NATAÇÃO. Nos anos seguintes, houve uma extraordinária difusão da natação e uma consequente evolução técnica.

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Transcrição:

NATAÇÃO 1. Referência histórica Em 1869, funda-se na Inglaterra a «Amateur Swimming Association», é após as primeiras competições realizadas neste país, a prática da Natação toma um extraordinário incremento na Europa. Nos Estados Unidos, no ano de 1878, surge o «Amateur Atletic Union». Nos Jogos Olímpicos de Atenas, 1896, a natação foi admitida e a Grã-Bretanha alcançou grande parte dos prémios. Nos anos seguintes, disputaram-se vários encontros internacionais que dão um impulso decisivo à divulgação deste desporto. Em 1908, funda-se em Londres a «Fédération que se propôs difundir o novo regulamento, legalizar os recordes mundiais e o programa dos Jogos Internationale de Natation Amateur (F.I.N.A.), Olímpicos. A nova federação separou a Natação dos Saltos e do Waterpolo e aprovou a seguinte subdivisão: - Bruços Natação - Costas Saltos Waterpolo - Livres Nos anos seguintes, houve uma extraordinária difusão da natação e uma consequente evolução técnica. Em 1912, os jogos Olímpicos realizaram-se em Estocolmo e tiveram a participação das primeiras nadadoras, cabendo à Alemanha a maioria dos primeiros lugares. Ao terminar o primeiro conflito mundial, teve lugar nos estados Unidos, uma grande manifestação a favor da Natação: A «Conference for National Cooperation in Aquatics». Desta conferência surgiu um comité permanente com a tarefa de difundir a prática da natação, recomendada não só para a educação dos jovens, mas também como métodos terapêuticos para os menos válidos. 2. Abordagem às regras 2.1. Partidas As partidas realizadas em cima do bloco é através de salto. Ao apito prolongado do Juiz Árbitro os nadadores devem subir para a parte de trás do bloco de partida e aí devem ficar com os pés a igual distância da parte da Natação 1

frente do mesmo. À ordem de Aos seus lugares, devem imediatamente posicionar-se para a partida, pondo pelo menos um dos pés no rebordo da parte da frente do bloco. Quando os nadadores estiveram imobilizados, o juiz de partidas deve dar sinal de partida. A partida efectuada de costas e estafetas de estilos será efectuada dentro de água. Ao apito prolongado do Juiz Árbitro, Os nadadores deverão entrar imediatamente na água e colocar-se na posição de partida rapidamente. Quando todos os nadadores estiverem na posição de partida o Juiz de Partidas dará a voz aos seus lugares. Quando estiverem imobilizados o Juiz de Partidas dará o Sinal de Partida. A 1º falsa partida, o Juiz de Partidas fará regressar os nadadores e lembrarlhes-à da necessidade de não saírem antes do sinal de partida. Após a 1º falsa partida qualquer nadador que saia antes do sinal de partida será desqualificado. Se o sinal de partida soar antes da desqualificação, a prova deverá continuar e o nadador ou nadadores serão desqualificados após a conclusão da prova. O sinal de falsa partida deve ser dado com o mesmo dispositivo da partida mas repetido várias vezes, e deverá ser baixado o festão das falsas partidas. Em alternativa, se o Juiz Árbitro decidir que a partida é falsa, deverá indicar esta situação com um apito, devendo o Juiz de Partidas em seguida assinala repetidamente com o dispositivo de partidas baixando-se igualmente o festão. 2.2. Estilos Nas provas individuais de estilos, o nadador cumpre os quatro estilos pela ordem seguinte: Mariposa, Costas, Bruços e Livres. Nas provas de estafetas de Estilos, os nadadores realizam quatro estilos pela ordem seguinte: Costas, bruços, Mariposa e Livres. Cada estilo deve ser terminado de acordo com as regras que lhe respeitam. 2.3. Prova Um competidor que nade sozinho uma prova tem de cobrir o percurso completo para se classificar. Um nadador deve terminar a sua prova na mesma pista em que começou. Em todas as provas, um nadador deve, sempre que faça uma viragem, contactar fisicamente com a parede extrema da piscina. A viragem deve ser feita na parede e não é permitido andar sobre o fundo da piscina, ficar de pé no fundo da piscina durante as provas de Estilo Livre ou durante o percurso a ser nadado em Estilo Livre, numa estafeta, não desclassificará o nadador mas ele não deverá andar. Natação 2

Nenhum nadador poderá usar ou munir-se do quer que seja com o fim de aumentar a sua velocidade, flutuação ou resistência durante uma competição, tais como luvas palmípedes, barbatanas,... Haverá quatro nadadores por cada equipa numa prova de Estafetas. A equipa cujos os pés do nadador percam contacto com o bloco de partida antes do toque na parede do colega será desclassificado. Os indicadores de viragem de costas, são constituídos por festões suspensos a 1,8m acima do nível da água, fixados a suportes e colocados a 5m das paredes-testa da piscina À distancia de 15m de partida, deve ser colocados o dispositivo para anulação de partidas, constituídos por uma corda com pequenas bandeirolas (festão) dispositivo de modo que, a um sinal do Juiz de Partidas, possa facilmente cair sobre a superfície da água em toda a largura do tanque antes dos concorrente o atingirem. A descida do festão sobre a água constitui sinal indicativo de anulação de partida. 3. Conteúdos Técnicos Componentes Básicas Gerais 3.1. Equilíbrio Quando entramos no Meio Aquático, sentimos uma força que nos impede uma estabilidade e apoio. Esta força é denominada por força de impulsão, definindoa como força propiciadora de perturbações no equilíbrio, devido as perturbações do equilíbrio e apoio provocadas pela força de impulsão o problema será resolvido progressivamente por: 1. Imersão completa 2. Equilíbrio vertical 3. Equilíbrio horizontal 4. Equilíbrio dorsal 3.2. Respiração A respiração, pelas características que assume em natação, é outra das componentes básicas e, como tal, indispensável para o domínio do Meio Aquático. A inspiração passa a ser automática no Meio Aquático, a expiração é voluntária neste Meio. A expiração é feita na água sendo necessária vencer a pressão desta, embora numa fase inicial não ser a pressão da água fonte inibidora da execução do acto de expirar, mas sim a presença dos naturais reflexos de defesa. Quando controlado estes reflexos e com os movimentos propulsivos, a respiração passa a estar condicionada por eles, pois não é possível respirar em qualquer momento. A respiração é o mais importante Natação 3

ajustamento do organismo para garantir uma conveniente adaptação ao Meio Aquático. 3.3. Propulsão A propulsão está intimamente relacionada com o equilíbrio. Só a aquisição de equilíbrio horizontal (dorsal ou ventral) permite a capacidade de utilização dos membros superiores e inferiores em acções motoras convenientes para um melhor deslizamento. Ao definirmos nadar, verificamos que as situações de propulsão podem entender como meio que proporciona a aquisição duma vasta gama de soluções motoras necessárias para a resolução das situações que implicam a deslocação no Meio Aquático. A propulsão assenta assim nas técnicas desportivas Livres, Costas, Bruços e Mariposa, sendo estas a melhor base para desenvolver a possibilidade de uma deslocação eficaz em economia de esforço, sendo por outro lado, moldáveis e ajustáveis tendo em vista o desempenho de tarefas específicas, como por exemplo salvamento. 4. Análise Descritiva das Técnicas de Natação 4.1. Técnica de Crol Conceitos Gerais O Crol é uma técnica de nado ventral, alternada e simétrica, no curso da qual as acções motoras realizadas pelos membros inferiores tendem a assegurar uma propulsão contínua. A técnica de Crol é a mais eficiente do ponto de vista mecânico. Este facto deve-se, em primeiro lugar, a ser alternada, evitando-se, deste modo, grandes oscilações da velocidade intracíclica. Depois, porque a posição do corpo que lhe é inerente permite trajectos subaquáticos bem orientados, criando resultantes propulsivas com sentidos muito próximos da linha de deslocamento do corpo. Condicionantes regulamentares determinantes Não existe uma regulamentação oficial, por parte da FINA (Federação Internacional de Natação Amadora), para a técnica de Crol. É a única técnica da natação desportiva que depende apenas das leis da hidrodinâmica e das potencialidades do movimento humano. Assim se explica que as provas em estilo livre ou em Livres sejam universalmente, salvo raríssimas excepções, nadadas em Crol. Nas provas de competição em Livres, segundo o regulamento da FINA, o nadador pode utilizar quaisquer movimentos, na sequência que bem entender, para se deslocar na água. Pode, inclusivé, nadar qualquer uma das outras técnicas desportivas regulamentadas (Costas, Bruços ou Mariposa) e mudar de Natação 4

técnica em qualquer altura. É a superioridade do Crol, do ponto de vista de rendimento mecânico e velocidade máxima, quando comparada com qualquer outra estrutura de movimentos propulsivos, que condiciona a sua escolha para as provas de Livres. Para a viragem ou na chegada, o nadador pode tocar na parede com qualquer parte do corpo. Naturalmente, ao procurar a situação que lhe seja mais vantajosa, o nadador, na viragem, toca apenas com os pés (viragem de cambalhota, única utilizada na técnica do Crol, desde a década de sessenta) e, na chegada, toca apenas com a mão mais avançada. Posição do corpo A posição do corpo deve manter-se, ao longo do ciclo gestual, o mais próximo possível da posição hidrodinâmica fundamental. Alinhamento lateral Sendo o Crol uma técnica alternada, os desvios mais frequentes e mais importantes ocorrem em relação ao alinhamento lateral do corpo. Qualquer movimento segmentar que crie forças com linhas de acção laterais (em relação ao sentido de deslocamento do corpo), conduzirá a sua reacção aplicada noutro segmento corporal, que o desvia do alinhamento corporal. Deste modo, será mais vasta a superfície frontal de contacto quando a bacia e as pernas oscilam lateralmente. O papel equilibrador básico cabe ao batimento de pernas que exerce ciclicamente pressão sobre a água em direcções laterais, acompanhando o rolamento do tronco e consequentemente, a acção dos braços. Alinhamento horizontal O corpo deve manter-se, em Crol, muito próximo da horizontal, sendo de evitar todas as tentativas de obter uma posição alta na água (imagem do hidroplano), através da elevação forçada dos ombros e da cabeça. A cabeça deve estar ligeiramente elevada, a linha de água situada entre o topo e o início do couro cabeludo, com o olhar dirigido para o fundo da piscina, para uma zona localizada uns metros á frente do nadador. A eficácia do batimento de pernas é fundamental na manutenção do alinhamento horizontal do corpo. Um batimento dos pés demasiados profundo Natação 5

tem, no entanto, como efeito aumentar o arrastamento de forma, sem contribuir para a propulsão. Como referência, é normal a indicação de que o batimento de pés não deve nunca ultrapassar uma linha imaginária que passe pelo ponto mais fundo do trajecto subaquático dos braços. Rolamento do Corpo A utilização alternada dos membros superiores provoca uma acção natural de rotação do tronco em torno do seu eixo longitudinal, ao longo do ciclo gestual. O rolamento é indispensável para a manutenção do alinhamento do corpo e para a redução do arrastamento de forma. Por outro lado, facilita a recuperação aérea dos braços e a inspiração. Deste modo, poderíamos descrever o rolamento do corpo como uma acção sequencial em que os ombros seguem o trajecto dos braços, a bacia e as pernas seguem o ombro, fazendo com que o batimento de pernas seja realizado em diferentes direcções, consoante a fase do ciclo gestual. A velocidade e a direcção do rolamento são, pois, controlados pela acção cíclica dos braços. Conceitos específicos Acção dos membros superiores Trajecto subaquático Entrada Deve ser realizada à frente da cabeça, num ponto situado entre a linha média do corpo e o ombro. A mão está virada para fora, obliquamente a partir da horizontal (rotação interna do braço) e o cotovelo ligeiramente flectido e em posição alta, de modo a que seja a ponta dos dedos a primeira parte do segmento a entrar na água. Natação 6

Deslize Depois da entrada da mão na água, o cotovelo estende completamente, projectando a mão directamente para a frente, em linha recta, em frente ao ombro. Ao longo desta fase, a mão permanece no prolongamento do antebraço e vai rodando até estar virada para baixo. O deslize é fundamental no que diz respeito à sincronização de um braço com o outro, pois é durante esta fase que o braço do lado contrário termina o seu trajecto propulsivo. Acção descendente A mão, após o deslize, desloca-se para baixo e para fora numa trajectória curva. O movimento para fora não deve ser voluntariamente procurado: à medida que os ombros rodam acompanhando o ciclo de braços, a mão desloca-se naturalmente para fora. Na fase final do trajecto descendente, o cotovelo começa a flectir, para manter o trajecto descendente da mão e preparar a fase seguinte. No início desta fase a mão do nadador está virada para baixo, começando depois a rodar até ficar orientada para baixo, para trás e para fora. Acção Lateral Interior (ALI) A ALI começa quando a mão se aproxima do ponto mais fundo da AD. A direcção do trajecto muda, deslocando-se agora a mão para trás, para cima e para dentro, com orientação respectiva, até atingir ou ultrapassar um pouco a linha média do corpo. Este trajecto é conseguido graças à flexão do cotovelo, Natação 7

permanecendo este numa posição alta, ou seja, por cima da mão, até ao final da ALI. Acção Ascendente (AA) Esta fase consiste na aceleração da mão para fora, para cima e para trás até se aproximar da coxa. Esta é a fase mais propulsiva da braçada, não só devido a boas condições hidrodinâmicas como, também, devido ao facto de a extensão do antebraço ser potenciada pelo rolamento do tronco e dos ombros na mesma direcção no final do trajecto subaquático, sem interrupções, ser lançada para fora de água. A orientação da mão é para fora e para trás no seu trajecto ascendente. Isto consegue-se através da descontracção do pulso, permitir que a água pressione a mão para a posição correcta, dedos apontados para baixo. È importante referir que o cotovelo não chega a estender completamente, começando de novo a flectir quando a mão se aproxima do final do trajecto propulsivo útil, de modo a preparar a saída da água. Saída A pressão da água diminui à medida que a mão se aproxima da coxa, sendo, então, a palma da mão rodada para dentro, para que a saída da água se possa fazer com uma resistência mínima. O braço sai da água com o cotovelo a sair de um modo pronunciado, sendo a mão e o antebraço puxados pelo cotovelo, em situação de descontracção muscular. Natação 8

Recuperação aérea A execução da recuperação é regulada por três imperativos: I. Não deve perturbar o equilíbrio do corpo. A mão deve passar o mais perto possível da cabeça, posição flectida e alta do cotovelo durante todo o trajecto por fora de água. II. III. Deve ser realizada de um modo rápido e descontraído, de modo a não perturbar a sincronização de movimentos e a mão tem uma posição descontraída durante esta fase. Deve preparar da melhor maneira a entrada da mão na água. Cotovelo permanece numa posição alta até à entrada da mão na água, procedendo-se a uma ligeira rotação do antebraço para fora, para dar à mão a inclinação mais adequada para uma entrada na água sem turbulência. Acção dos membros inferiores Acção descendente (AD) É a fase mais propulsiva do batimento de pernas. O movimento parte da articulação coxofemural (flexão da coxa). O joelho guia o movimento, causando uma acção de chicotada da perna e do pé. O pé deve estar descontraído, sendo a pressão da água que o vai colocar na posição mais favorável do ponto de vista propulsivo: flexão plantar, rotação interna e adução. Acção ascendente (AA) É a fase pouco propulsiva, por muitos técnicos considerada como sendo de recuperação para o trajecto descendente seguinte. O trajecto ascendente do pé é realizado a partir da elevação da coxa, sendo este movimento realizado sem flexão do joelho. O batimento de pernas deve ser realizado sem interrupções, começando o joelho o seu trajecto descendente numa altura em que o pé ainda não acabou o respectivo trajecto ascendente. Sincronização da acção dos membros superiores A variante básica de sincronização dos braços em Crol e aquela que deve ser introduzida na iniciação desportiva é uma em que, no momento em que uma Natação 9

mão entra na água, a outra está a iniciar a ALI. Esta variante implica a existência de uma fase de deslize bem marcada. Sincronização dos membros superiores / membros inferiores A variante básica de sincronização dos membros superiores com os membros inferiores em crol e aquela que deve ser ensinada inicialmente é uma em que se realizam seis batimentos de pernas por cada ciclo de braços. Acompanhada normalmente a variante acima referida de sincronização de um braço com o outro e tem um maior poder estabilizador do alinhamento lateral do corpo, permitindo ao nadador um maior rolamento dos ombros e trajectos propulsivos mais curvilíneos, nomeadamente uma ALI mais pronunciada. Sincronização da acção dos membros superiores com o ciclo respiratório A inspiração faz-se através da rotação lateral da cabeça. Coincide com o fim da ALE, AA e início da recuperação aérea do braço do mesmo lado. Acompanha, portanto, a rotação natural dos ombros em torno do seu eixo longitudinal o Natação 10

rosto não deve emergir antes do braço do lado contrário estar totalmente na água. O retorno do rosto para baixo deve ser completado antes da mão do mesmo lado entrar na água. A expiração deve iniciar-se logo após a submersão do rosto, pela boca e pelo nariz. A saída de ar deve ser contínua e constante até ao momento que antecede a saída da boca da água. A utilização da respiração bilateral deve ser favorecida desde o início da aprendizagem desta técnica, uma vez que tal poderá ajudar a evitar a habitual assimetria que se cria na posição do corpo de muitos nadadores. 4.2. Técnica de Costas A técnica de Costas caracteriza-se por uma actividade segmentar alternada e simétrica, característica que lhe permite, tal como acontece em Crol, a criação contínua de força propulsiva pelos membros superiores e uma constante acção equilibradora/propulsora por parte dos membros inferiores. De facto, o custo energético e a eficiência mecânica do nado de costas, em nadadores de bom nível técnico, é semelhante ao do Crol. Alguns dos factores, facilmente observáveis, que identificam os bons nadadores de Costas são: - fluidez, simetria e ritmicidade de movimentos, - posição corporal alta na água, - rolamento pronunciado dos ombros. Condicionantes regulamentares determinantes O regulamento da FINA impõe que o nadador, na técnica de Costas, mantenha uma posição dorsal durante o período que a prova competitiva, salvo quando da realização das viragens. O nadador que abandone esta posição antes de iniciar a rotação para a viragem ou antes de tocar com a parte mais avançada do corpo (normalmente a mão) na parede topo da piscina, no final da prova, será desqualificado. A tolerância para a rotação do tronco em torno do eixo longitudinal, em relação à horizontal é, no entanto, grande, considerando-se que essa rotação (ponto de referência a linha dos ombros) não deve ultrapassar os 90º. Em conclusão, a técnica de Costas é defenida unicamente pela posição dorsal. A técnica de Costas construiu-se a partir das leis da hidrodinâmica e das potencialidades do movimento humano, tendo como única condicionante a manutenção do corpo em posição dorsal. Natação 11

Posição do corpo A posição do corpo deve manter-se, ao longo do ciclo gestual, o mais próxima possível da posição hidrodinâmica fundamental. Alinhamento lateral Como referência, podemos assinalar que as pernas e as coxas deverão permanecer sempre no interior de uma área delimitada pela projecção da cintura escapular. A rotação do corpo em torno do eixo longitudinal e os batimentos de pernas em direcções laterais, a acompanhar a rotação do tronco, são factores fundamentais do equilíbrio dinâmico respeitante ao alinhamento lateral do corpo. A cabeça deve manter-se na mesma posição ao longo do ciclo gestual, sendo um erro grave a sua rotação ou oscilação lateral, a acompanhar as acções segmentares. Alinhamento Horizontal Em Costas, o corpo deve estar colocado na água numa posição próxima da horizontal, com uma pequena inclinação de modo a permitir um batimento de pernas efectivo, sem que o nadador corra o risco de estas saírem da água com facilidade. Por outro lado, uma posição muito baixa da bacia provocará o aumento da superfície frontal de contacto, sofrendo o corpo maior arrastamento de forma. A cabeça apresenta-se um pouco flectida e elevada na água, queixo para o peito e olhar dirigido para os pés, devendo esta posição ser mantida ao longo de todo o ciclo gestual. Aconselha-se, frequentemente, uma posição do corpo natural, com ligeira convexidade da região dorsal, ou seja, ombros projectados para a frente. Rolamento do corpo Ao longo do ciclo gestual, o corpo do nadador sofre uma rotação, não só ao nível dos ombros, como também ao nível da cintura pélvica. Esta rotação segue a evolução da braçada, apresentando valores extremos quando um dos braços atinge o ponto médio da recuperação aérea, ou seja, quando passa pela vertical projectada do ombro do lado respectivo e a mão do lado contrário Natação 12

está no fim do trajecto propulsivo. Os momentos de maior horizontalidade da cintura escapular e da cintura pélvica correspondem à entrada de um braço na água. Acção dos membros superiores Trajecto subaquático Entrada A entrada é, sem dúvida, um dos momentos críticos da braçada, uma vez que a execução de erros importantes nesta fase pode implicar uma alteração substancial do potencial propulsivo de todo o trajecto subaquático. No momento da entrada, o cotovelo está em extensão completa. Braço e antebraço estão em rotação interna, de modo a que a mão entre na água pelo dedo mínimo, ponta dos dedos virada para baixo. Esta posição, possibilita uma rápida transição para a fase seguinte do trajecto subaquático. O braço deve entrar na água sensivelmente no prolongamento do ombro (posição das onze horas ), provocando o afundamento desta região corporal, o que coincide com o momento em que o ombro do lado contrário surge fora de água, iniciando a saída do braço do lado respectivo. Natação 13

Acção Descendente Inicial (ADI) A Acção Descendente Inicial é muito semelhante à fase do trajecto subaquático que lhe corresponde na técnica de Crol. A mão e o antebraço do nadador, logo após a entrada, deslocam-se para baixo e para fora, até que o cotovelo se encontre por cima da mão, o mesmo acontecendo com o ombro, em relação ao cotovelo. Após a entrada na água, o braço e o antebraço, sofrem uma gradual rotação interna até que a mão se encontre orientada para trás, para baixo e para fora, percorrendo um trajecto circular até uma profundidade de perto de 30 a 50 cm. Este trajecto do segmento propulsivo só é possível se for acompanhado de um afundamento do ombro do lado respectivo, proveniente da rotação do tronco em torno do seu eixo longitudinal. Ao longo desta fase o braço permanece em extensão, permitindo o afundamento da mão. Acção Ascendente (AA) Após a fase de afundamento, a mão do nadador executa um trajecto semicircular para cima e para dentro, até atingir uma posição junto à superfície da água, sem a ultrapassar, e até o antebraço fazer um ângulo de perto de 90º com o braço. Ao longo desta fase, a palma da mão roda para cima e para dentro, dedos apontados diagonalmente para fora. A rotação do tronco em torno do eixo longitudinal permite que a mão permaneça em submersão apesar da posição relativa ombro braço antebraço. Natação 14

Acção Descendente Final (ADF) A ADF, fase de maior importância propulsiva da braçada de Costas, começa com o cotovelo flectido e a mão perto da superfície da água e vai consistir no deslocamento dos segmentos propulsivos para baixo, para trás e para fora, através da extensão do cotovelo, até a mão estar colocada bem abaixo da bacia (20 a 30cm, nalguns casos um pouco mais). Natação 15

Saída No final da ADF, a mão roda para dentro, palma virada para a região lateral da côxa, de modo a cortar a água com o polegar para cima no seu trajecto ascendente, provocando o menor arrastamento possível. A elevação do braço é preparada pela elevação do ombro respectivo, concomitante com a entrada do braço do lado contrário na água, possibilitando que a alteração de direcção no trajecto da mão seja feito com o máximo de fluidez e continuidade. Recuperação aérea O braço deve seguir uma trajectória que passa por cima do ombro, sendo de evitar quaisquer desvios laterais, interiores ou exteriores, que perturbam, em larga escala, o alinhamento lateral do corpo. O cotovelo deve manter-se em extensão ao longo de todo o trajecto, iniciando-se a rotação interna do braço, antebraço e mão logo após a saída da água. Aconselha-se, normalmente, uma posição do membro superior em rotação interna completa, palma da mão virada para fora, quando é atingido o ponto médio da trajectória aérea do braço, ou seja, quando esta passa por cima do ombro, de modo a que a entrada na água seja preparada com a antecedência desejável. Natação 16

Acção dos membros inferiores A direcção dos trajectos executados pelos pés na técnica de Costas é, tal como na técnica de Crol, ligeiramente para fora ou para dentro, acompanhando a rotação do corpo sobre o seu eixo longitudinal, mas mantendo o alinhamento com o tronco, ao longo de cada ciclo gestual. Acção Ascendente É a fase mais propulsiva do batimento de pernas de Costas. Durante a fase ascendente do batimento de pernas, a coxa do nadador é activamente puxada para cima, em direcção à superfície da água, ao mesmo tempo que o joelho vai flectindo sem que para isso seja necessário contrair os músculos extensores da perna, uma vez que será a pressão da água sobre a face anterior desta segmento a provocar tal efeito. A flexão do joelho atingida nesta fase do ciclo gestual é habitualmente superior ao que ocorre na fase correspondente da técnica de Crol. A extensão activa e potente do joelho inicia-se quando este se está a aproximar do fim do seu trajecto ascendente, estando os pés neste momento em completa flexão plantar e rotação interna, ponta dos dedos apontada para baixo e para dentro. Acção Descendente É principalmente uma acção de recuperação. Ao longo do percurso descendente de recuperação, o membro inferior vai permanecer em extensão, graças à resistência da água na face posterior da perna. Esta fase termina quando o joelho fica horizontalmente alinhado com a bacia. Natação 17

Sincronização da acção dos membros superiores A sincronização óptima na acção dos membros superiores na técnica de Costas impõe a entrada de uma mão na água no momento em que a outra mão termina a ADF. Deste modo é assegurada a continuidade das acções propulsivas, apesar da menor importância relativa da ADI neste campo, o que acarreta alguma desaceleração do corpo nesta fase, compensada, nalguns casos, como vimos, com o aproveitamento propulsivo da elevação final do membro superior. Esta estrutura de sincronização permite, também, uma correspondência total entre a rotação do corpo em torno do seu eixo longitudinal e as acções segmentares. Como ponto de referência fundamental, assinala-se que o momento em que a mão está no ponto mais alto da sua trajectória aérea coincide com o momento em que a mão do lado contrário termina a AA, o que também coincide, como sabemos, com a máxima flexão do cotovelo. Natação 18

Sincronização dos membros superiores / membros inferiores Em Costas, devido ao carácter pronunciadamente lateralizante dos trajectos subaquáticos próprios desta técnica, proveniente de restrições anatómicas, só é, de facto, eficaz uma sincronização de 6 batimentos por ciclo de braços. Sincronização da acção dos membros superiores com o ciclo respiratório Embora a posição do corpo na técnica de Costas, facilite a realização do ciclo respiratório, é importante que o nadador adquira um ritmo respiratório bem marcado O ciclo respiratório deverá, assim, estar estreitamente sincronizado com o ciclo de braços, assinalando-se normalmente para este efeito, que a inspiração deverá coincidir com a fase de recuperação de um dos braços, mantendo-se esta referência constante, mesmo quando se inspira em cada 2 ou 3 ciclos de braços. 5. Salto de partida O salto de partida de cima do bloco é utilizado nas partidas de Livres, Bruços e Mariposa, sendo a variante estudada a de partida agarrada. Fase de apoio inicial A posição adoptada pelo nadador após a voz aos seus lugares tem como a finalidade de colocar o corpo na melhor situação possível para a execução óptima do salto de partida. Pretende-se, assim: - colocar o corpo numa posição estável, de máxima segurança, evitando a falsa partida ; - colocar o corpo numa posição próxima do desequilíbrio, de modo que, ao ser dado o sinal de partida, o nadador necessite de um mínimo de tempo para desencadear a acção. A posição inicial de partida agarrada é a seguinte: - pés presos ao bordo anterior do bloco, através da flexão dos dedos, sensivelmente à largura dos ombros; - mãos agarradas firmemente o bloco; - Joelhos flectido (30-40 graus) Natação 19

- Cabeça virada, testa junto aos joelhos ângulo tronco/pernas bastante fechado; - Ancas colocadas na vertical que passa pelo bordo anterior do bloco de partida. O contacto das mãos com o bloco pode ser feita em duas posições: - Pega interior: as mãos agarram o bordo anterior do bloco entre os pés; - Pega exterior: as mãos são colocadas por fora dos pés. As vantagens da partida agarrada parecem residir em dois factores: - Velocidade inicial de rotação maior - Aproveitamento de uma força suplementar para rotação do centro de gravidade em torno do eixo definido pelo centro de apoio além da gravidade, proveniente da acção dos braços; Fase de trajectória aérea O objecto desta fase é a colocação relativa dos segmentos na posição óptima para a entrada na água. Qualquer acção segmentar nesta fase não altera a velocidade ou distância mas sim a eficácia da entrada na água e o deslize subsequente. Quando os pés estão prestes a largar o bloco, o corpo está em extensão total, braços no alinhamento do tronco ou nalguns casos, um pouco mais alto e a cabeça elevada. No momento da saída a cabeça deve rodar energicamente para baixo, dirigindo o olhar para o ponto de entrada na água, acção que deve ser simultaneamente como o retorno dos braços para baixo e o seu bloqueio numa posição quase vertical, as mãos apontadas, também, para o local de entrada na água. Entrada na água O objectivo desta fase é a entrada na água perdendo o menos possível de velocidade horizontal e com os segmentos bem colocados para as acções propulsoras a iniciar. O corpo deve entrar de modo alinhado. Após a entrada o nadador tem que moldar o seu corpo de modo a penetrar na água bem alinhado. Após a entrada, alterando a forma do seu corpo e curvando-o para a frente, o nadador aproveita a quantidade de movimento remanescente do embate com as forças de resistências no sentido do deslocamento. Dirigir as mãos para cima logo após a Natação 20

entrada, assim como a realização de um movimento de golfinho no momento em que os membros inferiores submergem, podem ajudar a mudança de orientação citada A posição de deslize é a posição hidrodinâmica fundamental. Quando o nadador sente que está a perder velocidade inicia o movimento de pernas e, de seguida, o primeiro trajecto subaquático dos braços, no fim do qual deve emergir completamente. Natação 21