DISCIPLINA DE ARTE: PROCESSO AVALIATIVO NO ENSINO FUNDAMENTAL II

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Transcrição:

DISCIPLINA DE ARTE: PROCESSO AVALIATIVO NO ENSINO FUNDAMENTAL II SILVA, L.O.; OLIVEIRA, J.G. RESUMO Este trabalho teve como objetivo diagnosticar se a semelhanças ou diferenças no processo avaliativo de uma escola pública e privada na Disciplina de Arte no Ensino Fundamental II. Portanto, observa-se que cada docente tem suas próprias formas de lidar com a avaliação e seu processo de ensino. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, que se utiliza de entrevista estruturada. Os resultados revelam que não ocorre diferença no sistema de avaliação de uma escola para outra, porém como é destacada pelos próprios docentes na entrevista, a forma de se trabalhar com a avaliação que pode ser diferenciada, pois cada professor possui modos para atender seus alunos. Palavras chaves: Avaliação. Processo. Disciplina de Arte. ABSTRACT This study aimed to diagnose the similarities or differences in the evaluation process of a public and private school at the Art Course in Elementary Education II. Therefore, it is observed that every teacher has their own ways of dealing with the evaluation and teaching process. This is a qualitative, descriptive study that used a structured interview. The results show that there is difference in the evaluation of a school system to another, but as is highlighted by the teachers themselves in the interview, how to work with the assessment that can be differentiated because each teacher has ways to serve their students. Keywords: Evaluation, Process, Art subject. INTRODUÇÃO A avaliação da aprendizagem escolar levanta apontamentos sobre a prática avaliativa da escola, assim suas características apontam para uma avaliação que ganhou espaço nos processos de ensino aprendizagem que pode ser denominada como exame ou prova. O sistema de ensino, assim como os responsáveis pelo educando e profissionais da educação, está interligado ao uma forma centralizada de promoção onde os educandos passam de uma série para a outra.

Nessa perspectiva a avaliação segue um princípio ameaçador para os educandos, pois as provas ou exames são elaborados conforme os interesses dos professores e sistema de ensino. O presente trabalho tem por objetivo analisar semelhanças e diferenças no processo avaliativo utilizado pelos professores da disciplina de Arte, em uma instituição privada e uma pública no Ensino Fundamental II. Este trabalho parte do seguinte questionamento: existem semelhanças ou diferenças no processo avaliativo da disciplina de Arte no ensino Fundamental II em instituições públicas e privadas?. Desta forma, a escolha pela disciplina de Arte se da no interesse de como a disciplina vem sofrendo modificações e como o individuo esta sendo valorizado nesse aspecto, onde possibilita o individuo a buscar os conceitos, a produzir aquilo que foi adquirido como conhecimento e usufruir daquilo que foi produzido, assim Ferraz (2010) destaca que a Educação através da arte valoriza o ser humano, seus aspectos intelectuais, morais e estéticos, procurando despertar sua consciência individual, harmonizada ao grupo social ao qual pertence. A pesquisa acontecerá no espaço escolar de uma instituição privada e uma pública, uma vez que, conforme já exposto se busca analisar o processo avaliativo na disciplina de Arte no Ensino Fundamental II. Será utilizada como instrumento desta pesquisa entrevista contendo 10 (dez) perguntas. Os participantes desta será um professor (a) da instituição pública e outro da instituição privada. Na fundamentação teórica serão abordadas as seguintes seções: Ensino Fundamental, Disciplina de Arte, Avaliação, Avaliação na disciplina de Arte. REFERENCIAIS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Alicerce da Educação Básica, a etapa do Ensino Fundamental tem sido foco central da luta pela educação e pelos direitos do educando. Entretanto no Brasil, nos últimos anos a educação tem sido alvo de muitas mudanças, em seu funcionamento e organização.

Dentre essas mudanças que ocorreram, a mais significativa, foi a ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos de duração, tendo sua matrícula obrigatória para crianças com 6 anos aos 14 anos de idade e se estende, também, a todos que, na idade própria, não tiveram condições de frequentá-lo. Hoje a obrigatoriedade de matricula é com 4 anos na Educação Infantil. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos deixa explicito que o ensino da Arte é obrigatório na etapa do Ensino Fundamental. As instituições devem elaborar seu currículo contemplando o ensino da Arte, profissionais formados na área e recursos para a aprendizagem. A musica constitui conteúdos obrigatórios segundo o que esta nas Diretrizes, assim também como as artes visuais, o teatro e a dança. A nomenclatura do ensino de Arte nos últimos tempos foi incorporada ao vocabulário educacional como educação através da Arte e arte-educação. Segundo Ferraz (2010) resume cada uma das nomenclaturas, dizendo que a Educação através da Arte se caracteriza pelo posicionamento idealista, direcionada para uma relação subjetiva com o mundo. Quanto a Educação Artística, nota-se uma preocupação somente com a expressividade individual, com técnicas mostrando-se, por um lado, insuficiente no aprofundamento do conhecimento da arte, de suas histórias e linguagens. A avaliação de aprendizagem escolar é um componente integrador do processo ensino aprendizagem e necessita do educador uma formação qualificada, além da capacidade de observação e compreensão, tendo como um dos objetivos diagnosticar, pois irá permitir detectar os possíveis fatores que levará ao fracasso escolar. Sendo assim, Libâneo (1994) diz que a função de diagnóstico é identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determina modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos. Em seguida buscava-se entender a respeito das modalidades da avaliação. A avaliação formativa segundo Fernandes e Freitas (2007), o professor não avalia com o propósito de dar uma nota, pois dentro de uma lógica formativa, a nota é uma decorrência do processo, e não o seu fim último. Ribeiro (2011)

complementa que a avaliação formativa pode e deve configurar-se em uma realidade em todos os níveis de ensino. Já a avaliação somativa é de caráter classificatório. Cacione (2004) ressalta que, em sua ênfase classificatória a avaliação não contribui positivamente para a melhoria ou para o aperfeiçoamento dos processos de ensino ou de aprendizagem, pois se efetiva apenas criando situações determinantes de fracassos e êxitos que muitas vezes, não condizem com as aprendizagens elaboradas pelos alunos. A avaliação Diagnóstica é utilizada para identificar os conhecimentos compreendidos pelos educandos no começo de ano letivo, a avaliação diagnóstica possibilita ao educador analisar sua ação, para que venha ajudar seus alunos durante todo processo de escolarização. Segundo a proposta das Diretrizes Curriculares, a concepção de avaliação é diagnóstica e processual. Luckesi (2009) salienta que a avaliação, como ato diagnóstica, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a seleção (que obrigatoriamente conduz a exclusão). De fato, o autor enfatiza que a avaliação por ser diagnóstica, torna o trabalho do educador mais acessível, na qual, o ato de planejar as aulas e avaliar o educando seja mais significativo. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte descreve que o professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. CONCLUSÃO Sabe-se que o tema da avaliação sempre rendeu discussões dentro das escolas nos quesitos de, como avaliar, quais instrumentos usar e qual critérios deve ser levado em conta. A escolha pela avaliação na disciplina de Arte deu-se pelo interesse do encaminhamento metodológico no ensino da Arte que passou a valorizar as

atividades práticas para assegurar o desenvolvimento da expressão, imaginação, criatividade e da autonomia do aluno. A ideia de que a avaliação é uma forma de classificação ainda está presente em muitos âmbitos escolares, porém acreditasse que essa ideia pode ser transformada em uma ideia positiva, pois a avaliação segundo tudo o que foi abordado no trabalho, vem como um processo somente para ajudar o professor e aluno a se encontra na aprendizagem. Considerando tudo o que foi posto nas questões e todas as afirmativas dos professores, é possível constatar que não a diferença no processo avaliativo entre uma escola publica e privada. Porém como foi destacado na entrevista, o processo avaliativo é o mesmo para todas, mas cabe ao professor direcioná-la de acordo com as necessidades de seus alunos. REFERÊNCIAS BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasilia: MEC, 2010.. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Arte. Curitiba (Pr): Departamento de Educação Básica, 2008. CACIONE, Cleusa Erilene dos Santos. Avaliação da aprendizagem: desvelando concepções de licenciandos do curso de Música. Londrina: [s.n.], 2004. FERRAZ, Maria Heloísa. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2010. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 20.ed. São Paulo: Cortez, 2009. SAVIANI, Demerval. Educação brasileira: estrutura e sistema. Campinas, SP: Autores Associados, 1944.