Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue EVIDÊNCIAS OBTIDAS A PARTIR DAS INVESTIGAÇÕES DE ÓBITOS PARTE 1 Brasília, 25 de maio de 2010
Óbitos confirmados e investigados Metodologia utilizada Utilizou-se os questionários de investigação de óbitos preenchidos pelos municípios Revisão de prontuários Discussão da evolução diária em cada serviço de atendimento Revisão da classificação final (óbito por dengue ou óbito por outras causas)
Consolidado dos óbitos investigados Número de óbitos investigados: 18 Municípios com óbitos confirmados: 12 Mediana de idade: 62,5 anos (6 a 82) % de óbitos em > 65 anos: 50% Óbitos com co-morbidades: 15 (83%) Co-morbidades: DM, HAS, cardiopatia, cirrose, epilepsia, doença renal
Consolidado dos óbitos investigados Média de unidades que atendeu o caso: 2 Média de dias internados: 5 Pacientes com monitoramento laboratorial insuficiente - parâmetro Guia de Manejo Clínico: 13 (72,2%), 1 não foi poss. avaliar Óbitos com adequada classificação de risco: 62,5% (5). N=8
Consolidado dos óbitos investigados FHD: 9 DCC: 9 Óbito por dengue: 13 (72,2%) Óbito por outras causas: 4 (22,2%) Uma investigação necessita ser aprofundada
Aspectos positivos Vigilância epidemiológica Esforço em iniciar e concluir grande parte das investigações (confirmados) Criação de comitês para investigação de óbitos por dengue SES e SMS Organização das atividades de revisão dos óbitos confirmados
Aspectos positivos VE sensível para notificar os óbitos Protocolo de diagnóstico diferencial do SVO
Aspectos positivos Assistência Identificação da classificação de risco nas fichas das Unidades de Pronto Atendimento Não houve dificuldade de acesso aos serviços de saúde
Dificuldades Vigilância epidemiológica Falta de capacitação para condução das investigações Demora na disponibilização de prontuários Os comitês não se reuniram Limitação do instrumento de investigação: ex.: registrar mais de um hemograma
Dificuldades Não houve discussão dos casos com os profissionais das unidades que acompanharam os pacientes (interior) Falta de fluxo para condução das investigações Demora no recebimento de resultados de imunohistoquímica e histopatológico
Dificuldades Concluir as investigações sem a presença de profissional médico Assistência ao paciente Reavaliação do paciente após hidratação (repetir hemogramas) Contra-referência para AB
Dificuldades Pouca solicitação de albumina e prova do laço Não houve solicitação de exames específicos para 100% dos casos graves suspeitos de dengue, inclusive após o óbito Registros deficientes prontuários e fichas de atendimento Protocolo de atendimento de um determinado hospital
Recomendações Vigilância epidemiológica Capacitar os técnicos para condução das investigações regionais e municípios da região metropolitana e capital Discutir com os diretores de hospitais uma forma de agilizar a disponibilização de prontuários rede pública e privada
Recomendações Reunião periódica do comitê Utilizar mais de uma ficha por dia, quando necessário, possibilitando o registro de todos os hemogramas Discutir os casos com os profissionais das unidades que acompanharam os pacientes Definir fluxo para condução das investigações
Recomendações Enviar documento com relação nominal para a CGPNCD para tentar agilizar o recebimento de resultados de imunohistoquímica e histopatológico Revisar os demais óbitos confirmados Investigar os óbitos suspeitos Rever a classificação final e evolução dos casos no Sinan (correção)
Recomendações Assistência ao paciente Reforçar durante as capacitações a importância de reavaliar o paciente após hidratação (repetir hemogramas), solicitar albumina e exames específicos para 100% dos casos graves suspeitos de dengue e realizar a prova do laço (pac. sem sangramento evidente)
Recomendações Reforçar a questão de pacientes com comorbidades, idosos e gestantes Melhorar os registros das informações nos prontuários e fichas de atendimento Rever o protocolo de atendimento do Hospital X ou orientar toda a rede quanto as determinações do protocolo em vigor
Recomendações Contra-referenciar os pacientes para a atenção básica Orientar o paciente quanto aos sinais de alarme e ingestão de líquidos Rediscutir os óbitos confirmados com os profissionais das unidades de saúde que estes pacientes passaram