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Transcrição:

INFORMATIVO MENSAL LAPESUI Dezembro de Nº 10 ALTA DE FINAL DO ANO O volume exportado de carne suína in natura cresceu em dezembro ante o igual mês de 2011. Na análise das exportações de dezembro ante ao mês de novembro apenas o suíno in natura teve queda do volume vendido, de 44,4 mil toneladas para 32,3 mil toneladas - recuo de 27,25%. Os preços do animal vivo e da carne passaram a registrar os maiores valores do ano. Mercado Interno Os preços do animal vivo e da carne passaram a registrar os maiores valores do ano. No Paraná, um dos maiores exportadores nacionais, a valorização do animal alcançou 72% entre junho e dezembro e, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o aumento chegou a 57%. O cenário atual é bem diferente do observado no meio do ano. O aumento dos custos de produção, puxados pela soja e milho, e da oferta de carne bovina arrebatou duramente a suinocultura brasileira. Na segunda metade do ano, como resultado dos fracos resultados do setor, a disponibilidade de suínos para abate diminuiu, o que proporcionou razoável recuperação dos preços e, mais no final do ano, também do poder de compra frente aos principais insumos da cadeia. Até a metade de dezembro, o mercado de suíno vinha registrando oferta de animais vivos abaixo da demanda dos frigoríficos, de acordo com informações do Cepea. Segundo colaboradores do LAPESUI, em alguns casos os animais abatidos eram animais leves. As cotações do animal vivo têm registrado, sucessivamente, os maiores valores do ano, mas os aumentos semanais têm diminuído. Os custos de produção se mantiveram ou até mesmo se reduziram em alguns casos, o que favorece a recomposição de Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura 1

INFORMATIVO MENSAL LAPESUI Dezembro de caixa dos suinocultores. O poder de compra frente aos insumos melhorou significativamente nos últimos três meses, mas não o suficiente para retomar os níveis do início do ano. A receita que tem sido auferida favorece também o aumento do capital de giro, que tende a ser reinvestido na produção. Exportação A exportação brasileira de carne suína em alcançou 581.477 toneladas, o que corresponde a um crescimento de 12,60% em comparação com o ano anterior, de acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Em termos de receita cambial, houve aumento de 4,21%, para US$ 1,49 bilhão. O preço médio da tonelada, de US$ 2.571 em, teve queda de 7,45%, na comparação com 2011 (US$ 2.778/t). A Ucrânia foi o principal mercado para o produto brasileiro em, com 138.666 toneladas, indicando crescimento de 124,71% em relação a 2011. O segundo principal comprador foi a Rússia, com 127.071 toneladas (aumento de 0,5%), seguida por Hong Kong, com 124.702 toneladas (queda de 3,88%). Os Estados que mais exportaram no ano passado foram: Santa Catarina (207.772 t), Rio Grande do Sul (174.245 t) e Goiás (71.477 t). Apenas em dezembro, o Brasil exportou 40.456 toneladas de carne suína, incremento de 9,54% na comparação com igual mês do ano anterior. O faturamento foi 0,09% menor do que em 2011. O preço médio (US$ 2.562), em dezembro, caiu 8,80% em relação a dezembro de 2011. A perspectiva para 2013, segunda Abipecs, é que não tenhamos grandes crescimentos, apenas mantenha-se o mesmo ritmo de crescimento de. Os preços médios devem aumentar, não só por causa da recuperação das cotações em nível internacional, mas também em virtude de acesso a mercados externos que pagam mais. Segundo o presidente da Abipecs, 'todos os concorrentes do Brasil nos mercados externos - países europeus, EUA e Canadá - sofreram muito, também, com a alta dos insumos, quer seja milho ou farelos. Estão todos realizando ajustes de produção e se sentem obrigados a forçar aumentos de preço. Também do lado cambial não sofremos mais com aquela situação difícil de 'câmbio irreal', de R$ 1,70 por dólar (início de março), em comparação a cerca de R$ 2,05 por dólar, hoje'. Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura 2

R$/Kg INFORMATIVO MENSAL LAPESUI Dezembro de Comportamento do preço nominal do kg vivo do suíno Suíno Vivo R$ 3,50 R$ 3,45 R$ 3,40 R$ 3,35 R$ 3,30 R$ 3,25 R$ 3,20 R$ 3,15 R$ 3,10 R$ 3,23 R$ 3,43 R$ 3,38 R$ 3,44 R$ 3,30 O indicador do preço do quilograma do suíno vivo LAPESUI iniciou o período analisado a R$3,23 e teve tendência de alta, mesmo com queda na última semana. Na primeira semana, o valor do suíno vivo teve valorização de R$0,20. O preço mais elevado foi observado na terceira semana do período, em que a alta com relação ao início do período foi de 6,50%. Na última semana o preço retornou a patamares mais baixos, mas fechou o período com valorização de 2,17%, fechando a R$3,30 no dia 26 de dezembro. Comportamento do preço nominal do kg da carcaça R$ 6,00 Carcaça de Suíno R$ 5,56 R$ 5,67 R$ 5,50 R$ 5,36 R$ 5,53 R$ 5,49 R$ 5,00 Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura 3

INFORMATIVO MENSAL LAPESUI Dezembro de O preço do quilograma da carcaça suína também teve tendência de alta durante o mês de dezembro. Na primeira semana do mês o preço da carcaça suína teve uma valorização de 3,73%, sendo cotada a R$5,56. Depois de uma leve queda, a carcaça suína atingiu seu valor máximo na terceira de dezembro, chegando a R$5,67. Na última semana, após o dia de Natal, houve queda de 3,17%, mas ainda assim o preço da carcaça teve valorização de 2,29% ao longo das quatro semanas analisadas. Previsão para 2013 O Rabobank, banco de origem holandesa com forte atuação no agronegócio, projeta que as principais cadeias produtivas do setor no Brasil terão um ano em geral positivo, com demanda firme e preços ainda em elevados patamares para grande parte dos produtos exportados pelo país. Apesar de encarar o ano de 2013 como nada promissor em termos globais, no cenário doméstico a instituição, prevê um maior crescimento do PIB, ainda que aquém da capacidade, e lembra que as taxas de desemprego são as menores da história e que segue em curso um movimento de inclusão social que dão suporte ao consumo. Ao mesmo tempo, vislumbra um cenário de estabilidade para o câmbio - que no nível atual, com o dólar entre R$ 2 e R$ 2,10 é mais favorável aos exportadores. Segundo Renato Rasmussen, analista do departamento de pesquisa e análise setorial do Rabobank, não há espaço para mais uma quebra de safra como as que ocorreram no Brasil, Argentina e EUA nos últimos anos, por conta das variações climáticas. Se as recuperações se confirmarem, é de se esperar maior pressão sobre as cotações no segundo semestre de 2013. Nesse caso, o banco projeta que o milho poderá fechar o ano que vem mais perto de US$ 6 por bushel (medida equivalente a 25,2 quilos) na bolsa de Chicago, ante os pouco mais de US$ 7 praticados atualmente. Mesmo que venha mais para o fim de 2013, uma queda como essa favoreceria as cadeias produtivas de carnes de frango e suína, que viram o aumento dos custos dos grãos comer suas margens de lucros neste ano. A expectativa do Rabobank é que o consumo e os preços internacionais de ambas as carnes subam no próximo ano, estimulando exportações brasileiras e oferecendo suporte aos preços domésticos desses produtos. A limitada oferta mundial de carne bovina - no Brasil a situação é mais confortável também deve colaborar para sustentar os preços das carnes de frango e suína. Apesar do cenário favorável para o Brasil previsto pelo Rabobank, a perspectiva divulgada pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) para a produção do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura 4

INFORMATIVO MENSAL LAPESUI Dezembro de mercado de suínos em 2013 é de crescimento de apenas 1% bem abaixo do seu potencial. A causa disso deve ser principalmente a crise que afetou os produtores que operam sem contrato de produção e as indústrias com baixo nível de diversificação de produtos e mercados e que têm foco somente no mercado interno. Algumas perspectivas tornam 2013 um ano com maiores esperanças para os suinocultores, como o início efetivo das vendas de carne suína para países como os Estados Unidos, a partir de março. Neste ano a pressão sobre os custos de produção deverá continuar devido ao fato de que os estoques de grãos permanecerão baixos e o mercado mundial seguirá demandante de matéria-prima das rações. De acordo com a Abipecs as margens de comercialização também continuarão pressionadas. Você Sabia? A carne suína é muito apreciada na ceia de réveillon. Isso ocorre pelo fato do suíno ser um animal que fuça para frente, fazendo com que muitas pessoas acreditem que seja um bom estímulo para a prosperidade durante o ano. Infelizmente, em um estudo realizado com consumidores de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre foram verificado que a carne suína ainda apresenta uma grande rejeição devido a crença em mitos sobre o seu consumo: 48,56% dos entrevistados disseram não consumirem por acreditarem em tais mitos. Autores: Guilherme Wolff; Sarah L. Montovani; Izabel C. A. Fortes. Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura / LAPESUI Rua dos Funcionários, 1540 - CEP: 80035-050 Juvevê - Curitiba - PR Fone: (41) 3350-5761 / 3350 5765 COODERNAÇÃO GERAL: Prof. Paulo Rossi Jr. e Prof. João B. Padilha Jr. PESQUISADORA: Izabel C. A. Fortes EQUIPE: Bárbara M. Nascimento, Caroline B. Balbinot, Carlos H. Kulik, Eduardo F. Luvison, Guilherme Wolff, Gustavo H.P. Santos, Gustavo Schnekenberg, Heitor Silva Fam, Helton G. Nscimento, João Carlos P. Carneiro, Sarah L. Mantovani, Thiago A. Cruz. Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura 5