ESTUDO UTILIDADE E EFICÁCIA PEDAGÓGICO DIDÁCTICA CSF ENAIP PIEMONTE DAS PLATAFORMAS DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA



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Transcrição:

CSF ENAIP PIEMONTE ESTUDO UTILIDADE E EFICÁCIA PEDAGÓGICO DIDÁCTICA DAS PLATAFORMAS DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA CRITÉRIOS E TÉCNICAS PARA AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DAS PLATAFORMAS DE FORMAÇÃO A DISTÂNCIA ESTUDO INTERNACIONAL Janeiro 2011 Gerir, Conhecer, Intervir

Centro Nacional de Qualificação de Formadores Projecto POAT Gerir, Conhecer, Intervir Estudo Utilidade e eficácia pedagógico-didáctica das plataformas de formação a distância Ficha Técnica Editor Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP Projecto Estudo da Utilidade e Eficácia Pedagógico-didáctica das Plataformas de Formação a Distância Titulo Critérios e técnicas para avaliação da utilização das Plataformas de Formação a Distância Estudo Internacional Autores EnAIP PIEMONTE Ente ACLI Istruzione Professionale Ettore Beldi (Coordenador do Estudo) Adriano Bolamperti ( Responsabile Area Programmazione e Sviluppo) Gabriele Martelengo ( Responsabile Servizio Progettazione) Colaboração Gilberto Collinassi ( Direttore Generale En.A.I.P Friuli Venezia Giulia) Carlo Valentini ( Coordinatore ITIS Omar ) Local de Edição Lisboa Data de Edição Janeiro 2011

1 Sumário PARTE 1 - AVALIAÇÃO DO PROJECTO... 7 Introdução...8 Análise dos indicadores... 10 Conclusões... 15 PARTE 2 - ANÁLISE DOS CRITÉRIOS E DAS TÉCNICAS... 17 Introdução... 19 A Avaliação... 22 As Macrofases de desenvolvimento... 23 As Macrofases de desenvolvimento... 24 A1) A Concepção/Planificação... 25 A.2) Implementação... 29 A.3) A Distribuição... 30 A.4) O acompanhamento... 33 A.5) A avaliação... 35 Os Ambientes Operativos... 37 As figuras envolvidas... 50 Conselhos práticos para a implementação de um curso de FAD... 54 Sutentabilidade do e-learning... 55 GLOSSÁRIO... 57 BIBLIOGRAFIA E SITOGRAFIA... 59 PARTE 3 - ANÁLISE DO CASO OMAR... 61 Introdução... 63 A Escola... 63 Os resultados - 1ª parte. Eficácia Pedagógica... 66 Os resultados - 2ª parte. As Macrofases de acompanhamento... 77 Os resultados - 3ª parte. A Percepção... 81 Conclusões... 85 PARTE 4 - ANÁLISE DO CASO ENAIP FRIULI... 87 Introdução... 89 A Entidade Formadora... 89 Os resultados - 1ª parte - Eficácia Pedagógica... 95 Os resultados - 2ª parte - Macrofases de desenvolvimento...100 Os resultados - 3ª parte. Percepção...102 Conclusões...105 PARTE 5 - ANÁLISE DO CASO DYLOG... 107 Introdução...109 A história...109

2 A missão e a estratégia...109 A organização...109 A génese do projecto...110 Os resultados- 1ª parte - Eficácia pedagógica...113 Os resultados - 2ª parte - Macrofases de desenvolvimento...119 Os resultados - 3ª parte - Percepção...122 Conclusões...125 PARTE 6- ANÁLISE DO CASO UNIVERSITÀ DEGLI STUDI DEL PIEMONTE ORIENTALE... 127 Introdução...129 A Universidade...129 A Universidade em números...129 Estrutura...129 Didáctica...130 Estudantes...130 Pessoal...130 Balanço...130 Os cursos actuais...131 A génese do projecto...132 A Plataforma...133 Os resultados - 1ª parte - eficácia pedagógica...134 Os resultados - 2ª parte. As Macrofases de acompanhamento...140 Os resultados - 3ª parte. A Percepção...143 Conclusões...147 PARTE 7 - CONFRONTO DE RESULTADOS... 149 Confronto final...151 Os resultados - 1ª parte - eficácia pedagógica...151 Os resultados - 2ª parte - Macrofases de desenvolvimento...154 A.1) Planificação...154 A.2) Implementação...154 A.3) Distribuição...155 A.4) Apoio...155 A.5) Avaliação...156 Os resultados - 3ª parte - Percepção...157 B1. Ambiente Formando...157 B2. Ambiente Autor...157 B3. Ambiente Formador...157 B4. Administração...158 B5. Propriedades gerais...158 ANEXO... 159 AS PLATAFORMAS FAD UTILIZADAS NA EUROPA... 159 Introdução...161

3 Metodologia...163 DOCEBO... 165 Funções principais:...166 Exemplo de ecrã do Portal Docebo.org...166 MOODLE... 169 CLAROLINE... 171 Exemplo de ecrã de Claroline...172 DOKEOS... 173 ATUTOR... 177 ILIAS... 179 EFRONTLEARNING... 181 ZMS... 183 BLACKBOARD... 185 SHAREPOINT... 187.LRN... 191 WORDPRESS... 195 JOOMLA... 197 SAKAI... 201 SITOGRAFIA... 203 BIBLIOGRAFIA... 205

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5 Prólogo A análise que se segue percorre as fases operativas e conceptuais que fundamentam a escolha relativa à utilização de determinada uma Plataforma de Formação a Distância (FAD). No primeiro capítulo analisam-se os ítens de avaliação propostos pelo 1º Relatório relativo ao Estudo da Utilização e Eficácia Pedagógico Didáctica das Plataformas de Formação a Distância, da responsabilidade do Centro Nacional de Qualificação de Formadores do IEFP. A análise referida conduziu à selecção de uma série de grelhas de avaliação que foram aplicadas a casos de estudo concretos. Paralelamente à fase de aplicação das grelhas de avaliação, iniciou-se um processo de pesquisa sobre os critérios e paradigmas que podem, de uma forma eficaz, descrever um processo de Formação a Distância (FAD) em termos de planificação, implementação e eficácia. Aquele processo não pretendeu propôr um modelo de análise alternativo ao do estudo referido, mas sim acrescentar aos ítens de avaliação propostos uma série de instrumentos complementares e que permitam uma visão em 360 graus sobre como avaliar uma FAD. A pesquisa referida desenvolveu-se através da identificação de uma série de macrofases de desenvolvimento, identificando-se assim momentos críticos a tomar em consideração na nalise de um projecto FAD e na percepção que têm da mesma os respectivos utilizadores, no âmbito de um processo formativo. A avaliação neste último caso é muito subjectiva e de difícil homogeneização, sendo que seria eventualmente mais correcto falar aqui de simples indicadores e não de critérios de avaliação. Os indicadores que emergiram da análise permitem justificar a escolha de uma Plataforma, face às outras disponíveis, critérios relacionados seja com o paradigma didáctico seleccionado pela entidade/escola/sociedade, seja com a maior ou menor importância concedida à utilização das tecnologias disponibilizadas na Plataforma em causa. A análise referida gerou ainda uma série de grelhas que concretizaram os parâmetros do Projecto. A escolha que resultou no percorrer de duas estradas em simultâneo resultou necessária porque, como será descrito de seguida, a identificação de critérios

6 de avaliação objectivos e inequívocos é tarefa árdua, sendo dificil definir critérios exaustivos e completos. As grelhas construídas foram aplicadas a duas Escolas identificadas como estudo de caso. A escolha das entidades objecto dos estudos efectuados - escola pública e Centro de formação profissional - foi realizada utilizando-se sobretudo o critério relativo à utilização de um instrumento FAD de forma sistemática e contínua, no processo formativo. Ambas as entidades utilizam sistemas FAD que evoluiram de CMS existentes e que oferecem duas visões modernas e diferentes de utilização de software (open source versus sistema proprietário). Os resultados que emergiram não representam uma verdadeira avaliação, até porque aqueles instrumentos não foram consolidados e avaliados ao nível empresarial, mas constituem uma série de indicações úteis para actualizar. Foi tomada em consideração a possibilidade de alargar a análise a entidades de fomação empresarial, mesmo se nessa situação estamos em presença de uma FAD bloqueada e concebida principalmente para realizar negócio, devendo ser priveligiados casos em que as preocupações pedagógicas são de qualquer forma presentes e em que os objectivos da formação sejam explicitados e por vezes formalizados junto dos utilizadores. A análise dos resultados que emergiram, seja através de documentos oficiais seja através do estudo efectuado, permitem também evidenciar quais são os temas mais importantes e significativos nesta matéria e em torno dos quais quais se posicionarão (se existirem) eventuais desenvolvimentos.

7 Parte 1 - Avaliação do projecto o Introdução o Análise de indicadores o Conclusões

8 Introdução A abordagem metodológica para análise das Plataformas FAD poderá ser consubstanciada na maioria dos indicadores propostos pelo projecto em análise. Os elementos essenciais de avaliação de uma Plataforma foram na nossa opinião devidamente abordados e individualizados, também em relação ao desenvolvimento das Plataformas na direcção da Web 2.0. A abordagem da Web 2.0, quase de tipo filosófico, que evidencia a dimensão social da partilha e da autoria como mera fruição, torna a análise puramente técnica desta nova Web insuficiente, até porque a maioria dos instrumentos já preexistiam, na Web clássica. Ponto cardial e portanto elemento fundamental deste conceito é sem dúvida a centralidade adquirida pelo utilizador no processo de participação no crescimento da Web. Em torno dele gravitam todos os elementos inovadores da lógica da Web 2.0, como a colaboração, a partilha e a interligação da informação disponibilizada. O utilizador reveste-se de um papel central, de protagonista, porquanto insubstituível enquanto fonte de informação de alto valor técnico e comercial. Analisemos brevemente qual é a hierarquia da Web 2.0, para poder compreender quais serão os desenvolvimentos futuros, também da FAD: Nível 3: compreende as aplicações que podem existir exclusivamente sobre a Internet e que são instrumentos poderosos porque estão na Rede e permitem ligações muito eficazes possíveis entre pessoas ou aplicações. Alguns exemplos fornecidos são: ebay, Craigslist, Wikipedia, del.icio.us, Skype, Adsense, os quais são geridos através de uma actividade puramente online.

9 Nível 2: as aplicações deste nível podem existir offline, mas são vantajosas apenas quando têm uma presença na web. Um exemplo que pode ser referido é o do Flickr, que apresenta entre as suas características a presença de uma database fotográfica partilhada e uma comunidade que cria autonomamente tag. Nível 1: integra todas aquelas aplicações que funcionam sem nenhum problema offline, mas que permitem funcionalidades adicionais e benefícios se utilizadas online. Um exemplo clássico pode ser o itunes, instrumento da Apple que funciona esplendidamente como software sobre um PC para a organização da recolha pessoal de música, mas que, ligado à Internet, pode oferecer serviços suplementares, como a venda legal de marcas musicais, podcast ou conteúdos multimédia. Nível 0: o nível base é caracterizado por aqueles serviços que funcionam bem seja operando offline, tendo à disposição todos os dados localmente, seja online, sem trazer qualquer benefício a sua presença na Internet. O MapQuest, o Yahoo!, o Mappe, ou o Google Maps são alguns exemplos válidos. Se, no entanto, se inserem elementos de interactividade e de participação, podem-se situar estas aplicações num nível superior.

10 Análise dos indicadores Em relação ao projecto Estudo da utilidade e eficácia pedagógico-didáctica das Plataformas de Formação a distância, da responsabilidade do Centro Nacional de Qualificação de Formadores do IEFP, foram propostos 4 indicadores, definidos como objecto de análise. Apresenta-se seguidamente uma tentativa de decomposição de cada um dos ítens principais e de aprofundamento da temática em causa, com algumas indicações consideradas significativas,até em relação com a experiência no campo. OBJECTO DE ANÁLISE 1 Projecto pedagógico e relevância dos recursos 1 Apoio à definição inicial do projecto FAD e ao diagnóstico de necessidades 2 Apoio à personalização e configuração do ambiente de aprendizagem 3 Apoio à criação e construção de cursos, segundo metodologias activas e colaborativas 4 Apoio à estruturação e formulação lógica de conteúdos 5 Apoio à colaboração entre os recursos internos e externos do projecto FAD 6 Apoio ao enriquecimento dos recursos ( imagens, animações, audio, vídeo, multimedia, interactividade, etc..) 7 Apoio aos autores 8 Disponibilidade de glossários, materiais de referência, simbologia O objeto de análise é o cerne do debate sobre a forma de avaliar a FAD, em relação às técnicas e/ou tecnologias de suporte aos diversos actores envolvidos no projecto FAD. No objecto de análise faz-se referência à reutilização dos materiais didácticos. Este elemento deve representar um dos pontos de força numa FAD, constituindo um elemento motriz para todos aqueles que pretendem implementar um sistema de Formação a Distância. O tempo para

11 preparar, partilhar e adaptar um qualquer material didáctico é muito superior numa FAD, relativamente às modalidades de formação tradicionais (para uma hora de FAD podem ser necessárias 100 horas de tempo de trabalho para desenvolver módulos de formação reutilizáveis e auto consistentes). A colaboração entre os formadores/peritos é neste caso fundamental, para estruturar de modo lógico e de acordo com uma metodologia formativa acordada e testada, os conteúdos a disponibilizar. Se os conteúdos em si podem não representar efectivamente um problema num projecto FAD; a modalidade através da qual são disponibilizados deve ser sempre equacionada com muita atenção, devendo constituir um valor acrescentado e facilitar o processo de aprendizagem. Isto significa que quem desenvolve um projecto FAD não se deverá concentrar sobre a mera implementação da animação, do vídeo e de outros meios multimedia, de forma a ocupar os formandos no processo de aprendizagem, mas sobre a formulação e modalidades de disponibilização e estruturação dos conteúdos. Esta questão é independente da natureza dos standards, podendo ser ou não SCORM (considerando embora que a existência dos standards SCORM significa um ponto de partida obrigatório para qualquer projecto FAD, actualmente partilhado por todos). OBJECTO DE ANÁLISE 2 Acompanhamento e tutoria 1 Apoio à actividade de tutoria 2 Comunicação e colaboração 3 Interface e ambiente de trabalho 4 Relatórios sobre a actividade

12 Neste objecto de análise coloca-se a tónica sobre a actividade de tutoria e de comunicação entre formadores, entre formadores e formandos e entre formandos e formandos, devendo-se prestar especial atenção à tecnologia utilizada (chat, novidades, etc..) e à presença de um tutor em ligação contante ou quase online. Deve-se ter em atenção que concentrando-se toda a actividade online corre-se o risco de colocar uma barreira à aprendizagem, sobretudo para aqueles que têm inseguranças face à utilização dos instrumentos informáticos (não necessariamente apenas os formandos). É preferível assim uma formação a distância mista, defendendo-se a hipótese de desenvolver também num projecto FAD momentos presenciais, podendo ser realizados no mínimo 4 encontros. No encontro inicial serão apresentados os objectivos do curso, as modalidades de utilização da Plataforma, os materiais de auto-estudo e aqueles disponibilizados na Plataforma, devendo ainda ser detalhada a organização e a estruturação dos módulos e sessões. Neste mesmo encontro deve ser estabelecido o pacto formativo. O segundo encontro deverá ter lugar depois de poucas horas de formação a distância e tem como principal objectivo diagnosticar e apresentar soluções para resolver eventuais dificuldades relacionadas com a utilização dos instrumentos e dos materiais. No terceiro encontro serão fornecidas soluções e aprofundados temas abordados na formação a distância, devendo ainda ser simulada uma prova de avaliação. O último encontro, opcional, mas não muito, será dedicado à prova de avaliação final. I I dealmente, no centro deveriam estar sempre disponíveis, para todos os utilizadores mais inseguros, postos de trabalho ligados à Internet e assistência, em horário acessível, de um tutor FAD. É recomendável portanto integrar no objecto de análise um item de claro valor acrescentado:

13 5 Tutoria off-line Este item pode ser analisado através da presença (pelo menos), dos seguintes indicadores: o Apresentação do percurso e das actividades, presencialmente; o Estabelecimento de um pacto formativo (que poderá ser revisto); o Actividades de learning point acordadas. OBJECTO DE ANÁLISE 3 Verificação e acompanhamento Apoio à verificação da actividade formativa Apoio à verificação da aprendizagem Os indicadores a este nível de análise deverão ser bem definidos, porque se referem às modalidades da avaliação e à verificação dos resultados da actividade formativa, aspectos essenciais num projecto FAD. De salientar que os resultados em termos de rendimento e eficácia da intervenção formativa não devem ser avaliados através de questionários ou testes on-line. Deve-se a este nível considerar ponto importante de avaliação o nível de satisfação do formando, face às expectativas que o mesmo podia ter, inscrevendo-se num curso FAD. Normalmente acontece que os formandos se inscrevem em acções FAD com expectativas desajustadas, de que os conceitos e conhecimentos serão implantados directamente no seu cérebro, através do instrumento informático, sendo que este pressuposto pode provocar desilusão e um abandono precoce da formação a distância, acompanhada de um retorno ao ambiente mais tradicional de formação. São portanto fundamentais os instrumentos de avaliação, como as sondagens e os testes de avaliação que permitem, se acompanhados de uma discussão em sessão presencial, compreender efectivamente quais são as motivações, quais as respostas aos problemas de adaptação dos formandos e como agir, para efectuar as devidas correcções no futuro.

14 OBJECTO DE ANÁLISE 4 Gestão, administração e suporte Gestão e administração Apoio às intervenções técnicas Através da definição de indicadores a este nível pretende-se centrar a análise nas figuras de gestão do sistema: Administrador e peritos informáticos. Existem usualmente uma série de figuras que podem ser envolvidas num projecto FAD e a quem são atribuídas funções de gestão. As designações são diversas, sendo que se pode falar de Administradores, de responsáveis, de coordenadores, sendo que o que conta verdadeiramente é o que devem fazer e analisar com quem dialogam para obter resultados. Podemos portanto ter: o um responsável de curso e materiais didácticos FAD, com a tarefa de coordenar a implementação desta tipologia de cursos e pela pesquisa e produção de material multimédia. o um responsável FAD, com a tarefa de acompanhar a progressão dos cursos e implementar eventuais correcções. o um grupo de trabalho coordenado pelo responsável FAD, que organiza, estrutura e assegura a estandartização dos materiais multimedia e organiza os elementos que devem ser fornecidos aos formandos. Este grupo deve tomar em consideração critérios de referência para tratar e uniformizar quer os materiais disponibilizados pelos formadores, quer aqueles fornecidos/adquiridos junto de empresas especializadas. o um Administrador informático, com a tarefa de implementar modificações e/ou correcções ao sistema informático, tomando em consideração nomeadamente as contribuições do grupo de trabalho anterior. Recomenda-se assim que se integre no objecto de análise um outro ítem, que se considera de verdadeiro valor acrescentado:

15 3. É garantida a presença de figuras profissionais, com funções de gestão e coordenação, no projecto? Este item pode ser analisado através da presença (pelo menos), dos seguintes indicadores: o Presença de um administrador o Presença de um técnico informático o Presença de um responsável de conteúdos didácticos o Presença de uma coordenação entre as várias figuras Conclusões Em conclusão, um projecto FAD deve poder garantir : - A flexibilidade na gestão do tempo, porque se podem frequentar cursos em horários compatíveis com a disponibilidade de cada formando e segundo o ritmo pessoal de aprendizagem. - A flexibilidade na gestão do espaço, porque é possivel seguir os cursos de locais distantes. - A utilização de materiais didácticos especificamente criados e/ou estruturados e organizados para esta metodologia formativa específica - A diminuição do isolamento típico da autoformação, através da inserção numa rede de aprendizagem colaborativa, na qual os utilizadores podem interagir com os formadores e com o seu grupo de aprendizagem, utilizando o correio electrónico, o chat, a videoconferência, o telefone e o fax. - A tutoria em permanência, online, sendo que os tutores devem coordenar toda a actividade didáctica e com quem se pode: o interagir e ser orientado na escolha do percurso, o personalizar a actividade didáctica, o organizar a cadência das diversas actividades de estudo e dos exercícios previstos.

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17 Parte 2 - Análise dos critérios e das técnicas o Introdução o A avaliação o As macrofases de desenvolvimento o Os ambientes operativos o As figuras envolvidas o Sustentabilidade do e-learning o Conselhos práticos o As Plataformas o A Web 2.0 o Glossário o Bibliografia

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19 Introdução Antes da análise dos sistemas de e-learning e da definição de critérios e princípios através dos quais se pode efectuar uma comparação entre as diversas tipologias e/ou Plataformas Formação a Distância (FAD), deve precisar-se o conceito de e-learning, reportando-nos fundamentalmente à definição fornecida pelo Glossario Asfor, ou seja, Metodologia didáctica que oferece a possibilidade de disponibilizar conteúdos formativos electronicamente (e-learning) através da Internet ou da rede Intranet. Para o utilizador, representa uma solução de aprendizagem flexivel, porque fortemente personalizável e facilmente acessível. O conceito de e-learning cobre uma ampla série de aplicações e processos formativos, como os do computer based learning, Web-based learning e aulas virtuais. Desenvolver um sistema de e-learning significa desenvolver um sistema integrado de formação, utilizando a tecnologia de rede para programar, distribuir, seleccionar e ampliar os recursos que permitem um processo de aprendizagem. As modalidades mais utilizadas para realizar aquela integração são as seguintes: - a auto-aprendizagem assíncrona, com recurso à fruição de conteúdos préelaborados e disponíveis sobre uma Plataforma; - a aprendizagem síncrona, através do recurso à videoconferância e às aulas virtuais; - a aprendizagem colaborativa, através das actividades das Comunidades Virtuais de Aprendizagem. Assim, por e-learning pode entender-se as modalidades de utilização da tecnologia informática e da comunicação dedicadas ao desenvolvimento dos processos de formação/aprendizagem/requalificação, disponibilizando conteúdos por via electrónica, processos fundamentalmente baseados em modalidades de aprendizagem activa e/ou colaborativa. O e-learning deve portanto basear-se numa tecnologia fiável e ser orientado por objectivos de natureza pedagógica. Por outro lado, deve facilitar a integração social, a interacção e a colaboração entre os actores do processo de aprendizagem, sendo que tal implica uma mudança significativa na relação entre docente/formador, formando/aluno e tutor/facilitador.

20 Criar, gerir ou mesmo apenas utilizar um ambiente e-learning de forma eficaz implica a necessidade de compreender: - que a natureza da aprendizagem se modifica e que a relação entre os actores que interagem se alteram igualmente, de modo significativo; - que os formadores e formandos se encontram num processo de ensino/aprendizagem mediado pela tecnologia, num ambiente onde a relação espaço/tempo se anula; - que as dinâmicas que regulam uma aula virtual são muito diferentes daquelas que regulam uma aula convencional; - que a tecnologia permite desenvolver e melhorar os processos de aprendizagem dos diversos sujeitos envolvidos. Aprender em rede, em suma, significa aprender em conjunto, mesmo se à distância, numa relação em parceria e de intercâmbio entre os actores envolvidos, entre discentes e docentes, num modelo pedagógico que deve prever uma relação dinâmica entre os diversos sujeitos e uma articulação em rede. No que respeita ao modelo didáctico que pode ser adoptado, existem três correntes de pensamento mais difundidas que identificam diferentes paradigmas, no que respeita à filosofia à qual se pode recorrer para projectar, implementar ou simplesmente utilizar uma Plataforma de e-learning: 1. A racionalista-informacionista 2. A sistémico-interacionista 3. A construtivista-social Ao paradigma racionalista-informacionista corresponde um modelo, uma organização didáctica do tipo transmissivo. O processo de aprendizagem, de acordo com esta abordagem, consiste na simples transmissão de conteúdos, por uma parte, e na aquisição desses conteúdos, pela outra. Não estão previstos níveis significativos de interacção entre formando e tutor ou entre os próprios formandos, sendo que a avaliação das aprendizagens baseia-se basicamente na utilização de baterias de testes. O paradigma sistémico-interacionista corresponde, em contrapartida, a um modelo didáctico do tipo cooperativo. Desenvolver uma acção de formação não significa apenas distribuir e fruir conteúdos, sendo sobretudo intercâmbio e

21 confronto de experiências e competências. A aprendizagem é realizada em grupo, sendo que cada membro deste grupo (formador, perito, tutor ou formando) contribui para a sua implementação. Ao paradigma construtivista-social, finalmente, corresponde um modelo didáctico laboratorial. O trabalho de grupo torna-se central, valoriza-se de forma muito significativa a interação, deseja-se atingir rapidamente resultados e procura-se criar uma comunidade de aprendizagem que se mantenha mesmo após o limite temporal do curso. Para se poder analisar um projecto de e-learning, é necessário que existam instrumentos de análise adequados, que se tornam cada vez mais complexos, se o paradigna sobre o qual é construído o projecto exige interacções variadas. Pode-se simplificar e esquematizar os parâmetros de avaliação numa série de macrofases de desenvolvimento e na percepção que têm os operadores sobre a utilização da FAD. São esses parâmetros e indicadores que se explicitam nos pontos seguintes.

22 A Avaliação Enunciemos desde já a questão-chave que se coloca quando abordamos a temática em causa: como avaliar um projecto e uma Plataforma de e-learning, e quais os parâmetros que são necessários para realizar uma avaliação completa e objectiva? Têm sido publicados estudos bastante interessantes sobre a questão enunciada e seguramente neste Relatório não se explicitará matéria que seja nova ou revolucionária. Como já recordado na introdução, uma das correntes de pensamento mais difundidas analisa as macrofases de desenvolvimento de uma Plataforma, identificando os momentos críticos a ter sob observação. Referimo-nos no entanto a fases operativas ou indicadores, mais do que a aspectos críticos, atendendo a que é dificil avaliar a bondade de um projecto limitando-se a análise a aspectos de planificação e de gestão. Diferente é questão relacionada com a percepção que os utentes/formadores/gestores têm da utilização da plataforma e dos instrumentos nela disponíveis. A avaliação, nesta caso, é muito subjectiva e de difícil uniformização, sendo portanto talvez mais correcto aqui referirmo-nos a simples indicadores. É possível ainda definir uma série de ambientes operativos nos quais se pode classificar uma FAD, tomando em consideração a tipologia dos utilizadores e a tecnologia utilizada. No interior destes ambientes podem-se identificar critérios que permitem optar por uma mais do que por outra Plataforma, opção baseada na maior ou menor importância concedida às tecnologias utilizadas na Plataforma em análise. Na actualidade é possível testar as principais Plataformas presentes no mercado para verificar se possuem as caracteristicas e requisitos desejados e

23 sobretudo em que medida as mesmas Plataformas FAD são idóneas para apoiar, se for considerado necessário, cursos de formação, integralmente ou parcialmente online. O reconhecimento formal de cursos integralmente online representa efectivamente um problema mais político e formal que tecnológico, exigindo a certificação dos percursos e das competências e a possibilidade de enquadrálos em standards formativos universalmente reconhecidos.

24 As Macrofases de desenvolvimento Na definição das fases temporais relacionadas com o desenvolvimento de um projecto FAD, diferenciam-se usualmente: 1) as Plataformas proprietárias, realizadas em conformidade com exigências mais comerciais que didácticas; 2) projectos open source, ligados a uma visão mais transversal e aberta. A) Fases operativas de uma plataforma e-learning No desenvolvimento de um projecto de e-learning, mesmo que se trate da implementação de uma Plataforma que utiliza pacotes já prontos, podem-se identificar algumas fases operativas: A.1) A concepção/planificação; A.2) A implementação; A.3) A distribuição; A.4) A assistência/help-desk; A.5) A avaliação Utilizando-se sistemas de FAD já desenvolvidos, a primeira e a segunda fases exigem um investimento limitado no que respeita à criação de materiais didácticos, sendo ainda que a construção de uma interface de navegação entre gestor/utilizador assume um lugar igualmente secundário (apesar da personalização de um objecto de aprendizagem requerer um tempo de investimento bastante superior se se parte de uma estrutura pré-existente,

25 sendo que a análise e a reelaboração dos scripts exige competências técnicas e metodologicas notáveis). Na construção de um projecto de e-learning é possível portanto esquematizar três momentos sequenciais, que passam pela análise das exigências da programação à programação efectiva e à distribuição do percurso formativo. Mesmo neste caso pode-se refazer o esquema conceptual proposto por ADFOR e a seguir reproduzido. Auto-aprendizagem Cenário de Negócios Exigências Específicas Presencialmente Aprendizagem colaborativa Sessões Comunidade Aprendizagem A1) A Concepção/Planificação Nesta fase procede-se à análise das necessidades de formação, da tecnologia disponível e analisam-se os custos que implicam implementar um projecto FAD. A escolha da tipologia dos conteúdos a fornecer vincula de um modo decisivo o projecto e-learning. As tecnologias actualmente disponíveis podem resultar indigestas face a muitos sistemas, não alinhados com determinados níveis de desenvolvimento tecnológico. É assim frequente encontrar Plataformas que utilizam LMS (Learning Management System) extremamente avançados, mas que não podem ser inteiramente suportados pelas máquinas dos utilizadores-clientes, atendendo às exigências em termos de custos. Regista-se ainda que se deve ter em conta as características dos destinatários do projecto, mantendo-se sempre a coerência com o modelo didáctico, que deverá aderir ao estilo cognitivo dos discentes e sobretudo deverá ser contextualizado, face aos conteúdos de referência.