CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE PROJETO DE MUSEU DE ARTES VISUAIS 1
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- Maria Eduarda Stachinski Carvalho
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1 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE PROJETO DE MUSEU DE ARTES VISUAIS 1 PONTOS- CHAVE Possibilidade de expansão Circulações (atender as normas/ser espaço de transição/exposição) Armazenamento/Depósito Controle ambiental (sistemas de ar- condicionado, proteção solar, climatização de salas, etc.) Sistema Estrutural (fundamental para definir o partido de projeto) Um Museu é um tipo de equipamento que envolve uma série de Profissionais extremamente qualificados como: curadores, especialistas em Arte, restauradores, pesquisadores, relações púbicas, marketing, etc. que necessitam ter áreas específicas onde possam trabalhar/permanecer. Além da função relacionada à sua característica de ser um local de Exposições permanentes e temporárias, os Museus possuem uma função educacional geralmente voltada a fomentação da cultura e demais saberes. Os prédios são marcos na Paisagem devido a sua escala, em geral, monumental. No caso específico da disciplina Projeto de Arquitetura: Forma Cidade, essa discussão sobre a implantação da edificação e sua relação com a Paisagem Urbana é de suma importância. No caso de Museus com espaço reduzido devido a limitações de implantação, parte do acervo permanente pode estar exposto e parte guardado, fazendo uma espécie de rodízio na área de Exposição. Para a definição de um Partido a ser adotado no Projeto é fundamental que se entenda o tipo de Circulação que se pretende dar ao Visitante a Narrativa/Experiência que o Museu pretende fazer os usuários experimentar, conforme as sugestões de Tipologias apresentadas a seguir. 1 adaptado de: LITTLEFIELD, David. Metric Handbook: planning and design data. Oxford: Architectural Press, 2008, com considerações ao Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo.
2 TIPOLOGIAS Cada Museu possui uma Narrativa que está ligada diretamente ao percurso planejado para o visitante, criando diferentes Tipologias. Espaço aberto: a ser organizado de acordo com a temática da exposição. Figura 1: Espaço único aberto (Littefield, 2008) Eixo central ( core ) e satélites: A partir de um assunto central, ramificações são criadas, com temas diferentes, porém interligados. Figura 2: Eixo central e satélites (Littefield, 2008) Arranjo linear: baseado no conceito de começo- meio- fim da narrativa de objetos expostos. Figura 3: Eixo central e satélites (Littefield, 2008)
3 Loop : baseado no conceito de que ao final o visitante retorna ao início da Exposição. Figura 4: Loop (Littefield, 2008) Labirinto: as relações entre os espaços podem variar de exposição para exposição e as circulações serem redefinidas. Figura 5: Labirinto (Littefield, 2008) Mistura dos casos acima: no caso de um Museu com estrutura mais complexa e Narrativas interpretativas. Figura 6: Misto (Littefield, 2008)
4 ORGANIZAÇÃO DE VOLUMES Os volumes propostos para a Edificação devem levar em conta não só a Espacialidade da Forma, mas a Setorização adequada às diversas atividades a serem desenvolvidas no Museu. As áreas de Exibição precisam ter um controle de acesso monitorado por seguranças (físico e eletrônico), devido ao valor financeiro agregado ao material exposto. Salas de Exposição não devem nunca ter acesso direto as entradas/saídas da Edificação. Outro fator fundamental envolve fatores climáticos: proteger o acervo de exposição direta às intempéries (sol direto, chuva, etc) assim como manter a temperatura interna sob rigoroso controle. Pinturas, especificamente, necessitam de cuidado especial quanto ao calor e a umidade. Figura 7: Exemplo de organização dos volumes (Littefield, 2008)
5 PROGRAMA BÁSICO O Programa de um Museu está diretamente relacionado ao seu tamanho, o tipo de Acervo e a experiência narrativa que ele se propõe a oferecer. A seguir uma sugestão de programa de necessidades de um Museu de pequeno porte, voltado para Artes Visuais. Entrada: Recepção, bilheteria, lojas, café, sanitários, guarda- volumes. Exposição Temporária (subdividida em áreas de Exposição, conforme a Tipologia adotada) Exposição Permanente (subdividida em áreas de Exposição, conforme a Tipologia adotada) Setor Educacional: salas de aula, midiateca, acervo de leitura, teatro/anfiteatro. Setor administrativo: administração, curadoria, conservação, direção, etc. Setor de Apoio: salas de reunião para workshops, laboratórios de conservação e documentação, apoio a fotografia (câmara escura, sala de secagem) Depósitos:/Acervo Técnico Acervo restrito, Acervo Temporário, Acervo Permanente. Área de Segurança, Guarda de Coleção para Transporte, Áreas de Inspeção. Manutenção predial: Funcionários, Material de Limpeza, Depósitos, Vestiários, Copa. Áreas técnicas: salas técnicas para hidráulica, elétrica, telefonia, dados e voz, ar condicionado, pressurização escadas, sistema de prevenção de incêndio, poço do elevador, acesso ao reservatório inferior (todas no subsolo). No Ático/cobertura, Caixa d água, casa de máquinas de elevador, ar condicionado (dependendo do sistema de condicionamento de ar a ser adotado) Figura 8: Exemplo de Fluxograma com possibilidades de setorização para Museu de pequeno porte (Littefield, 2008)
6 Figura 9: Diagrama de Fluxos (Littefield, 2008) CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIOI DE SÃO PAULO (COE) De acordo com o COE de São Paulo, o Tipo de Uso de Edificação em que os Museus estão incluídos são considerados Locais de Reunião e, portanto, geradores de público. Para o cálculo da lotação do Edifício, é utilizada a tabela abaixo, considerando a quantidade de pessoas por metro quadrado 2 : Figura 10: Tabela para cálculo de lotação (São Paulo, 1992) Para quantificação das saídas de emergência e escadas enclausuradas, consultar também a NBR 9077 e a IT- 11. O número de sanitários é calculado pela seguinte relação: 1 bacia e 1 lavatório para cada 50 pessoas, sendo 3% do total destinado a pessoas com deficiência (ver NBR 9050). 2 Este cálculo pode ser feito no início do projeto se estimando a Área Computável total e deve ser refeito ao final do mesmo para se adequar a Área total de fato projetada.
7 Utilizar os índices disponíveis na Lei de Zoneamento / Uso e Ocupação do Solo (TO, CA, Permeabilidade, recuos) para determinar os limites construtivos aplicáveis. 3 Devido ao número de vagas de estacionamento necessárias, Museus são considerados Pólos Geradores de Tráfego. (se enquadram em locais de reunião com mais de 500 pessoas e serviços sócio- culturais e educação com mais de m2 de área computável). Utilizar a relação 1 vaga para cada 50m2. REFERÊNCIAS São Paulo (Cidade) Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo; Lei nº , de 25 de junho de Dispõe sobre as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e utilização de obras e edificações. São Paulo : Classe A, Disponível em: < E_ pdf> Acesso em 30 mar LITTLEFIELD, David. Metric Handbook: planning and design data. Oxford: Architectural Press, ver:
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