Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara



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Transcrição:

T ÓPICO ESPECIAL Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara Luiz G. Gandini Jr.*, Ary dos Santos-Pinto**, Dirceu Barnabé Raveli**, Maurício Tatsuei Sakima*, Lidia Parsekian Martins*, Tatsuko Sakima***, João Roberto Gonçalves*, Cristiana Silveira Barreto**** Resumo O objetivo desse artigo é descrever a análise cefalométrica que vem sendo aplicada nos cursos de mestrado, doutorado e especialização da Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP. A mesma foi desenvolvida utilizando medidas cefalométricas já existentes e descritas na literatura as quais foram agrupadas em campos a fim de permitir que o profissional faça a interpretação adequada de cada área e tenha, no final da mesma, todas as informações necessárias para um correto diagnóstico e plano de tratamento. Da mesma forma, após o tratamento, a comparação das diferentes medidas e áreas de análise permitirão a interpretação de quais foram os efeitos provocados pelo tratamento aplicado. Palavras-chave: Análise cefalométrica. Cefalometria. Padrão Unesp. INTRODUÇÃO A cefalometria durante algum tempo pertenceu mais à pesquisa científica e à craniometria anatômica do que à Ortodontia. Posteriormente, mostro-se um método válido de diagnóstico, na avaliação dos padrões de normalidade do complexo craniofacial, na observação do crescimento, na determinação do plano de tratamento e na avaliação dos resultados terapêuticos 13. O surgimento da telerradiografia, com Broadbent 2 e Holfrath 5, em 1931, possibilitou a medição com relativa precisão das diversas grandezas cefalométricas de interesse ortodôntico, levando muitos profissionais e instituições a desenvolverem inúmeras técnicas e sistemáticas para a caracterização da arquitetura esquelética da face. A partir do agrupamento das diversas medidas cefalométricas, surgiram análises cefalométricas, que fornecem informações sobre tamanhos e formas dos componentes craniofaciais, suas posições relativas e orientações. Desde a introdução do cefalostato, várias análises cefalométricas foram publicadas, como as análises de Tweed 19, Donws 3,4, Steiner 17,18, Ricketts 14,15, McNamara 11,12, Wits 9,10 e Interlandi 6,7,8, entre outras. Por meio delas são possíveis a descrição, comparação, classificação e a comunicação dos casos clínicos. Estas análises utilizam padrões de normalidade, numéricos ou morfológicos, para comparar as características esqueléticas, dentárias e faciais encontradas no paciente. Cada autor estipulou pontos, linhas e planos cefalométricos próprios para reproduzir as posições dentárias e esqueléticas, através de medidas angulares e lineares. O resultado disso é um número expressivo de medidas com o mesmo objetivo. * Professor Assistente Doutor do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. ** Professor Livre-docente do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara-UNESP. *** Professor Titular aposentado do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP. **** Aluna do curso de Especialização da EAP-APCD/UNESP de Araraquara. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 139 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara Portanto, várias análises foram surgindo, procurando sumarizar estas medidas a fim de obter somente as que são julgadas como as mais confiáveis no diagnóstico e planejamento clínico. A disciplina de Ortodontia da Unesp - Araraquara, no intuito de ajudar o clínico no dia a dia, procurou sumarizar algumas medidas cefalométricas existentes, fazendo de forma a agrupá-las por setor e possibilitando uma interpretação rápida e segura das várias regiões da face e dentes. Determinando os pontos cefalométricos Após o traçado das estruturas anatômicas, deve-se demarcar os seguintes pontos cefalométricos (Fig. 1): 1) Ponto Sela (S) - ponto localizado no centro geométrico da sela túrcica; 2) Ponto Basio (Ba) - ponto localizado na porção mais inferior na margem anterior do forâme Magno. 3) Ponto Nasio (N) - ponto mais anterior da sutura fronto-nasal; 4) Ponto Pório (Po) - ponto mais superior do meato acústico externo; 5) Ponto Orbital (Or) - ponto mais inferior no contorno inferior da órbita; 6) Ponto Pterigóideo (Pt) - ponto mais superior e posterior da fossa pterigomaxilar; 7) Ponto A - ponto localizado na maior concavidade da porção anterior da maxila; 8) Ponto Espinha Nasal Anterior (ENA) - ponto localizado na porção mais anterior da espinha nasal anterior; 9) Ponto P - ponto localizado na intersecção da imagem radiográfica do soalho nasal com a linha NA; 10) Ponto Espinha Nasal Posterior (ENP) - ponto localizado na porção mais posterior da maxila óssea; S N Po Co Pt Or Ba ad ENP pm P ENA A Sn Pn Cm Ls Go bf bl B St Me Pg E Gn Pg FIGURA 1 - Pontos cefalométricos. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 140 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. 11) Ponto B - ponto localizado na maior concavidade da porção anterior da sínfise mentoniana; 12) Ponto Pogônio (Pg) - ponto mais anterior do contorno anterior da sínfise mentoniana; 13) Ponto E - ponto mais anterior da sínfise mentoniana, tomando como base uma perpendicular ao plano mandibular (Go-Me); 14) Ponto Gnátio (Gn) - ponto mais anterior e inferior da sínfise mentoniana; 15) Ponto Mentoniano (Me) - ponto mais inferior da sínfise mentoniana; 16) Ponto Gônio (Go) - ponto mais inferior e posterior da mandíbula; 17) Ponto Condílio (Co) - ponto mais superior e posterior do côndilo mandibular; 18) Ponto Pró-nasal (Pn) - ponto mais anterior do nariz; 19) Ponto Columela (Cm) - ponto mais anterior e inferior do nariz; 20) Ponto Subnasal (Sn) - ponto de união entre o nariz e o lábio superior; 21) Ponto Lábio Superior (Ls) - ponto mais anterior do lábio superior; 22) Ponto Stomion Superior (Sts) - ponto mais inferior do lábio superior; 23) Ponto Pogônio Mole (Pg ) - ponto mais anterior do queixo; 24) Ponto Palato Mole (pm) - ponto situado no meio da parede posterior do palato mole; 25) Ponto Adenóide (ad) - ponto situado na parede posterior da faringe no nível do ponto palato mole (pm); 26) Ponto bl - ponto situado na parede posterior da língua onde esta cruza com a borda inferior da mandíbula; 27) Ponto bf - ponto situado na parede posterior da faringe na altura do ponto bl. Medidas cefalométricas A análise cefalométrica padrão UNESP-AR é dividida em 7 campos: A) Posição da maxila e da mandíbula; B) Relação maxilo-mandibular; C) Análise vertical; D) Análise do padrão dentário; E) Análise do perfil; F) Discrepância cefalométrica; G) Vias aéreas. A) POSIÇÃO DA MAXILA E DA MANDÍBULA Ângulo SNA Ângulo formado pela intersecção das linhas SN e NA. Mostra a posição ântero-posterior da maxila em relação à base do crânio 16 (Fig. 2). Média: 82º Desvio Padrão : +/- 2º Medida A-Nperp Distância em milímetros do ponto A a uma linha que passa em N e perpendicular ao plano horizontal de Frankfurt (PoOr). Expressa o posicionamento ântero-posterior da maxila em relação à face média. Quando o ponto A estiver atrás da linha N-perp, a medida linear terá sinal negativo (Fig. 3). Média: 0 mm na dentadura decídua 1 mm na dentadura permanente Ângulo SNB Ângulo formado pela intersecção das linhas SN e NB. Mostra a posição ântero-posterior da mandíbula em relação à base anterior do crânio 16 (Fig. 4). Média: 80º Desvio Padrão: +/- 2º Medida Pg-Nperp Distância em milímetros do ponto Pg a uma linha que passa em N, perpendicular ao plano horizontal de Frankfurt (PoOr). Expressa o posicionamento ântero-posterior da mandíbula em relação à face média. Quando o ponto Pg estiver atrás da linha Nperp, a medida linear terá sinal negativo (Fig. 5). Média: -7 mm na dentadura decídua -2 mm na dentadura permanente em mulheres 0 mm na dentadura permanente em homens Desvio Padrão: +/- 2mm na dentadura permanente R Dental Press Ortodon Ortop Facial 141 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara 82 0 FIGURA 2 - Ângulo SNA. FIGURA 3 - Medida A-Nperp. 80 0 FIGURA 4 - Ângulo SNB. FIGURA 5 - Medida Pg-Nperp. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 142 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. Ângulo FNP Ângulo formado pela intersecção do plano Horizontal de Frankfurt (PoOr) com a linha NPg. Representa a posição ântero-posterior da mandíbula em relação à face média (Fig. 6). Média: 87º Desvio Padrão : +/- 3º B) POSIÇÃO MAXILO-MANDIBULAR Ângulo ANB Ângulo formado pela intersecção das linhas NA e NB. Representa a relação maxilo-mandibular no sentido ântero-posterior. Quando a linha NB estiver à frente da linha NA, este ângulo deve receber o sinal negativo 16 (Fig. 7). Média: 2º Desvio Padrão : +/- 2º Medida WIT s Representa a distância em milímetros entre as projeções dos pontos A e B perpendicular ao plano oclusal funcional. Representa a relação maxilo-mandibular no sentido ântero-posterior. A medida recebe o sinal negativo quando a projeção do ponto B estiver à frente da projeção do ponto A (Fig. 8). Média: 0 mm para mulheres -1 mm para homens Distância Co-A É a distância em milímetros entre o ponto A e o ponto Co. Representa o comprimento efetivo da maxila. Este comprimento irá se relacionar com o comprimento mandibular para auxiliar na determinação da relação ântero-posterior maxilomandibular (Fig. 9). Distância Co-Gn É a distância em milímetros entre o ponto Gn e o ponto Co. Representa o comprimento efetivo da mandíbula. Esta medida é relacionada com o comprimento maxilar para determinar a relação maxilomandibular no sentido ântero-posterior (Fig. 10). 87 0 FIGURA 6 - Ângulo FNP. FIGURA 7 - Ângulo ANB. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 143 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara FIGURA 8 - Medida Wits. FIGURA 9 - Distância Co-A. FIGURA 10 - Distância Co-Gn. FIGURA 11 - Medida AFAI. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 144 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. C) Análise vertical Medida AFAI É a distância entre a espinha nasal anterior e o ponto mentoniano. Representa, em milímetros, o comprimento efetivo da altura facial ântero-inferior. Esta medida se correlaciona com o Co-A e o Co-Gn, de acordo com a tabela 1 (Fig. 11). Ângulo SN.GoMe Ângulo formado pela linha SN com o plano GoMe. Representa a inclinação do plano mandibular em relação à base anterior do crânio e auxilia na interpretação da tendência de crescimento no sentido vertical do paciente (Fig. 12). Média: 32º Desvio padrão: +/- 4º Ângulo FMA Ângulo formado pelo plano horizontal de Frankfurt com o plano GoGn. Representa a inclinação do plano mandibular em relação à face média e pode auxiliar na interpretação do padrão de crescimento no sentido vertical do paciente. (Fig. 13). Média: 25º Desvio padrão: +/- 5º 32 0 Tabela 1 - Relação entre o comprimento efetivo da maxila, mandíbula e altura facial anterior inferior. McNamara 1984 11. Comprimento maxilar Co-A Comprimento mandibular Co-Gn AFAI 80 97-100 57-58 81 99-102 57-58 82 101-104 58-59 83 103-106 58-59 84 104-107 59-60 85 105-108 60-62 86 107-110 60-62 87 109-112 61-63 88 111-114 61-63 89 112-115 62-64 90 113-116 63-64 91 115-118 63-64 92 117-120 64-65 93 119-122 65-66 94 121-124 66-67 95 122-125 67-69 96 124-127 67-69 97 126-129 68-70 98 128-131 68-70 99 129-132 69-71 100 130-133 70-74 101 132-135 71-75 102 134-137 72-76 103 136-139 73-77 104 137-140 74-78 105 138-141 75-79 FIGURA 12 - Ângulo SN.GoMe. 25 0 FIGURA 13 - Ângulo FMA. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 145 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara Ângulo F.Pp Ângulo formado pela intersecção do plano horizontal de Frankfurt com o plano palatino (ENA- ENP). Representa a posição vertical da base óssea maxilar. O ângulo recebe sinal negativo quando a linha ENA-ENP divergir posteriormente com o plano horizontal de Frankfurt (Fig. 14). Média: 1º Desvio Padrão: +/- 3,5º Eixo Facial Ângulo formado pela intersecção da linha BaN com PtGn. Auxilia na determinação do padrão de crescimento no sentido vertical do paciente (Fig. 15). Média: 90º Desvio Padrão: +/- 3º FIGURA 14 - Ângulo F.Pp. Ângulo SN.Plo Ângulo formado pela intersecção da linha SN com o plano oclusal (média da intercuspidação dos molares e dos incisivos). Indica a posição vertical do plano oclusal em relação à base anterior do crânio. Se o ângulo estiver convergindo anteriormente, esta medida deve receber o sinal negativo (Fig. 16). Média: 14º FIGURA 15 - Eixo facial. FIGURA 16 - Ângulo SN.Plo. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 146 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. D) ANÁLISE DO PADRÃO DENTÁRIO Ângulo 1.NA Ângulo formado pela intersecção do longo eixo do incisivo superior com a linha NA. Indica a inclinação axial deste dente em relação a sua base óssea (Fig. 17). Média: 22º Medida 1-NA Medida linear do ponto mais vestibular da coroa do incisivo superior até a linha NA. Indica a protrusão do incisivo superior. Esta medida recebe sinal negativo se a porção mais vestibular da coroa estiver posteriormente à linha NA (Fig. 18). Média: 4 mm Ângulo.NB Ângulo formado pela intersecção do longo eixo do incisivo inferior com a linha NB. Indica a inclinação axial dos incisivos inferiores com sua base óssea (Fig. 19). Média: 25º Medida -NB Distância da porção mais vestibular da coroa do incisivo inferior até a linha NB. Indica a protrusão do incisivo inferior. Esta medida deve receber o sinal negativo quando o incisivo estiver atrás da linha NB (Fig. 20). Média: 4 mm FIGURA 17 - Ângulo 1.NA. FIGURA 18 - Medida 1-NA. FIGURA 19 - Ângulo.NB. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 147 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara Proporção Pg-NB: -NB Indica a protrusão do incisivo inferior. A distância -NB deve ser a mesma da distância Pg-NB. Determina o melhor posicionamento dos incisivos inferio- res na face em função do mento, por isso deve existir uma proporção de 1:1 entre essas distâncias. Resultados aceitáveis são conseguidos quando estas medidas variam dentro de um limite de 2,0 mm 17 (Fig. 21). Média: 1:1 Ângulo 1. Ângulo formado pela intersecção dos longos eixos dos incisivos superior e inferior. Indica o grau de protrusão dos incisivos (Fig. 22). Média: 131º Medida -St s Projeta-se uma linha horizontal passando pela borda incisal do incisivo superior e paralela ao plano oclusal. Esta medida é a distância entre aquela linha e o ponto St s. Indica a posição vertical do incisivo superior. Deve receber sinal negativo se o incisivo estiver para superior do ponto St s (Fig. 23). Média: 1 a 5 mm 1 FIGURA 20 - Medida -NB. Ângulo IMPA Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo inferior com o plano mandibular (GoGn). Indica FIGURA 21 - Proporção Pg-NB: -NB. FIGURA 22 - Ângulo 1.. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 148 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. a inclinação axial dos incisivos inferiores em relação a sua base óssea (Fig. 24). Média: 87º Desvio padrão : +/- 5º Ângulo.Pp Ângulo formado pelo longo eixo do incisivo superior com o plano palatino (ENA-ENP). Indica a inclinação do incisivo superior com a sua base óssea (Fig. 25). Média : 110º E) ANÁLISE DO PERFIL Ângulo nasolabial Ângulo formado pelas linhas LsSn com SnCm. Indica o grau de protrusão do lábio superior (Fig. 26). Média: 95 a 110º Linha H-nariz Distância entre o ponto Pn e a linha Pg Ls. Avalia o perfil do paciente em reto, côncavo ou convexo. Quando a linha Pg Ls passar à frente do ponto Pn, este deve receber sinal negativo (Fig. 27). Média: 9 a 11 mm FIGURA 23 - Medida -St s. Ângulo Z É o ângulo formado pela linha do perfil com o plano horizontal de Frankfurt. Essa linha é defi- FIGURA 24 - Ângulo IMPA. FIGURA 25 - Ângulo.Pp. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 149 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara nida pela porção mais anterior do tecido mole do mento (Pg ) com a porção mais anterior do lábio mais protruído (Fig. 28) Média: 80º (paciente adulto) Desvio padrão +/- 5º Linha S É a distância da porção mais anterior dos contornos dos lábios superior e inferior à linha que passa no Pg e meio do nariz. Indica a protrusão dos lábios. Recebe sinal negativo FIGURA 26 - Ângulo Nasolabial. FIGURA 27 - Linha H-nariz. FIGURA 28 - Ângulo Z. FIGURA 29 - Linha S. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 150 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. se o contorno do lábio estiver atrás da linha (Fig. 29). Média: 0/0 mm (Lábio superior/lábio inferior) F) DISCREPÂNCIA CEFALOMÉTRICA DC de TWEED É a discrepância cefalométrica resolvida através do triângulo de diagnóstico de Tweed 19. FIGURA 30 - Linha A-Pg. FIGURA 31 - Linha I. ad pm bf bl FIGURA 32 - Medida adenóide e amígdala. FIGURA 33 - Cefalograma final. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 151 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara Medida Normal Data da Telerradiografia Resumo cefalométrico Posição da Maxila e da Mandíbula Posição da Maxila e da Mandíbula SNA 82º +/ - 2º A- Nperp 0 1mm SNB 80º +/ - 2º Pg- Nperp 0 +/ - 2 mm -7 +/ - 2mm FNP 87º +/ - 3º Relação Maxilo- Mandibular Relação Maxilo- Mandibular ANB 2º Wit s 0/ -1 Co- A 83 mm Co- Gn 100 mm Análise Vertical Análise Vertical AFAI SN.GoMe 32º FMA 25º F.Pp 1º +/ - 3,5º Eixo Facial 90º +/ - 3º SN.Plo 14º Análise do Padrão Dentário Análise do Padrão Dentário 1. NA 22º 1- NA 4mm 1. NB 25º 1- NB 4 mm Pg- NB/ 1-NB 1:1 1.1 131º 1-Sts 1-5 mm IMPA 87º 1.Pp 110º Análise do Perfil Análise do Perfil Ângulo Naso-labial 110º H- Nariz 9-11 mm Ângulo Z 72º- 78º Linha S 0/ 0 mm Discrepância Cefalométrica Discrepância Cefalométrica Tweed Steiner Linha A- Pg 1-3 mm Linha I 0 mm Vias Aéreas Vias Aéreas Ad (ad-pm) 5 mm Am (bf-bl) 10-12 mm FIGURA 34 - Ficha clínica das medidas cefalométricas. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 152 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. DC de STEINER É a discrepância cefalométrica resolvida através da análise de Steiner 17,18. Linha A-Pg O incisivo inferior deve passar de 1 a 3 mm a frente da linha que une o ponto A ao ponto Pg. É a medida desta linha até a face mais vestibular da coroa do dente. O sinal será negativo quando a face mais vestibular do dente estiver atrás da linha (Fig. 30). Média: 1 a 3 mm Linha I É a distância em milímetros entre o ângulo FIGURA 35 - Fotos iniciais da face. FIGURA 36 - Fotos intrabucais iniciais. FIGURA 37 - Fotos oclusais iniciais. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 153 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara FIGURA 38 - Fotos intermediárias da face. FIGURA 39 - Foto intrabucal com o aparelho instalado. FIGURA 40 - Fotos intermediárias intrabucais. FIGURA 41 - Fotos oclusais intermediárias. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 154 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. inciso lingual do incisivo inferior com uma linha que une os pontos P e E. A medida ganha sinal negativo quando o incisivo estiver à frente da linha I (P E) 6 (Fig. 31). Média: 0 mm G) VIAS AÉREAS Medida adenóide (ad) É uma medida que avalia o espaço da nasofaringe. É a distância dos pontos ad e pm (Fig. 32). Média: 17,4 mm na dentadura permanente Menor distância aceitável - 5mm Medida amígdala (am) É a medida que avalia o espaço da bucofaringe. É a distância entre os pontos bf e bl (Fig. 32). Média: 10 a 12 mm Na figura 33 é possível apreciar-se o cefalograma completo com todos os ângulos, planos e linhas descritos na análise. Durante o processo de obtenção das medidas elas são gradativamente anotadas na ficha clínica FIGURA 42 - Fotos finais da face fase 1. FIGURA 43 - Fotos intrabucais finais da fase 1. FIGURA 44 - Fotos oclusais finais da fase 1. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 155 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

Análise cefalométrica Padrão Unesp Araraquara Tabela 2 - Medidas cefalométricas obtidas no momento T1 e T2. Medidas 24/06/97 - T1 17/09/99 - T2 Posição de Maxila e Mand. SNA 82 83 A-Nperp 1 mm 1 mm SNB 76,5 79,0 Pg-Nperp - 8 mm - 3.5 mm FNP 84 85,5 Relação Max-Mand ANB 5,5 4 Wit s + 6 mm 1,5 mm Co-A 90 mm 94 mm Co-Gn 107 mm 117,5 mm Análise Vertical AFAI 66 mm 63 mm SN.GoMe 32 33 FMA 26 27 F.Pp -2-1 Eixo Facial 89 90 SN.Plo 7 15 Análise do Padrão Dentário 1.NA 26 20 1-NA 7 mm 5,5 mm 1.NB 28 35 1-NB 3 mm 5,5 mm Pg-NB/1-NB 1:2 1:2 1.1 123 124 1-Sts 6 mm 5 mm IMPA 97 102 1.Pp 114 108 Análise do Perfil Ângulo Naso-labial 110 110 H-nariz -4 mm 0 mm Ângulo Z 51 51 Linha S -4,5 mm 0 mm Discrepância Cefalométrica Tweed -5,6 mm -6,8 mm Steiner 0-2,5 Linha A-Pg -0,5 mm 3 mm Linha I + 2 mm -3 mm Vias Aéreas Ad (ad-pm) 11 mm 10 mm Am (Bf-bl) 16 mm 20 mm de medidas cefalométricas, divididas em campos que representarão o resumo de todos os problemas apresentados pelo paciente e serão anexadas à documentação do mesmo (Fig. 34). O caso clínico do paciente R. P. M, gênero masculino, 8 anos de idade que apresentava má oclusão Classe II, divisão 1 de Angle, com protrusão maxilar e deficiência mandibular no sentido ântero-posterior, padrão mesofacial, perfil convexo e mordida profunda, que foi indicado para o FIGURA 45 - Traçado da telerradiografia inical - T1. FIGURA 46 - Traçado da telerradigrafia final - T2. FIGURA 47 - Sobreposição dos traçados T1 e T2. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 156 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005

GANDINI JR., L. G.; SANTOS-PINTO, A.; RAVELI, D. B.; SAKIMA, M. T.; MARTINS, L. P.; SAKIMA, T.; GONÇALVES, J. R.; BARRETO, C. S. tratamento com aparelho funcional Bionator de Balters. O caso está ilustrado apenas na fase de correção esquelética com o aparelho ortopédico. Este relato tem por finalidade exemplificar a aplicação clínica da Análise Cefalométrica Padrão Unesp Araraquara. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem os alunos do curso de pós graduação nível de mestrado Adriano de Castro, Márcia Regina E. Ap. Schiavon Gandini, Daniel Ianni, Sérgio Penido, Acácio Fuziy, Patrícia Zambonato de Freitas, Raquel Kioko Sakima, Kioto Myamoto, Cassi Panitz Selaimen e Ronald Paixão pela colaboração na elaboração da primeira versão dessa análise, sob a coordenação do Prof. Luiz G. Gandini Jr. Enviado em: Dezembro de 2002 Revisado e aceito: Abril de 2003 UNESP Araraquara cephalometric analysis Abstract The purpose of this paper is to describe the cephalometric analysis that have been used in Master, PhD and Certificate Programs at Araraquara Dental School - UNESP. This analysis was developed by cephalometric measurements existent and described in literature, organized by fields to allow the professional to do a correct interpretation of each area and to have all necessary information to the correct diagnose and treatment plane in the end of the analysis. In the same way the comparison among the different measurements and areas, before and after treatment, will allow the interpretation of the treatment results. Key words: Cephalometrics analysis. Cephalometric. Unesp pattern. REFERÊNCIAS 1. ARNETT, G. W. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment planning. Part I. Am J Orthod Dent Facial Orthdop, St. Louis, v. 103, p. 395-401, 1993. 2. BROADBENT, B. H. A new x-ray technique and its application to ortodontia. Angle Orthod, Appleton, v.1, p. 45-66, 1931. 3. DOWNS, W. B. Variations in facial relationships: their significance in treatment and prognosis. Am J Orthod, St. Louis, v. 34, p. 812-840, 1948. 4. DOWNS, W. B. The role of cephalometrics in orthodontic case analysis and diagnosis. Am J Orthod, St. Louis, v. 38, p.162-182, 1952. 5. HOLFRATH, H. Die bedeutung der rontgenfern und abstand saufhame fur die diagnostik der kieferanomallin. Fortschr Orthod, [S.l.], v.1, p. 238-258, 1931. 6. INTERLANDI, S. Linha I na análise morfodiferencial para o diagnóstico ortodôntico. Rev Fac Odontol São Paulo, São Paulo, v. 9, p. 289-309,1971. 7. INTERLANDI, S. Ortodontia: bases para a iniciação. 4. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1999. 8. INTERLANDI, S.; SATO-TSUJI, A: Projeção USP na relação cefalométrica maxilo-mandibular. In: INTERLANDI, S. Ortodontia: bases para a iniciação. 4. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1999. p. 225-237. 9. JACOBSON, A. The Wits appraisal of jaw disharmony. Am J Orthod, St. Louis, v. 67, no. 2, p.125-138, 1975. 10. JACOBSON, A. Application of the Wits appraisal. Am J Orthod, St. Louis, v. 70, no. 2, p. 179-89, 1976. 11. McNAMARA Jr., J. A. A method of cephalometric evaluation. Am J Orthod, St. Louis, v. 86, p. 449-469, 1984. 12. McNAMARA Jr., J. A.; BRUDON, W. L. Tratamiento ortodoncico y ortopedico en la denticion. 3. ed. Ann Arbor: Needham, 1995. p. 13-54,. 13. MOYERS, R. E. Ortodontia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. p. 209-215. 14. RICKETTS, R.M. Foundation for cephalometric communication. Am J Orthod, St. Louis, v. 46, no. 5, p. 330-357, May 1960. 15. RICKETTS, R.M. Cephalometric analysis and synthesis. Angle Orthod, Appleton, v. 31, no. 3, p.141-156, July 1961. 16. RIEDEL, R. A. The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and normal ocllusion. Angle Orthod, Appleton, v. 22, no. 3, p.142-145, July 1952. 17. STEINER, C.C. Cephalometric for you and me. Am J Orthod, St. Louis, v. 39, no.10, p. 729-755, Oct. 1953. 18. STEINER, C. C. Cephalometric in a clinical pratice. Angle Orthod, Appleton, v. 29, no.1, p. 8-29, Jan. 1959. 19. TWEED, C. H. Clinical Orthodontics. St Louis: C. V. Mosby, 1966. v. 2. Endereço para correspondência Luiz Gonzaga Gandini Jr. Rua Humaitá, 1680 - Centro CEP: 14801-903 - Araraquara - SP E-mail: lgandini@foar.unesp.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial 157 Maringá, v. 10, n. 1, p. 139-157, jan./fev. 2005