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Transcrição:

Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 25/08/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.001.946 PARANÁ RELATOR AGTE.(S) AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI :BRASILIO BOVIS :JOSE RIVALDO DOS SANTOS :VINICIUS HIROSHI TSURU :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284/STF. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - É deficiente a fundamentação do agravo regimental cujas razões não atacam todos os fundamentos da decisão agravada. Incidência da Súmula 284/STF. Precedentes. II - Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Acordam os Ministros do, em sessão virtual da Segunda Turma, na conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de agosto de 2017. RICARDO LEWANDOWSKI RELATOR documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13485623.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 25/08/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.001.946 PARANÁ RELATOR AGTE.(S) AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI :BRASILIO BOVIS :JOSE RIVALDO DOS SANTOS :VINICIUS HIROSHI TSURU :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Trata-se de agravo regimental interposto contra as decisões por meio das quais neguei seguimento ao recurso extraordinário e rejeitei os embargos de declaração apresentados (docs. eletrônicos 13 e 18). No regimental, insiste-se na concessão de habeas corpus, de ofício, e reiteram-se os argumentos expendidos no recurso extraordinário (doc. eletrônico 21). É o relatório. documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 13485634.

Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 25/08/2017 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.001.946 PARANÁ V O T O O Senhor Ministro Ricardo Lewandowski (Relator): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que os agravantes não aduziram argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Com efeito, neguei seguimento ao extraordinário, ante os seguintes argumentos: (i) impossibilidade de exame de violação a normas infraconstitucionais; (ii) não cabimento do recurso pelo art. 102, III, b, da Constituição Federal CF; (iii) ausência de demonstração da repercussão geral da matéria versada; (iv) incidência dos Temas 339 e 660 da repercussão geral; e (v) acórdão recorrido de acordo com a jurisprudência desta Corte (doc. eletrônico 13). Os declaratórios interpostos foram rejeitados, tendo em vista a ausência de omissão, porquanto os motivos pelos quais não houve a concessão de habeas corpus, de ofício, foram plenamente explicitados na decisão embargada (doc. eletrônico 18). Os agravantes, contudo, deixaram de refutar todos os fundamentos das decisões atacadas, limitando-se a pleitear concessão de habeas corpus, de ofício, e a reiterar os argumentos expostos no recurso extraordinário. Constato, portanto, que as razões recursais estão dissociadas do disposto nas decisões agravadas, o que caracteriza a deficiência na fundamentação deste agravo regimental, atraindo a incidência da Súmula 284/STF. Nesse sentido, são os julgados abaixo transcritos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO. AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO

Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 ARE 1001946 ED-AGR / PR FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO (Rcl 8.974-AgR/SC, Rel. Min. Teori Zavascki, Pleno grifei). Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processo administrativo disciplinar. 3. Militar. 4. Absolvição na esfera criminal. Demissão em processo administrativo. Independência das esferas. Precedentes. 5. Ausência de prequestionamento. Súmulas 282 e 356. 6. As razões do agravo regimental não atacaram os fundamentos da decisão recorrida. Fundamentação deficiente. Incidência da Súmula 284. 7. Falta de argumentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 9. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 783.997- AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma grifei). Com a mesma orientação, menciono, ainda, os seguintes precedentes, entre outros: RE 657.870-AgR/PI, Rel. Min. Teori Zavascki; AI 776.488-AgR/SP, Rel. Min. Rosa Weber; ARE 719.790-ED/PR, Rel. Min. Celso de Mello; ARE 711.985-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 656.300-AgR/SP e RE 575.481-ED-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; ARE 741.353-AgR/RS, de minha relatoria. Ademais, conforme constou da decisão agravada, o acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região está de acordo com a jurisprudência desta Corte, firmada no sentido de que o simples fato de a verba repassada ser proveniente de recursos federais, fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União, é suficiente para afirmar a existência de interesse da União e a consequente competência da Justiça Federal para atuar no feito. A corroborar esse entendimento, confira-se o julgamento do HC 80.867/PI, relatado pela Ministra Ellen Gracie, cuja ementa segue transcrita: 2

Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 ARE 1001946 ED-AGR / PR "Habeas Corpus. Crime previsto no art. 2º, I do Decreto-lei nº 201/67. Prefeito municipal. Fraude em licitações. Desvio de verbas provenientes do FUNDEF, do FNDE e do FPM. Art. 71, VI da CF. Sujeição de quaisquer recursos repassados pela União a Estados, Distrito Federal e Municípios à fiscalização pelo Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal de Contas da União. Presença de interesse da União a ser preservado, evidenciando a Competência da Justiça Federal para processar e julgar os crimes contra esse interesse (art. 109, IV da CF). Havendo concurso de infrações, essa competência também alcança os outros crimes. Precedentes citados: HHCC nºs 68.399, 74.788 e 78.728. Habeas corpus deferido parcialmente. Nas razões de decidir desse precedente, a Ministra Ellen Gracie fundamentou no sentido de que: [...] o fato de a verba ser proveniente da União, somada à previsão contida no art. 71, VI da CF, de que qualquer recurso repassado por ela sujeita-se à fiscalização pelo TCU, cuja execução se dá nos termos da legislação citada, é suficiente para evidenciar que o interesse da União ou de entidade a ela vinculada fica agregado ao recurso repassado, pois sua aplicação permanece a mercê da fiscalização do Tribunal de Contas da União, órgão auxiliar do Congresso Nacional. Tal circunstância acarreta, consequentemente, a competência da Justiça Federal para o julgamento de crimes como o presente, nos termos do art. 109, IV da CF. Ressalto que esse entendimento foi mantido no exame do RE 464.621/RN, de relatoria da referida Ministra, a seguir: DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. FRAUDE EM LICITAÇÃO E DESVIO DE VERBAS FEDERAIS. IMPROVIMENTO. 1. O recurso extraordinário se fundamenta no art. 102, III, 3

Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 ARE 1001946 ED-AGR / PR a, da Constituição Federal, sob o argumento de que o acórdão recorrido teria violado o disposto no art. 109, IV, do texto constitucional, relativo à competência da justiça federal. 2. Esta Corte já teve oportunidade de apreciar matéria semelhante, relacionada à possível fraude à licitação envolvendo verbas federais, sujeitas à fiscalização pelo Tribunal de Contas da União. Tratava-se de possível fraude em licitações com desvio de verbas provenientes do FUNDEF, do FNDE e do FPM, em que se reconheceu interesse da União a ser preservado, evidenciando a competência da Justiça Federal para processar e julgar os crimes contra esse interesse (HC nº 80.867/PI, de minha relatoria, 1ª Turma, DJ 12.04.2002). 3. Concluo no sentido da correção do julgado da Corte local, ao confirmar decisão declinatória em favor da justiça federal. No caso, havendo concurso de crimes, a competência da justiça federal também alcançará os fatos supostamente criminosos que foram praticados em conexão com aqueles de competência da justiça federal. 4. Recurso extraordinário conhecido e improvido. Recentemente, a Segunda Turma manifestou-se novamente pela competência da Justiça Federal: Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Penal e Processual Penal. Crimes de responsabilidade praticados por Prefeito (art. 1º, inciso I, Decreto-Lei n. 201/1967). Condenação. 3. Não cabe ao rever decisão que, na origem, aplica o disposto no art. 543-B do CPC. 4. Compete à Justiça Federal o julgamento desses delitos quando as verbas públicas federais sejam transferidas à municipalidade sob condição e sujeitas à prestação de contas e ao controle da União. Precedentes. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento (ARE 924.193- AgR/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes). 4

Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 ARE 1001946 ED-AGR / PR Dessa forma, segundo salientei no exame dos embargos de declaração, não estão presentes, no caso, os requisitos necessários à concessão de habeas corpus, de ofício. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5

Extrato de Ata - 25/08/2017 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 1.001.946 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : BRASILIO BOVIS AGTE.(S) : JOSE RIVALDO DOS SANTOS ADV.(A/S) : VINICIUS HIROSHI TSURU (37875/PR) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, Sessão Virtual de 18 a 24.8.2017. Composição: Ministros Edson Fachin (Presidente), Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Disponibilizou processo para esta sessão o Ministro Alexandre de Moraes, não tendo participado do julgamento desse feito o Ministro Edson Fachin por suceder, na Segunda Turma, o Ministro Teori Zavascki. Ravena Siqueira Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticardocumento.asp sob o número 13483373