2º Encontro Sistemas de Gestão de Energia Benefícios e impactos. Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia

Documentos relacionados
Regulamento dos Produtos de Construção - As novas exigências para a Marcação CE

Seminário Qualidade do Ar Interior Porto, 4 de Junho de 2009

QUEM PERDE E QUEM GANHA COM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA? UMA ANÁLISE PELA VARIAÇÃO DA RIQUEZA ATUARIAL DO CIDADÃO BRASILEIRO

Knowledge and Information Centre (KIC) Survey - DRAFT.xlsx 4/15/2013 1

SGA. Introdução. Qualidade PLANEAMENTO SGA Aspectos ISO SGA por. Níveis. Sistemas. Integrados. Sistemas. Sustentáveis.

Os sistemas de gestão são uma mais valia para a competitividade das PME

SEMINÁRIO A Gestão de Energia nas PMEs. Os novos desafios das PME. 14 Julho Museu do Oriente - Lisboa. Vítor Bento

Curso de Formação em Planeamento da Ação Estratégica de Promoção da Qualidade das Aprendizagens

A FUNDAÇÃO PARA A CIÊNCIA E A TECNOLOGIA (FCT)

Ciência: O Desafio da Qualidade

Livro Verde sobre a eficiência energética

As Diretivas de 2014 e os Mercados Públicos Nacionais

COST Action TD Innovación en la gestión inteligente de los edificios históricos (i2mhb)

Portugal Exportador. aicep Portugal Global Marta Jorge 14 de novembro 2018

RICARDO PAES DE BARROS

Perspetivas para a construção até 2014

As Diretivas e o Decreto-Lei 111-B/2017 : Como melhorar a contratação pública?

Conectando Tecnologias

A Visão e Estratégias do ABNT CB116 Gestão e Economia de Energia. Novembro Alberto J. Fossa ABRINSTAL Dir. Executivo ABNT CB116 Gestor

CFR Paulo Simões Divisão de Planeamento Área de Estratégia 05 DEZ 2014

Projectos em desenvolvimento no IPQ enquanto Organismo Nacional de Normalização

Luis Magalhães Presidente da UMIC Agência para a Sociedade do Conhecimento, IP

Prof. Sandro Wambier

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

III Congresso Português de Demografia. Maria Filomena Mendes Isabel Tiago de Oliveira

O Veículo Eléctrico na perspectiva da mobilidade

ASSIM VAI O MUNDO ALGUMAS GRANDES TENDÊNCIAS MARCANTES. VÍTOR BENTO Outubro 2016

Sessão de Informação ERASMUS+

EUROPA, EUROPA ORIENTAL, ISRAEL, TURQUIA, NORUEGA E REINO UNIDO VÁLIDO DESDE 1 DE SETEMBRO A 31 DE OUTUBRO 2016

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

Assimetria da Informação Paulo Resende da Silva

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

Seminário sobre Financiamento

Private Debt Dívida Privada. dossiers. Economic Outlook Conjuntura Económica. Conjuntura Económica. Banca e Seguros. Portugal Economy Probe (PE Probe)

ETWINNING, ENSINAR E APRENDER EM COLABORAÇÃO

IDEFE O Orçamento visto pelo IDEFF Uma primeira leitura do Orçamento de Orçamento de Estado de 2013 O Ensino Superior.

Indicadores sobre o álcool em Portugal e no mundo

14º Encontro de Energia - FIESP

Benchmark individual e colectivo Resultados do 1º Inquérito as Empresas Jean Pol Piquard

Sessão 4 - Ciclos e crises financeiras. Neves (2016) Causas dos ciclos. A realidade económica é sempre muito instável:

Qualidade e Sustentabilidade

Workshop da CT 150. SC7 Gestão de gases com efeito de estufa e atividades relacionadas

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

OECD Territorial Review of Portugal. Mario Pezzini Soo-Jin Kim

Como reduzir a desigualdade de oportunidades educacionais no Brasil: equalização dos gastos, da eficiência ou adequação à diversidade?

Terminologia portuguesa relativa a Gestão de Energia (Comissão Técnica Gestão de Energia)

A INTEGRAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO

A Importância da Normalização na Economia Nacional. 27 junho 2017

A certificação de um SGE de acordo com o referencial NP EN ISO 50001:2012. Vantagens e Mercado. Orador:

Workshop Medir a Cidade

Engineering Solutions Consulting. Consulting

O Contributo do Ensino Superior

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Ciência Política

Meninas casadas até os 18 anos na América Latina (%) Meninas casadas até os 15 anos (%) Bolivia (Plurinational State Costa Rica (17º) Brazil (3º)

Ferramentas para indústria ferroviária

Norma Portuguesa. Sistemas de gestão da segurança e saúde do trabalho Requisitos NP

Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Produção Distribuída e Energias Renováveis (Setembro de 2005) J. A.

I Principais destaques. Enquadramento Internacional.. Preço.

Transição da Escola para o Mercado de Trabalho no Brasil. André Portela Souza EESP/FGV

Trabalhem em conjunto com as Instituições de Ensino Superior Europeu. Erasmus+

esdi-net+ Rede Europeia para a reutilização e enriquecimento de informação geográfica Rui Manuel Dias USIG / esdi-net+

Assessing PORTUGAL s Competitiveness The Global Competitiveness Index Report Ilídio de Ayala Serôdio Lisboa,

Agenda Digital Europeia

Europa Da Estratégia de Lisboa à nova Estratégia para a Europa

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE EMPRESAS PETROLÍFERAS

RICARDO HENRIQUES RICARDO PAES DE BARROS

Price The missing link

PRESCRIÇÃO DE QUINOLONAS

Educação, Economia e Capital Humano em Portugal Notas sobre um Paradoxo

Associação KNX Portugal

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Ciência Política

Planear para a Saúde: o 6ºP para o desenvolvimento sustentável?

Relatório Semanal sobre Combustíveis. 10 de abril de 2019

ENERGIA O MERCADO DAS INFRA-ESTRUTURAS PDIRT. e Investimento da Rede de Transporte. Redes Energéticas Nacionais, SGPS

Global Innovation Index 2018 rankings

O Sector dos Edifícios de Serviços na União Europeia

Sistemas de gestão de recursos humanos- Requisitos. Systèmes de management de ressources humaines - Exigences

O Investimento em Protecção Social no Brasil: uma análise comparativa. Ronaldo Alves Nogueira

A Previdência Social ao redor do mundo

FECUNDIDADE E MERCADO DE TRABALHO

Estratégia do Subsistema de Normalização Seminário Normas e partilha de Informação

O Processo de Certificação do Sistema de Gestão da Inovação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) NP 4457:2007

OLI - Sistemas Sanitários S.A. Soluções focadas na eficiência hídrica

Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

Sociedade Portuguesa para o

Certificar para Ganhar o Futuro Funchal, 2 Março 2007 José Leitão CEO APCER

Conferência Construção 4.0 O IPQ como dinamizador da normalização na indústria 4.0 e o caso da Construção

CONFERÊNCIA REABILITAÇÃO URBANA E HABITAT CONTRIBUTOS PARA EDIFÍCIOS CONFORTÁVEIS E SUSTENTÁVEIS

ISO GESTÃO DE ENERGIA. Nigel H Croft Presidente do Conselho APCER Brasil Chairman, ISO/TC176/SC2 Quality Systems

Proposta de Abordagem para Construção da Reforma Tributária

Embalagens e Resíduos de Embalagem

Indices de Felicidade

POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA NO BRASIL. Juan Yermo

Workshop da CT 150 SC 4 Avaliação do desempenho ambiental

IP/09/1064. Bruxelas, 1 de Julho de 2009

A Transferência de Tecnologia em Portugal. Miguel Sousa

Hélder Estradas 14 de Junho de 2011

Transcrição:

2º Encontro Sistemas de Gestão de Energia Benefícios e impactos Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia

2º Encontro Sistemas de Gestão de Energia Benefícios e impactos 1. Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia 2. A Norma NP EN ISO 50001 3. A certificação de Sistemas de Gestão de Energia

Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia Composição Coordenação: ONS/ITG Presidente: Cristina Effertz (Perita Independente) Secretário: Paulo Zoio (ITG) Entidades representadas: 15 Entidades 6 Peritos independentes

Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia Composição CT184-Categorias das entidades representadas 8 5 3 2 2 1 PME Aplicação de normas Administração Indústria e Comércio Organizações ambientais Universidades e centros tecnológicos

Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia Actividade Membro participante ISO/TC 301 - Energy management and energy saving TG01- Task Group MSS (Revision ISO 50001) WG01 - Energy Management (ISO 50003 e ISO 50004) WG02 - Energy Performance Metrics (ISO 50006) WG03 - M&V of Organizational Energy (ISO 50015) WG04 -Opportunities for Improvement (ISO 50002) WG05 - Energy Services (ISO 50007) Em processo de revisão pelo ISO/TC 301, com participação activa da CT184 A ISO prevê a publicação da revisão da ISO 50001 no 1S de 2018 A ser publicada pelo IPQ no decorrer de 2017

Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia Actividade (continuação) Membro participante ISO/TC 301 - Energy management and energy saving WG06 - Data for energy management systems WG07 - Methodological framework of calculation and reporting on energy savings WG08 - Energy savings in regions WG09 - Energy savings in projects WG10 - Energy savings in organizations WG11 - Economics and financial evaluation WG12 - Energy savings evaluators WG13 - Evaluation of energy savings of thermal power plant

Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia Actividade Membro Observador ISO/TC 268 - Sustainable development in communities WG01-Management System Standards (ISO 37101) WG02-City Indicators (ISO 37120 + ISO 37121) WG03-Vocabulary (ISO 37102) WG04-Strategies for smart cities and communities Traduzida para português pela CT Ad-hoc 34 (sob a CT184), presidida pela DGT Em processo de revisão pelo ISO/TC 268, com participação activa da CT184 e CT Ad-hoc 34

Comissão Técnica 184 Normalização no domínio da gestão de energia Actividade Membro Observador CEN/CENELEC JWG01-Energy audits (EN 16247) JWG02-Guarantees of origin and Energy certificates (EN 16325) - Cancelado JWG03-Energy Management and related services-general requirements and qualification procedures (EN 15900 + EN 16001) JWG04-Energy efficiency and saving calculation (EN 16212)

A Norma NP EN ISO 50001 Aplicabilidade Serviços PME s Gestão Política/Metas/Objectivos Técnica Gestão de dados de energia Avaliações energéticas Gestão Formação/comunicação Controlo de equipamentos, serviços e processos Técnica Aquisição de energia Concepção ISO Plan Do 50001 Industria Transportes Implementação de Sistemas de Gestão de Energia Gestão Revisão pela gestão Técnica Desempenho do sistema Act Check Gestão Ações correctivas/preventivas Auditrias internas Técnica Medição e monitorização

A Norma NP EN ISO 50001 A família de Normas ISO 50001 Sistema de Gestão de Energia - SGE Política energética Planeamento da energia Avaliação energética Implementação e operação Guia para a Norma ISO 50001 ISO 50004 Fornece apoio para o uso da metodologia Verificação Monitorização, medição e análise Auditorias SGE ISO 50003 Valida o método Revisão interna & Revisão pela gestão Auditorias energéticas ISO 50002 Identificação de oportunidades de melhoria Identificação de dados necessários para as auditorias Medição do Desempenho energético ISO 50006 Identificação de IDE s e de consumos energéticos de referência Dados necessários para os IDE s Gestão de dados energéticos de edifícios ISO 50008 Especifica dados disponíveis e atributos Especifica dados e atributos necessários para a avaliação energética Desempenho energético M&V ISO 50015 Especifica como medir dados Identifica a disponibilidade de dados energéticos Identifica a necessidade de dados adicionais Fonte: Anexo C ISO 50001 (revisão)

Abordagem ad-hoc à gestão de energia Custos elevados=auditoria Corte em desperdícios, algum investimento Custos elevados de novo: onde está a última auditoria? Cá vamos nós outra vez! Sob controlo Fonte: Apresentação Unido (Conferência AIE, junho 2015)

Abordagem estruturada à gestão de energia Gestão comprometida com programa Poupança inicial sustentada Actuar no negawatt antes do investimento pesado A EE torna-se cultura da empresa Fonte: Apresentação Unido (Conferência AIE, junho 2015)

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia 12000 Certificações ISO 50001 10000 8000 6000 4000 2000 0 2011 2012 2013 2014 2015 Mundo Europa Fonte: ISO Survey (2015)

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia Germany United Kingdom Spain Italy France Austria Sweden Romania Ireland Denmark Switzerland Poland Czech Republic Hungary Belgium Greece Netherlands Norway Slovenia Slovakia Portugal Bulgaria Finland Latvia Certificações ISO 50001 (2015) 38 certificações ISO 50001 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 Fonte: ISO Survey (2015)

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia Benefícios Melhorar a visibilidade do uso de energia que, por sua vez, reduzirá os custos operacionais relacionados com a energia; Evidenciar o compromisso com a sustentabilidade e eficiência energética, comunicando-o dentro e fora da organização; Reduzir as emissões de gases com efeito estufa; Aumentar a eficiência energética e apoiar a conservação de energia; Melhorar o uso dos equipamentos e bens disponíveis; Auxiliar na avaliação, priorização e implementação de novas tecnologias energeticamente eficientes;

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia Benefícios Padrão globalmente reconhecido para a melhoria contínua do sistema de gestão de energia; Abordagem sistemática para reduzir os custos de energia, as emissões de gases com efeito de estufa e outros impactos ambientais relacionados; Foca especificamente a gestão de energia e factores técnicos que melhoram a eficiência energética; Implementação possível em qualquer organização, de qualquer tamanho, actividades ou localização; Aplicação possível de forma isolada ou integrada com outros sistemas de normas;

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia Benefícios Melhorar práticas de contratação de serviços; Integração mais simples com outros sistemas de gestão, tais como a qualidade, ambiente e segurança; Melhoria contínua da Eficiência em Custos; Melhoria nas práticas de manutenção; Maior disponibilidade de cash-flow na tesouraria, para investimento e inovação; Reforço da imagem de sustentabilidade e inovação; Então, por que razão a certificação de SGE s em Portugal teima em não arrancar?

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia Algumas possíveis barreiras Falta de envolvimento da gestão de topo; Foco da gestão na produção, e não na eficiência energética; Falta de informação e compreensão acerca dos benefícios financeiros e qualitativos; Falta de competências técnicas adequadas para identificar, desenvolvere implementar projectos e medidas de eficiência energética; Fracos sistemas de monitorização de dados; Custos de investimento mais importantes do que os custos operacionais; Quando existe conhecimento acerca da eficiência energética, habitualmente este reside num indivíduo e não na empresa -> Risco de sustentabilidade; Financeiras;

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia O que pode ser alcançado com um SGE Muitas das empresas com SGE s implementados alcançaram reduções anuais médias da intensidade energética da ordem dos 2-3%, versus redução de 1% em business as usual (IRL, NET, DEN, SWE, USA); Para empresas que adoptem um SGE, as poupanças nos primeiros 2 anos serão da ordem dos 10-20%; A experiência da UNIDO: A poupança média numa empresa nos primeiros 1-2 anos, após implementação de SGE, estará entre 5 a 15%, com pouco ou nenhum capital investido; Fonte: Apresentação Unido (Conferência AIE, junho 2015)

Certificação de Sistemas de Gestão de Energia O que está a CT184 a fazer? Organizar, em parceria com o IPQ, eventos de divulgação da ISO 50001, e normas associadas; Enviar questionário a empresas do tecido empresarial português, por forma a identificar as principais barreiras à implementação e certificação de SGE;

Gratos pela atenção Presidente da CT184: effertz.cristina@gmail.com Secretário da CT184: paulo.zoio@itg.pt