ÍNDICE - Valor Econômico...2 Brasil...2 Estudo sugere mudanças na estrutura das agências...2 Jornal de Santa Catarina (SC)...4 Economia...4 Países discutem ação mundial contra gripe das aves...4 Folha de Londrina (PR)...5 Geral...5 Novo medicamento pode combater vários tumores...5 Correio da Bahia (BA)...6 Aqui Salvador...6 Novas terapias para a doença...6
Valor Econômico Brasil Estudo sugere mudanças na estrutura das agências Juliano Basile De Brasília A estrutura regulatória no Brasil precisa de reformulações urgentes. Há sérias dificuldades e inconsistências nas agências reguladoras, o que afasta investidores do país. A conclusão é de estudo feito pelos economistas Gesner Oliveira e Thomas Fujiwara para uma conferência internacional sobre o Mercosul, em Paris. Eles fizeram um "check-up" completo das agências de telecomunicações (Anatel), energia elétrica (Aneel), petróleo (ANP), transportes aquáticos (Antaq), transportes terrestres (ANTT), vigilância sanitária (Anvisa), saúde suplementar (ANS) e águas (ANA). Na análise, foram identificados vários problemas enfrentados pelas agências, como revisão de decisões pelo Judiciário (caso de tarifas), falta de delimitação das fronteiras de atuação entre elas, ausência de pessoal técnico e da carreira de especialista em regulação. Esses problemas, existentes desde que as agências surgiram na estrutura do governo, levam a demoras excessivas no julgamento de casos importantes e a prejuízos econômicos. A fusão da Sky com a DirecTV, paralisada há mais de um ano na Anatel, é exemplo clássico de consequência do mal funcionamento das agências. O estudo mostra setores em que há falta completa de legislação, impedindo investidores de conhecer as regras para ingressar no país. O caso do setor de saneamento é o mais grave, pois o Congresso discute o assunto desde a Constituição de 1988, mas não chega a conclusão sobre quem deve regular os serviços: Estados ou municípios. "A falta de regras claras impede a privatização", diz o estudo. "Apenas 4% do país opera com o setor privado, o que contrasta com a situação de países vizinhos, como a Argentina, onde mais da metade dos municípios usa os serviços de empresas privadas neste setor." A solução, neste caso, seria promover um sistema de regulação fundamentado "em licitações públicas transparentes e com mecanismos adequados de correção tarifária". Por fim, os economistas identificaram, por meio de pesquisa feita com integrantes da Câmara de Comércio Brasil-EUA, que as agências possuem independência formal (pela lei), mas, na prática, sofrem ingerências políticas. A pesquisa questionou empresas e consumidores sobre como avaliam a interferência do governo em questões regulatórias. No caso da Aneel, a resposta foi que 100% das decisões são tomadas sob influência política. Quanto à Anatel, 60,3% dos entrevistados entenderam que existe duplicidade de funções entre a agência e o ministro das Comunicações. Ou seja, o modelo inicialmente proposto para as agências - o ministro define a política e a agência executa, com independência, as regras - não está sendo cumprido. "A percepção de que há influência política afeta a decisão de investir", disse Gesner ao Valor. O curioso é que o país tem um dos mais altos níveis de independência do ponto de vista legal. O estudo coloca o Brasil no sexto posto, entre 117 países nos quais foi realizada a análise dos marcos regulatórios, segundo critérios de independência. Isso significa, segundo Gesner e Fujiwara, que as leis das agências, em geral, são boas e
que existem mecanismos formais para a independência. Falta institucionalizá-los na prática. Os economistas destacaram quatro pontos que deveriam ser aperfeiçoados no sistema. O primeiro é a necessidade de maior coordenação entre as agências de diferentes setores. Atualmente, há negócios entre empresas que têm que passar pelo crivo de duas ou mais agências. Eles citam, como exemplo, as fusões no setor de gás, que devem ser aprovadas pela Aneel, pela ANP e, depois, pelo Cade, que julga as fusões em geral. A solução seria as agências firmarem acordos definindo a competência de cada uma. "O âmbito ideal para estabelecer regras claras para a definição de competências e coordenação dos órgãos reguladores seria uma lei geral das agências", enfatizou Gesner. O projeto de lei das agências está sob análise na Casa Civil. A segunda sugestão é aumentar a coordenação entre as agências e os órgãos de defesa da concorrência. A terceira recomendação é assegurar meios para separar as agências de influências políticas. Nesse sentido, criar quadro técnico de funcionários permanentes nas agências seria, segundo o estudo, uma solução. Por último, sugerem que as agências procurem dar mais transparência aos procedimentos e decisões, como forma de aprofundar a independência e respeito junto às empresas.
Jornal de Santa Catarina (SC) Economia Países discutem ação mundial contra gripe das aves SÃO PAULO - O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, participa hoje e amanhã de uma reunião no Canadá com representantes de 29 nações e da Organização Mundial da Saúde para montar uma estratégia mundial contra a gripe das aves, caso ela se torne pandêmica. No encontro, Saraiva apresentará detalhes do plano brasileiro. A Comissão Européia estuda a criação de um fundo de US$ 1 bilhão (R$ 2,7 bilhões), que seria aplicado na compra de antivirais e no desenvolvimento de vacinas.
Folha de Londrina (PR) Geral Novo medicamento pode combater vários tumores Brian Rini: resultados das pesquisas têm sido animadores Um dos medicamentos da nova safra, com estudos já em fase 3, o Sutent (sunitinibe), poderá ser usado para o tratamento de vários tumores, entre eles o tumor estromal gastrointestinal (Gist), o carcinoma renal, o de mama metastático e tumores neuroendócrinos. Segundo um dos maiores especialistas internacionais na área de câncer renal, Brian Rini, da Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, o Gist é resistente à quimioterapia quando já em metástase, fase em que a cirurgia também não tem efetividade. E nos casos de tumores renais, com 35 mil novos casos a cada ano nos Estados Unidos e 6 mil no Brasil, um terço é metastático e fatal. A atuação desse medicamento se dá em duas frentes - a primeira impede a angiogênese, ou que o suprimento de sangue de vasos recém-produzidos chegue ao tumor. A outra, ataca as células tumorais, impedindo sua multiplicação. A vantagem, segundo Rini, é que ele age em proteínas diferentes, que atuam na formaçao, crescimento e disseminação do tumor. Os resultados das pesquisas têm sido animadores. Em pacientes com carcinoma renal, por exemplo, 40% dos pacientes responderam ao tratamento, com regressão parcial do tumor ou com estabilização da doença. Em casos de câncer de mama metastático, estudos preliminares indicaram redução do tumor em 14% das pacientes. E em pacientes com tumores neuroendócrinos, 80% tiveram a progressão dos tumores interrompida e 10% redução da massa tumoral. O Sutent deverá ser aprovado no início do ano pela FDA, agência que regula o uso de medicamentos nos Estados Unidos, mas no Brasil ainda não há previsão de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). ''No Brasil, o medicamento só é totalmente aprovado quando o preço também já foi negociado'', explica Maurício Mônaco, gerente médico da Pfizer. (C.P)
Correio da Bahia (BA) Aqui Salvador Novas terapias para a doença Pipeline, ou medicamentos em fase de estudo da área de Oncologia da Pfizer, são dos mais promissores na área farmacêutica. Segundo a diretoria da Pfizer, são 24 moléculas em pesquisa que estão sendo aguardadas com grande expectativa por representarem avanços em diversas classes terapêuticas. O primeiro medicamento da nova safra previsto para chegar ao mercado é o Sutent (sunitinibe), medicamento de uso oral pertencente à nova classe terapêutica conhecida como remédio inteligente, apresentada no congresso pelo doutor Brian Rini, segundo o qual os resultados dessa nova terapia controlaram o avanço do tumor em 70% dos pacientes com câncer de rim, proporcionando a estabilização e evitando a volta da doença. O medicamento atua em duas frentes, ou seja: sua ação antigiogênica impede que o suprimento de sangue oriundo de vasos recém-produzidos chegue ao tumor; já sua ação antiproliferativa ataca as células tumorais diretamente, impedindo a sua multiplicação. A outra vantagem do Sutent é que ele age em várias tirosinaquinases diferentes que atuam no processo de formação, crescimento e disseminação tumoral. O medicamento já foi estudado com resultados positivos em vários tipos de tumores como: o tumor estromal gastrointestinal (Gist), um tipo de câncer gastrointestinal; o carcinoma renal, um tipo de câncer renal com poucas opções terapêuticas; no câncer de mama metastático e em tumores neuroendócrinos. O Sutent também está sendo estudado de forma isolada e em combinação com outros medicamentos, em vários outros tipos de tumor como pulmão, próstata, cólon e reto. Segundo Maurício Mônaco, a Pfizer já encaminhou a FDA - agência que regula medicamentos nos EUA - e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de aprovação do Sutent, o que deve ocorrer no início do próximo ano. Com 13 medicamentos na área de oncologia no mercado, destacando-se o aromasin para câncer de mama, o captosar para o tratamento de diversos tumores, entre eles o câncer colorretal, que representam os avanços mais recentes no combate a essa doença, a Pfizer indústria farmacêutica de origem norte-americana está no Brasil desde 1952 e atualmente tem cerca de dois mil funcionários. *A jornalista viajou a convite da Pfizer