TROP FRUTAS DO BRASIL S.A. Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatórios da administração e dos auditores independentes



Documentos relacionados
ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa

ABERTURA DAS CONTAS DA PLANILHA DE RECLASSIFICAÇÃO DIGITAR TODOS OS VALORES POSITIVOS.

Instituto Lina Galvani

A companhia permanece com o objetivo de investir seus recursos na participação do capital de outras sociedades.

Niterói Administradora de Imóveis S/A. Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

RESOLUÇÃO CFC Nº /09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Graal Investimentos S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 (em fase pré-operacional)

Eólica Faísa V Geração e Comercialização de Energia Elétrica S.A.

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

Raízen Combustíveis S.A.

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos

Salus Infraestrutura Portuária S.A. (anteriormente denominada RB Commercial Properties 42 Ltda.)

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ BANCO BRADESCO SA Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Empréstimos a empregados Empréstimos a terceiros Tributos a Compensar IR Retido na Fonte a Compensar

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 6 Grupo de contas do Balanço Patrimonial

Resultados 1T07 10 de maio de 2007

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES. Aos Sócios, Conselheiros e Diretores da INSTITUIÇÃO COMUNITÁRIA DE CRÉDITO BLUMENAU-SOLIDARIEDADE ICC BLUSOL

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS-AMBEV Versão : 1. Composição do Capital 1

Curso Extensivo de Contabilidade Geral

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

A Geradora Aluguel de Máquinas S.A.

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS LEVANTADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível

Demonstrações Financeiras UPCON SPE 17 Empreendimentos Imobiliários S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003 CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DE CAMPINAS S.A. CEASA

ANALISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. Prof. Mário Leitão

Apresentação de Resultados 1T15

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 06 (R1) Operações de Arrendamento Mercantil. CVM - Deliberação nº. 645/10; CFC - NBC TG 06 - Resolução nº. 1.

Instituto Odeon - Filial Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatório de revisão dos auditores independentes

EARNINGS RELEASE 2008 e 4T08 Cemig D

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

CPC 15. Combinações de Negócios. Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT

Serviço Funerário Bom Pastor Ltda ME Demonstrações contábeis findas em 31 de dezembro de 2014

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 20. Custos de Empréstimos. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 23

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 10 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

NBC T Subvenção e Assistência Governamentais Pronunciamento Técnico CPC 07

Brito Amoedo Imobiliária S/A. Demonstrações Contábeis acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes

INSTRUMENTOS FINANCEIROS

CPC 27 - IMOBILIZADO CPC Prof. Ms. Maurício F. Pocopetz

BERJ PUBLICA BALANÇO DE 2007 AUDITADO (25/08/2008)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

Contabilidade Financeira


1.1 Demonstração dos Fluxos de Caixa

PÓS GRADUAÇÃO DIRETO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE E LIVROS EMPRESARIAS PROF. SIMONE TAFFAREL FERREIRA

e) ,00. a) ,00. c) 0,00 (zero).

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Banrisul Armazéns Gerais S.A.

Prezado(a) Concurseiro(a),

4 Fatos Contábeis que Afetam a Situação Líquida: Receitas, Custos, Despesas, Encargos, Perdas e Provisões, 66

Relatório sobre as demonstrações financeiras Período de 13 de abril de 2012 (Data de constituição da Companhia) a 31 de dezembro de 2012

Demonstrações Financeiras. Confederação Brasileira de Remo. em 31 de dezembro de Com relatório dos Auditores Independentes

Conciliação do BR GAAP com o IFRS Resultado e Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2008

Empreendimentos Florestais Santa Cruz Ltda. Demonstrações financeiras em 30 de setembro de 2009 e relatório dos auditores independentes

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ VULCABRAS SA / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

Renda Fixa Privada Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA. Certificado de Recebíveis do Agronegócio CRA

GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2006 e de 2005 e parecer dos auditores independentes

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 12 Ajuste a Valor Presente.

PANATLANTICA SA /

Fundação Amazonas Sustentável Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2008 e parecer dos auditores independentes

Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica

É aquele em que não há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo.

Light Serviços de Eletricidade S.A. Demonstrações contábeis regulatórias referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2013

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa

ASSOCIAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM REDE

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

PLANO DE CONTAS. - Plano FOLHA: INSTITUTO DE ELETROTÉCNICA E ENERGIA DA USP DATA: 18/08/2009 PERÍODO: 01/2007

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CEAP 5º CCN DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Demonstrações Contábeis

TRX Securitizadora de Créditos Imobiliários S.A.

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.418/12 -MODELO CONTÁBIL SIMPLIFICADO PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ITG 1000

Tributos sobre o Lucro Seção 29

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

MBK Securitizadora S.A. Relatório sobre as demonstrações financeiras Período de 13 de abril de 2012 (Data de constituição da Companhia) a 31 de

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Durante o mês de dezembro a Companhia efetuou as seguintes transações:

1. a. Preencha os balancetes: 1.01.x1: Formação do Capital, com $ 400 em dinheiro e uma perua no valor de $ 200

O Impacto da Lei /07 no encerramento das Demonstrações Contábeis de 2008

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Maratona Fiscal ISS Contabilidade geral

COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO ALIANÇA COOPERNITRO C.N.P.J. n.º /

Basicamente, o relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:

TRABALHOS TÉCNICOS Divisão Jurídica ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL SIMPLIFICADA PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

CNPJ: / BALANÇO PATRIMONIAL PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013 (EXPRESSO EM REAIS) ATIVO

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011 e 2010

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes

Gerdau S.A. e Metalúrgica Gerdau S.A. Em 31 de dezembro de 2011 e 2010

CEMEPE INVESTIMENTOS S/A

6 Balanço Patrimonial - Passivo - Classificações das Contas, 25 Exercícios, 26

Transcrição:

TROP FRUTAS DO BRASIL S.A. Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatórios da administração e dos auditores independentes

SUMÁRIO 1. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO...4 1.1. MENSAGEM DA DIRETORIA... 4 1.2. SUSTENTABILIDADE E COMPROMISSO SOCIAL... 5 1.3. DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS... 5 1.3.1. Resultado operacional... 5 1.3.2. Volume de produção... 6 1.3.3. Custo de produção e custo dos produtos vendidos... 7 1.3.4. Despesas com vendas e administrativas... 7 1.4. GESTÃO DO ENDIVIDAMENTO... 8 1.5. INVESTIMENTOS... 8 1.6. PERSPECTIVAS... 9 1.7. PROPOSTAS DA ADMINISTRAÇÃO... 9 2. BALANÇO PATRIMONIAL... 10 2.1. ATIVO...10 2.2. PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO...11 3. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO... 12 4. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO... 13 5. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA... 14 6. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS... 15 6.1. CONTEXTO OPERACIONAL...15 6.2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS...15 6.2.1. Bases de apresentação... 15 6.2.2. Caixa e equivalentes de caixa... 15 6.2.3. Contas a receber... 16 6.2.4. Estoques... 16 6.2.5. Tributos sobre o lucro... 16 6.2.6. Imobilizado... 17 6.2.7. Ativos Intangíveis... 17 2

6.2.8. Operações de arrendamento mercantil... 17 6.2.9. Contas a pagar a fornecedores... 17 6.2.10. Empréstimos e financiamentos... 18 6.2.11. Outros ativos e passivos... 18 6.2.12. Reconhecimento das receitas... 18 6.2.13. Distribuição de dividendos... 19 6.2.14. Uso de estimativas... 19 6.2.15. Instrumentos financeiros... 19 6.2.16. Contingências... 20 6.2.17. Avaliação do valor recuperável dos ativos... 20 6.3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA...20 6.4. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES...20 6.5. ESTOQUES...21 6.6. TRIBUTOS A RECUPERAR OU COMPENSAR...22 6.7. APLICAÇÕES FINANCEIRAS...23 6.8. TRIBUTOS SOBRE O LUCRO...23 6.9. OUTROS ATIVOS...24 6.10. IMOBILIZADO...25 6.11. INTANGÍVEL...27 6.12. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS...28 6.13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO...29 6.13.1. Capital social... 29 6.13.2. Reservas de capital... 30 6.13.3. Dividendos... 30 6.14. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA...30 6.15. GASTOS POR NATUREZA...31 6.16. RESULTADO FINANCEIRO...32 6.17. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIA...32 7. COBERTURA DE SEGUROS... 33 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS... 34 3

1. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 1.1. MENSAGEM DA DIRETORIA O quinto ano de operações da Trop Brasil foi marcado por uma importante mudança em sua estrutura, que contribuirá, ainda mais, para o crescimento sustentável do negócio ao longo dos próximos anos. No mês de novembro de 2012 a SABB - Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil, uma empresa do Grupo Coca-Cola, o mais importante cliente da Companhia, adquiriu a maioria das ações representativas do seu capital social, bem como os Bônus de Subscrição, tornando-se sua nova controladora. Subordinada a esta nova estrutura, a Trop Brasil passou a ter acesso a um potencial crescimento antes não conhecido, muito além da sua atual capacidade de produção, dentro de um sistema que é referência mundial em desempenho, qualidade e sustentabilidade. Antes mesmo do fechamento do negócio, duas importantes decisões estratégicas foram tomadas pela administração, já alinhadas com os propósitos do novo controlador: (1) redução da exposição ao mercado externo, que em geral oferecia margens menores do que a da SABB Sistema de Alimentos e Bebidas; (2) a suspensão da produção de itens que não faziam parte do portfólio do cliente, cujos volumes eram irrelevantes. Na contramão das expectativas da administração, uma crise na produção do maracujá e o atraso na produção da manga Ubá provocaram uma redução na oferta de frutas. Rápidas ações estão sendo tomadas no setor agrícola, envolvendo novas políticas de negociação com os produtores e a elaboração de um planejamento estratégico para o pólo de manga Ubá do Espírito Santo, junto com o Governo do Estado. As boas notícias são as rápidas ações tomadas para contornar um cenário adverso que nos trazem expectativas de fazer de 2013 um ano melhor, com maior nível de produtividade, maior volume de vendas, mais empregos e mais investimentos. CLEBER ROCHA VIEIRA Diretor 4

1.2. SUSTENTABILIDADE E COMPROMISSO SOCIAL A Trop Brasil é uma empresa alinhada com os valores e desafios do século XXI. Sua visão é de longo prazo e seus compromissos englobam o respeito ao meio-ambiente, o bem-estar de seus colaboradores e o equilíbrio na relação com fornecedores e clientes. Uma das ações que ilustram os valores da Trop Brasil é o projeto Fruta Saudável, que busca transferir conhecimento e tecnologia aos seus principais fornecedores, os produtores rurais. O projeto é voltado para a produção de frutas com rigoroso controle de defensivos, obtenção de bons índices de produtividade, melhoria das condições de trabalho e capacitação das centenas de produtores que mantém relação com a empresa. No final de 2012, a Trop Brasil gerava 161 empregos diretos, número que se mostrou em linha com o registrado em 2011. Alinhado com o objetivo de produzir frutas saudáveis, o projeto Indústria Saudável está atento à qualidade de vida desses colaboradores, promovendo diversas ações voltadas à saúde: Assistência médica para o colaborador e sua família; Campanhas de vacinação e de orientação sobre drogas e doenças infecto-contagiosas; Serviços especializados de segurança no trabalho, entre outras. Empregos diretos 160 161 145 2010 2011 2012 Além do respeito a fornecedores, empregados, clientes e consumidores, a empresa ainda contribuiu com a proteção ao meio ambiente através de diversas ações: Uso racional de água; Coleta seletiva de lixo; Tratamento adequado de efluentes; Reaproveitamento dos resíduos de frutas para produção de adubo orgânico; Educação ambiental com os funcionários e a comunidade, entre outras. 1.3. DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS 1.3.1. Resultado operacional Em seu quinto ano de atividades, o resultado operacional da Companhia sofreu o impacto da redução na oferta do maracujá e o atraso na produção da manga Ubá. A receita bruta de vendas caiu 9,1%, passando de R$ 31,7 milhões em 2011 para R$ 28,8 milhões em 2012. Do total das vendas do último ano, 45% provieram da comercialização de polpa integral 5

(NFC) de manga, 42% da polpa integral de maracujá e 13% da polpa integral de goiaba, que são os três principais produtos oferecidos pela Companhia. 24.775 Faturamento bruto (R$ '000) 31.719 28.827 2010 2011 2012 42% Composição da receita bruta 0% Polpa NFC de Manga Polpa NFC de Goiaba 45% Polpa NFC de Maracujá Polpa NFC de Abacaxi Polpa NFC de Mamão 13% A companhia tomou uma decisão estratégica de suspensão das vendas para o mercado externo, sendo esse o principal motivo da redução na receita bruta de vendas. As exportações representaram 5,6% do total de vendas do ano de 2011, e ficaram abaixo de 1% no ano de 2012. No mercado interno, a receita bruta foi 4,3% inferior à registrada no ano anterior. O menor volume de manga e o aumento do preço do maracujá foram os motivos dessa redução. A redução na receita de vendas, associada a maiores níveis de ociosidade da planta provenientes de um menor volume de produção, provocou uma variação de 50,9% no resultado bruto de 2012 em relação ao ano anterior, tendo passado de R$ 9,7 milhões em 2011 para R$ 5,0 milhões. Com isso, o lucro antes dos juros, impostos sobre a renda, depreciação e amortização (EBITDA) passou de R$ 5,7 milhões em 2011 para R$ 700 mil em 2012. A margem EBITDA, medida como um percentual da receita líquida de vendas, passou de 21% em 2011 para 3% em 2012. 1.3.2. Volume de produção O volume total de frutas in natura processadas em 2012 foi de 12,8 mil toneladas, número 47,3% menor do que o registrado em 2011. Os volumes de manga e de maracujá foram os que apresentaram maior queda, tendo sido de 63,9% e 2,9%, respectivamente. Foi registrado um aumento no volume de produção de goiaba da ordem de 12,1%. Em função da redução nos volumes de frutas, o volume total de polpa produzido foi 48,6% menor do que o registrado em 2011, atingindo 7,5 mil toneladas. Volume de frutas processadas (toneladas) 23.872 24.348 12.828 2010 2011 2012 6

1.3.3. Custo de produção e custo dos produtos vendidos O custo dos produtos vendidos refletiu, em 2012, a elevação do nível de ociosidade da planta e os maiores custos de aquisição do maracujá. Enquanto a receita bruta de vendas diminuiu 9,1% em relação a 2011, o custo dos produtos vendidos aumentou em 8,0%. Os números que sustentam essas informações estão disponíveis na nota explicativa Gastos por natureza. O preço de mercado do maracujá in natura sofreu um expressivo aumento em relação a 2011, provocado pela redução na oferta da fruta. Com o mercado aquecido, muitos produtores preferiram destinar a fruta para o mercado de mesa do que para a indústria, descumprindo os contratos de volume e preço firmados. A Companhia não conseguiu repassar parte deste aumento, pois os contratos com os clientes já tinham sido firmados no final do ano anterior. O custo direto e totalmente variável, formado pelas frutas e materiais de embalagem (bag, etiqueta e saco plástico), correspondeu a 63,0% do custo total de formação dos estoques de 2012. O restante ficou a cargo dos custos de transformação, segregados em três grandes grupos: depreciação e amortização (9,8%), pessoal (15,2%) e demais custos de transformação (12,1%). A conta de pessoal inclui todos os gastos relacionados à mão-de-obra da produção salários, encargos trabalhistas, benefícios sociais, gastos com saúde e segurança do trabalho, etc. Os demais custos de transformação incluem os gastos com energia elétrica e vapor, materiais de manutenção industrial, materiais para limpeza CIP e para o laboratório, serviços de manutenção industrial, controle de pragas, entre outros. 1.3.4. Despesas com vendas e administrativas Em 2012, as despesas com vendas e administrativas foram equivalentes a 28,9% da receita líquida de vendas, tendo aumentado 5,3 p.p. se comparadas aos 23,6% registrados em 2011. Há uma tabela contendo o resumo das despesas com vendas e administrativas disponível na nota explicativa Gastos por natureza. Os gastos com pessoal, que incluem os salários, encargos trabalhistas, benefícios sociais e gastos com saúde e segurança do trabalho, representaram 26,0% do total das despesas. As despesas classificadas como serviços de terceiros (21,7% do total) incluem, principalmente, os honorários de consultorias em diversas áreas administrativas, da assessoria jurídica e da auditoria. As despesas com armazenagem externa, que se referem aos aluguéis, o controle e a movimentação dos estoques de produtos acabados em armazéns gerais, representaram 13,8% do total. A variação de 13,4% em relação a 2011 pode ser explicada, principalmente, pelo reajuste no preço dos aluguéis (baseado no IGP-M). As despesas com vendas, que representaram 7,2% do total, incluem, principalmente, os fretes sobre vendas, os gastos com os processos de exportação e as comissões dos agentes de exportação. A queda em relação a 2011 já reflete a redução das vendas para o mercado externo. 7

1.4. GESTÃO DO ENDIVIDAMENTO Uma característica da atividade de fabricação de polpas de frutas é a elevada necessidade de captação de recursos financeiros para cobrir a necessidade de capital de giro, pois as frutas in natura são preferencialmente adquiridas durante os períodos de safra (em função de menores preços) e as poupas produzidas durante este período, são armazenadas para serem comercializadas ao longo do ano. Essa peculiaridade faz com que o prazo médio de estocagem dos produtos acabados seja de, aproximadamente, 150 dias. Na contramão do prazo de armazenagem e para garantir a sustentabilidade dos produtores rurais e do modelo de negócio, a Companhia garante o pagamento ao fornecedor num prazo nunca superior a 30 dias, além de cumprir rigorosamente com os volumes de compra e preços firmados em contratos anuais. Do endividamento total da Companhia, cujo detalhamento está disponível na nota Empréstimos e financiamentos, 58,5% ou R$ 16,7 milhões são destinados ao financiamento da necessidade de capital de giro, dentre os quais 34,2% provieram de linhas ligadas a recursos controlados pelo Governo Federal (crédito rural), cuja taxa anual de juros é de 5,5%. Em relação a 2011, o endividamento destinado ao financiamento da necessidade de capital de giro diminuiu 10,3%. A redução do nível de estoques, que passou de R$ 11,5 milhões em 2011 para R$ 7,9 milhões em 2012, e a antecipação de alguns recebíveis do grupo são as duas principais explicações para a queda no endividamento. As dívidas destinadas ao financiamento do ativo imobilizado não sofreram significativa alteração. 1.5. INVESTIMENTOS Em 2012, os investimentos da Companhia totalizaram R$ 830 mil e foram alocados da seguinte maneira: Valores em R$ 000 2012 2011 Tambor 26 845 Edificações 18 385 Máquinas e equipamentos 242 298 Pallet - 137 Estação de tratamento de efluentes 159 133 Veículos 3 27 Outros 382 45 Total 830 1.870 8

1.6. PERSPECTIVAS A Trop Brasil controlada pela SABB - Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil traz boas perspectivas para o negócio. O crescimento na produção de polpa, com o intuito de aumentar a participação nos volumes consumidos pelas unidades de sucos prontos para beber do grupo é uma prioridade e demanda alguns investimentos cujos projetos deverão ser executados em 2013. 1.7. PROPOSTAS DA ADMINISTRAÇÃO A administração destaca a importância da realização de investimentos necessários ao crescimento da Companhia, em linha com o propósito de aumentar a participação nos volumes consumidos pelas unidades de sucos prontos para beber. Durante o ano de 2013, serão integrados os processos administrativos com a SABB Sistema de Alimentos e Bebidas do Brasil com o objetivo de maior sinergia, eficiência e produtividade. Em parceria com o Governo do Estado e os Agricultores, se dará continuidade ao projeto de melhorias das práticas agrícolas objetivando aumentar a produtividade no campo e melhor qualidade das frutas. 9

2. BALANÇO PATRIMONIAL 2.1. ATIVO Ativo circulante Nota 2012 2011 Caixa e equivalentes de caixa 6.3 389.791 187.200 Contas a receber de clientes 6.4 1.043.323 4.530.038 Estoques 6.5 7.934.564 11.531.182 Tributos a recuperar ou compensar 6.6 63.373 122.444 Outros ativos 6.9 661.425 1.153.854 Total do ativo circulante 10.092.476 17.524.718 Ativo não-circulante Tributos a recuperar ou compensar 6.6 38.391 67.138 Imposto de renda e contribuição social diferidos 6.8 7.171.629 5.786.253 Aplicações financeiras 6.7 1.278.552 1.184.312 Outros ativos 6.9 888.217 441.087 Imobilizado 6.10 19.581.345 21.204.361 Intangível 6.11 47.752 56.265 Diferido - 2.589.735 3.108.262 Total do ativo não-circulante 31.595.621 31.847.678 Total do ativo 41.688.097 49.372.396 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 10

2.2. PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Passivo circulante Nota 2012 2011 Fornecedores - 2.226.675 3.942.173 Empréstimos e financiamentos 6.12 14.238.281 16.374.881 Salários e encargos sociais - 469.100 546.561 Obrigações tributárias - 183.988 211.496 Dividendos a pagar 6.13 3.197 3.197 Outros passivos - 16.744 144.043 Total do passivo circulante 17.137.985 21.222.351 Passivo não-circulante Empréstimos e financiamentos 6.12 14.323.685 13.285.744 Contingências e outras provisões - 5.119.920 - Total do passivo não-circulante 19.443.605 13.285.744 Patrimônio líquido Capital social integralizado 6.13 22.124.033 22.124.033 Reservas de capital 6.13 4.631.640 4.631.640 Reservas de lucros 6.13 7.418 7.418 Prejuízos acumulados 6.13 (21.656.584) (11.898.790) Total do patrimônio líquido 5.106.507 14.864.301 Total do passivo e patrimônio líquido 41.688.097 49.372.396 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 11

3. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Nota 2012 2011 Receita operacional líquida 6.14 23.218.843 26.640.104 Custo dos produtos vendidos e serviços prestados 6.15 (18.257.036) (16.900.767) Lucro bruto 4.961.807 9.739.337 Despesas administrativas 6.15 (6.230.254) (5.395.659) Despesas com vendas 6.15 (483.042) (907.759) Outras despesas operacionais, líquidas - - (133.661) Resultado operacional (1.751.489) 3.302.258 Resultado financeiro 6.16 (3.376.845) (3.301.871) Resultados não operacionais (6.014.836) - Resultado antes da tributação sobre o lucro (11.143.170) 387 Imposto de renda e contribuição social corrente 6.8 - (4.305) Imposto de renda e contribuição social diferido 6.8 1.385.376 14.532 Resultado líquido das operações continuadas (9.757.794) 10.614 Resultado das operações descontinuadas - - - Resultado líquido do exercício (9.757.794) 10.614 A Demonstração do resultado abrangente não está sendo apresentada, pois não houve resultados abrangentes nos exercícios divulgados. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 12

4. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Saldos em 31 de dezembro de 2010 Lucro líquido do exercício Destinação para reserva legal Destinação para reserva de incentivos fiscais Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Incentivos Legal Fiscais Prejuízos Acumulados Total 22.124.033 4.631.640 - - (11.898.790) 14.856.883 10.614 10.614 531 (531) - 6.887 (6.887) - Lucro líquido distribuível (3.196) (3.196) Saldos em 31 de dezembro de 2011 22.124.033 4.631.640 531 6.887 (11.898.790) 14.864.301 Prejuízo do exercício (9.757.794) (9.757.794) Saldos em 31 de dezembro de 2012 22.124.033 4.631.640 531 6.887 (21.656.584) 5.106.507 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 13

5. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Atividades operacionais 2012 2011 Valores recebidos de clientes 30.961.298 28.208.368 Juros recebidos de clientes 37.776 118.270 Valores pagos a fornecedores e empregados (25.636.106) (27.865.249) Fluxo de caixa das atividades operacionais 5.362.968 461.389 Atividades de investimentos Compra de ativo imobilizado (829.751) (1.700.146) Aplicações financeiras (1.711.069) (14.823.704) Resgate de aplicações financeiras 1.755.760 14.947.593 Fluxo de caixa das atividades de investimentos (785.060) (1.576.257) Atividades de financiamento Empréstimos tomados 32.138.631 34.031.116 Pagamentos de empréstimos (36.513.948) (33.209.102) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos (4.375.317) 822.014 Variação do caixa e equivalentes de caixa 202.591 (292.854) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 187.200 480.054 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 389.791 187.200 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 14

6. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 6.1. CONTEXTO OPERACIONAL A Trop Frutas do Brasil S/A ( Trop Brasil, Companhia ) é uma sociedade anônima de capital fechado com sede na cidade de Linhares / ES, às margens da BR 101, na altura do KM 139, bairro Canivete. Foi constituída em 7 de dezembro de 2005 e, atualmente, sua atividade principal é industrializar, comercializar e exportar polpas integrais e concentradas de frutas tropicais in natura. A Trop Brasil adquire sua principal matéria-prima, as frutas in natura, de Cooperativas de Produtores Rurais ou de agricultores em geral, durante os períodos de safra de cada cultura. As frutas são beneficiadas num processo automatizado que combina água e vapor para a extração da polpa. O produto final é uma polpa natural de fruta, esterilizada e embalada assepticamente, que é armazenada em tambores metálicos e vendida ao longo do ano. A Companhia desempenha importante papel sócio-econômico na região norte do Estado do Espírito Santo. Por meio do estímulo ao cooperativismo, gera emprego e renda principalmente para as famílias que dependem da agricultura familiar. 6.2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 6.2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Essas demonstrações financeiras são apresentadas em Real (R$) que é a moeda funcional da Companhia. As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria e autorizadas para emissão em 28 de março de 2013. 6.2.2. Caixa e equivalentes de caixa Caixas e equivalentes de caixa se referem aos valores disponíveis em caixa, depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo, cujos vencimentos são inferiores a três meses, podem ser rapidamente convertidos num montante conhecido de caixa e estão sujeitos a um insignificante 15

risco de mudança de valor. As aplicações financeiras são registradas ao custo atualizado com os rendimentos obtidos até a data de fechamento do balanço. Os rendimentos das aplicações são registrados na rubrica receitas financeiras da demonstração do resultado do exercício. 6.2.3. Contas a receber As contas a receber de clientes representam os valores a receber pela venda de produtos (polpas integrais e concentradas de frutas tropicais) pela Companhia, cujo prazo de vencimento é sempre inferior a um ano. Os valores a receber são registrados inicialmente pelo valor justo e, subsequentemente, pelo custo histórico amortizado, deduzido pelas contas vencidas há mais de um ano, que são consideradas como perdas do exercício, e pelos créditos antecipados em operações bancárias. A Companhia não tem um histórico de perdas significativas e, normalmente, não faz estimativas dessas perdas. 6.2.4. Estoques Os estoques estão demonstrados pelo menor valor entre o custo médio ponderado de produção e o valor realizável líquido. Os custos de formação dos estoques são determinados pelos custos fixos e variáveis, diretos e indiretos, e compreendem a matéria-prima, mão-de-obra direta, outros custos diretos e os gastos gerais de fabricação. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal de atividades, menos as despesas variáveis aplicáveis. 6.2.5. Tributos sobre o lucro Os tributos sobre o lucro compreendem o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido, correntes e diferidos. A Companhia registra a provisão dos tributos sobre o lucro com base no lucro tributável do exercício, que difere do lucro líquido contábil apresentado na demonstração do resultado do exercício porque exclui alguns lançamentos que, sob a ótica da legislação fiscal brasileira, são considerados como não dedutíveis do imposto de renda. O imposto de renda e a contribuição social diferidos se referem às diferenças temporárias e aos prejuízos fiscais acumulados. São calculados com base nas alíquotas vigentes na data do balanço e reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que o lucro tributário futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias ou os prejuízos fiscais possam ser utilizados. 16

6.2.6. Imobilizado O ativo imobilizado compreende bens tangíveis que são mensurados com base no custo de aquisição, aí incluídos todos os custos atribuíveis para colocar o ativo em operação. Os bens são depreciados pelo método linear, com base na vida útil econômica estimada a partir da data de sua entrada em operação, exceto terrenos que não são depreciados. Os valores residuais e a vida útil econômica são revisados ao final de cada exercício, quando necessário. 6.2.7. Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis compreendem basicamente direitos de uso e despesas incorridas em projetos específicos. São reconhecidos apenas quando há probabilidade de geração de benefícios econômicos futuros e seu custo possa ser mensurado com segurança. São avaliados pelo custo de aquisição deduzido da amortização acumulada e pelas perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável. Os ativos intangíveis são amortizados pelo método linear, com base na vida útil econômica estimada a partir da data de sua conclusão. A vida útil econômica e o método de amortização são revisados ao final de cada exercício social. 6.2.8. Operações de arrendamento mercantil Os arrendamentos mercantis de imobilizado nos quais a Companhia assume substancialmente os riscos e benefícios inerentes a sua propriedade são registrados na conta do ativo imobilizado em contrapartida a um passivo de financiamento, como se fossem compras financiadas. Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios inerentes a sua propriedade fica com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais, e os valores devidos são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento. 6.2.9. Contas a pagar a fornecedores As contas a pagar a fornecedores se referem às obrigações a pagar por bens e serviços em geral adquiridos no decorrer do ano. Os pagamentos devidos no período de até 12 meses são registrados no passivo circulante, e os demais, no passivo não circulante. Normalmente as contas a pagar a fornecedores são reconhecidas pelo valor da fatura correspondente, líquida dos valores já pagos. 17

6.2.10. Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos se referem a captações onerosas de curto e longo prazo destinadas ao financiamento de diversas atividades da Companhia. Eles são inicialmente mensurados pelo valor justo e, posteriormente, apresentados ao custo amortizado e atualizado com base na taxa efetiva de juros praticada até a data de fechamento do balanço. Os custos dos empréstimos são normalmente reconhecidos como despesa no período em que ocorrem. 6.2.11. Outros ativos e passivos Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que seus benefícios econômicos futuros serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder ser mensurado de forma segura. Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando a Companhia tem uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo. Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando for provável que sua realização ou liquidação ocorra nos próximos 12 meses, e classificados como não circulantes caso contrário. 6.2.12. Reconhecimento das receitas A receita é calculada pelo valor justo da contraprestação recebida e ou a receber, deduzida dos impostos sobre vendas e quaisquer descontos comerciais e/ou bonificações concedidas pela entidade ao comprador. a) Venda de produtos A receita de venda de produtos, tanto nas vendas para o mercado interno quanto para o mercado externo, é reconhecida quando: a Companhia transfere para o comprador os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens; a Companhia não mantém envolvimento administrativo contínuo associado a propriedade ou controle dos bens vendidos; o valor da receita é mensurado com confiabilidade; é provável que os benefícios econômicos associados à transação fluirão para a Companhia; as despesas incorridas ou a serem incorridas são mensuradas com confiabilidade. 18

Mais especificamente, a receita de vendas é reconhecida quando ocorre a transferência da titularidade legal ou da posse do bem para o comprador. b) Receitas financeiras A receita financeira provém de juros capitalizados de aplicações financeiras, e é reconhecida conforme o prazo decorrido e à medida que há expectativa de realização, sempre em linha com as taxas efetivas de juros aplicadas. 6.2.13. Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo ao final do exercício, de acordo com o estabelecido no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que tal decisão é tomada em Assembleia Geral. 6.2.14. Uso de estimativas Na aplicação das politicas contábeis da sociedade, a Administração deve fazer julgamentos e elaborar estimativas a respeito dos valores contábeis dos ativo e passivos para os quais não são facilmente obtidos de outras fontes. As estimativas e as respectivas premissas estão baseadas na experiência e em outros fatores considerados relevantes. Os resultados efetivos podem diferir dessas estimativas. As estimativas e premissas subjacentes são revisadas continuamente. Os efeitos decorrentes das revisões feitas às estimativas contábeis são reconhecidos no período em que são revistas, se a revisão afetar apenas esse período, ou em também períodos posteriores se a revisão afetar tanto o período presente como períodos futuros. 6.2.15. Instrumentos financeiros A sociedade classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio de resultado, empréstimos e recebíveis e mantidos até o vencimento. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial. 19

6.2.16. Contingências As provisões para riscos tributáveis, cíveis e trabalhistas são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor possa estimado com segurança. As provisões são quantificadas a valor presente do desembolso esperado para liquidar a obrigação, de acordo com riscos relacionados ao passivo. As provisões são atualizadas até a data do balanço pelos montantes estimados das perdas prováveis observadas as naturezas e apoiadas na opinião dos advogados da Companhia. 6.2.17. Avaliação do valor recuperável dos ativos Os bens do imobilizado, intangíveis e outros ativos não circulantes são avaliados pelo seu valor recuperável anualmente ou sempre que as circunstâncias indicarem que seu valor contábil não seja recuperável. As perdas decorrentes desta avaliação, quando existentes, são reconhecidas no resultado do período. 6.3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 2012 2011 Caixa e bancos 365.309 169.605 Equivalentes de caixa Títulos de capitalização 24.482 17.595 389.791 187.200 Os títulos de capitalização têm prazo de vigência de 60 meses, e seu vencimento está previsto para o mês de março de 2014. 6.4. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 2012 2011 Clientes no país 998.642 3.772.943 Clientes no exterior 52.009 757.095 Perdas estimadas (7.328) - 1.043.323 4.530.038 20

A Companhia adota uma política de crédito pouco restritiva, dado que sua carteira de clientes é composta quase que na totalidade por clientes de grande porte e de reconhecida presença no mercado. Em 31 de dezembro de 2012, as contas a receber de clientes no valor de R$ 89.281 encontram-se vencidas, mas não totalmente sujeitas à provisão para deterioração, pois a administração mantém procedimentos de cobrança que as fazem acreditar que não incorrerá em perdas significativas com estes clientes. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada a seguir: 2012 Até dois meses 84.520 Dois a seis meses 4.761 Acima de seis meses - 89.281 6.5. ESTOQUES 2012 2011 Produtos acabados 7.856.415 10.829.811 Matérias-primas 94.529 67.235 Materiais de embalagem 208.525 209.973 Almoxarifado 423.023 424.163 Provisão para perda (647.928) - 7.934.564 11.531.182 Os estoques estão totalmente cedidos em garantia nas seguintes operações de crédito: (i) operações de crédito rural (LEC e NPR) com os bancos Itaú, Banco do Brasil e Daycoval; (ii) BNDES- Revitaliza, na forma de penhor monitorado de 2 mil toneladas de polpa de manga, goiaba e maracujá que, calculadas ao preço médio de vendas, geram receita bruta de aproximadamente R$ 6 milhões; (iii) BNDES-FINAME, na forma de penhor de 350 toneladas de polpa de maracujá e 350 toneladas de polpa de manga Ubá que, a preço de venda, geram uma receita de aproximadamente R$ 2,7 milhões. O empréstimo para o qual essas garantias foram oferecidas não está registrado nas contas do passivo, pois se trata de garantia oferecida numa operação de crédito realizada por um parceiro comercial para aquisição de um sistema concentrador cedido em comodato à Companhia. Maiores informações sobre esta operação estão disponíveis nas notas explicativas sobre o ativo imobilizado. 21

A provisão para perda de estoques de produtos acabados se refere a itens cujo prazo de validade se aproxima e ainda não possuem destino comercial. 6.6. TRIBUTOS A RECUPERAR OU COMPENSAR 2012 2011 ICMS sobre aquisição de ativo imobilizado 75.473 120.243 IRPJ / CSLL antecipado - 55.643 IPI a recuperar 18.047 9.519 Outros 8.244 4.177 Tributos a recuperar ou compensar 101.764 189.582 Parcela não circulante 38.391 67.138 Parcela circulante 63.373 122.444 A Companhia vem acumulando créditos de IPI originados de compras de insumos tributados. Como seus produtos não são tributados pelo imposto, tal crédito é utilizado na compensação de outros tributos federais. A realização dos créditos relativos aos impostos a recuperar deverá ocorrer conforme demonstrado a seguir: Percentual Montante Em 2013 62,3 63.373 Em 2014 28,3 28.766 Em 2015 8,6 8.719 Em 2016 0,8 906 100,0 101.764 Todo o saldo da conta de tributos a recuperar ou compensar é passível de utilização durante o prazo descrito acima. Por isso, a Companhia não fez nenhuma previsão para impairment. 22

6.7. APLICAÇÕES FINANCEIRAS Remuneração 2012 2011 Aplicação financeira 99% CDI 681.069 628.754 Aplicação financeira 90% CDI 597.483 555.558 1.278.552 1.184.312 As aplicações financeiras se referem a garantias oferecidas ao empréstimo de longo prazo obtido junto ao Banco do Nordeste, e devem ser mantidas durante todo o prazo de vigência do contrato. Os valores apresentados já estão atualizados com os rendimentos obtidos até a data de fechamento do balanço. Os rendimentos obtidos foram registrados na conta de Resultados Financeiros da demonstração do resultado do exercício. 6.8. TRIBUTOS SOBRE O LUCRO A Companhia utiliza a sistemática do lucro real e calcula e registra seus impostos com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras. Os créditos tributários de imposto de renda e contribuição social são decorrentes de prejuízos fiscais acumulados e de diferenças temporárias referentes a provisões não dedutíveis, segundo a legislação tributária brasileira, até o momento de sua efetiva realização. Os impostos diferidos são reconhecidos somente quando há probabilidade de geração de lucro tributável futuro para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias e dos prejuízos acumulados. O lucro tributável futuro é baseado em projeções de resultados elaborados e fundamentados em premissas internas e em cenários econômicos futuros, que podem sofrer alterações. O cronograma a seguir mostra a expectativa de realização dos impostos diferidos pela Companhia: Percentual Montante Em 2013 5,0 358.581 Em 2014 11,5 824.737 Em 2015 19,5 1.398.468 Em 2016 28,2 2.022.399 Em 2017 32,7 2.345.123 A partir de 2018 3,1 222.321 100,0 7.171.629 23

A movimentação do saldo da conta de imposto de renda e contribuição social diferidos é a seguinte: 2012 2011 Saldo em 1º de janeiro 5.786.253 5.771.721 Resultado de imposto de renda e contribuição social diferidos 1.330.508 (6.969) Diferenças temporárias (provisões não dedutíveis) 54.868 21.501 Tributos diferidos no ativo 7.171.629 5.786.253 6.9. OUTROS ATIVOS 2012 2011 Adiantamentos a funcionários 4.235 2.236 Adiantamentos a fornecedores 1.469.402 1.502.214 Despesas do exercício seguinte 76.005 90.491 Outros ativos 1.549.642 1.594.941 Parcela não circulante 888.217 441.087 Parcela circulante 661.425 1.153.854 As despesas do exercício seguinte se referem às despesas pagas antecipadamente cujos benefícios à Companhia ocorrerão em momento posterior. A Companhia está constituindo uma conta reserva no valor de R$ 1 milhão, no Banco do Brasil, em nome da Cooperativa dos Produtores Rurais de Jaguaré, como garantia para uma operação de crédito realizada pelo fornecedor para aquisição de um sistema concentrador cedido em comodato a ela. Esta conta reserva deve ser mantida durante todo o período de vigência da operação de crédito, e está sendo registrada como Adiantamento a fornecedores porque será utilizada, futuramente, para o pagamento de mercadorias adquiridas do fornecedor. Maiores informações sobre a operação de comodato do sistema concentrador estão disponíveis nas notas explicativas sobre o ativo imobilizado. 24

6.10. IMOBILIZADO 2012 2011 Taxa Depr. dep. Custo Líquido Líquido Acum. Terrenos - 4.825.103-4.825.103 4.911.239 Obras civis 4% 9.229.143 (1.769.349) 7.459.794 7.830.995 Máquinas e equip. 10% 7.342.875 (3.419.034) 3.923.841 4.525.123 Instalações 10% 501.086 (99.939) 401.147 125.056 Veículos 20% 237.321 (189.271) 48.050 147.437 Comp e periféricos 20% 217.018 (164.178) 52.840 71.571 Móveis e utensílios 10% 259.508 (116.616) 142.892 177.524 Vasilhames 20% 3.430.582 (1.773.199) 1.657.383 2.425.309 Culturas em formação - 108.181-108.181 108.181 Sist. trat. resíduo 10% 158.738 (1.587) 157.151 - Imob. andamento - 804.963-804.963 881.926 27.114.518 (7.533.173) 19.581.345 21.204.361 A administração entende que os principais ativos não sofreram significativas variações de preço desde a data da aquisição ou última reforma, fato que não justificou a contabilização de perdas por redução ao valor recuperável. Considera, ainda, que as taxas de depreciação utilizadas refletem adequadamente o tempo de vida útil econômica esperada para os bens do ativo. Os custos com reparos e manutenção são reconhecidos no resultado do exercício quando incorridos. De maneira semelhante, os custos com encargos financeiros sobre empréstimos tomados para o financiamento do ativo imobilizado são capitalizados periodicamente, registrados nas contas apropriadas do passivo e lançados diretamente contra o resultado. Os seguintes montantes escriturados de ativos imobilizados foram oferecidos, formalmente ou na essência, como garantia de obrigações ou mediante operações de leasing financeiro: 2012 2011 Obras civis (i) 6.150.000 6.150.000 Máquinas e equipamentos (ii) 145.000 145.000 Veículos (iii) - 90.543 6.295.000 6.385.543 As operações possuem as seguintes características: (i) as benfeitorias foram oferecidas em garantia ao empréstimo do Banco do Nordeste; (ii) empilhadeiras oferecidas em garantia nas próprias operações de FINAME; (iii) veículo oferecido em garantia na própria operação de leasing. Os valores apresentados na tabela se referem ao custo de aquisição dos bens. O quadro a seguir faz a conciliação do valor contábil do ativo imobilizado no início e no final do período, demonstrando sua movimentação ao longo do ano: 25

Saldo Líq. Inicial Adições Baixas Transferências Depreciação Saldo Líq. Final Terrenos 4.911.239 - (86.136) - - 4.825.103 Obras civis 7.830.995 5.175 (262.932) 249.792 (363.236) 7.459.794 Máquinas e equip. 4.525.123 45.848 (16.255) 90.325 (721.199) 3.923.842 Instalações 125.056 7.958 (1.100) 300.899 (31.666) 401.147 Veículos 147.437 3.021 (19.086) (83.322) 48.050 Comp. e periféricos 71.571 14.547 (9.720) (23.558) 52.840 Móveis e utensílios 177.524 4.846 (24.144) (15.334) 142.892 Vasilhames 2.425.309 25.821 (295.540) (498.207) 1.657.383 Culturas em formação 108.181 - - (108.181) - - Lavoura permanente - - - 108.181-108.181 Sist. trat. de resíduo - - - 158.738 (1.587) 157.151 Imob. andamento 881.926 722.790 - (799.754) - 804.962 21.204.361 830.006 (714.913) - (1.738.109) 19.581.345 Em 2010, a Companhia firmou um contrato de parceria para comercialização de frutas com a Cooperativa dos Produtores Rurais de Jaguaré, localizada na cidade de Jaguaré / ES, com o principal objetivo de viabilizar a aquisição de um sistema concentrador de polpas que foi cedido em comodato pela Cooperativa à Companhia. As principais características deste contrato são as seguintes: (i) (ii) Prazo de vigência de 10 anos; Compromisso de compra de volumes crescentes de maracujá, ou quaisquer outras frutas que venham a ser produzidas e comercializadas pela Cooperativa e que sejam de interesse da Companhia, a partir de 2011; (iii) O preço e a quantidade total de frutas a ser fornecida para cada safra serão estabelecidos com, pelo menos, 90 dias de antecedência da próxima colheita; (iv) O pagamento das parcelas do financiamento do sistema concentrador será feito pela Cooperativa (com aval da Companhia), por meio das receitas incrementais que serão geradas pelos volumes crescentes da venda de frutas. Junto com o contrato de parceria para comercialização de frutas, a Companhia também assinou o contrato de cessão em comodato do sistema concentrador pela Cooperativa, cujas principais características são: (i) (ii) Prazo de vigência de 15 anos; Cessão em comodato de um Evaporador sob Encomenda para sucos e polpas de frutas (sistema concentrador), no valor de R$ 7.767.784,14; (iii) Transferência da responsabilidade pela instalação, manutenção e conservação do equipamento para a Companhia; (iv) Opção de compra do equipamento pela Companhia, pelo saldo devedor do financiamento junto ao banco financiador (antes da completa quitação do financiamento do equipamento), ou pelo valor contábil do equipamento líquido da 26

depreciação prevista na legislação fiscal vigente (após a completa quitação do financiamento do equipamento). Os gastos necessários para a instalação do sistema concentrador na Companhia, relacionados à construção civil, consultorias técnicas, adaptações e outros, estão lançados na conta Imobilizado em andamento. O contrato de financiamento do sistema concentrador, emitido pelo Banco do Brasil, foi assinado pela Cooperativa e pela Companhia no ano de 2011. As principais características do contrato, que podem afetar as operações da Companhia, são as seguintes: (i) (ii) Valor total do financiamento de R$ 8.167.530, dentre os quais R$ 399.746 se referem a capital de giro associado. Futuramente, a parcela referente ao capital de giro não será incluída no preço unitário da fruta para fins de quitação do sistema concentrador; Garantias constituídas: o próprio sistema concentrador; a conta reserva informada na nota explicativa sobre Outros ativos ; os estoques de polpa informados na nota explicativa sobre Estoques. 6.11. INTANGÍVEL Softwares implantação e licenças de uso Taxa média anual de amortização Custo 2012 2011 Amort. Acum. Líquido Líquido 10% 89.644 (41.892) 47.752 56.265 89.644 (41.892) 47.752 56.265 A administração entende que a taxa de amortização utilizada reflete adequadamente o prazo de obsolescência dos ativos intangíveis. O quadro a seguir faz a conciliação do valor contábil do ativo intangível no início e no final do período, demonstrando sua movimentação ao longo do ano: Softwares implantação e licenças de uso Saldo Líquido Inicial 2012 Adições Baixas Amortização Saldo Líquido Final 56.265 800 - (9.313) 47.752 56.265 800 - (9.313) 47.752 27

6.12. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Circulante Encargos anuais 2012 2011 Banco do Nordeste 10,00% 480.848 249.516 NPR Nota promissória Rural (i) 9,40% - 330.978 LEC Linha especial de crédito 6,75% - 4.575.785 LEC Linha especial de crédito (i) 5,50% 5.716.526 - Conta garantida CDI +6,17% 2.477.911 2.118.817 Leasing (ii) 17,31% - 13.060 BNDES REVITALIZA 11,00% 333.333 3.666.666 Crédito à exportação CDI + 8,73% - 1.157.381 Crédito à exportação CDI + 6,07% - 2.013.969 Crédito à exportação CDI + 7,06% 2.000.000 - Capital de giro Banco do Brasil 11,25% - - Capital de giro Banco do Brasil 13,44% - 2.248.709 Capital de giro Banestes CDI + 6,17% 191.561 - Capital de giro Itaú CDI + 6,34% 396.853 - Comercialização - BB IRP + 13,00% 1.624.209 - Comercialização - BB 13,44% 1.017.040 - Empréstimos e financiamentos 14.238.281 16.374.881 Não circulante Banco do Nordeste 10,00% 11.316.878 10.695.220 BNDES REVITALIZA 11,00% - 666.666 Capital de giro - Banestes CDI + 6,17% 279.186 - BNDES FINAME TJLP + 2,7% 6.508 21.464 BNDES FINAME 4,5% 33.600 49.000 Mútuos (iii) 102% CDI 2.687.513 1.853.394 Empréstimos e financiamentos 14.323.685 13.285.744 As principais características dos empréstimos são: (i) Empréstimos no âmbito de recursos controlados do crédito rural pelo Governo Federal, com pagamento integral no prazo de 180 dias; (ii) Os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo foram substancialmente transferidos à Companhia, o que configura uma operação de leasing financeiro. O ativo arrendado foi 28

inicialmente mensurado pelo valor justo e lançado na conta do ativo imobilizado. Os custos da operação são reconhecidos como despesa e lançados na demonstração do resultado do exercício no período em que ocorrem; (iii) Empréstimos cedidos por acionistas indiretos da Companhia para financiamento da necessidade de capital de giro. As notas explicativas do ativo imobilizado e dos estoques contêm informações sobre as garantias reais oferecidas para as operações de crédito registradas nas contas de empréstimos e financiamentos. 6.13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.13.1. Capital social O capital social da Companhia, no valor de R$ 31.694.034 (R$ 22.124.033 integralizados), é formado por 78.868.320 ações ordinárias e 21.294.700 ações preferenciais não conversíveis, ambas nominativas e sem valor nominal, distribuídas da seguinte forma: Ações ordinárias % Capital Votante Ações preferenciais % Capital total Sistema de Alim. e Bebidas do Brasil Ltda. 77.273.761 98,0 12.156.025 89,3 Minoritários 1.594.559 2,0 9.138.675 10,7 78.868.320 100,0 21.294.700 100,0 As ações preferenciais subscritas foram totalmente integralizadas. Das ações ordinárias, 19.055.820 foram integralizadas. A Sistema de Alim. e Bebidas do Brasil Ltda. possui 59.812.500 ações ordinárias subscritas e ainda não integralizadas. As ações preferenciais não contemplam direito a voto, mas conferem a seus titulares (i) dividendos prioritários não cumulativos de, no mínimo, 6% do valor do capital social, nunca inferior ao maior percentual de dividendos pago a qualquer espécie ou classe de ações que compõem o capital social da Companhia; (ii) prioridade no reembolso do capital em caso de dissolução da Companhia; (iii) participação integral nos resultados, de forma não cumulativa, de modo que a nenhuma outra espécie ou classe de ações poderão ser concedidas vantagens patrimoniais superiores; e (iv) aquisição do exercício do direito de voto se a Companhia deixar de pagar dividendos por prazo superior a 2 exercícios consecutivos, direito esse que será conservado tão somente até que haja posterior pagamento de dividendos. Em 29 de janeiro de 2010 foi aprovada em AGE a emissão privada de bônus de subscrição abrangendo 250 milhões de ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, atualmente de posse da acionista Sistema de Alim. e Bebidas do Brasil Ltda. A Companhia pode aumentar seu capital social em até R$ 40 milhões, independente de reforma estatutária, por deliberação do Conselho de Administração, mediante o exercício do bônus de subscrição. 29

6.13.2. Reservas de capital Foi recebido em doação da Prefeitura Municipal de Linhares, conforme Lei nº 2.614 de 20 de junho de 2006, uma área de terras urbanas medindo 115.791,006 m², situado no lugar denominado Mosquito, na margem norte da Lagoa Juparanã, em Linhares. Conforme estabelecido em Lei, a Companhia fez as edificações de sua unidade industrial de processamento, preservação e produção de conservas de frutas. O imóvel foi avaliado em R$ 4.631.640. 6.13.3. Dividendos O estatuto da Companhia assegura um dividendo mínimo obrigatório correspondente a 25% do lucro líquido, após o ajuste pelas movimentações patrimoniais de reservas previstas na legislação brasileira. Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, não serão distribuídos dividendos. 6.14. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA A tabela a seguir apresenta a reconciliação entre a receita bruta tributável e a receita líquida de vendas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2012: 2012 2011 Receita bruta tributável 28.827.270 31.718.677 Impostos Federais (2.524.841) (2.746.316) Impostos Estaduais (1.854.529) (2.157.954) Devoluções e abatimentos (1.229.057) (174.303) Receita operacional líquida 23.218.843 26.640.104 30

6.15. GASTOS POR NATUREZA Os custos de formação dos estoques para posterior cálculo do custo dos produtos vendidos nos exercícios de 2011 e 2012 são os seguintes: 2012 2011 Matéria-prima e embalagem (9.598.503) (12.560.670) Pessoal (2.314.235) (2.091.049) Depreciação e amortização (1.496.025) (1.486.405) Demais custos de transformação (1.838.678) (1.768.326) Total do custo de formação dos estoques (15.247.441) (17.906.450) As despesas com vendas e administrativas, lançadas diretamente contra o resultado do exercício, são as seguintes: 2012 2011 Despesas de comercialização (483.042) (907.759) Total das despesas com vendas (483.042) (907.759) Pessoal (1.747.205) (1.744.396) Serviços de terceiros (1.454.550) (1.154.775) Armazenagem externa (925.920) (816.578) Depreciação e amortização (951.036) (928.406) Outras despesas (1.151.543) (751.504) Total das despesas administrativas (6.230.254) (5.395.659) 31

6.16. RESULTADO FINANCEIRO O resultado financeiro dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2012 são os seguintes: 2012 2011 Rendimentos de aplicações financeiras 94.281 119.193 Variação cambial 50.769 94.365 Outras 11.577 67.252 Receitas financeiras 156.627 280.810 Juros e IOF sobre empréstimos e financiamentos (3.272.409) (3.428.256) Variação cambial (5.380) (74.412) Outras (255.683) (80.013) Despesas financeiras (3.533.472) (3.582.681) Resultado financeiro líquido (3.376.845) (3.301.871) 6.17. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIA A Companhia é parte em ações judiciais, processos administrativos e demandas contratuais perante tribunais e órgãos governamentais, oriundo do curso normal de suas operações. A Administração acompanha o desenvolvimento dos processos, com base na opinião de seus consultores jurídicos, atendendo a Convenção Contábil do Conservadorismo. A entidade constituiu provisão para contingências passivas, levantadas por assessores e consultores jurídicos em um processo de Due Diligence, e classificou-as na conta de Resultados não-operacionais da demonstração de resultado. Todas as perdas apontadas como prováveis e possíveis foram consideradas. 32