Revista Brasileira do Aço - Ano 17 n 101-15 maio/15 junho 2008 Editorial Novas parcerias Depois da edição número 100, começamos um novo centenário com muitas novidades! A revista 101 vem com tudo! Marca o início da parceria entre o INDA e a +3 MKT e Comunicação. A mudança pode ser percebida por meio do novo formato da Revista Brasileira do Aço, que foi alterada para proporcionar uma leitura mais leve e agradável. A diagramação foi organizada por setores e desenvolvida com textos objetivos, levando o leitor diretamente ao assunto. Como a nova responsável pela Comunicação do Inda, a +3 elabora os relatórios, alimenta o site, envia os e-mails marketings e comunicados do Instituto. Nesta edição, preparamos um artigo especial sobre Responsabilidade Social, que explica como uma empresa pode contribuir com o bem-estar da sociedade. Fizemos uma matéria sobre o aumento do preço do aço nas usinas, e também falamos sobre as atuações do Sindisider junto à Secretaria de Transporte para acompanhar a Lei do Rodízio de Caminhões em São Paulo, na luta para a diminuição do ICMS para Aços Planos e nas Convenções Coletivas. Espero que gostem da nova versão da Revista Brasileira do Aço! BNDES Parceria entre o INDA e BNDES gera bons resultados Página 02 Estatísticas Importações despencam! Página 03 Artigo Envolvimento Empresa & Problemas Sociais Página 04 Entrevista com o Professor Lino Rodrigues. Página 05 Aumento do Aço Mercado continua aquecido e preços podem subir novamente Página 06 Relatório IC análise feita pelo comitê dos distribuidores de aço. Página 06 Lei dos Caminhões Sindicato luta para ser exceção no rodízio de caminhões Página 08 Comitê Tributário Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços. Página 08 Diretoria Executiva Presidente: Christiano da Cunha Freire Vice-presidente: Nei Ferreira Bello Diretor administrativo e financeiro: Alberto Piñeira Graña Diretor para assuntos extraordinários: Newton Roberto Longo. Conselho Diretor: Diogo de Castro Loureiro; Fladimir Batista Lopes Gauto; Mário Lane Sinder; Miguel Jorge Locatelli; Wilson Carnevalli Filho. Superintendente: Gilson Santos Bertozzo. Revista Brasileira do Aço Fone: 11 2272-2121 revista@inda.org.br Editor: Fabrícia Furuzava (Mtb 42827) contato@inda.org.br Projeto gráfico, diagramação e editoração: www.mais3marketing.com Impressão: Visão Gráfica. Distribuição exclusiva para Associados ao Inda. Os artigos e opiniões publicados não refletem necessariamente a opinião da Revista Brasileira do Aço e são de inteira responsabilidade de seus autores.
Parceria entre o INDA e BNDES gera bons resultados BNDES A parceria do Inda com o Cartão BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) concretizada em março, já totalizou mais de 113 financiamentos até o mês de maio. As 46 empresas associadas ao Instituto na categoria de distribuidoras de aço estão credenciadas no portal do Banco, destas, 21 já realizam suas vendas por meio do cartão. Para que a empresa associada ao INDA possa realizar suas vendas utilizando o cartão é preciso que ela se torne um fornecedor ativo do BNDES. Para isso, é necessário que ela envie para o banco informações sobre o material com que trabalha e a instituição financeira escolhida, podendo ser Visa, Mastercard, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco. Depois dos dados analisados e aprovados, a distribuidora poderá oferecer aos seus clientes o financiamento pelo cartão. As principais vantagens para a empresa fornecedora que trabalha com o Cartão BNDES é que ela pode fazer financiamento automático para o cliente, não corre o risco de inadimplência, tem redução do comprometimento do capital de giro, recebe em 30 dias, tem taxa de desconto de até 3,0% e exposição gratuita no catálogo de produtos do portal. As micro, pequenas e médias empresas, que utilizam o cartão BNDES para efetuarem suas compras, conseguem crédito rotativo pré-aprovado, financiamento automático em até 36 meses, prestações fixas e taxa de juros atrativa. O Cartão BNDES tem como objetivos: disponibilizar o financiamento automático e pré-aprovado, agilizar o acesso aos recursos financeiros do Banco e estabelecer maior proximidade entre as micro, pequenas e médias empresas. Structural System Metal Plus é um sistema construtivo que combina elementos metálicos destinados à coberturas, estruturação de pisos e obras afins, sendo modulado ou sob medida, de acordo com a necessidade do cliente, com todas as ligações perfuradas. A produção é automatizada, acelerando o processo de entrega e montagem, reduzindo custos e garantindo a mais alta qualidade. Possibilidade de financiamento em até 36 meses no cartão BNDES. Structural System Metal Plus. Surge no mercado uma empresa que alia alta tecnologia, modernidade e experiência. rua dianópolis 122-1º andar - tel/fax 55 (11) 6166-3350 - pq. da moóca - são paulo - sp - cep 03125-100 www.frefermetalplus.com.br
Importações Despencam! Conforme antecipado em nossa última edição, as importações continuam a cair. Apesar do fechamento do quadrimestre indicar uma alta de 113,6% em relação ao mesmo período de 2007, em abril a queda foi de expressivos 49,2% em relação a março. Os produtos que apresentaram maior queda foram a Chapa Grossa e a Bobina a Frio, que caíram 91% e 79%, respectivamente em relação a março. As compras fecharam o 1º quadrimestre com 1.286,4 mil ton, alta de 19,8% em relação ao mesmo período de 2007 (1.073,8 mil ton). Os estoques mantiveram os níveis PRODUÇÃO MUNDIAL Março 119.511 112.988 5,8% ESTOQUE Abril 860,0 508,2 69,2% Panorâmica do Aço PRODUÇÃO AMÉRICA LATINA Março 5.777 5.701 1,3% Desempenho dos Associados COMPRAS¹ Abril 331,0 271,4 22,0% históricos, ou seja, média de três meses de atendimento. Apesar da ligeira queda em abril de 6,1% em relação a março, as vendas continuaram mantendo o ritmo forte, fechando o 1º quadrimestre em 1.273,6 mil ton, alta de 20,2% em relação ao mesmo período de 2007 (1.059,6 mil ton). Dados preliminares de maio continuam a apontar para vendas médias mensais acima de 300 mil toneladas, podendo alcançar novo recorde histórico. Acompanhe a seguir os principais números do setor. PRODUÇÃO BRASIL Abril 2.900 2.708 7,1% VENDAS Abril Unid: 1000 ton. 315,4 291,0 8,4% Estatísticas Importações de Aços Planos* * incluem LCG, BQ, BF, CZ, CPP, CAZ e EGV ¹ incluem os embarques das usinas para outros setores via distribuição. 3
Envolvimento Empresa & Problemas Sociais Artigo 4 Está cada vez mais presente nas análises sociológicas a constatação de que sozinhos os governos são incapazes de resolverem os problemas sociais do mundo contemporâneo. Esses problemas só serão atenuados mediante a uma sinergia entre Governo, Iniciativa Privada e Organizações Não Governamentais. Lentamente a sociedade começa a cobrar das empresas seu envolvimento no combate à violência urbana, poluição, trânsito caótico das grandes cidades, desmatamento, efeito estufa e tantos outros efeitos causados pelo modelo de vida que levamos hoje. Porém, ainda há muitos empresários que acreditam que minimizar os efeitos nocivos causados pela sociedade de consumo é atribuição exclusiva dos governos e das ONGs. Perigoso engano! As empresas detêm hoje muito mais poder e influência que os governos. As multinacionais interagem de forma global e têm um poder de mobilização muitas vezes maior que governos locais, portanto: o papel das empresas na construção de modelos de gestão que conciliam progresso econômico, social e ambiental de forma sustentável é simplesmente primordial e indispensável. O mercado consumidor saberá julgar as empresas que desprezarem essa regra. Como praticar investimentos sociais de forma estratégica Após convencer-se de que a empresa perderá reputação e mercado ao desprezar os conceitos de sustentabilidade, o empresário precisa estabelecer estratégias para realizar investimentos sociais. Vale conceituar: considero investimentos sociais todas as ações desenvolvidas pela empresa que não estejam diretamente ligadas ao serviço ou produto estabelecido em sua missão. Escolher onde e de que forma se envolver com questões sociais é uma decisão estratégica e não emocional. Nesse momento deve prevalecer o conhecimento técnico capaz de assegurar os interesses institucionais da empresa e os resultados estabelecidos para o investimento. Responsbilidade Social A primeira medida a ser tomada nessa direção é desenvolver um processo eficiente de comunicação interna que consiga recolher as opiniões e experiências dos funcionários da empresa. As surpresas positivas que podem surgir dessa ação são fantásticas. Em geral, muitos funcionários já praticam ações voluntárias, outros fazem parte da gestão de projetos sociais em suas comunidades e sem dúvida, a grande maioria sabe como a empresa é vista pelos fornecedores clientes e concorrentes, e essa informação é muito valiosa na hora de decidir qual área social a empresa deve abraçar. Vantagens que os investimentos sociais trazem para empresa Eleva o comprometimento de seus colaboradores e ajuda a reter talentos; Redução de Impostos. Algumas modalidades de investimentos podem ter incentivos fiscais; Eleva a reputação institucional junto a governos e opinião pública. A sociedade sabe reconhecer e respeitar uma Empresa Socialmente Responsável; Agrega valor a marca e melhora o posicionamento junto ao mercado. Empresas preocupadas com o Desenvolvimento Sustentável são cada vez mais as escolhidas pelos consumidores; Ajuda a atrair investimentos. Empresas que praticam ações de Governança Coorporativa são mais transparentes e seguras para os investidores; Ajuda a diminuir os custos de produção. Por fim: as empresas que se envolvem adequadamente na manutenção e desenvolvimento de projetos sociais, conseguem fortalecer suas marcas por meio de um escudo protetor criado pela aceitação simpática que a sociedade passa a ter por essas empresas. Gilson Santos Bertozzo Sociólogo especializado na Gestão Estratégica de Organizações Não Governamentais
Como implantar a Estratégia Competitiva nas Distribuidoras de Aço No mês de maio, os distribuidores de aço associados ao INDA tiveram uma palestra sobre Gestão Competitiva com o professor Lino Rodrigues. O palestrante é Doutor em Administração FEA- USP, D. E. A. ESSEC Paris e Engenheiro de Produção EPUSP, professor visitante na École de Management de Lyon-France e Consultor de Empresas na área de Estratégia Comercial e Pricing. O que é estratégia competitiva e quais são as etapas para a implementação numa empresa? É um conjunto de atividades estruturadas que permite às organizações equilibrar os interesses conflitantes de 3 públicos: acionistas, clientes e colaboradores, permitindo a obtenção de retornos atrativos de forma sustentável ao longo de períodos superiores a 10 anos. As etapas são: selecionar clientes e posicionamento, identificar atributos e serviços diferenciados sob a ótica dos clientes selecionados e gerar valor para os diferentes componentes da cadeia competitiva. Qual é o procedimento para uma empresa estabelecer o melhor posicionamento no mercado (diferenciação ou menor preço)? O procedimento adequado é inicialmente a empresa verificar de que forma suas atividades comerciais serão sustentáveis, face ao tipo de produto e mercado que ela está inserida. Assim, um produtor de soja sabe que o preço do seu produto é estabelecido pela Bolsa de Mercadorias, ou seja, não cabe diferenciação, entretanto, quando falamos de ofertas de produtos e serviços, como é o caso da distribuição de aços, é natural que haja possibilidade de se diferenciar, seja pela disponibilidade dos produtos, seja pelos serviços de logística ou até mesmo pelo relacionamento. Como são identificados os clientes estratégicos e os segmentos de mercado onde se tem maior possibilidade de crescimento? Os clientes estratégicos são identificados pelo seu potencial de compras, que deve ser alto e/ou pela sua importância no setor, ou seja, se o cliente é formador de opinião, neste caso ele será considerado um cliente especial. Já os segmentos de mercado, compreendem clientes que tenham características comuns, por exemplo, ramo de atividade, porte, localização geográfica, mas, sobretudo clientes que tenham um comportamento similar a um estímulo de marketing. Na distribuição de aço há clientes que preferem ser atendidos pelo telefone ou pela WEB, nestes casos é viável reduzir o custo de atendimento, pois não seria necessária a visita pessoal. Quanto ao crescimento, as fontes de informação são as mais diversas, como associações de classe, relatórios de atividades, imprensa e órgãos governamentais. Como avaliar se o valor da oferta está condizente com as características e expectativas do cliente? As características do cliente, além de seu porte e ramo de atividade, compreendem também os benefícios desejados pelo cliente. Neste caso, dividimos estas características em dois grupos: Racionais e Psicológicos. No caso dos racionais, há o menor preço e valor percebido, quando o cliente está disposto a pagar mais pela oferta devido ao benefício superior que ele terá. Por exemplo: um cliente que tem seu equipamento em manutenção, prefere pagar mais caro por uma barra chata que tenha um prazo de entrega mais curto, pois o custo do equipamento parado é mais elevado que a diferença de preço. Do ponto de vista psicológico, um cliente prefere pagar mais para um distribuidor que transmita mais segurança. Entrevista 5
IC Relatório IC O Relatório IC é resultado da análise feita pelo Comitê de Inteligência Competitiva, que se reúne uma vez por mês no INDA. Durante a reunião, é feito um balanço do mês anterior, do atual e das expectativas para o mês seguinte. O resultado da reunião realizada no mês de maio mostra que a distribuição de aço fechou o primeiro quadrimestre mantendo o ritmo de forte crescimento em vendas. As vendas no 1º quadrimestre do ano apresentaram alta de 20,2% em relação ao mesmo período em 2007. No mês de abril, elas foram 8,4% maiores que o mesmo Mercado continua aquecido e preços podem subir novamente Com a manutenção da forte demanda interna por aço, vinda principalmente dos setores automotivo, construção civil e bens de capital, aliado aos aumentos acima do previsto nos insumos da cadeia siderúrgica nos últimos meses, a possibilidade de um novo aumento nos preços do aço torna-se cada vez mais presente. A necessidade de um terceiro acréscimo já era prevista no mercado, uma vez que os reajustes realizados neste ano ainda não cobriram os atuais custos das usinas siderúrgicas nacionais. A previsão é que o novo repasse seja feito em julho, ficando em torno de 10% e podendo chegar a 15% nas bobinas a quente e a frio. Mesmo com este reajuste, os preços do aço importado ainda ficariam acima dos valores cobrados pelas usinas locais. período em 2007, e apresentaram uma queda de 6,1%, se comparadas a março deste ano. A projeção de vendas para o mês de maio apontam para um possivel novo recorde histórico. As compras fecharam o quadrimestre com alta de 19,8% em relação ao mesmo período em 2007. No mês de abril, elas apresentaram alta de 22% se comparadas a abril de 2007 e tiveram queda de 5,8% em relação a março de 2008. Família não pára de crescer O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço tem mais dois associados. A Arcelor Mittal Campinas atende o mercado de bens de capital, automobilístico e linha branca, entre outros segmentos. Situada a um raio de 150 km dos principais clientes, a unidade tem capacidade de atendimento para 40 mil toneladas/ano em aço inoxidável. Já a Comafal, empresa que atua no segmento de metalurgia, busca consolidar sua presença no mercado, com produtos e serviços que geram soluções. Com três unidades, uma em Pernambuco, outra em São Paulo e outra no Rio Grande do Sul, o empreendimento tem como principais produtos: tubos e perfis transformados a partir de bobinas de aço, recebidas das usinas siderúrgicas.
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Sindicato luta para ser exceção no rodízio de caminhões De acordo com o decreto assinado pelo prefeito Gilberto Kassab e publicado no Diário Oficial do Município em maio, a partir do dia 30 de junho entra em vigor o rodízio de caminhão na cidade de São Paulo. A restrição funcionará de segunda a sexta-feira, das 5h às 21h, e aos sábados das 10h às 14h nas áreas chamadas de Zonas de Máxima Restrição de Circulação, que podem ser consultadas no link www.cetsp.com.br. A nova medida atrapalha a rotina das empresas que dependem dos transportes de carga, como é o caso dos distribuidores de aço. Por isso, o Sindisider - Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos - acompanha de perto as ações do SETESP - Sindicato Patronal das Empresas de Transportes de São Paulo - junto à Secretaria de Transportes. O SETESP coordena um grupo de 10 entidades (sindicatos e empresas afetadas pelo decreto) as quais foram escolhidas para representar as mais de 80 associações. Algumas exceções foram abertas no rodízio, criando horários especiais para veículos de carga de obras de serviços de infra-estrutura urbana, concretagens, feiras livres, mudanças, transportes de produtos alimentícios perecíveis, produtos perigosos, transportes de valores, remoções de terra e entulho e prestações de serviços públicos essenciais. Já foi solicitado pelo Sindisider que a distribuição de produtos siderúrgicos seja tratada como exceção, assim como a concretagem, já que se trata de materiais para construção. Existe a possibilidade da publicação de decretos estabelecendo novas exceções. negocia com outras categorias O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos acompanha negociações coletivas de outros sindicatos do Brasil nos seguimentos empregados do comércio e metalúrgicos. Acompanhe as principais negociações cujas datas base em 2008 são: Março/08 a) Empregados no Comércio de Curitiba/PR - em fase final, índice de reajuste de 7%, aguardando aprovação das Empresas associadas; b) Empregados no Comércio de Gravataí/SC - encerrada, já registrada na DRT/SC, índice de reajuste 6,73%, mantidas as demais condições da Convenção anterior. Abril/08 a) Empregados Metalúrgicos Baixada Santista/SP - encerrada, em registro na DRT, índice de reajuste de 8%, mantidas as demais condições da Convenção anterior. Maio/08 a) Empregados no Comércio do Rio de Janeiro/RJ - encerrada, em edição, índice de reajuste de 6,2%, mantidas as demais condições da Convenção anterior; b) Empregados no Comércio de Londrina e Ponta Grossa/PR- em andamento; c) Técnicos de Segurança de São Paulo - em andamento, índice de reajuste pleiteado é de 7%. Junho/08 a) Empregados no Comércio de várias regiões do Paraná - em andamento. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços O Comitê Tributário do Sindisider coordena o Movimento Nacional pela Unificação do ICMS para Aços Planos em 12%. A campanha visa reduzir o ICMS de 18% para 12%. O valor dessa taxa líquida imposta pelo Senado varia de acordo com a região de distribuição do aço. No estado de São Paulo, por exemplo, a taxa cobrada internamente é de 18%, sendo nas áreas interestaduais 12%. Já as empresas da região Sudeste e Sul, que distribuem aço para as regiões Nordeste, Norte e Estado do Espírito Santo, o imposto cai para 7%. Segundo o Consultor Jurídico Tributário do Sindisider, Dr. Rinaldo Maciel de Freitas, essa oscilação nos valores do ICMS prejudica o contribuinte paulista na competitividade com outras empresas. Os procedimentos adotados como forma de atingir o objetivo de desoneração fiscal em relação ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na Cadeia do Aço foram: Em 2007 - anunciado a intenção da diretoria do Sindisider de buscar a desoneração do ICMS para patamar igual a 12%; Em outubro de 2007 - Dra. Cátia Mac Cord Simões Coelho, Superintendente Instituto Brasileiro de Siderurgia, encaminha documento da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo para preenchimento do Sindisider; No início de 2008-1ª reunião do Comitê Tributário do Sindicato para tratar das estratégias em relação à desoneração do ICMS; Em fevereiro de 2008 - Protocolado em Minas Gerais o pedido de Regime Especial para redução das alíquotas do ICMS incidentes sobre a cadeia do aço e realizadas reuniões sobre o tema, já em estado avançado; Em março de 2008 - Protocolizado em São Paulo o pedido de Regime Especial em igual sentido e reunião com Dr. Luciano Santos Tavares de Almeida, Secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, com a presença do diretor do Sindisider Sr. Newton Roberto Longo e do Superintendente Sr. Gilson Berttozo; Em abril de 2008 - Reunião na Secretaria de Estado da Fazenda Pública para tratar do assunto; Em maio de 2008 - Reunião com Dr. Luciano Santos Tavares de Almeida, Secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo, que propôs desoneração do setor com base na mesma concedida ao setor de plásticos; O Dr. Rinaldo Maciel de Freitas ficou de estudar o Decreto e formular proposta para conhecimento da diretoria do Sindisider e se reunir com o Sr. Inácio Kazuo Yokoyama para concluir o documento da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo.