O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter um sistema universal, público e gratuito de Saúde
Dimensão do SUS 4,1 bilhões de procedimentos ambulatoriais em 2014 590 milhões de consultas médicas em 2014 11,4 milhões de internações em 2014 Maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo 98% do mercado de vacinas é movimentado pelo SUS 19 milhões de procedimentos oncológicos em 2014** 2,6 milhões de procedimentos de quimioterapia feitos no SUS em 2014** Dados ainda podem sofrer alterações Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações de Saúde-TABNET. ** Fonte: Coordenação Geral de Sistemas de Informação CGSI/SAS/MS
Atenção Especializada
Avanços x Desafios da AE A fragmentação no sistema de saúde contribui para: baixo desempenho dos serviços, dificuldade de acesso, perda da continuidade da atenção, baixa resolutividade e não otimização dos recursos disponíveis. A integração dos pontos de atenção é uma premissa básica para a garantia da integralidade, evita a duplicidade de infraestrutura e serviços, diminuir os custos e melhorar a resolutividade. Os modelos de saúde integrados requerem atuação das equipes de saúde de forma colaborativa, com coresponsabilidade, com compartilhamento de informações, de forma a ofertar um cuidado eficaz, com qualidade, segurança e redução de custos Fogolin, J. E. et al.care strategy in Secundary Care:qualification and increasing of acess. Divulgação Saúde em Debate. Rio de Janeiro, outubro de 2014
Avanços x Desafios da AE A reorganização da AE deve ter atuação territorial, sendo referência para uma população definida, considerando escala, no que se refere à economia e à qualidade do cuidado. Estabelecer uma mudança no modelo de cuidado na AE com a oferta de uma assistência multiprofissional baseada nas necessidades da população e utilização de ferramentas de gestão da clínica. Não utilizar AE exclusivamente para o atendimento presencial dos usuários, sendo também um ponto de apoio resolutivo para a AB, presencialmente ou à distância por meio das ferramentas de tele assistência, teleducação e telessaúde.
Cenário Atual
Atenção especializada hospitalar Atenção especializada ambulatorial REGULAÇÃO
1. Panorama de execução física e financeira da AE Amb 3- Panorama de execução física e financeira da AE Amb PRODUÇÃO DOS GRUPOS 02, 03 E 04 - ANO DE 2013 - MÉDIA COMPLEXIDADE GRUPO DE PROCEDIMENTOS Freqüência Vl.Aprovado Qtd.Apresentada Vl.Apresentado 02 Procedimentos com finalidade diagnóstica 782 mi (56%) R$ 5,2 bi (51%) 874 mi R$ 5,7 bi 03 Procedimentos clínicos 592 mi (42%) R$ 4,6 bi (45%) 680 mi R$ 5,2 bi 04 Procedimentos cirúrgicos 9,9 mi (2%) R$ 337 mi (4%) 15,2 mi R$ 423 mi TOTAL GERAL 1,38 bi R$ 10,1 bi 1,57 bi R$ 11,3 bi PRODUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 03.01.01.004-8 E 03.01.01.007-2 - ANO DE 2013 - MÉDIA COMPLEXIDADE PROCEDIMENTOS Freqüência Vl.Aprovado Qtd.Apresentada Vl.Apresentado 0301010048 CONSULTA DE PROFISSIONAIS DE NIVEL SUPERIOR NA ATENÇÃO 75,5 mi (41,9%) R$ 477 mi (31%) 91,7 mi R$ 579 mi ESPECIALIZADA (EXCETO MÉDICO) 0301010072 CONSULTA MEDICA EM ATENÇÃO ESPECIALIZADA 104,6 mi (58,1%) R$ 1,05 bi (69%) 120,7 mi R$ 1,2 bi TOTAL GERAL 180 mi R$ 1,53 bi 212,4 mi R$ 1,78 bi
4- Relação AB & AE Frequência (%) de contato dos profissionais de AB com especialistas para troca de informações (PMAQ, 2011)
4- Relação AB & AE Frequência (%) de contato dos especialistas com profissionais de AB para troca de informações (PMAQ, 2011) 6 52 42 Sempre Sim, algumas vezes Nunca
Frequência de solicitações/encaminhamentos e tempo médio de espera dos usuários para realização de consultas especializadas Tipo de Consulta Percentual de mais Médias de dias frequentes Cardiologia 79 52 Oftalmologia 78,3 71 Ortopedia 75,6 76 Dermatologia 68,9 66 Cirurgia geral 67,9 60 Otorrinolaringologia 65,5 74 Neurologia 65,3 87 Urologia 65 63 Ginecologia e obstetrícia em pré-natal de 58,4 16 alto risco Endocrinologia 58,1 76
Dificuldades
Atenção Básica Dificuldades/Fraquezas que geram déficit na qualidade do cuidado da AB 1. Baixo fluxo institucional de comunicação utilizado pelas equipes com outros níveis/pontos de atenção (PMAQ, 2013) 2. Infraestrutura; 3. Falta de Equipamentos adequados; 5. Poucas equipes com protocolos que orientem a priorização dos casos que precisam de encaminhamento (PMAQ, 2013) - micro regulação e protocolos de regulação; 6. Ainda pouca abrangência e capilaridade do Telessaúde como ferramenta; 7. Dificuldade de acesso a exames de apoio diagnóstico
Atenção Especializada Dificuldades/Fraquezas 1. Dificuldade para mapear os serviços; 2. Modelo único de financiamento baseado na produção e tabela de procedimentos; 3. Diferentes realidades regionais; 4. Processo de trabalho baseado em especialidades médicas; 5. Ausência de efetiva regulação do Acesso como ferramenta organizativa na RAS; 6. Relação entre o mercado X prestação serviço X tabela; 7. Informação e monitoramento; 8. Transporte Eletivo; 9. Desarticulação dos serviços de atenção especializada com as Unidades Básicas de Saúde; 10. Baixa efetividade e uso de tecnologias para transferência e troca de informações na RAS 11. Parâmetros de cuidado (entrada e saída) e de procedimentos pouco definido 12. Entendimento do processo de trabalho da AE medicina privatista 13. Capacidade de Gestão do Cuidado na AE Prestadores Recursos humanos
Desafios
Estratégia de qualificação e ampliação do acesso à Atenção Especializada Atenção Básica Resolutiva Regulação Atenção Especializada Atenção Básica Resolutiva: produção da carteira de serviços (definição de escopo da atenção básica e proposta de financiamento (ações, exames e procedimentos); Informatização e implantação do e-sus nas UBS; PMAQ (padrões de melhoria do acesso e da qualidade) Disponibilização de guia para elaboração e disponibilização de protocolos de encaminhamento/ teleconsultoria Qualificação dos encaminhamentos articulação de regulação e telessaúde; Integração SisReg, Plataforma de Telessaúde e e-sus Mudança da lógica de financiamento Qualificação dos serviços (equipe mínima, procedimentos mínimos, adoção de protocolos) Definição de responsabilidades (matriciamento, captação e população adscrita) AE baseada em diretriz clínica (necessidade) e nova programação e parametrização Modelo de financiamento (redes, LC, serviços ou base populacional)
Saúde Ocular
Portaria GM/MS n 957, de 15 de maio de 2008 Institui a Política Nacional de Atenção em Oftalmologia Portaria MS/MEC n 2299, de 03 de outubro de 2012- Projeto Olhar Brasil Estratégia de Cirurgias Eletivas
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
Brasil Sem Miséria 3000 MUNICÍPIOS PARTICIPANTES PROJETO OLHAR BRASIL - 2008 A 2014 2500 1519 2000 1500 1000 EM 4 ANOS DE POB 638 MUNICÍPIOS 500 0 376 190 71 1 Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Ano 2012 Ano 2013
Meta de consultas Olhar Brasil BSM = 10.178/mês. Foram realizados 133.088 consultas, sendo 7.394 consultas/mês, entre julho 2013 e janeiro 2014 (18 meses), o que representa 72,65% da meta. Meta de óculos Olhar Brasil BSM= 3.100/ mês. Foram distribuídos 46.849 óculos, sendo 2.603 óculos/mês, entre julho 2013 e janeiro 2014 (18 meses), o que representa 83,97% da meta.
Pontos críticos Interface Educação x Saúde Dificuldade de interação entre a saúde e educação no nível local Existe um gap entre a programação das ações da saúde e da educação (férias, greve) Processo/MS Necessidade de habilitação anual - todo ano o gestor deve fazer todo processo de habilitação; Grande maioria das portarias foram publicadas após agosto de 2013; Adesão ao Olhar Brasil após adesão ao PSE (após agosto) Após adesão necessidade de publicação da Portaria Após a publicação prazo para repasse do recurso pelo FNS 12 meses para o município executar o projeto Três competências para o gestor informar no SIA Atraso do SIA para visualização da produção Execução Necessidade de ampliae o conhecimento do gestor ao projeto Difulcades para alimentação dos sistemas de forma correta Baixa produção dos procedimentos contemplados no projeto Dificuldade com oftalmologista na rede Otimização/escala/absenteísmo
Modelo Financiamento Linha de Cuidado Estrutura Catarata Pacotes RAS Glaucoma POB
CATARATA 428 MIL/ 978 MIL PROC CAVIDADE ORBITÁRIA E CONJUNTIVA,CÓRNEA,CÂM CORPO VÍTREO, RETINA, GLOBO OCULAR ARA ANT E IRIS COROIDE, ESCLERA MÚSCULO OCULOMOTOR PÁLPEBRA, VIAS LACRIMAIS S.I.A. SIH S.I.A. SIH S.I.A. SIH S.I.A. SIH S.I.A. SIH FREQ R$ FRE FRE FRE R$ FREQ R$ R$ FREQ R$ FREQ R$ FREQ R$ FREQ R$ FREQ R$ Q Q Q R$ CO (7,3%) 145 1399 MIL 306149 MIL 5661518 MI 40092 MI 770 5495 MIL 18594,6 MI 264 240 MIL 195 279 MIL 374 11024 MIL 108 304 MIL NE(27,8% 569 1417 226 612 484,5 ) 6149 MIL 1230572 MIL 308809118 MI 47,9 MI 266872,9 MI 35908,8 MI 383 MIL 783 MIL 221301,1 MI 1071 MIL N(8,3%) 237 1974 MIL 179121 MIL 10346640,5 MI 18231 MI 111312,4 MI 7041,9 MI 96 156 MIL 82,8 104 MIL 415 4101 MIL 76 171 MIL SE(42,1% 1 3041 20,2 334 ) 4994 MI 26891,2 MI 335000129 MI 017,7 MI 828786,9 MI 9556 MI 564 MIL 26381,7 MI 273132,1 MI 38991,5 MI S(14,7%) 454 3518 MIL 598284 MIL 11911640,2 MI 35052,2 MI 223572,2 MI 39229 MI 183 309 MIL 254 387 MIL 923 11238 MIL 508 1108 MIL 2,4 5392 15,3 44,5 18034 MI 50022,4 MI 924000346 MI 130,8 MI 148548 MI 19631 MI 16521,1 MI 41912,6 MI 758064,9 MI 65532,7 MI FREQ R$ SIA 1,2 MI 370 MI SIH 90 MIL 83,2 MI T 1,3 MI 453 MI
Panorama
Cenário do Glaucoma em 2011 2011: 04 estados não apresentaram nenhum procedimento relacionado ao glaucoma no SIA/SUS. A maior parte dos estados atenderam menos de 30% da população estimada com glaucoma. 05 estados atenderam mais do que o esperado epidemiologicamente (dados da literatura- 2-3% da população > 40 anos). Média Brasil < 50% de atendimento. 2012 06 estados não apresentaram nenhum procedimento relacionado ao glaucoma no SIA/SUS Em 2012, o atendimento foi bem menor que em 2011 Nenhum estado atendeu o esperado epidemiologicamente (dados da literatura). Média Brasil < 05% de atendimento. 2013 08 estados não apresentaram nenhum procedimento relacionado ao glaucoma no SIA/SUS Um estado atendeu o esperado epidemiologicamente (dados da literatura). Em 2013, a média Brasil subiu um pouco em relação a 2012, mas foi inferior que 2011, ficando < 25%.
Modelos de Atenção Portugal 1. Modelo de atenção para a saúde da visão é sediado em unidades ambulatoriais de proximidade e em unidades hospitalares. 2. Organiza-se em uma "Rede de Referenciação" caracterizada por três níveis de atenção. 3. Unidades de densidade tecnológica e abrangência populacional crescente, designadas plataformas (Tipologia A, B e C). Necessidade / população de 100 mil habitantes / ano: 6.000 a 9.800 consultas de Oftalmologia 140 a 200 internações exames complementares de diagnóstico 3.184 a 4.600 exames
Unidades Hospitalares de Proximidade ou Agrupamento de Centros de Saúde. unidade de oftalmologia que atua articulada com os médicos de família, estes devem ter formação básica adequada em oftalmologia. Devem realizar: Rastreamento e programas educacionais específicos para saúde da visão; Acompanhamento inicial dos pacientes, vigilância e seguimento de algumas doenças crônicas; Consultas e tratamento de doenças menos complexas. Tipologia B - 150.000 habitantes Tipologia A - Centro Terciário: serviços inseridos em unidades hospitalares com urgência polivalente e com população de referencia de 500.000 habitantes Tipologia C 20.000 a 40.000 habitantes Centros Regionais integram a Rede de Referenciação Hospitalar de Urgência/Emergência e Urgência Medico Cirúrgica
Modelos de Atenção Reino Unido 1. Diferentemente do Brasil - abordagem à saúde da visão é realizada por oftalmologistas, GP e outros profissionais. 2. A atenção a saúde da visão é, em sua grande maioria, realizada em clínicas comunitárias e centrada na atenção primária. 3. Os clínicos gerais juntamente com outros profissionais, têm papel relevante, acompanhamento das doenças crônicas como o diabetes e pela prevenção das doenças que afetam a visão. 4. O médico oftalmologista atua principalmente no nível secundário e terciário, sendo também responsável pela supervisão e treinamento dos profissionais que atuam na atenção primária. 5. A maioria dos casos é tratada em ambiente ambulatorial e é feito esforço no sentido de disponibilizar a maior parte dos exames complementares necessários em oftalmologia em um mesmo ponto de atenção, buscando eficiência e efetividade. 6. A estimativa de necessidade de medico oftalmologista no Reino Unido em 2011 é de um especialista para 263.000 pessoas.
Mudanças
Aproximação efetiva do oftalmologista com profissional da AB integralidade do cuidado Foco nas necessidades fundamentais da população Educação em Saúde EP/EC, telessaúde AB e AE Protocolos clínicos, de regulação e de encaminhamento Tecnologias Mudança no modelo de cuidado- otimização e singularidade regional Mudança no modelo de financiamento procedimento x cuidado Formação profissional e estímulo interiorização Parceria sociedade de especialidade
Programa alcança 60% da população, por meio de 39,3 mil equipes, o que representa atendimento a 121,3 milhões de cidadãos Saúde da Família Jan/2015 Financiamento da Atenção Básica passou de R$ 9,8 bilhões* em 2010 para R$ 18,1 bilhões* em 2014. Aumento de 84,6% *Total sem contabilizar as emendas parlamentares. Fonte: Departamento de Atenção Básica DAB/SAS/MS
Unidades Básicas de Saúde OBRAS CONCLUÍDAS 9.162 UBS EM FUNCIONAMENTO 40,6 mil PROPOSTAS CONTRATADAS 24.875 100% das UBS foram recenseadas Fonte: Departamento de Atenção Básica DAB/SAS/MS Brasil 2009 a jan/2015
Todos os municípios podem baixar o programa gratuitamente no site: http://dab.saude.gov.br/portaldab/ e-sus Atenção Básica
Em 2014 alcançamos 14,2 doadores por milhão de população Transplantes Lista de espera para transplante de córneas vem diminuindo e em alguns Estados não há mais espera (MG, AC, MS, PE, PR e RS) Aumento de 64 % no número de transplantes em uma década
Programa Mais Médicos para o Brasil Até 5º ciclo 14.462 médicos em 3.785 municípios e 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEI) Mais de 50 milhões de brasileiros cobertos (jan/2014) Fonte: SGTES/MS
Carta SUS Mais de 37,5 milhões de cartas enviadas para identificar o que precisa ser melhorado e premiar quem atende bem com qualidade e humanização (dados acumulados de jan/2012 a dez/2014) Fonte: Departamento de Ouvidoria Geral do SUS DOGES/SGEP/MS
Portal de Saúde do Cidadão O Usuário do SUS também poderá acrescentar informações que julgue importantes relacionadas à sua saúde Quem ainda não tem o Cartão poderá agilizar sua emissão efetuando um pré-cadastro e dirigir-se a uma unidade de saúde ou rede credenciada para emissão do cartão e geração da senha Com o Portal, o usuário do SUS terá acesso ao seu histórico de registros das ações e serviços de saúde no SUS https://portaldocidadao.saude.gov.br/portalcidadao/
Repasses Fundo a Fundo (em bilhões de Reais) Valores brutos repassados, por ano, Brasil. 69,5 45,7 52,5 58 61,2 12,5 http://www.fns.saude.gov.br/indexexterno.jsf 2002 2010 2011 2012 2013 2014
Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda. (Carl Jung)
08/05/2015 43