio do videomonitoramento entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e associações de empresas de segurança privada firmando parcerias para receber imagens e informações que contribuam no combate ao crime. Recentemente, passou a funcionar em Bogotá, na Colômbia, um programa semelhante que recebe imagens de câmeras privadas para complementar as públicas no trabalho de monitoramento urbano. Espera-se que essas iniciativas se multipliquem ao longo de 2015. Outra tendência que deve crescer são as Parcerias Público-Privadas para o compartilhamento de câmeras privadas instaladas em peças do mobiliário urbano. A adoção de um conjunto amplo de câmeras de alta qualidade de imagem é o primeiro passo para que uma cidade se torne inteligente. As mesmas imagens públicas e privadas acessadas pela Polícia podem ser compartilhadas com outros órgãos, como Corpo de Bombeiros, SAMU e Detran. Elas são capazes de reduzir o número de chamados falsos ou dimensionar a gravidade de um chamado para o envio de atendimento adequado. Isso permite uma gestão muito mais eficaz dos recursos disponíveis para atender à população e garantir uma melhor qualidade de vida em centros urbanos. Segundo Marcelo Ponte, Gerente de Marketing da Axis Communications, empresa especializada em sistemas de vídeo-segurança, para que isso seja possível, a qualidade de imagem em qualquer condição ambiental ou de luz é imprescindível. Afinal, de nada adianta ter acesso a centenas de câmeras que mostram imagens pixeladas, que impedem a identificação de pessoas e o esclarecimento de crimes. A inovação nesta área será um dos principais impulsionadores da indústria. As principais tendências são a tecnologia 4K equivalente a quatro vezes a resolução de uma imagem Full HD, e duas tecnologias que surgiram nos últimos anos e devem ganhar popularidade: a Lightfinder, que permite captar imagens coloridas mesmo no escuro (já que normalmente as câmeras mudam para a função preto-e-branco à noite) e a Captura Forense, um tipo de compensação automática de contraste de luz que produz imagens cheias de detalhes mesmo de objetos à contraluz. A facilitação de acesso a esses recursos é outra tendência do setor. Novos modelos de negócios como o videomonitoramento como serviço (VSaaS) permitem o aluguel de câmeras e sua constante atualização para acompanhar as novidades ao longo dos anos. Setembro 2015 / 13

entrevista Um projeto de Nação Ao longo de mais de 50 anos de história, e de 1.200 projetos de diversas áreas, o arquiteto Siegbert Zanettini construiu sua trajetória profissional conciliando Arquitetura aos conceitos de industrialização, inserção de novas tecnologias ambientais e de sustentabilidade. Premiado e reconhecido como um dos ícones mundiais da Arquitetura Verde, Zanettini acredita que seja o momento para refletir sobre o futuro do país. Em sua opinião, o futuro das cidades brasileiras está vinculado ao projeto global de Nação Brasileira. Ele defende a necessidade de olhar o país sob uma perspectiva holística, deixando para trás a visão departamentalizada. Para ele, a inteligência das cidades está vinculada ao grau de conhecimento que cada país detém, o que se reflete no seu domínio pela tecnologia e na evolução do seu povo. Veja a seguir a entrevista com o arquiteto Siegbert Zanettini. Como o Brasil pode olhar para o futuro, sem resolver problemas do passado? É preciso pensar e planejar estruturalmente esse futuro. Ter um comportamento de respeito ao passado, ver as condições presentes e planejar o futuro. É preciso ter uma visão holística. Olhar o país como um todo, de maneira que não se separe as partes do todo, e olhar para todas as áreas de conhecimento. O setor econômico pensa economicamente. Mas não é só um problema econômico, mas também social. Essa separação já é uma violência. Isso vale para o corpo humano e para as cidades. Um olhar para o futuro precisa ser como um todo humanas, biológicas, exatas, área ambiental. O conhecimento é o grande diferencial de um país. A tecnologia pode ser uma aliada para tornar as metrópoles brasileiras mais saudáveis para os seus habitantes? A tecnologia deve estar em equilíbrio com o conhecimento sensível, num trabalho integrado com outras disciplinas que incorporem, sobretudo, o homem além dos princípios básicos de qualquer projeto. Verificar as cidades, seus usos, o momento temporal, os objetivos e todos os seus aspectos, faz-se de grande valia para tornar as cidades ambientes saudáveis e espaços de cidadania, superando a realidade atual da cidade como lugar de consumo. Hoje somos consumidores, não cidadãos. A tecnologia deve ser acompanhada por inovações conceituais técnicas e criativas, objetivando o espaço urbano como lugar de vida. O computador e as tecnologias são apenas mais instrumento e suas ferramentas. Porque as políticas de saneamento, abastecimento, mobilidade, habitação não são as prioridades nas megalópoles brasileiras? As elites políticas e econômicas que até o presente detém o poder de encaminhamento de soluções das principais questões da sociedade são despreparadas culturalmente, e na quase totalidade, tem como principais objetivos o ganho pessoal, o prestígio e a acumulação econômica. Mas há exemplos de elites que não pensam assim, como na Suécia, Suíça, 14 / Grandes Construções

Noruega, parte da elite da Alemanha. A Alemanha tem 100 prêmios Nobéis. Nós não temos nenhum. Porque estão investindo em conhecimento. A nossa elite é muito pobre intelectualmente. São Paulo tem recorde de acidentes de automóveis. Ainda somos fornecedores de commodities, então tudo isso define o nosso presente e futuro. Qual a solução? Enquanto não tivermos a sociedade civil organizada com a contribuição das universidades, órgãos públicos isentos, entidades de classe que representem os vários setores sociais e da intelectualidade técnica e artística, as prioridades urbanas continuarão em segundo plano. É preciso atenuar a posição consumista, supérflua e individualista, de longa data e ainda presente em significativa parcela da população, e direcionar o desenvolvimento urbano priorizando educação, saúde, trabalho e lazer, elevando a condição do homem de consumidor para cidadão. Trata-se de estruturar outra visão de mundo que decorre de consciência e da sensibilidade na proposição de programas que devem ser estruturados como instrumentos capazes de provocar a reflexão e a capacidade de julgamento de questões prioritárias para a sociedade, assim como da avaliação para enfrentar a complexidade do mundo contemporâneo. Como a Arquitetura Urbana deve se aliar a Tecnologia da Informação? Aqui ainda se faz uma Arquitetura de SS Hospital Moriah, projeto do Zanettini, com foco na sustentabilidade 50 anos atrás, de empilhamento, como a padronização do Minha Casa Minha Vida, onde não tem diversificação nenhuma, e não prevê famílias diferentes. São Paulo, por exemplo, é uma cidade desconectada em suas áreas de trabalho, moradia, lazer, saúde. A escala da cidade não pára de crescer, mas de maneira totalmente sem harmonia. A solução é a bicicleta? Em um lugar onde tem 32 mil acidentes por ano?. Em Boston é possível andar por vários parques sem passar por ruas. Mas aqui é tudo feito de forma improvisada. TTZanettini critica o que chama de arquitetura de empilhamento, presente no programa Minha Casa, Minha Vida Como visar uma cidade inteligente nesse contexto? Isso só será possível através da participação dos vários segmentos organizados para gerar uma voz coletiva. Pensar que somente a coletividade pode contribuir para essa solução. Senão ficamos só exportando commodities. Uma coisa está em conflito com a outra. É precise que se estude e avalie as melhores soluções para cada região, pois o país é muito desequilibrado. Há problemas de saúde, educação, mobilidade, que não podem ser resolvidos ao mesmo tempo. Mas quais são os pontos que devem ser atacados? A Sociedade deve pensar de uma forma integrada e organizada, sob uma visão e multidisciplinar. Nos meus projetos eu tenho que reunir várias disciplinas. Dependendo do projeto, eu preciso de uma equipe que reúna desde arquitetos, engenheiros, geólogos, biólogos para obter a melhor a solução. No caso de uma cidade, essa escala é gigantesca. É possível pensar em cidades mais inteligentes nesse contexto? É preciso mudar o comportamento dos gestores brasileiros. Porque não chamar a Universidade de São Paulo (USP), que tem todas as áreas de conhecimento, para dar uma contribuição, assim como outros órgãos que produzem conhecimento? Mas ninguém os ouve. Por isso ficamos nas saídas supérfluas. O que aconteceu com a água vai acontecer com a distribuição de energia daqui a 10 anos. Na hora que der uma pane elétrica na cidade, vai ser muito pior que ocorreu com a água. A rede é antiga, cheia de gambiarras, tudo feito sem planejamento, um fio sobre o outro. Aqui na minha região tem três a quatro paradas de energia por semana. Então imagine quanto estiver tudo conectado a essa rede? Nos meus projetos tudo é conectado. Setembro 2015 / 15

11 DE NOVEMBRO DE 2015 A PARTIR DAS 17h ESPAÇO HAKKA SÃO PAULO - SP EVENTO ESTRATÉGICO, COM PALESTRAS QUE APRESENTAM AS PERSPECTIVAS PARA OS PRÓXIMOS CINCO ANOS NO SETOR DE EQUIPAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO. Participação Especial - Dr. MAILSON DA NOBREGA Tema - PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA Economista. Foi ministro da Fazenda (1988-1990). Tem cinco livros publicados, inclusive sua autobiografia. Colunista da revista VEJA e membro do Conselho de Administração de várias empresas. Economista do Ano 2013. Sócio da Tendências Consultoria Integrada, empresa de consultoria sediada em São Paulo. PATROCINADORES: DIAMANTE: APOIO DE MÍDIA: REALIZAÇÃO: OURO: PRATA: Potencialize sua marca e incremente o relacionamento com as principais empresas do setor da construção! Mais informações: WWW.SOBRATEMA.ORG.BR/TENDENCIAS/