O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL
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- Eugénio Álvares Delgado
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1 O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL HEMOCENTRO DE BELO HORIZONTE 2015
2 TRANFUSÃO SANGUÍNEA BREVE RELATO Atualmente a transfusão de sangue é parte importante da assistência à saúde. A terapia transfusional se tornou indispensável na prática médica moderna, pois permite diminuir a mortalidade, prolongar e melhorar a qualidade de vida em diferentes condições clínicas. As primeiras referências citadas na literatura sobre indicações transfusionais aparecem por volta de Antes, em 1926, surgiu em Moscou o primeiro Centro de Hematologia e Transfusão de sangue, apesar do Fator RH ter sido descoberto somente em (ALBINI, LABRONICI, LACERDA, 2010)
3 Brum (2011) cita que não há dúvidas de que a transfusão de sangue salva vidas, contudo a sua prática, muitas vezes, é um problema, pois não existe um verdadeiro consenso quanto a sua indicação. Apesar dos cuidados que os serviços de hemoterapia possuem com o sangue doado, para se evitar os danos ao receptor e reduzir os riscos de transmissão de doenças por meio da transfusão, sabe-se que os riscos de desenvolvimento de doenças ou agravos à saúde do receptor de transfusão, não diagnosticados nos testes laboratoriais, não são anulados.
4 COMITÊ TRANSFUSIONAL Diante dos riscos, o que temos feito para garantir a segurança das transfusões de sangue? Vários países instituíram serviços nacionais de transfusão sanguínea, conforme as normas e recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), com o intuito de estabelecer políticas nacionais de educação e treinamento sobre o uso clínico de sangue e seus componentes. Nesse sentido, muitos hospitais instituíram os Comitês Transfusionais (CT), a fim de contribuir com a garantia da segurança transfusional, conforme preconiza a resolução RDC n 34 de 11 de junho de 2014.
5 Os primeiros Comitês de Transfusão Sanguínea Hospitalares surgiram na década de 80 do século XX, com a finalidade de garantir a correta utilização de sangue e hemoderivados. Na década de 90, houve um grande consenso das organizações internacionais dentre elas a OMS e o Conselho da Europa, quanto à necessidade de criação destas estruturas nos hospitais.
6 O CT deve ser composto por equipe multiprofissional que atue na instituição, da qual destaca-se a equipe de enfermagem, pois são esses profissionais que se mantêm próximo ao paciente durante a transfusão sanguínea. (ALBINI, LABRONICI, LACERDA, 2010)
7 As atribuições do CT destacam-se: Monitorar, investigar e notificar os incidentes transfusionais imediatos e tardios; Promover e participar de treinamentos em hemovigilância; Desenvolver protocolos para unificação de condutas; Detectar e sugerir as modificações e adequações necessárias na rotina do atendimento; Promover Educação Continuada em Hemoterapia; Contribuir para o uso racional do sangue.
8 Além disso, os Comitês Transfusionais dos Hemocentro e Núcleos Regionais devem servir de referência e consultoria para os CT das suas Agências e Assistências Hemoterápicas. E os CT das Agências e Assistências Hemoterápicas (hospitais públicos e privados), devem servir de referência e consultoria para os médicos e demais profissionais do serviço de saúde a eles relacionados. Nesse contexto, o Enfermeiro assume um papel importante no CT, devido aos seus conhecimentos relacionados ao gerenciamento do cuidado, à educação, pesquisa e trabalho em equipe, componentes fundamentais para que um comitê apresente resultados positivos.
9 COMITÊ TRANSFUSIONAL O PAPEL DO ENFERMEIRO Atividades do Enfermeiro no CT: Verificação dos prontuários itens avaliados: Prescrição médica; Requisição de transfusão; Ato transfusional (registros de enfermagem); Reação transfusional (conforme legislação específica da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA) e dos Procedimentos Operacionais-Padrão - POP do CT da Instituição.
10 Atividades do Enfermeiro no CT: Gerenciamento de cuidados ao paciente sob transfusão: O que eu preciso saber? Coleta de amostras indentificação adequada requisição de hemocomponente; Dispensação do hemocomponente pelo banco de sangue aspecto da bolsa cartão transfusional compatibilidade ABO/RH, provas de compatibilidade armazenamento tempo de infusão cuidados no atendimento diante das reações transfusionais.
11 Atividades do Enfermeiro no CT: Educação continuada em Hemoterapia realização de palestras com temas direcionados ao cuidados em transfusão, dependendo da realidade da Instituição: Transfusão maciça; Transfusão em idosos; Transfusão em pediatria; dentre outros.
12 Atividades do Enfermeiro no CT: Resolução de problemas específicos ocorridos na unidade. Importante é estabelecer o elo entre aqueles que executam os procedimentos durante a transfusão sanguínea e o CT; deste modo, o conhecimento pode ser compartilhado e as atividades constantemente reavaliadas. (ALBINI, LABRONICI, LACERDA, 2010)
13 RESULTADOS Diminuição de intecorrências tranfusionais; Convites para ministrar aulas e auxiliar na organização de comitês em outras instituições.
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS A organização de um CT é um longo caminho a percorrer, permeado de dificuldades e êxitos, que impulsionam e motivam. As atividades realizadas são continuamente avaliadas e servem de base a novos planejamentos. Em determinados serviços, é necessário retomar várias vezes as orientações básicas, pois a resistência a mudanças é uma constante, o que exige persistência e comprometimento.
15 OBRIGADA! Shena Jordam Enfermeira Hemoterapeuta
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