COMPANHIA DOCAS DO RIO GRANDE DO NORTE



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Transcrição:

COMPANHIA DOCAS DO RIO GRANDE DO NORTE SEDE: Av. Engº Hildebrando de Góis, 220 Ribeira CEP: 59010-700 CGC/MF: 34.040.345/0001-90 Insc.Est.: 20.061.797-4 Natal/RN (084) 4005-5301 FAX: (84) 4005-5320 PLANO DE DESENVOLVIMENTO E ZONEAMENTO Natal/RN 2009 ÍNDICE

PDZ - PORTO DE NATAL 1. INTRODUÇÃO... 04 2. APRESENTAÇÃO... 05 3. DADOS GERAIS... 07 4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS... 4.1. Acessos ao Porto... 4.1.1. Acesso marítimo... 4.1.2. Acesso terrestre... 4.2. Fundeadouros... 4.2.1. Fundeadouro n 01... 4.2.2. Fundeadouro n 02... 4.2.3. Fundeadouro n 03... 4.3. Praticagem... 4.3.1. Obrigatória... 4.3.2. Facultativa... 4.4. Rebocadores... 4.5. Instalações de Suprimento... 4.5.1. Água... 4.5.2. Energia elétrica... 4.5.3. Comunicação... 4.5.4. Combustíveis... 4.6. Equipamentos Portuários... 4.7. Áreas Arrendadas e Terminais Privativos... 4.7.1. Grande Moinho Potiguar... 4.7.2. Terminal privativo da Petrobras... 4.8. Instalações de Apoio... 09 09 09 09 09 10 10 10 10 10 10 10 11 11 11 11 11 11 12 12 11 12 5. ZONEAMENTO... 13 5.1. SETOR A Faixa do Cais... 14 5.2. SETOR B - Frigorífico, armazém n 03, escritórios e antigo frigorífico... 15 5.3. SETOR C - Área de Movimentação e Armazenagem de Contêineres Pátio Sul... 16 5.4. Setor D Via Interna de Circulação Interligação dos Pátios Sul e Norte... 17 5.5. Setor E Área de Movimentação e Armazenagem de Contêineres Pátio Norte... 18 5.6. Setor F Área arrendada ao Grande Moinho Potiguar... 19 5.7. Setor G Prédio das Autoridades (Receita Federal, ANVISA, Agricultura, etc.)... 20 5.8. Setor H - Área de Expansão Retro-área Norte... 20 5.9. Setor I - Área de expansão Ampliação do Cais na direção Norte... 21 5.10. Setor J Área de expansão Margem Esquerda do Rio Potengi... 21 5.11. Setor K Área não integrada pertencente à... 22 6. DESENVOLVIMENTO... 23 6.1. Obras de Dragagem e derrocagem do Rio Potengi para a profundidade de -12,50m DHN e a ampliação da Bacia de Evolução... 23 6.2. Obras de construção do Terminal Marítimo de Passageiros... 24 6.3. Pavimentação dos pátios e das vias internas de circulação do Porto de Natal... 26 6.4. Construção de uma balança rodoviária com capacidade para pesagem de até 100 toneladas e relocação da balança rodoviária existente... 27 6.5. Construção de um berço de atracação com 220 metros na direção Norte e ampliação da

retro-área em 8.000 m²... 27 6.6. Integração da área da comunidade do Maruim à retro-área do Porto de Natal...28 6.7. Construção de um cais com 1.000m lineares de extensão e 1 km² de retro-área, na margem esquerda do Rio Potengi, em frente ao atual Porto de Natal... 29 6.7.1. Descrição do empreendimento... 29 6.8. Sistema ISPS-CODE... 35 7. ASPECTOS OPERACIONAIS... 36 7.1. Movimentação de Cargas... 36 7.2. Frota de Navios... 38

1. INTRODUÇÃO A COMPANHIA DOCAS DO RIO GRANDE DO NORTE () é uma sociedade de economia mista vinculada a Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e exerce o papel de Autoridade Portuária, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, no Porto de Natal e no Terminal Salineiro de Areia Branca, instalações portuárias do estado do Rio Grande do Norte, além de, em caráter temporário, mediante convênio, exercer a administração do Porto de Maceió APMC. Folha 4 de 38

2. APRESENTAÇÃO Este PDZ deverá ser a consolidação de propostas de futuro para o Porto, incorporando aspectos técnicos, logísticos e sócio-econômicos, inserindo conceitos de qualidade na prestação do serviço e integrando urbana e ambientalmente o Porto com a cidade do Natal. Esta é, portanto, mais que uma atualização do PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO PORTO DE NATAL PDZ, a partir de uma primeira versão inicialmente elaborada em 06 de novembro de 1995, tendo sido aprovado à época pela Deliberação CAP 06/95. Aquele primeiro plano apresentava-se consubstanciado sobre a situação do período entre 1991 a 1995 (até JUN/95) e efetuava projeções de demanda que embasavam linhas de ação (1995 até 2004, ou seja, cenários para os dez anos seguintes) concluindo por zoneamento compatível com as linhas de ação demandadas pelo perfil de carga então projetado. Observa-se pelos números ali projetados que a participação no mercado brasileiro de cargas entre 1994 e 2007, do Porto de Natal mais que duplicou, passando de 0,021% (1994) para 0,045% (2007), indicando desta maneira uma linha ascensional a caracterizar uma boa gestão na busca de cargas durante o período. A busca por resultados mais positivos se deu à luz do processo de modernização dos portos brasileiros, sob as diretrizes da Lei 8.630, de 25/02/1993, configurando-se a oportunidade para a dinamização da economia potiguar a partir da retomada do desenvolvimento do seu sistema portuário. O Porto de Natal é um porto público que atende a interesses regionais, sendo um importante impulsionador do desenvolvimento econômico-empresarial do Estado do Rio Grande do Norte. A partir das diretrizes gerais deste plano deverão ser estabelecidos, a nível de maior especificidade, os critérios e normas de utilização, operação e construção das diversas instalações e facilidades, das áreas de uso privativo da, objetivando preservar o desenvolvimento harmônico da atividada portuária. Os referenciais básicos para o Plano proposto são objetivamente, as premissas técnicas e orientação de políticas gerais que darão suporte ao planejamento estratégico de administração e exploração das instalações portuárias, a ser adotado especialmente pela A adoção do do Porto de Natal deverá refletir, diretamente, na condução dos negócios portuários, de maneira compatibilizada com a vocação econômica e funcional do porto, devendo por isso Folha 5 de 38

mesmo, ser compreendido como instrumento capaz de sistematicamente, a dinâmica de transformação de suas instalações. acompanhar Portanto para que se cumpra sua função e acompanhe a dinâmica de transformações na unidade portuária, o plano deverá ser periodicamente revisto, atualizando-se suas diretrizes em confronto com as ocorrências que vierem a se efetivar. Folha 6 de 38

3. DADOS GERAIS Figura 01 Porto de Natal desde a foz do Rio Potengi O Porto de Natal é de estuário e está situado à margem direita do Rio Potengi, a 3 Km de sua foz e atua mais como um braço de mar, na direção N-SO, entre o Recife dos Reis Magos ou Ponta do Picão a E, o Recife ou Pedra da Baixinha a NO. Suas coordenadas geográficas são de 5 46 24 da Latitude S e 35 12 20 da Longitude W. Folha 7 de 38

A Companhia Docas do Rio Grande do Norte é a autoridade responsável pela administração do Porto, tendo seu edifício sede dentro das instalações portuárias, localizado a Avenida Hildebrando de Góes, 220, Ribeira, CEP 59010-700, Natal/RN. O telefone de contato é o (84) 4005-5302 e o site de internet é o www.codern.com.br. O Porto de Natal possui como coordenadas geográficas de Latitude 5 46 24 S e de Longitude: 35 12 20 W. Está cadastrado na International Maritime Organization (IMO) sob o código BRNAT n 20.043. As correntes marítimas registradas nas proximidades possuem velocidade média na vazante de 3,5 nós nas sizígias e 1,3 nós nas quadraturas com velocidade média na enchente de 1,5 nós rio acima. A amplitude da maré é de 2,88 m e a bacia de evolução possui 540,00m de extensão, 250,00m de largura e 10,00m de profundidade. Os ventos predominantes têm rumo Leste-Sudeste, com variações para Leste e para Sudeste. A área de influência do Porto compreende toda a extensão do estado do Rio Grande do Norte alcançando os estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará. A área do Porto Organizado é constituída: Pelas instalações portuárias terrestres existentes na margem direita do Rio Potengi, desde a Base Naval de Natal até o molhe leste, na interseção com o arrecife de Natal, junto ao Forte dos Reis Magos, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessa faixa marginal e em suas adjacências pertencentes à União, incorporadas ou não ao patrimônio do porto de Natal ou sob sua guarda e responsabilidade. Pelos Serviços e Facilidades de proteção e acesso aquaviário, tais como áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item a acima, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do porto ou por outro órgão do poder público. Folha 8 de 38

4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 4.1. Acessos ao Porto 4.1.1. Acesso marítimo O Porto de Natal está situado à margem direita do Rio Potengi, a 3 km de sua foz. O seu canal de acesso inicia-se a leste pelo farol do recife do Natal e a oeste pela pedra da Baixinha. Apresentando calado máximo recomendável de 10m DHN (33 pés) e largura entre 100m nos trechos retilíneos e 120m nas curvas, e bacia de evolução com comprimento de 540m e largura de 250m. 4.1.2. Acesso terrestre Pelas rodovias federais BR-226 (Natal Currais Novos) e BR-304 (Natal Mossoró Fortaleza/CE), ambas encontrando BR-101 (Natal Recife/PE), atualmente em duplicação, próximo a Natal; e a BR-406 (Natal Macau), que permite o acesso ao Porto pela Nova Ponte sobre o Rio Potengi através da avenida Dr. João Medeiros Filho. Figura 02 Acesso terrestre ao Porto de Natal. Folha 9 de 38

4.2. Fundeadouros 4.2.1. Fundeadouro nº1: localizado entre os paralelos de 5º 45 0 S e 5º 45 15 S e os meridianos de 35º 10 00 W e 35º10 30 W. É destinado aos navios procedentes de outros portos que aguardam o recebimento do prático ou local para atracação. 4.2.2. Fundeadouro nº2: localizado entre os paralelos de 5º 45 24 S e 5º 45 36 S, e os meridianos de 35º11 6 W e 35º11 24 W. É destinado aos navios em quarentena. 4.2.3. Fundeadouro nº3: localizado entre as coordenadas geográficas 5º 45,7 S 35º 12,2 W; 5º 45,7 S 35º 12,3 W; 5º 46 S 35º 12,3 W; 5º 46 S 35º 12,2 W. É destinado para embarcações de esporte e/ou recreio. 4.3. Praticagem 4.3.1. Obrigatória: Normatizada pela Capitania dos Portos, Portaria nº. 0054, de 12 de setembro de 1994. Ponto de Recebimento de Práticos: 5º 45 06 S e 35º 10 30 W até qualquer ponto da área portuária nos seguintes casos: navios estrangeiros; navios petroleiros, propaneiros, transportadores de cargas explosivas e outros de bandeira brasileira com arqueação bruta superior a 2000 ton. 4.3.2. Facultativa: para navios estrangeiros de arqueação bruta inferior a 2000 ton, desde que comandados por marítimos brasileiros de categoria igual ou superior a de Mestre de cabotagem. 4.4. Rebocadores No Porto de Natal o emprego do rebocador é facultativo para os navios com calado médio inferior a 8,0 (oito) metros e comprimento inferior a 140 (cento e quarenta) metros, sendo de competência exclusiva do comandante do navio. Para navios com calado médio igual ou superior a 8,0 (oito) metros ou comprimento igual ou superior a 140 (cento e quarenta) metros é obrigatório o uso de rebocador. Nas manobras com Navios com comprimento superior a 170 (cento e setenta) metros deverão ser empregados 02 (dois) rebocadores. Caso o navio possua dispositivo de tração transversal do tipo BOW TRUSTER e/ou STERN THRUSTER em perfeitas condições de funcionamento poderá ser empregado apenas um rebocador. Folha 10 de 38

4.5. Instalações de Suprimento 4.5.1. Água O abastecimento de água é realizado pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte em uma linha direta com as instalações portuárias. A distribuição de água na faixa do cais é feita através de duas redes, uma alimentada diretamente pela CAERN com vazão de 10m³/h e outra alimentada do conjunto de reservatórios (superior com 100m³ e inferior com 200 m³) com capacidade de 25m³/h. 4.5.2. Energia elétrica O Fornecimento de energia elétrica é realizado pela COSERN, em MT com 13,8 KV alimentando em 220/380/440 v e 60 Hz de freqüência, através de 04 usinas abaixadoras de energia elétrica (02 de 2000 KVA, 01 de 1000 KVA e 01 de 800KVA). Existem também 03 usinas de geração própria de energia elétrica (01 de 700 KVA, 01 de 900 KVA e 01 de 1250KVA). 4.5.3 Comunicação A rede telefônica interna ligada a central PABX da é alimentada por linhas-tronco contendo 50 ramais (destes 30 ramais DDR) fornecidos pela EMBRATEL. Existem, ainda, no prédio da Administração do Porto, dois telefones públicos e a EMBRATEL, dependendo de prévia solicitação, poderá instalar linhas diretamente para embarcações. 4.5.4 Combustível O abastecimento de combustível para navios atracados no porto é feito por meio de caminhões tanque diretamente da faixa do cais, ou no Píer das Dunas, terminal privativo da Petrobrás. 4.6. Equipamentos Portuários O Porto de Natal possui 01 empilhadeira Top Loader e 02 empilhadeiras para manuseio de contêineres ( Reach Stalker ), podendo empilhar verticalmente 03 contêineres cheios e 05 contêineres vazios. Possui também 01 empilhadeira de 7 TON e 01 guindaste moderno, tipo portalino, para descarregamento de granéis sólidos. Folha 11 de 38

4.7. Áreas Arrendadas e Terminais Privativos 4.7.1. Grande Moinho Potiguar O GRANDE MOINHO POTIGUAR é arrendatário de uma área de 1.475,84 m², pertencente à, onde existe a área de expedição do moinho. Além disso, o moinho possui o conjunto industrial moageiro, compreendido de silos para recepção e armazenagem de trigo e industrialização de massas, biscoitos e outros derivados de trigo, com área total de 13.000 m², com capacidade de recepção mensal de 20.000 toneladas e capacidade mensal estática para moagem de 15.000 toneladas. 4.7.2. Terminal privativo da Petrobras A Petrobras possui um terminal privativo localizado a cerca de 50m ao norte do Berço 03, na área do Porto Organizado e limítrofe ao cais público. Este terminal petroleiro denominado Píer das Dunas destina-se à movimentação de granéis líquidos, constituído por três dolfins, com profundidade de acostagem de 10,00m e em condições de fornecer combustível para embarcações e de receber combustível para abastecimento via Parque de Tancagem. 4.8. Instalações de Apoio Em terreno pertencente à (ASSEDORN), encontra-se em operação uma subestação abaixadora de energia elétrica em MT com 13,8 KV e capacidade instalada de 800KVA; no Porto, 03 usinas de geração própria de energia elétrica, sendo uma com capacidade instalada de 700 KVA, outra de 900 KVA e uma terceira com carga instalada de 1250KVA; 03 usinas abaixadoras de energia elétrica, sendo duas com capacidade instalada de 2000 KVA cada e uma outra de 1000 KVA; e, ainda, 358 pontos de tomadas para contêineres refrigerados estrategicamente distribuídos. Folha 12 de 38

5. ZONEAMENTO A área do Porto de Natal foi, para efeito de elaboração deste Plano, dividida em Setores de forma a ordenar a organização espacial das atividades desenvolvidas no Porto de Natal, conforme se detalha a seguir: Figura 03 Porto de Natal dividido em setores Esta divisão foi elaborada baseando-se nas diversas instalações do Porto de Natal: Figura 04 Instalações físicas, Pátios e áreas a serem integradas Folha 13 de 38

Obs: As áreas tracejadas na cor amarelo são áreas disponíveis para armazenagem de contêineres. A área tracejada na cor vermelha é a área arrendada ao Grande Moinho Potiguar. As áreas tracejadas na cor preto serão integradas através dos projetos de Desenvolvimento. 1. ÁREA NÃO INTEGRADA PERTENCENTE A 2. COMUNIDADE DO MARUIM 3. PROLONGAMENTO DO BERÇO 03 E RETRO-ÁREA NORTE 4. INSTALAÇÕES DE APOIO 5. PÁTIO NORTE 6. BERÇO 03 7. ÁREA ARRENDADA 8. GALPÃO 01 9. GRANDE MOINHO POTIGUAR 10. PÁTIO CENTRAL 11. ARMAZÉM 01 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. SETOPE RECUO BERÇO 02 BERÇO 02 ARMAZÉM 02 GALPÃO 02 SEDE ADMINST. PÁTIO SUL ARMAZÉM FRIGORÍFICO RECUO BERÇO 01 BERÇO 01 ANTIGO FRIGORÍFICO ARMAZÉM 03 5.1. SETOR A Faixa do Cais Figura 05 Berços 01, 02 e 03 Folha 14 de 38

Composta por 03 berços de atracação, totalizando 545 metros de cais acostável, 14.020m² de superfície e 1.145m de contorno. O Berço 01, localizado em frente ao Armazém Seco e ao Armazém Frigorífico, devido à sua localização é o berço para a operação de navios reefers. Porém, com a passagem da movimentação de navios reefers para conteineiros e com a possibilidade de adequação do antigo galpão frigorífico da Rua Chile para que ali funcione o Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Natal, o Berço 01 tornar-seá o berço para a atracação dos navios de cruzeiros que aportam em Natal, que em 2007 somaram cerca de 65 atracações. O berço 02, localizado em frente aos Armazéns e Galpões de primeira linha do Porto de Natal, por dispor dos equipamentos necessários para o descarregamento e transporte do trigo a granel para o Grande Moinho Potiguar, tornou-se o berço para a atracação dos navios de trigo que chegam a Natal. Podendo, também, ser utilizado nas operações de embarque/desembarque de carga geral (solta ou unitizada) e sacaria, devido à sua proximidade dos Armazéns 01 e 02 e dos Galpões 01 e 02. Já o Berço 03, localizado em frente ao Pátio de Contêineres Norte, torna-se a melhor alternativa para a operação de embarque e desembarque de contêineres em função da proximidade com o pátio de armazenagem. Porém, com exceção das operações de desembarque de trigo a granel que ocorrem exclusivamente no Berço 02, todas as demais operações (contêineres, carga geral solta ou unitizada, sacaria, embarque/desembarque de passageiros) podem ser realizadas em qualquer um dos berços do Porto de Natal, classificados como de múltiplo uso. 5.2. Setor B Frigorífico, armazém n 03, escritórios e antigo frigorífico: Figura 06 Armazém seco nº 03 Figura 07 - Armazém Frigorífico Folha 15 de 38

Figura 08 Escritórios Figura 09 - Antigo Armazém frigorífico Com uma superfície total de 5.740m² e perímetro de 443m, o armazém frigorífico possui uma área de 2.300m² e capacidade para 2.000 toneladas estáticas dispostas em seis câmaras frigoríficas independentes, um armazém seco com 1.875m² de área coberta e um escritório com cerca de 90m². O contrato de arrendamento do Armazém frigorífico procederá da seguinte maneira: O mesmo deverá ser objeto de avaliações e análises para que se proceda a novo contrato de arrendamento, juntamente com o escritório e a casa do gerador; O armazém seco deverá ser operado pela tanto para armazenagem de carga geral, como nas operações de ovação e desova de contêineres. 5.3. Setor C Área de Movimentação e Armazenagem de Contêineres Pátio Sul: Figura 10 Pátio de armazenagem de contêineres Sul Folha 16 de 38

Com uma área total de cerca de 4.500m², o Pátio Sul dispõe de 12 caixas de tomadas para contêineres frigorificados, totalizando 138 tomadas de 440V alimentadas pela Subestação Elétrica nº 01 e respectivos grupos geradores. Considerando o empilhamento dos contêineres com altura de cinco, o Pátio Sul tem capacidade para armazenamento de cerca de 500 TEU s. 5.4. Setor D Via Interna de Circulação Interligação dos Pátios Sul e Norte: Figura 11 Interligação dos Pátios de armazenagem de contêineres Norte e Sul Com uma área total de cerca de 6.080m², o Setor D abriga a via de circulação que interliga os Pátios Sul e Norte do Porto de Natal e que passa entre o Grande Moinho Potiguar e os armazéns e galpões. Este Setor é também utilizado para armazenamento de contêineres e dispõe, também, de caixas de tomadas para contêineres frigorificados com um total de 80 tomadas de 440V, distribuídas em 05 caixas. Este Setor tem capacidade para armazenamento de aproximadamente 580 TEU s. Folha 17 de 38

5.5. Setor E Área de Movimentação e Armazenagem de Contêineres Pátio Norte: Figura 12 Pátio de armazenagem de contêineres Norte Com uma área total de cerca de 13.500m², o Pátio Norte dispõe de 11 caixas de tomadas para contêineres frigorificados, totalizando 140 tomadas de 440V alimentadas pela Subestação Elétrica nº 02 e respectivos grupos geradores. O Pátio Norte tem capacidade para armazenamento de cerca de 1.600 TEU s. No Setor E estão localizados, ainda, o castelo d água e a cisterna com capacidade para 300 m³, subestação elétrica nº 02 e sua respectiva usina de geração de energia elétrica além do Centro de Atendimento Operacional. Folha 18 de 38

5.6. Setor F Área arrendada ao Grande Moinho Potiguar Figura 13 Área arrendada ao Grande Moinho Potiguar O Setor F corresponde à área de 1.475,84 m², pertencente à, onde existe a área de expedição do moinho. Além disso, o moinho possui o conjunto industrial moageiro, compreendido de silos para recepção e armazenagem de trigo e industrialização de massas, biscoitos e outros derivados de trigo. Folha 19 de 38

5.7. Setor G Prédio das Autoridades (Receita Federal, ANVISA, Agricultura, etc.) Figura 14 - Prédio das Autoridades (Receita Federal, ANVISA, Agricultura, etc.) Dentro das instalações do Porto, encontra-se uma Central de Atendimento Operacional com área de 700m² que funciona ao lado do Pátio de contêineres Norte, aglutinando os órgãos intervenientes na operação portuária Polícia Federal, Receita Federal, Delegacia do Ministério da Agricultura, Vigilância Sanitária, OGMO Órgão Gestor de Mão-de-Obra e Operadores Portuários - objetivando acelerar o desembaraço e a logística interna do Porto. 5.8. Setor H Área de Expansão Retro-área Norte Figura 15 Comunidade do Maruim O Setor H compreende a área de expansão norte do Porto de Natal que engloba toda a comunidade do Maruim. Esta ampliação já se manifesta exigível em decorrência da movimentação atual do Porto e é imprescindível para a implantação de uma nova linha de cabotagem, que exige uma infra-estrutura portuária e mais um pátio de contêineres. Folha 20 de 38

5.9. Setor I Área de Expansão Ampliação do Cais na direção Norte: Figura 16 Ampliação do berço de atracação n 03 e retro-área Setor I O Setor I corresponde à área de expansão que compreenderá o novo berço multiuso em concreto armado com 220m de comprimento bem como sua retro-área a serem construídos. Essa obra proporcionará uma nova superfície útil com cerca de 8.000 m² que criará condições para atender a demanda por espaços no Porto de Natal. 5.10. Setor J Área de expansão Margem Esquerda do Rio Potengi Importante complementação logística ao Aeroporto de São Gonçalo, o Setor J corresponde à área de cerca de 1,0 km², localizada em frente ao atual Porto de Natal, onde se pretende implantar um terminal de múltiplo uso com 1.000m de cais acostável, pátios para contêineres e para granéis sólidos e líquidos, armazéns secos e frigorificados, tancagem para abastecimento de embarcações, oficinas, prédios administrativos, subestações elétricas, reservatórios d água, estacionamentos e entrada com oito portões, equipada com balanças rodoviárias e scanner para contêineres. Folha 21 de 38

5.11. Setor K Terreno pertencente a (Área não integrada ao Porto) Figura 17 Terreno pertencente à No terreno pertencente a (Área externa) temos um pátio pavimentado com área de 7.000m², sistema de iluminação e uma subestação abaixadora de energia elétrica em MT com 13,8 KV com capacidade instalada de 800KVA. Folha 22 de 38

6. DESENVOLVIMENTO 6.1. Obras de Dragagem e derrocagem do Rio Potengi para a profundidade de -12,50m DHN e a ampliação da Bacia de Evolução Figura 18 Canal de acesso ao Porto de Natal que será dragado O aprofundamento do Canal de Acesso ao Porto de Natal e de sua Bacia de Evolução da profundidade de 10,0 metros para 12,5 metros significará um salto qualitativo com conseqüências quantitativas da maior importância para o Porto e para a economia do Rio Grande do Norte, na medida em que viabilizará a utilização de navios de maior porte. Hoje os navios que freqüentam esse porto são navios graneleiros para trigo de no máximo 20.000 toneladas, navios de carga geral que embarcam até 17.000 toneladas de açúcar, porta contêineres com capacidade para 1.600 TEU s e, por fim, petroleiros com capacidade de até 18.000 toneladas de combustível. A dragagem e a derrocagem aqui planejada permitirá a utilização de navios de carga geral ou graneleiros de até 60.000 toneladas e porta contêineres de até 3.800 TEU s, possibilitando que o Porto de Natal seja colocado em suas rotas comerciais, reduzindo o valor dos fretes e garantindo não só a permanência das cargas Folha 23 de 38

atualmente movimentadas como também a atração de novas cargas e o aumento do volume de mercadorias aqui embarcadas ou desembarcadas. Quanto aos combustíveis representará a adequação do Porto aos novos navios da Petrobrás com capacidade de 40.000 TPB. O projeto aqui defendido vem estimulando o desenvolvimento de setores importantes de produção e exportação, entre os quais o álcool produzido no Rio Grande do Norte e na Paraíba em volumes mensais de 20.000 toneladas, granito e mármores em blocos produzidos também no Rio Grande do Norte e que alcançam 15.000 toneladas mês. Estas são cargas absolutamente configuradas e baseadas nas linhas hoje existentes. Porém o resultado do aprofundamento ora solicitado não se restringirá somente ao que acabamos de relatar, criando também novas linhas tais como de cabotagem e de exportação (longo curso) para os Estados Unidos. Dessa forma, haverá a geração de novos negócios que alavancarão, em um primeiro instante, as movimentações do porto em tela de 400.000 toneladas para um total de 1.150.000 toneladas, apoiando e incrementando o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte. 6.2. Obras de construção do Terminal Marítimo de Passageiros Figura 19 Terminal Marítimo de Passageiros Nestes últimos anos, a imagem da cidade de Natal como um dos principais destinos turísticos do nordeste vem aumentando consideravelmente, como pode ser visto pelo sensível acréscimo no número de embarcações e turistas, o que obriga a Folha 24 de 38

construção de instalações adequadas para recepção e atendimento dessas pessoas, prevendo espaços para todos os órgãos federais e estaduais ligados às operações portuárias O galpão que abrigava o antigo frigorífico do Porto com cerca de 520m² e o armazém seco nº 03, com 1.875m², deverão ser reformados para funcionamento do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Natal, com a construção de uma edificação com 2 pavimentos, nas dimensões de 25x40m, totalizando uma área de 2.520m², sendo a área restante destinada a estacionamento de ônibus, buggys, etc. Alem das reformas nos galpões, serão feitas a ampliação do berço 01 em 20 metros, que passará a ter 230 metros de extensão, construção da retro-área equivalente a ampliação do berço 01, com 615m², e a construção de um dolfin de amarração ao lado do berço 01, distante 15 metros, interligado por uma passarela. Figura 20 Ampliação do berço 01 com retro-área. Atualmente a freqüência anual de navios de turismo no Porto de Natal é de aproximadamente 65 (sessenta e cinco) escalas e encontra-se em processo permanente de crescimento. Folha 25 de 38

6.3. Pavimentação dos pátios e das vias internas de circulação do Porto de Natal Figura 21 Pátio Norte Figura 22 Pátio Central Figura 23 Finalização das obras Figura 24 - Pátio Sul Esta obra, que se encontra em seu curso final, está a eliminar os problemas existentes no atual calçamento com demolição e dotação de piso composto de subbase em solo-brita, pavimentação em paralelepípedo tipo bripar e capeamento final em CBUQ (Concreto betuminoso usinado a quente) com suporte adequado à movimentação de guindastes, empilhadeiras, caminhões e equipamentos utilizados nas operações portuárias. Neste serviço também serão executadas toda a infraestrutura de proteção e combate a incêndio. Folha 26 de 38

6.4. Construção de uma balança rodoviária com capacidade de pesagem de até 100 toneladas e relocação da balança rodoviária existente Figura 25 Fundações da nova balança Figura 26 Nova balança no pátio norte Já se encontram em fase final as obras de construção e instalação de uma balança nova da FILIZOLA tipo TR-III 21x3m, com capacidade de pesagem de até 100 Ton, no pátio Norte, e deslocamento da balança da TOLEDO modelo 820 18x3m, com capacidade de pesagem de até 80 Ton, para o pátio Sul. 6.5. Construção de um berço de atracação com 220 metros na direção Norte e ampliação da retro-área em 8.000 m² Figura 27 Prolongamento do berço 03 e retro área norte Deve-se à necessidade premente de ampliação do cais do Porto de Natal em decorrência do aumento da freqüência de navios que torna constante a ocupação integral de todos os berços, exigindo a construção de mais um berço multiuso de atracação para que não ocorra a impossibilidade de recepção de embarcações mercantes ou de cruzeiro e as indesejáveis sobre-estadias ocasionadas pelas demoras em atracar no aguardo de espaço no cais. O novo berço de atracação em concreto armado terá 220m de comprimento e incluirá o atual píer de combustíveis da Folha 27 de 38

Petrobrás que dispõe de toda a infra-estrutura necessária para o manuseio destes materiais. Além disso, essa construção proporcionará uma nova área útil com cerca de 8.000 m² que criará condições para atender a demanda dos exportadores de combustíveis renováveis tais como: álcool, óleos vegetais e bio-diesel, o que justificaria a implantação dos tanques com um volume total de 17.000m³. 6.6. Integração da área da comunidade do Maruim à retro-área do Porto de Natal Figura 28 Comunidade do Maruim Esta ampliação absolutamente exigível em decorrência da movimentação atual do Porto se torna imprescindível para a implantação da nova linha de cabotagem, que exige mais um pátio de contêineres além de uma infra-estrutura portuária. A integração do Pátio Norte com a área ocupada pela Comunidade do Maruim, que possui cerca de 14.000m², resultará numa área total de aproximadamente 27.500m², sendo possível, desta forma, a construção de dois armazéns de 2.000m² para armazenagem de cargas secas e de uma Subestação Elétrica n.º 04 para atender a demanda das novas instalações. A vem desenvolvendo em parceria com a Prefeitura do Natal trabalhos visando a remoção da Comunidade do Maruim com fito de agregar essa área como pátio de contêineres. Folha 28 de 38

6.7. Construção de um cais com 1.000m lineares de extensão e 1 km² de retroárea, na margem direita do Rio Potengi, em frente ao atual Porto de Natal Localização Figura 29 Localização do Porto na margem esquerda do Rio Potengi Coordenadas (UTM): Ponto 1: 0253689 E / 9361216 N Ponto 2: 0253810 E / 9361336 N Ponto 3: 0253828 E / 9361922 N Ponto 4: 0254526 E / 9361213 N Ponto 5: 0255352 E / 9361309 N Ponto 6: 0254329 E / 9362087 N Ponto 7: 0254629 E / 9361892 N Ponto 8: 0255393 E / 9361960 N Este empreendimento constitui a principal alternativa para atendimento das perspectivas de crescimento do transporte via modal marítimo no estado do Rio Grande do Norte, em decorrência da limitação de espaço para ampliação significativa do atual Porto de Natal. Na nova área, à margem direita do Rio Potengi, em frente ao atual Porto de Natal, serão construídas modernas instalações portuárias, compreendendo cais de atracação com cerca de 1.000 metros lineares de extensão e retro-área com cerca de 1 km². A nova retro-área comportará, ainda, um prédio administrativo-operacional, subestações elétricas com geração própria de energia (grupos geradores), castelo d'água, armazéns e pátio para movimentação e armazenagem de contêineres e granéis sólidos e líquidos. O projeto prevê, também, acesso rodoviário e ferroviário (4 km), dragagem da bacia de evolução e da faixa de atracação, infra-estrutura elétrica (tomadas para contêineres e iluminação dos pátios e berços), instalações de prevenção e combate a incêndio e sistema de segurança portuária (ISPS Code). Folha 29 de 38

6.7.1. Descrição do empreendimento Croqui Figura 30 Empreendimento na margem esquerda do Rio Potengi PAVIMENTAÇÃO DE VIAS DE CIRCULAÇÃO E PÁTIOS: A via de circulação terá 15 metros de largura e será sinalizada, orientando e viabilizando o acesso às dependências portuárias, tais como, setores administrativos, de apoio logístico e operacional. PORTÃO PRINCIPAL: As instalações da margem esquerda serão dotadas de 8 portões de acesso com controle automatizado com dimensões 10x3 metros, controlados pelo sistema de segurança portuária(isps CODE), sendo 4 destes dotados de balanças rodoviárias e 1 scanner ocupando uma área de 2.000 m². DEPENDÊNCIAS GUAPOR - HOSPEDAGEM: O prédio que servirá de alojamento da Guarda Portuária terá um pavimento, dividido em duas áreas, uma feminina e outra masculina, com um anexo que servirá de hospedagem para os empregados oriundos do terminal Folha 30 de 38

de Areia Branca, totalizando uma área de 1.000m². ESTACIONAMENTO CAMINHÕES: A área reservada para o estacionamento de caminhões será de 50.000 m² com sinalização horizontal delimitando a área especificada. PÁTIO DE GRANÉIS SÓLIDOS: O pátio de granéis sólidos será composto de uma área específica de 156.150m², por produto, assim distribuído: a) CALCÁRIO - 48.700m²; b) CARVÃO MINERAL - 52.550m²; c) MINÉRIO DE FERRO - 54.900m². PÁTIO TANCAGEM ARMAZENAMENTO - COMBUSTÍVEIS: Será utilizada uma área de 60.000 m² com bacia de contenção que delimitará o pátio de tancagem e armazenamento de combustíveis para suprimento do Porto. SUBESTAÇÕES: Serão construídos 4 subestações de 4.600 Kva cada, com edificações de 240 m² cada, com 2 grupos geradores, num total de 2.000 Kva a) 4.000KVA + 600Kva P/ ILUMINAÇÃO + GRUPO GERADOR 2.000KVA; b) 4.000 KVA + 600Kva P/ ILUMINAÇÃO + GRUPO GERADOR 2.000KVA; c) 4.000 KVA + 600Kva P/ ILUMINAÇÃO + GRUPO GERADOR 2.000KVA; d) 4.000 KVA + 600Kva P/ ILUMINAÇÃO + GRUPO GERADOR 2.000KVA. CASTELO D' ÁGUA: Serão construídos no complexo portuário duas caixas d água e duas cisternas com bombas de recalque, com capacidade de 250.000 litros cada. As caixas d água serão dotadas de reserva de incêndio. ESTEIRAS: Serão disponibilizadas duas descarregamento dos granéis sólidos. esteiras para carregamento e Folha 31 de 38

a) ESTEIRA CARREGADEIRA; b) ESTEIRA DESCARREGADEIRA. PRÉDIO ALFÂNDEGA, ORGÃOS FEDERAIS DE FISCALIZAÇÃO E OGMO: Serão construídas edificações totalizando uma área de 2.000m² para uso administrativo, destinada a Alfândega e outros órgãos federais de fiscalização e OGMO. ARMAZÉM (RECEITA FEDERAL): Será edificado um armazém pré-moldado com área de 2.000m² para armazenar materiais e utensílios pela receita federal. OFICINAS (ELETROMECÂNICA, REFRIGERAÇÃO, ETC.): O porto será dotado de oficinas: eletromecânica, refrigeração e outros. Numa área de 2.500m², para atender a demanda de serviços de manutenção do Porto. PRÉDIO ADMINISTRATIVO: O prédio onde funcionarão as dependências administrativas da terá 2.000m² de área. A parte das edificações relativas aos usuários terá também 2.000m². TANCAGEM DIESEL MARÍTIMO - BUNKER: A tancagem de diesel marítimo e bunker ocuparão com seus acessórios uma área de 20.000m². PÁTIO CONTÊINERES VAZIOS: Será reservada uma área para armazenamento de contêineres vazios de 60.000m², sendo: Para REEFERS, 30.000m² e DRY, 30.000m². PÁTIO CONTÊINERES IMPORTAÇÃO: Será demarcada e sinalizada uma área de 60.000m² reservada para armazenamento de contêineres de importação, sendo: Para REEFERS, Folha 32 de 38

30.000m² e DRY, 30.000m². PÁTIO CONTÊINERES EXPORTAÇÃO: Será demarcada uma área de 234.000m² reservada para armazenamento de contêineres de exportação, sendo desta área: Para REEFERS, 113.200m² e DRY, 128.800m². CAIS: O Layout do cais de 1.000 m apresentará a seguinte disposição para melhor atender aos usuários e facilitar o trabalho no Porto: a) CONTÊINERES 300m; b) MULTIUSO 400m; c) GRANÉIS 300m. 04 BALANÇAS RODOVIÁRIAS E 1 SCANNER: O Porto será dotado de quatro balanças rodoviárias e um scanner para o monitoramento das cargas de entrada e saída do Porto. FRIGORÍFICO E TÚNEIS PARA FISCALIZAÇÃO: O cais da margem esquerda terá um frigorífico dimensionado para atender a demanda prevista com 2.000m² e de forma a facilitar a fiscalização aduaneira e do Ministério da Agricultura será construído um túnel. ARMAZÉM CARGA GERAL: As instalações da margem esquerda terão, conforme Layout apresentado, uma área de 9.000m² distribuída em três departamentos industriais, com 3.000m² cada. HELIPONTO PARA EMERGÊNCIA: Ficou definido no projeto uma área de 400m² reservada para a construção de um heliponto de acordo com as normas técnicas vigentes e fiscalização da Força Aérea Brasileira. Folha 33 de 38

Visualização Figura 31 Visualização do novo Porto situado à margem esquerda do Rio Potengi Acessos ao Porto situado na margem esquerda com interligação ao novo Aeroporto Internacional de Cargas que está sendo construído no município de São Gonçalo do Amarante: Foto 32 - Acessos ao Porto situado à margem esquerda e ao Aeroporto Internacional de Cargas. Folha 34 de 38

6.8. Sistema ISPS CODE Figura 33 sistema ISPS CODE Figura 34 sistema ISPS CODE Figura 35 Sistema ISPS CODE Figura 36 Sistema ISPS CODE Figura 37 Sistema ISPS CODE Figura 38 Sistema ISPS CODE Neste Porto, já se encontram em funcionamento várias câmeras fixas e móveis, para monitoramento das áreas, com vários pontos de controle e visualização, e ainda em fase de testes, o sistema de vídeo conferência e controle de acesso, possibilitando assim a segurança portuária na. Folha 35 de 38

7. ASPECTOS OPERACIONAIS 7.1. Movimentação de Cargas As cargas de exportação, hoje movimentadas pelo Porto de Natal e que têm um grande potencial de acréscimo são: frutas tropicais, açúcar, outros produtos agrícolas, minérios (quartzo, turmalina e tungstênio), tecidos e confecções, balas e doces, pescados (atum e meca), crustáceos e cargas em geral. MERCADORIA Frutas e produtos alimentícios Refrigerados Frutas e produtos alimentícios Secos Camarão e pescados Açúcar Cabotagem Ilha Fernando de Noronha Combustíveis (Óleo diesel/gás) Cabotagem Ilha Fernando de Noronha Produtos Alimentícios Carga geral Seca (Tecidos, baterias, pedras, minerais, balas, derivados e produtos animais) Com relação à importação, os itens preponderantes são o trigo e os combustíveis. MERCADORIA Trigo Carga geral Máquinas, Equipamentos e Projetos Carga geral Seca (Vidro, Cerâmica, Móveis, etc.) Carga geral Refrigerada (Alho, Peixe, etc.) Carga geral - Cabotagem Cabotagem PETROBRÁS - Combustíveis Referindo-se ao turismo, o porto recepciona hoje em torno de 65 navios anuais e as perspectivas são de contínua e plena expansão, confirma a vocação turística da Cidade do Natal. O movimento anual de passageiros do Porto de Natal já alcança hoje o quantitativo de 25.000 turistas, valor que será rapidamente duplicado. Conforme levantamento da movimentação de cargas no Porto de Natal nos Folha 36 de 38

últimos 5 anos (tabela abaixo), pode-se verificar que houve regularidade nas quantidades movimentadas durante esses anos. Podemos apenas salientar um aumento significativo no item outros no ano de 2008 com relação ao ano anterior; e uma queda na quantidade de frutas movimentadas no ano de 2008 quando objeto da mesma comparação; este último fato ocorreu devido a problemas com leis de incentivos fiscais já solucionados. Tabela 01 Movimentação de cargas observadas entre o ano de 2004 até o mês de junho de 2009 * movimentação registrada até o mês de junho lembrar que o período de maior movimentação é aquele de agosto a dezembro. ** (adesivo, caixaria, algodão, bagagem, camarão, caranguejo, cantoneira, cola, derivados de petróleo, andaime, azeite, azulejo, artesanato, arroz, batata, bijuteria, chelita, edredom, cerâmica, frango granito, inhame, lâmpada, lagosta, louça, massa, minério, móveis, quartzo, saco plástico, tapete, etc.). Com a conclusão das Obras de Dragagem e Derrocagem do Rio Potengi prevista para o primeiro semestre de 2010, o Porto de Natal terá capacidade de receber navios de maior porte e haverá, desta forma, um aumento significativo na movimentação de cargas. Calcula-se, em uma estimativa conservadora, que este aumento venha a elevar o seu patamar de movimentação de cargas para aproximadamente 3 vezes o atual, superando 1.000.000 de toneladas anuais. Desta forma, devemos ter uma perspectiva de crescimento, conforme tabela Folha 37 de 38

abaixo: Tabela 02 Projeção da movimentação de carga no Porto de Natal para os próximos 8 anos 7.2. Frota de Navios A média mensal de embarcações que aportam em Natal é de 04 navios de contêineres, 01 navio trigueiro, 01 navio de carga de açúcar ensacado, 01 navio com outras cargas de projeto, notadamente para atividades petrolíferas, navios de cruzeiro, além de diversas embarcações de menor porte que fazem o comércio regional, notadamente com Fernando de Noronha. Folha 38 de 38