Trata-se da responsabilidade da pessoa que detém o poder de comando de coisas e animais causadores de danos à esfera jurídica de outrem (GAGLIANO, PAMPLONA FILHO, 2010, p. 211) Só há interesse jurídico o dano causado por coisas e por animais se há, subjacente, atuação humana direta - do proprietário Responsável civil: guardião Proprietário Possuidor Detentor no momento do evento tem poder de comando ou direção intelectual Denomina-se: responsabilidade pela guarda das coisas inanimadas Advém da doutrina francesa Evoluiu da presunção de culpa para a teoria do risco Culpa in vigilando - a jurisprudência aplica a teoria da culpa presumida Risco: quem usufrui dos cômodos, caberia suportar os incômodos teoria do risco proveito e do risco criado. Logo, pelo sistema, não há que se perquirir culpa do guardião
Art. 937, CC. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta. Há discussões, contudo, atualmente entende-se tratar-se de responsabilidade civil objetiva A conduta danosa é do proprietário do prédio, quem tem o dever de manutenção; bem como do construtor O que é ruína? Total Parcial Desprendimento de revestimento de parede Queda de telhas Queda de vidros Soltura de placas de concreto Etc. Não há isenção de responsabilidade com a prova de ter atuado com diligência ou cuidados devidos somente as causas que rompem o nexo causal A legislação considera a construção civil uma atividade de risco
Art. 938, CC. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Decorre da actio de effusis et dejectis oriunda do Direito Romano Trata-se de responsabilidade civil objetiva Prédio compreende qualquer edifício, casa, terreno etc. Responsável habitante: proprietário, locador, comodatário, usufrutuário etc. Responsabilidade do condomínio apenas se for imputada conduta de todos os condôminos Se for possível identificar a unidade ou prováveis unidades, somente a elas é imputada a responsabilidade
Art. 936, CC. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. Trata-se de responsabilidade objetiva Não há que se perquirir culpa in custodiendo ou in vigilando Apenas rompe-se o nexo de causalidade pela culpa exclusiva da vítima ou força maior É responsável o guardião direto Portanto o proprietário exime-se de responsabilidade provando o comodato ou entrega a um adestrador, por exemplo. A doutrina equipara o furto à força maior para eximir a responsabilidade do dono do animal Casos: Animais soltos na pista Animais em rodeios Ataque de animais
Responsabilidade civil do proprietário por acidente ocorrido com o veículo roubado/furtado Guardião? Atuação negligente ou imprudente Responsabilidade civil e veículo emprestado STJ responsabilidade solidária Responsabilidade civil por dano causado por veículo locado responsabilidade solidária entre a empresa locadora e o locatário súmula 492, STF Responsabilidade civil por dano causado por veículo alienado ou sujeito ao arrendamento mercantil (leasing) apenas o arrendatário tem responsabilidade, pois tem o poder de fato sobre a coisa. Responsabilidade do antigo proprietário que ainda não regularizou a situação do veículo no DETRAN súmula 132 do STJ Responsabilidade civil por acidente em escada rolante Responsabilidade civil por acidente em elevador