Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento

Documentos relacionados
Lançamento Tributário. Pré Aula Prof. Ramiru Louzada

Obrigatoriedade. Autonomia do Crédito Tributário. Origem:

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Modalidades de Lançamento Parte I. Prof. Marcello Leal

Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento art. 139 a 150 CTN

Direito Tributário para o Exame de Ordem

OS ASPECTOS MATERIAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

Decadência. Pré-aula 07. Professor Ramiru Louzada

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Conceito

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017

Crédito Tributário e suas formas de lançamento. Rubens Kindlmann

Processo Administrativo Fiscal PAF

Crédito e lançamento tributário

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

Planejamento Tributário Empresarial

DIREITO TRIBUTÁRIO GUIA PARA SALA DE AULA MÓDULO 4 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário Mutabilidade do Lançamento. Prof. Marcello Leal

Aula Crédito tributário: conceito e constituição. 7. Lançamento: conceito e modalidades de lançamento.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017

um dos temas mais e :

Direito Tributário. Responsabilidade por Infrações / Lançamento Tributário / Por Substituição. Professora Giuliane Torres

PALESTRANTE: Ant n o t n o i n o o Car a l r os o Gui u do d n o i n Filho h

Especialização em Direito Tributário Aula 2

PRÁTICA JURÍDICA TRIBUTÁRIA. Denis Domingues Hermida

Leia com atenção as questões do estudo dirigido sobre o tema CRÉDITO TRIBUTÁRIO e responda aos questionamentos solicitados.

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ TRADIÇÃO, EXPERIÊNCIA E OUSADIA DE QUEM É PIONEIRO

Aula 1. Introdução. Ressalta-se, portanto, que a autonomia do processo judicial tributário ainda não foi concretizada.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017

AULA 22 1 LANÇAMENTO. Modalidades de lançamento

Das Espécies de Lançamento Tributário São três as espécies de lançamento tributário: de ofício, por declaração e por homologação.

AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Rubens Kindlmann

SANEAMENTO DE INCORREÇÕES EM AUTOS DE INFRAÇÃO E VALIDADE DAS RETIFICAÇÕES PARA INCIDÊNCIAS DECAÍDAS

LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO SHIRLEY ALONSO RODRIGUES SILVERIO LOPES 1

CONTABILIDADE PÚBLICA

Ação de Repetição do indébito

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

AS ESPECIFICIDADES DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E AS SUAS MODALIDADES DE LANÇAMENTO FISCAL.

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IRPJ Parte XI. Prof. Marcello Leal

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO PROF. ALESSANDRO SPILBORGHS CRÉDITO TIBUTÁRIO

Prescrição e Decadência

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rafael Matthes 28/02/2018

Apresentação da Disciplina

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.842, DE

Tribunais Exercícios Direito Tributário Exercício Rafael Saldanha Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Procuradoria da Dívida Ativa - PG-05

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

01) São funções do lançamento em matéria tributária, independente da modalidade adotada para sua realização, exceto:

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Tributário. Crédito Tributário Promotor de Justiça

Responsabilidade Tributária de Grupo Econômico, Parecer Normativo COSIT/RFB nº 04/2018 e a jurisprudência do STJ

Direito Tributário I. Aula 14 Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário. Prof. Dr. Érico Hack

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018

Autuação e Contencioso no Simples Nacional Questões Controversas. Satie Kimura Escritório Regional do SN de São Paulo

MULTAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA: PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO; MULTAS AGRAVANTE E QUALIFICADA; PROPORCIONALIDADE

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 04/09/2018

PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 3ª CÂMARA EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE DEZEMBRO DE 2008 Processo nº: / Recurso

Planejamento Tributário do negócio jurídico Prof. Pedro Bonifácio

Fabiana Del Padre Tomé Mestre e Doutora pela PUC/SP Professora da PUC/SP e do IBET

Fiscal Legislação Tributária Questões Imposto de Renda - 1 Rafael Saldanha

Apresentação da Disciplina

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Disposições Gerais Parte II. Prof. Marcello Leal

Revisão de casos práticos

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 17/10/2017

RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS. Vanessa Miranda

Obrigação Tributária e Sujeitos. Professor Ramiru Louzada

Prova de Contabilidade Pública Comentada TCE-PB (2018) Auditor de Contas Públicas

Direito Tributário. Suspensão do Crédito Tributário. Professora Giuliane Torres.

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

ANO XXIX ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 44/2018

Parecer Consultoria Tributária Segmentos IRRF Título financeiro em dólar

Reunião de Conformidade Tributária

Débitos-PIS,COFINS-Parcelamento-Lei Disposições-Alterações na Portaria PGFN RFB 08 13

EXTENSIVO PRIMA/EXTENSIVO PLENO PRIMA Disciplina: Direito Tributário Aula: 02 Prof.: Eduardo Sabbag Data: 31/07/2008

Desejamos um ótimo Curso!

Princípio da Legalidade

Informações de Impressão

ANÁLISE DA APLICAÇÃO DAS MULTAS POR FALTA DE PAGAMENTO DE ISS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA VIGÊNCIA DE MEDIDA LIMINAR

Responsabilidade Tributária. Prof. Ramiru Louzada

SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Superior Tribunal de Justiça

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

DIREITO TRIBUTÁRIO CLAUDIO CARNEIRO. Blog: claudiocarneiroadv.blogspot.com.br. Site: Facebook: CLAUDIO CARNEIRO II

Janeiro-Dezembro/2014

Teses Tributárias. ICMS na SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Direito Tributário. Fato Gerador, Obrigação Tributária Principal e Acessória e Sujeitos da Obrigação Tributária. Professora Giuliane Torres

Fato Gerador LINHA DO TEMPO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 20 DE AGOSTO DE 2014

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 20/09/2018

Direito Tributário. Aula 13. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 07/11/2017

1ª Causa em Direito Tributário em meu escritório Por onde eu começo?

CRÉDITO TRIBUTÁRIO e LANÇAMENTO

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. De Ofício ª Câmara / 3ª Turma Ordinária Sessão de 28 de janeiro de 2014

Revisão de Procedimentos Fiscais FIEMG. Âmbito Federal

BÔNUS DE ADIMPLÊNCIA FISCAL

Novo Regulamento do Imposto de Renda. Professor: Wagner Mendes

Obrigação Tributária e Sujeitos. Professor Ramiru Louzada

PERDCOMP (Pedido de Eletronico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação)

ICMS. Arbitramento. A fiscalização deve apurar o montante devido no lançamento tributário com o abatimento dos

Transcrição:

Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento Prof. Gustavo Gonçalves Vettori + 1. Crédito tributário e lançamento 1

OT vs. CT Art. 139, CTN: O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta Momentos diversos do mesmo fenômeno (mesmo direito) CT é a OT em estado ativo Após o lançamento, fala-se em CT, e não mais em OT Crédito regularmente constituído somente se suspende, extingue ou modifica nas hipóteses previstas na lei complementar (art. 141 do CTN) FG OT Lançamento CT Lançamento Art. 142, CTN: Procedimento administrativo em que a autoridade administrativa: Verifica a ocorrência do FG Determina a matéria tributável Calcula o montante do tributo devido Identifica o sujeito passivo Propõe aplicação da penalidade cabível, se for o caso Lançamento constitui o crédito tributário Declara a existência de uma OT Com o lançamento, OT ganha feição de crédito e passa a ser exigível Necessário para que ocorra a cobrança do tributo 2

Lei de regência do lançamento Art. 144, CTN Lançamento deve ser feito de acordo com a lei vigente na data do FG Lei posterior que trouxe critérios de fiscalização mais gravosos ou que deu mais garantias ao crédito (exceto responsabilidade de terceiros) pode ser aplicada Lei de regência do lançamento Exemplo 1 Data do FG: Alíquota 2% Data do lançamento: Alíquota 3% Exemplo 2 Data do FG: Alíquota 2% Data do lançamento: Alíquota 1% Exemplo 3 Data do FG: impossibilidade de utilizar dados bancários sem medida judicial para apurar IR Data do lançamento: possibilidade de utilizar tais dados Exemplo 4 Data do FG: quem deu saída na mercadoria deve recolher tributo Data do lançamento: aplica-se substituição tributária 3

Lançamento como procedimento Somente passa a haver o crédito com a devida notificação do lançamento ao contribuinte Art 145: O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149 (veremos a seguir) Eventual cancelamento do crédito por falha no lançamento não afeta a OT. Novo crédito pode ser lançado, desde que ainda possível (i.e., desde que não haja decadência etc.) Lançamento Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o CT pelo lançamento (art. 142) Art. 142: Compete privativamente à autoridade administrativa Art. 142, par. único: Atividade vinculada e obrigatória Art. 3: tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada Condizente com lançamento de ofício e lançamento por declaração Tributos com lançamento por homologação: como conciliar? Para entender, vejamos os diferentes tipos de lançamento 4

+ 2. Tipos de Lançamento + 2.1. Lançamento de Ofício 5

Lançamento de Ofício Modalidade de lançamento em que a administração se encarrega de apurar o tributo e notificar o contribuinte do resultado Duas possibilidades: 1) Lei prevê que o tributo em questão está sujeito a este tipo de lançamento (casos do art. 149, I. E.g.:IPTU, IPVA) 2) Casos de revisão de lançamento anterior (da mesma ou de outra modalidade), ou não homologação; e.g.: fiscalização nos casos de tributos lançados por homologação Lançamento e revisão de ofício (art. 149) I - quando a lei assim o determine; II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação tributária; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo 150 do CTN (i.e., no lançamento por homologação); 6

Revisão de ofício VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. + 2.2. Lançamento por Declaração 7

Lançamento por Declaração Previsto no art. 147 Sujeito passivo, ou terceiro, presta informações à autoridade adinistrativa na forma da legislação sobre fatos indispensáveis à efetivação do lançamento Autoridade, com base nestas informações, realiza o lançamento Contribuinte limita-se a informar os fatos Enquadramento e determinação do montante devido cabe à administração E.g.: tributos aduaneiros + 2.3. Lançamento por Homologação 8

Lançamento por homologação Lançamento por homologação (art. 150) Contribuinte interpreta a lei, verifica os fatos, calcula o tributo e o paga legislação atribua ao sujeito passivo a obrigação de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa Ao mesmo tempo, contribuinte manda infromações para o Fisco Fisco toma conhecimento da atividade do contribuinte e tem prazo para se opor e lançar de ofício Oposição quanto à precisão dos fatos Oposição quanto à interpretação da lei Se o Fisco se opuser no prazo, lança de ofício Se nãose opuser, lançamento é homologado Lançamento por homologação Como conciliar com a ideia de atividade administrativa plenamente vinculada? Toda atividade é feita pelo contribuinte Sequer há notificação Tributo é recolhido sem o lançamento CTN (art. 150) tenta resolver o problema, compondo, de um lado, a necessidade de ocorrência do lançamento e, de outro, as demandas da economia de massa Antecipação do pagamento sem o prévio exame da autoridade O pagamento antecipado extingue o crédito, sob condição resolutiva da homologação Autoridade homologa a atividade exercida pelo contribuinte Homologação tácita em 5 anos após o fato gerador (salvo em casos de dolo, fraude ou simulação) 9

Lançamento por homologação Se o contribuinte simplesmente declara, mas não paga. Há necessidade de lançamento de ofício, ou a administração já pode cobrar? Jurisprudência entende que pode cobrar (i.e., o débito já pode ser inscrito em dívida ativa). Há lançamento?? Lançamento por homologação No lançamento por homologação, se o contribuinte faz pagamento menor do que deveria, aplica-se multa: 75%, 150%, ou até 225%, dependendo do problema (em esfera federal) Trata-se de multa aplicada em lançamento de ofício, quando a administração não homologa a antecipação do contribuinte por discordar com a apuração feita por este Mera divergência na interpretação gera multa de 75% Desincentivo ao contribuinte que quer entrar na loteria da fiscalização É justo multar o contribuinte que legitimamente acreditou estar seguindo a interpretação correta? 10

+ 2.4. Mudança de Critérios Mudança de critérios 146: A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. Comparar com art. 100, par. único do CTN e interpretar conjuntamente com o art. 149, VIII Tributos já lançados pela autoridade (já existe ato administrativo em relação àquele FG e contribuinte) aplica-se o 146 e o 149,VIII Mudança de critério jurídico não aceitável Identificação de fato aceita revisão Tributos ainda não lançados, ou pendentes de homologação (i.e., não existe ato administrativo específico em relação àquele FG e contribuinte) aplica-se o art. 100 Mudança de critério jurídico é aceitável, excluindo-se a multa e os juros Identificação de fato aceitável 11

Mudança de critérios Exemplo 1 Suponha que Instrução Normativa de 2008 considerava que despesas com bônus a empregados eram dedutíveis Em 2011, Empresa X deu bônus aos seus empregados e deduziu tais despesas. Realiza o pagamento do IRPJ (lançamento por homologação) considerando tais deduções Em 2012, RFB muda seu entendimento, determinando, em nova instrução normativa, que despesas com bônus não são dedutíveis (a base legal é a mesma) Em 2013, contribuinte é fiscalizado e autuado Mudança de critérios Exemplo 2 Mesmo caso em que Instrução Normativa de 2008 considerava que despesas com bônus a empregados eram dedutíveis Em 2009, Empresa Y deu bônus aos seus empregados e deduziu tais despesas. Realiza o pagamento do IRPJ (lançamento por homologação) considerando tais deduções Em 2010, Empresa Y é fiscalizada em relação ao período de 2009. Fiscal segue entendimento previsto na instrução normativa vigente e aceita a dedutibilidade das despesas Em 2012, RFB muda seu entendimento, determinando, em nova instrução normativa, que despesas com bônus não são dedutíveis Empresa Y continua deduzindo as despesas de bônus em 2010, 2011, 2012 e 2013 Em 2014, nova fiscalização é realizada e autua contribuinte pelas despesas deduzidas em 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. 12