Pêssego. Variedades de pêssegos para conserva. Colheita e transporte do pêssego para conserva

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Transcrição:

Pêssego O pêssego utilizado em conserva precisa de ser colhido no ponto adequado de maturação; Apesar do ananás ser um grande rival na indústria das conservas, o pêssego é a fruta enlatada em maior quantidade. Variedades de pêssegos para conserva Os pêssegos para conserva devem ser de tamanho grande e uniforme, de formato simétrico, de cor amarela, de fibra consistente e tenra; O caroço deve ser pequeno, para que as metades sejam espessas, e para que durante o aquecimento não fiquem achatadas. Colheita e transporte do pêssego para conserva O pêssego, quando apanhado, deve estar no seu tamanho máximo e no seu estado de maturação firme; As caixas de transporte precisam de ser folgadas, pois deve-se ter o cuidado de não danificar a fruta.

Pêssego Enchimento Recepção Mistura Quente Adição de calda Escolha/selecção Refugo Exaustão NaOH Pelagem Tampos Cravação H2O Lavagem H2O+Peles Esterilização Corte/Descaroçamento Caroço Arrefecimento Metades peladas Armazenamento Lata de pêssego em calda Recepção Escolha/ Selecção As frutas ao chegarem às fábricas são classificadas de acordo com a maturação e variedade. Os pêssegos são depois separados pelo tamanho, pois as máquinas são ajustadas para pêssegos mais ou menos uniformes; Neste passo elimina-se o refugo, ou seja é a eliminação de toda a fruta danificada.

Pelagem Um dos métodos mais utilizados para esta técnica é a pelagem química que é efectuada com uma solução de 1% a 2,5% de NaOH a uma temperatura de 90ºC e entre 30 a 60 segundos. Lavagem A lavagem é feita com jactos de água a alta pressão; Após este processo, deve-se passar o pêssego por uma solução diluída de ácido clorídrico ou cítrico para deste modo impedir o escurecimento enzimático; Neste processo sai água e peles. Corte e descaroçamento São utilizados, geralmente dois tipos de descaroçadores automáticos: descaroçador por torção; descaroçador por corte; Enchimento Após o descaroçamento, as metades são classificadas quanto ao tamanho para se adequarem aos padrões das latas das fábricas. Neste processo sai como resíduo, o caroço, ficando as metades peladas.

Adição de calda O açúcar utilizado para a calda depende do país, pois uns usam a sacarose e outros usam a glicose e frutose; A concentração da calda que se introduz nas embalagens deve ser calculada tendo em conta os processos, homogeneização entre os açucares da calda e do pêssego; Para a formação da calda deve-se fazer a mistura a quente. Exaustão Após o enchimento com calda, a lata é enviada para um túnel denominado exaustão; Isto tem como objectivo retirar o ar da lata formando vácuo. Cravação É um processo milimetricamente ajustado, por isso o equipamento disponível terá de ser de óptima qualidade e deverá ser de rigorosa manutenção feita por técnicos qualificados; Neste processo há a colocação de tampos. Esterilização Para a esterilização do pêssego basta realizar-se um banho-maria, pois o pêssego em calda é um produto ácido, com o ph a variar entre 3,1 e 4; O tempo de esterilização deve rondar os 18 e 25 minutos.

Arrefecimento As latas devem ser arrefecidas, a seguir à esterilização, pois se assim não fosse, o produto podia continuar a ser cozinhado perdendo a sua firmeza; O produto não deve ser arrefecido a uma temperatura abaixo da temperatura ambiente, para que a lata não fique coberta de humidade; A temperatura ideal final é entre os 38ºC e 40ºC. Armazenamento O armazenamento deverá ser feito a temperaturas a rondar os 25ºC e em locais com baixa humidade; As altas temperaturas e humidade podem acelerar as reacções de oxidação do produto. As etapas de maior importância para a conserva de fruta em calda são: Baixo ph; Cravação; Esterilização; Exaustão. Evitando aasim a contaminação ou a possível contaminação microbiana. Bibliografia www.gastronomiabrasil.com/gastronomia/dicas_uteis/preparando_geleias_comp otas_xaropes_e_etc.htm - 46k (5/10/07) www.dag.uem.br/prof/ptmpintro/material/3b/proc_frutas_hortalicas2.pdf (3/10/07) www.anvisa.gov.br/legis/resol/12_78_doce_fruta.htm - 11k(4/10/07) Cruess, W.V. Produtos industriais de frutas e hortaliças, Vol.1,tradutor Heitor Tavares. São Paulo, editora Edgar Blucher, 1973. (3/10/07)

Trabalho realizado por: Bruno Bico nº 20503005 Ricardo Pedro nº 20503031 Sandra Costa nº 20503055 Sandra Vilelas nº 20503033 Teresa Cardoso Nuno Vieira nº 20503041