Saques do FGTS podem ser concentrados no 1º semestre

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Transcrição:

Boletim 1137/2017 Ano IX 20/01/2017 Saques do FGTS podem ser concentrados no 1º semestre Por Fabio Graner e Edna Simão O governo ainda finaliza o calendário de saque das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas uma das propostas que avançou nas discussões é concentrar a liberação dos recursos no primeiro semestre, em cerca de quatro meses. Se esse caminho for adotado, o estímulo econômico da medida ocorre mais rapidamente do que se a liberação fosse ao longo de um ano, hipótese que circulou por causa da ideia de vincular o saque ao mês de aniversário dos cotistas. A decisão definitiva ainda será tomada e precisa ser feita até o fim do mês, já que a promessa é que os saques se iniciem em fevereiro. Ontem, o jornal "Folha de S. Paulo" publicou reportagem informando que o governo estaria cogitando estabelecer um limite máximo para os saques, evitando que contas com maiores volumes fossem totalmente resgatadas. A notícia foi desmentida pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e depois pelo presidente Michel Temer. "Não houve nenhuma modificação [na proposta] do FGTS", afirmou Temer. "Quem tiver dinheiro em contas inativas do FGTS vai sacálo", disse. Apesar da negativa sobre a limitação, de fato houve um movimento, gerado por pressão do setor da construção, mas com respaldo de alguns técnicos da área econômica, para que a iniciativa fosse adotada. A liberação do FGTS é uma das apostas do governo para estimular a retomada da economia em 2017, depois de dois anos de forte recessão e de piora contínua nas projeções de retomada. Uma ala dentro do governo, que inclui a Caixa Econômica Federal, defendia limitar o saque a dez salários mínimos. Isso porque, sem uma trava, a retirada do dinheiro das contas inativas teria um potencial de R$ 41 bilhões, número que dificilmente deve ser atingido, segundo uma fonte. Nos cálculos divulgados anteriormente pelo governo, a saída de recursos chegaria a R$ 30 bilhões. Um técnico explicou que R$ 30 bilhões é o máximo que o fundo pode contribuir para retomada, sem comprometer seus investimentos, que são principalmente na área de habitação. No início das discussões, técnicos propuseram saques de até R$ 1,5 mil para pagamento de dívidas, mas, no fim, o governo federal optou por permitir o saque independentemente do valor. (Colaboraram Luiz Henrique Mendes e Bruno Peres, de Ribeirão Preto e Brasília) (Fonte: Valor Econômico dia 20/01/2017) 1

Indústria paulista fechou 152,5 mil postos de trabalho em 2016, diz Fiesp Nível de emprego caiu 6,58% ante 2015; entidade vê agora tendência de estabilização, após ajuste à queda da produção, com possibilidade de melhora só a partir de 2018 SÃO PAULO - O nível de emprego na indústria paulista registrou queda de 6,58% em 2016, com fechamento de 152,5 mil vagas, informou o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) nesta quinta-feira, 19. O resultado de dezembro contribuiu com a retração de postos de trabalho na indústria paulista, com declínio de 1,62% ante novembro, na série sem ajuste sazonal. No último mês de 2016, 35,5 mil vagas foram fechadas, segundo a pesquisa. O gerente do Depecon, Guilherme Moreira, ressalta que o encerramento de postos de trabalho foi generalizado em 2016, pois ocorreu em 21 dos 22 setores acompanhados pelo levantamento, refletindo a crise econômica. Mas ele vê uma tendência de estabilização em 2017. "O emprego na indústria veio se ajustando à queda da produção. Mas acreditamos que o período agora seja de estabilização, com retomada mais intensa de vagas apenas a partir de 2018", observa Moreira. Segundo a pesquisa, a indústria carrega no acumulado desde 2011 um saldo negativo de empregos. Ao longo desse período, foram encerradas 609 mil vagas, sendo 518 mil baixas registradas entre 2014 e 2016. Regiões A abertura do levantamento mostra que a Grande São Paulo teve recuo de 7,39% no emprego na indústria no ano, enquanto o interior do Estado apresentou declínio de 6,20%. Na avaliação por diretorias regionais, as variações negativas aconteceram em Cubatão (- 33,09%), influenciadas pelo setor de metalurgia (-54,94%) e produtos de metal (-14,93%), Santa Bárbara d'oeste (-14,18%), com destaque para setores de produtos alimentícios (- 2

34,89%) e produtos de metal (-30,12%) e Santo André (-13,33%), com influência dos segmentos de produtos alimentícios (-65,26%) e de borracha e plástico (-35,86%). Em contrapartida, só duas regiões tiveram variação positiva: São Carlos (2,20%), influenciado por produtos de borracha e plástico (66,07%) e produtos diversos (9,63%) e Marília (2,13%), no rastro dos produtos alimentícios (10,82%) e dos de borracha e plástico (6,37%). Estadão Conteúdo CNI: confiança do industrial volta a crescer - Após três meses seguidos de queda, a confiança do setor industrial voltou a crescer e sinaliza sentimento neutro dos empresários, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial subiu 2,1 pontos entre dezembro de 2016 e janeiro de 2017 e atingiu 50,1 pontos. Apesar do aumento, o indicador segue abaixo da média histórica de 54,1 pontos. Segundo a CNI, leituras acima de 50 indicam otimismo e números inferiores sinalizam prevalência do pessimismo. Em janeiro de 2016, o dado estava em 36,5 pontos. O economista da entidade, Marcelo Azevedo, avalia que a melhora em relação a dezembro é resultado de uma série de fatores - como propostas para mudanças na legislação trabalhista e medidas para tentar ajudar a situação financeira das empresas e famílias - em um cenário de queda do juro e inflação menor. "A queda dos juros é importante para incentivar o consumo. A notícia de que a inflação está caminhando para a meta fixada pelo Banco Central abre possibilidade de novas quedas nos juros nos próximos meses, o que é positivo para a economia", disse Azevedo, em nota. Os números da CNI mostram que a confiança cresceu especialmente pela expectativa de melhora da situação econômica e das empresas nos próximos seis meses -, chegando a 50,2 pontos. Além disso, as perspectivas em relação à própria empresa melhoraram ainda mais -, alcançando 56,9 pontos./estadão Conteúdo (Fonte: DCI dia 20/01/2017) 3

Brasil ocupa penúltima posição em ranking de competitividade com 18 países Ranking é liderado pelo Canadá, seguido por Coreia do Sul e Austrália; País só ficou à frente da Argentina Anne Warth, O Estado de S.Paulo BRASÍLIA - O Brasil ficou na penúltima posição em um ranking de competitividade que inclui 18 países, de acordo com estudo anual da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento compara nove critérios que influenciam a capacidade de uma empresa brasileira competir com uma companhia estrangeira. O ranking é liderado pelo Canadá, seguido por Coreia do Sul e Austrália. O País só ficou à frente da Argentina. 4

De 2015 para 2016, o Brasil piorou em quatro indicadores: disponibilidade e custo de mão de obra; ambiente macroeconômico; competição e escala do mercado doméstico; e tecnologia e inovação. O Brasil se manteve estável nos critérios disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística; peso dos tributos; e ambiente de negócios. A pior colocação foi no quesito disponibilidade e custo de capital. Entre os 18 países, o Brasil teve a maior taxa de juros real de curto prazo (11%) e o maior spread bancário (31,3%). Felizmente, vemos o início da solução disso, com o Banco Central começando a reduzir os juros, afirmou o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. O diretor de Políticas e Estratégia da entidade, José Augusto, disse que a expectativa é que a Selic fique abaixo dos dois dígitos até o fim do ano. Podemos ter alguma mudança no ranking deste ano com os avanços na área fiscal, o combate à inflação e a taxa de juros em queda. A boa notícia do estudo é que o País melhorou no fator educação, saindo da 10.ª para a 9.ª posição. No ano passado, o Brasil destinou 6,4% do PIB para a educação, volume inferior apenas ao da África do Sul, que reservou 7,3% do PIB para esse fim. É na educação que o País está na melhor posição. No entanto, esse volume de investimentos não se reflete na qualidade do ensino. Fonseca explicou que, no programa internacional de avaliação de estudantes (PISA) de 2015, o País ficou na 12.ª posição entre 14 países. Há um problema de gestão. Precisamos fazer com que esse gasto gere resultados eficientes, afirmou. No quesito disponibilidade e custo de mão de obra, o Brasil caiu da 5.ª para a 11.ª posição. Segundo Fonseca, embora a desvalorização do real frente ao dólar tenha tornado os salários mais baratos, a baixa produtividade do trabalhador teve peso maior nesse quesito. Isso significa que é preciso mais pessoas para cumprir um mesmo trabalho no Brasil que em outros países. Desde que o levantamento começou a ser realizado, em 2012, o País nunca conseguiu sair do penúltimo lugar. Integram o ranking outros 17 países com economias similares, como África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Índia, Indonésia, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia e Turquia. (Fonte: Estado de SP dia 20/01/2017) 5

(Fonte: Folha de SP dia 20/01/2017) 6