RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS DE PLANTAS DE SORGO, FEIJÃO-DE-CORDA E ALGODÃO SOB ESTRESSE SALINO

Documentos relacionados
PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA CULTIVADA EM SISTEMA SEMI- HIDROPÔNICO FERTIGADA COM DIFERENTES SOLUÇÕES NUTRITIVAS. Apresentação: Pôster

, Pombal-PB;

INFLUÊNCIA DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO DE SEMENTES NO VIGOR DE PLANTULAS DE CALÊNDULA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

RESPOSTA NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE PEPINO EM FUNÇÃO DE ADIÇÃO DE DOSAGENS DE ESTERCO DE GALINHA AO SUBSTRATO

VIABILIDADE E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE SEMENTES DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO-MIÚDO SUBMETIDOS AO ESTRESSE SALINO 1

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

TOLERÂNCIA À GERMINAÇÃO NA ESPIGA EM TRIGO E SUA INFLUÊNCIA NAS PROPRIEDADES QUALIQUANTITATIVAS DOS GRÃOS

CRESCIMENTO DE CLONES DE EUCALIPTO EM DIFERENTES CONDIÇÕES MICROCLIMÁTICAS E LÂMINAS DE ÁGUA NO SUBSTRATO 1 RESUMO

ANÁLISE QUALITATIVA DE ALFACE CRESPA FERTIGADA COM SOLUÇÃO NUTRITIVA SALINA SUPLEMENTADA COM POTÁSSIO. Apresentação: Pôster

, Pombal-PB;

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

CRESCIMENTO DO SORGO SACARINO CULTIVADO SOB TÉCNICAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA

Revista Ciência Agronômica ISSN: Universidade Federal do Ceará Brasil

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

EFEITO DO DÉFICIT HÍDRICO NA PRODUÇÃO DE BIOMASSA SECA DE MUDAS DE EUCALIPTO SUBMETIDAS A DIFERENTES REGIMES DE IRRIGAÇÃO

ÍNDICE DE COLHEITA E PARTIÇÃO DE ASSIMILADOS DO RABANETE SOB FERTIRRIGAÇÃO NITROGENADA. Paraíba-Brasil.

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

Matéria Seca de Mudas de Schinopsis brasiliensis Engl. Cultivadas em Diferentes Substratos

Efeitos do Estresse Hídrico no Comportamento Estomático em Plantas de Hyptis pectinata L. Poit.

Crescimento de genótipos de feijão-caupi irrigados com água salina. Growth bean-cowpea genotypes irrigated with saline water

ESTRATÉGIA DE TOLERÂNCIA AO DÉFICIT HÍDRICO DE MUDAS DE Jatropha curcas

DESEMPENHO DE CLONES DE EUCALIPTO EM RESPOSTA A DISPONIBILIDADE DE ÁGUA NO SUBSTRATO RESUMO

Estratégia morfofisiológica de tolerância ao déficit hídrico de mudas de pinhão manso

Palavras-chave: Mudas de cafeeiro; poda; carboidratos; atividade da redutase do nitrato

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Contribuição de solutos orgânicos e inorgânicos no ajustamento osmótico de pinhão-manso submetido à salinidade

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

Crescimento de faveleira (Cnidosculus quercifolius Pohl.) em co-produto de vermiculita sob fertilização orgânica e química

2 Patamar de Carga de Energia

ANÁLISE DE CRESCIMENTO EM HETERANTHERA RENIFORMIS, SOB DIFERENTES TEORES DE Ca, Mg E S ( 1 )

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

TOLERÂNCIA AO ESTRESSE HÍDRICO DE GENÓTIPOS DE GIRASSOL EM FUNÇÃO DE CRESCIMENTO E TEORES DE NPK. Brasil

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

LIXO NA PRAIA DE ITAPUÃ (SALVADOR-BAHIA): ESTUDO COMPARATIVO ENTRE FINAIS DE SEMANA E DIAS ÚTEIS

DEFICIÊNCIA HÍDRICA INDUZIDA POR DIFERENTES AGENTES OSMÓTICOS NA GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE FEIJÃO 1

AJUSTAMENTO OSMÓTICO EM MUDAS DE JATOBÁ SUBMETIDAS À SALINIDADE EM MEIO HIDROPÔNICO 1

ASPECTOS FISIOLÓGICOS E RENDIMENTO DE CALDO DO SORGO SACARINO SOB SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA

CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES DE MAMONEIRA EM SISTEMA DE SAFRINHA NO SUL DE MINAS GERAIS

CRESCIMENTO DO SISTEMA RADICULAR DE MUDAS DE BANANEIRA SOB INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO E SUPERFOSFATO SIMPLES RESUMO SUMMARY

Componentes de produção de genótipos de feijão-caupi irrigados com água salina

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

000, Pombal - PB,;

Manejo da adubação nitrogenada e influência no crescimento da aveia preta e na produtividade do milho em plantio direto

Integrais Impróprios

ÁCIDO INDOLBUTIRÍCO E TAMANHO DE ESTACA DE RAIZ NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE BACURIZEIRO (Platonia insignis MART.) INTRODUÇÃO

EFEITO DO ESTRESSE SALINO NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE FEIJÃO CAUPI. Apresentação: Pôster

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA CLASSIFICADAS EM MESA DENSIMÉTRICA.

CRESCIMENTO DA FAVA CULTIVADO EM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA NO SEMIÁRIDO DA PARAÍBA

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

ASPECTOS FISIOLÓGICOS E PRODUÇÃO DA CULTURA DA FAVA SOB MÉTODOS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Produção de mudas de melão cantaloupe em diferentes tipos de substratos. Seedling production of melon cantaloupe in different types of substrates

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

DESEMPENHO INDIVIDUAL E DE POPULAÇÕES DE PLANTAS DE ARROZ HÍBRIDO EM FUNÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DAS SEMENTES 1

EFEITO DO NITRATO DE CÁLCIO NA REDUÇÃO DO ESTRESSE SALINO NO MELOEIRO 1

3. CÁLCULO INTEGRAL EM IR

Crescimento e capacidade fotossintética da cultivar de amendoim BR 1 sob condições de salinidade

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

Avaliação da fitotoxicidade de duas diferentes formulações de nicosulfuron na cultura do milho associada à adubação nitrogenada em cobertura

07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

Aplicação exógena de prolina na redução do estresse salino em meloeiro. Exogenous application of proline in the reduction of salt stress in melon

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

Efeito de diferentes proporções de esterco de gado, areia e Latossolo Roxo, na produção de mudas de Mimosa scabrella Benth (Bracatinga)

GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE TRIGO TRATADAS COM ZINCO E BORO

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA RAIZ NUA E DA RAIZ PROTEGIDA NA COUVE FLOR

VII BENEFÍCIOS DO RESFRIAMENTO EM GRÃOS DE CAFÉ

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE CENOURA EM SOLO DE MINERAÇÃO DE CALCÁRIO SOB DIFERENTES INTENSIDADES LUMINOSAS E ADUBAÇÕES

Ectomicorrizas, biotecnologia viável para o setor florestal

DINÂMICA DE N E K EM FRUTOS DE CAFEEIRO ARÁBICO EM TRÊS NÍVEIS DE ADUBAÇÃO

Estrutura Trófica da Ictiofauna Isótopos de Carbono e Nitrogênio

CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DE SOJA EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEADURA NO OESTE DA BAHIA

Efeito da irrigação salina no crescimento inicial de Pisum sativum L. Tiago de Sousa Leite 1 *

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

EFEITO DE DIFERENTES TEMPOS DE COZIMENTO NOS TEORES DE MINERAIS EM FOLHAS DE BRÓCOLIS, COUVE-FLOR E COUVE (Brassica oleracea L.) 1

PERDAS DE NITROGÊNIO VIA EMISSÃO DE ÓXIDO NITROSO (N 2 O) E VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA (NH 3 ) NO FEIJOEIRO IRRIGADO

APLICAÇÃO DO LODO DE ESGOTO NA CULTURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO. I FITOMASSA AÉREA

Adubação residual na produção de mudas clonais de eucalipto

RESPOSTA DO FEIJOEIRO E FERTILIDADE DO SOLO EM FUNÇÃO DE ALTAS DOSES DE CALCÁRIO EM INTERAÇÃO COM A GESSAGEM

AULA 7 EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE DE ALETAS

SISTEMA RADICULAR DE CAFEEIROS PODADOS ROOT SYSTEM OF COFFEE TREE SUBMITTED TO PRUNING

Efeito da Adição de Silicato na Mineralização do Carbono e do Nitrogênio

Variabilidade temporal da produtividade da soja após conversão do preparo convencional para o sistema plantio direto

3 Teoria dos Conjuntos Fuzzy

O potencial das micorrizas nos ecossistemas agrícolas.

Eficiência de Delegate WG no controle de Neoleucinodes elegantalis (Guenée) na cultura do tomate

Princípios ativos de plantas medicinais e seus efeitos sobre o desenvolvimento micelial de fungos fitopatogênicos de interesse agrícola

SECAGEM E ARMAZENAMENTO DE SEMENTES DE SORGO COM ALTO E BAIXO TEOR DE TANINO 1

PERFORMANCE DE ANTIGAS E NOVAS FORMULAÇÕES DE MOLÉCULAS DESFOLHANTES E MATURADORAS COM ÓLEO METILADO DE SOJA

FONTES E TEMPO DE INCORPORAÇÃO DE ESTERCOS NO CULTIVO DA BETERRABA

Medidas de Associação e Medidas de Impacto

Comunicação científica / Scientific communication

TOXICIDADE DE REDUTOR DE CRESCIMENTO NA CULTIVAR BRS PARDELA. Posta 231, Cep , Londrina-PR. *

Prova de Aferição de Matemática e Estudo do Meio Prova 26 2.º Ano de Escolaridade Braille/Entrelinha 1,5 sem figuras Critérios de Classificação

Faculdade de saúde Pública. Universidade de São Paulo HEP Epidemiologia I. Estimando Risco e Associação

INFLUÊNCIA DO FOTOPERÍODO NO CRESCIMENTO INICIAL DE PLANTAS DE CONFREI (Symphytum officinale L.) 1

CRESCIMENTO DO GIRASSOL CULTIVADO SOB TÉCNICAS DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA IN SITU

QUEBRA DE DORMÊNCIA DE SEMENTES DE ESPÉCIES ARBÓREAS

Análise de Crescimento de Três Cultivares de Rabanete.

Crescimento de soja geneticamente modificada com os genes AtDREB1A e AtDREB2A sob déficit hídrico

Transcrição:

9 Agropeuári Téni v. 31, n., 1 ISSN 1-7467 Arei, PB CCA-UFPB RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS DE PLANTAS DE SORGO, FEIJÃO-DE-CORDA E ALGODÃO SOB ESTRESSE SALINO Crlos Henrique Crvlho de Sous 1, Cludivn Feitos de Lerd 1, Frniso Mrus Lim Bezerr 1, Enés Gomes Filho 1, Hns Rj. Gheyi, Antonio Evmi Cvlnte Sous, Geoleer Gomes de Sous 1 1 Universidde Federl do Cerá Universidde Federl De Cmpin Grnde RESUMO Propôs-se, om este trlho, vlir os teores e distriuição de íons, lém de lguns prâmetros morfofisiológios ssoidos om tolerâni à slinidde em plnts de sorgo, feijão-de-ord e lgodão. As plnts form ultivds em vsos ontendo 15 kg de rei lvd, em ondições de s de vegetção, e irrigds om águs om três níveis de slinidde (ondutividde elétri de,5, 4, e 8, ds m-1). Após 5 dis d semedur form medids áre folir e produção de mtéri se de folhs, ules e rízes. Form tmém determindos: suulêni folir, mss espeífi folir e os teores de N+, Cl-, K+, C+ e prolin. O lgodão se difereniou ds dus outrs espéies em virtude de presentr mior úmulo e retenção de N+ e Cl- ns rízes, mior úmulo desses íons nos limos folires, menores lterções nos teores de K+ e umento nos teores de prolin em respost o umento d slinidde. O sorgo mostrou menores teores de íons potenilmente tóxios (N+ e Cl-) nos limos folires, porém presentou reduções nos teores de K+ e C+ n prte ére. O elevdo úmulo de Cl- ns folhs, ssoido à flt de outros menismos efiientes de proteção ontriuiu, pelo menos em prte, pr mior sensiilidde do feijãode-ord o estresse slino. Plvrs-hve: Gossypium hirsutum, íons, Sorghum iolor, Vign unguiult, slinidde. ABSTRACT The ojetive of this pper ws to evlute ion onentrtion nd some morpho-physiologil prmeters ssoited to the slt tolerne in sorghum, owpe nd otton. Plnts were ultivted in plsti pots using 15 kg of wshed snd under greenhouse onditions nd sujeted to three different slt onentrtions (eletril ondutivities of.5, 4. nd 8. ds m-1) in irrigtion wter. Totl lef re nd dry mss of leves, stems nd roots were oserved 5 dys fter sowing. Lef suulene, speifi lef mss nd the onentrtion of N+, Cl-, K+, C+, nd proline were lso determined. The otton plnt showed some importnt differenes in reltion to the other speies, showing greter umultion nd retention of N+ nd Cl- in the roots, greter umultion of these ions in the lef ldes, little hnges in K+ onentrtion nd inrese in proline ontents in response to slt pplition. On the other hnd, sorghum showed lower onentrtions of potentilly toxi ions (N+ nd Cl-) in the lef ldes nd presented redutions in K+ nd C+ ontents, whih my ontriute to growth inhiition in this speies. The high onentrtions of Cl- in lef, ssoited with the sene of the other protetion mehnisms, ontriuted t lest in prt, to higher sensitivity of the owpe to slt stress imposed. Key words: Gossypium hirsutum, ions, Sorghum iolor, Vign unguiult, slinity. INTRODUÇÃO O uso d irrigção tem ontriuído signifitivmente pr o umento d produção gríol e inorporção, o sistem produtivo, de áres ujo potenil pr explorção d griultur é limitdo em função de seus regimes Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1

3 pluviométrios. Emor s regiões semi-árids sejm onsiderds áres poteniis pr explorção d griultur irrigd, sus fontes hídris possuem, normlmente, elevdos teores de sis, de modo que irrigção om esses tipos de águ inorporm quntiddes signifitivs desses sis o solo (Rhodes et l., ). A utilizção desss fontes de águ pode, dependendo de su onstituição, lterr de form negtiv s proprieddes físis e químis do solo e, onforme su form de plição, provor grus vridos de estresse os vegetis (Munns, ). As diferençs n tolerâni o estresse slino entre espéies e vrieddes têm sido orrelionds reduções n sorção e úmulo de N+ e Cl-, mnutenção dos níveis de K+ e C+ e úmulo de solutos orgânios (prolin, gliinetín, çúres solúveis, minoáidos, áidos orgânios et.) ns folhs (Aquino et l., 7). Não se pode deixr de menionr, tmém, possiilidde dos sis serem, em prte, omprtimentlizdos nos vúolos, enqunto o lnço osmótio n élul pode ser mntido pelo úmulo de solutos orgânios no itoplsm (Hsegw et l., ). Evidentemente, um ou mis ds rterístis menionds nteriormente podem ser utilizds omo ritérios de seleção em progrms de melhormento, visndo o umento d tolerâni o exesso de sis (Nole & Rogers, 199). Dentre s espéies ultivds de importâni pr o semi-árido rsileiro se destm o lgodão, o sorgo e o feijão-de-ord, que presentm os estiliddes de produção em relção o ftor águ, qundo omprdos, om outrs espéies. Emor se onheçm os diferentes grus de tolerâni desss espéies o estresse slino (Ayers & Westot, 1999), não existem estudos omprtivos que visem identifir s rterístis morfológis e fisiológis responsáveis por esss diferençs; referids informções podem ontriuir, soremneir, pr identifição de menismos relevntes d tolerâni à slinidde e, tmém serem úteis no mnejo do sistem solo-plnt so irrigção om águs slins (Nole e Rogers, 199; Shrm e Ro, 1998; Murtz et l., 6). A prtir do exposto, usou-se vlir o resimento, os teores de íons e rterístis morfofisiológis (úmulo de prolin, suulêni e mss espeífi) em folhs de lgodão, feijão-deord e sorgo, irrigds om resentes níveis de sis n águ, prourndo-se orrelionr os resultdos om os diferentes grus de tolerâni à slinidde desss espéies. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi onduzido em s de vegetção pertenente o Deprtmento de Bioquími e Biologi Moleulr, situdo no Cmpus do Pii d UFC, Fortlez, Cerá. As espéies utilizds n pesquis, form: feijão-deord [Vign unguiult (L.) Wlp] v. Epe 1, sorgo [Sorghum iolor (L.) Moenh] genótipo CSF e lgodão (Gossipium hirsutum L.) v. BRS 113 7MH. Iniilmente se fez o prepro dos vsos, olondo-se 15 kg de rei de rio sendo, em seguid, form relizds dus lvgens om águ d torneir e outr om águ destild, om finlidde de se retirr sis ou rgil presentes no solo. Cino sementes form semeds nos vsos, pr germinr, e dez dis pós emergêni, fez-se o desste, deixndo-se pens dus plnts por vso qundo, então, se iniiou plição dos trtmentos, que onstrm de três níveis de slinidde d águ de irrigção (CE), orrespondentes os vlores de,5 (ontrole), 4, e 8, ds m-1. Pr o prepro ds soluções slins, utilizou-se o NCl diiondo à águ destild, oedeendo-se relção entre ondutividde elétri d águ de irrigção (CE) e su onentrção (mmol L-1 = CE x 1), extríd de Rhodes et l. (). As irrigções form diáris e o volume de águ plid às plnts foi estimdo de ordo om o prinípio do lisímetro de drengem, mntendo-se o solo n pidde de mpo e se lhe diionndo um frção de lixivição de 15% pr prevenir o úmulo exessivo de sis no sustrto (Ayers & Westot, 1999). Semnlmente, os vsos ontendo s plnts form diiondos ml d solução nutritiv de Hoglnd om metde de su forç iôni. Durnte relizção do experimento s médis de tempertur e de umidde reltiv do r no interior d s de vegetção form, respetivmente, de 8,5 oc e 73,5%. O delinemento experimentl utilizdo no experimento foi inteirmente o so, seguindo-se um rrnjo ftoril 3 x 3 (3 espéies x 3 níveis de slinidde), om qutro repetições, totlizndo 36 prels experimentis. Relizou-se, os 4 dis pós o iníio dos trtmentos, olet ds plnts medindo-se, Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1

31 iniilmente, mtéri fres ds folhs e áre folir, est últim determind om um medidor de superfíie (LI 31, Are Meter, Li-Cor., In., Linoln, Nersk, USA). Após olet dos limos folires, se oletrm os ules + peíolos, pr o feijão-de-ord e o lgodão e os olmos + inhs, pr o sorgo, sendo o sustrto retirdo dos vsos e peneirdo, om o ojetivo de se seprr s rízes do solo. Cd mostr de riz foi lvd, devidmente identifid qunto o seu genótipo, trtmento e repetição, e olod em sos de ppel; em seguid, s prtes d plnt form posts pr ser em estuf om irulção forçd de r, 6 ºC durnte ino dis, pr otenção d mtéri se. Com esss medids, lulrm-se mss espeífi folir (mss se folir/áre folir) e suulêni folir [(mss fres - mss se)/áre folir]. O mteril vegetl seo foi triturdo em moinho tipo Wiley e utilizdo pr otenção dos extrtos e determinções dos teores de N+, K+, C+ (Mlvolt et l., 1989) e Cl- (Gines et l., 1984). Amostrs de folhs mdurs form oletds seprdmente, ongelds em nitrogênio líquido e liofilizds pr posterior quntifição dos teores de prolin (Btes et l., 1973). Os ddos form sumetidos nálise de vriâni (ANOVA) e teste de Tukey, om α =,5, utilizndo-se o progrm SAEG (Sistem de Análises Esttístis e Genétis), desenvolvido pel Universidde Federl de Viços. RESULTADOS E DISCUSSÃO Crterístis de resimento O estresse slino iniiu produção de mtéri se ds plnts ds três espéies (Tel 1) e, de modo gerl, os grus de redução no resimento form omptíveis om seus grus de tolerâni reltdos n litertur (Ayers & Westot, 1999). O feijão-de-ord se mostrou espéie mis sensível, om reduções signifitivs ns mtéris ses ds rízes, d prte ére e totl, tnto no nível intermediário omo no de mior slinidde d águ. O sorgo mostrou-se espéie mis tolernte no nível intermediário de slinidde não presentndo reduções signifitivs n mtéri se ds diverss prtes d plnt. O lgodão, por su vez, foi espéie mis tolernte no mior nível de slinidde d águ de irrigção, espeilmente om relção o resimento rdiulr e à produção de mtéri se totl. Convém slientr que, de ordo om ddos d FAO (Ayers & Westot, 1999), slinidde limir d águ de irrigção pr o feijão-de-ord é 3,3 ds m-1, pr o sorgo 4,5 ds m-1 e, pr o lgodão, 5, ds m-1. Comprndo-se produção de mtéri se ds rízes e d prte ére dos trtmentos extremos (,5 e 8, ds m-1), oserv-se que o feijão-de-ord e o sorgo presentrm mior redução no resimento rdiulr que o lgodão (Tel 1). No mior nível de estresse esss dus espéies indirm, respetivmente, reduções de proximdmente 79 e 71% no resimento rdiulr e de 69 e 5% no resimento d prte ére, resultndo em menor vlor d relção riz/prte ére. Por outro ldo, no lgodão redução no resimento ds rízes foi similr àquel d prte ére, om vlor em torno de 5% e no nível intermediário de slinidde d águ de irrigção, s reduções form em inferiores, sendo esttistimente signifitivs pens em plnts de feijão-de-ord. Reduções elevds no resimento ds plnts de feijão-de-ord, sorgo e lgodão em função d slinidde, têm sido oservds por outros utores (Lerd et l., 6; Jáome et l., 3; Silv et l, 3), sendo que o gru de redução n produção de mtéri se depende do tempo de exposição o estresse e dos níveis de sis plidos (Munns, ). O feijão-de-ord foi espéie que sofreu s miores reduções em áre folir, s quis orresponderm 47 e 7%, respetivmente, nos níveis de 4, e 8, ds m-1, em relção o ontrole (Tel 1). Por outro ldo, s plnts de sorgo e de lgodão sofrerm reduções signifitivs n áre folir pens no mior nível de slinidde, sendo que redução foi mior no sorgo que no lgodão. A redução no resimento folir e, onseqüentemente, n áre folir disponível pr fotossíntese, é um ds primeirs resposts ds plnts sumetids o estresse slino, que pode oorrer devido, possivelmente, à iniição d expnsão e divisão ds éluls ns regiões meristemátis (Bernstein et l., 1993). Suulêni e mss espeífi folires Verifiou-se tendêni de qued n suulêni folir ds plnts de sorgo e umento ns de lgodão e feijão-de-ord (Figur 1A), porém, mss espeífi folir não foi fetd pelo umento d slinidde d águ de irrigção, em nenhum ds espéies estudds (Figur 1B). O umento n suulêni folir em feijão-de-ord Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1

Suulêni folir (g H O dm - ) Mss espeífi flir (g dm - ) N + (g kg -1 MS) Cl - (g kg -1 MS) N + (g kg -1 MS) Cl - (g kg -1 MS) N + (g kg -1 MS) Cl - (g kg -1 MS) 3 3,, 1,, tmém foi oservdo por Cost et l. (3) e Lerd et l. (6), enqunto Trindde et l. (6) onsttrm umento n suulêni folir em feijão-de-ord e qued em sorgo forrgeiro, resultdos que estão de ordo om os otidos no presente estudo; este prâmetro possui importntes implições ntômis e fisiológis em plnts sumetids o estresse om NCl, regulndo prilmente onentrção de sis nos teidos folires. Esse menismo, no entnto, é omum, soretudo em diotiledônes, não sendo tão efiiente qunto o menismo de exlusão de íons que pree ser o menismo predominnte em plnts de sorgo (Trindde et l., 6). A,3,,1, B Figur 1. Suulêni folir (A) e mss espeífi folir (B) de plnts de sorgo, feijão-de-ord e lgodão, irrigds om águs de ondutividdes elétris de,5 ( ), 4, ( ) e 8, ( ) ds m-1. Coluns dentro d mesm espéie, presentndo s mesms letrs, não diferem esttistimente entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. Aúmulo de íons Comprndo-se s três espéies, tem-se que o lgodão presentou miores teores de N+, espeilmente ns rízes e folhs (Figur ). Mühling & Läuhli () tmém enontrrm miores teores de N+ em folhs de lgodoeiro em omprção om folhs de milho, sendo est últim espéie onsiderd em mis sensível o estresse slino. Isso é um inditivo de que tolerâni do lgodoeiro o estresse slino não está ssoid, neessrimente, à exlusão de N+, omo oorre om outrs espéies gliófits (Lerd et l., 3); no entnto, pode-se sugerir que o retenção desse íon ns rízes, ssoid outros menismos de proteção omo, por exemplo, produção de ltos níveis de ntioxidntes (Ashrf, ) pode ontriuir pr su mior tolerâni à slinidde. Diferentemente do lgodoeiro, o sorgo e o feijão-de-ord promoverm mior retenção do íon sódio nos ules, prevenindo seu úmulo nos teidos folires. 5 4 3 1 5 4 3 1 5 4 3 1 16,86 4,6 44,91 1 8 6 4 1 8 6 4 1 8 6 4 Figur. Teores de sódio e loreto n mtéri se de rízes (A), ules (B) e folhs (C) de plnts de sorgo, feijão-de-ord e lgodão, irrigds om águs slins de ondutividdes elétris de,5 ( ), 4, ( ) e 8, ( ) ds m-1. Coluns dentro d mesm espéie, presentndo s mesms letrs, não diferem esttistimente entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. No mior nível de slinidde, os teores de N+ nos ules e peíolos do feijão-de-ord e nos olmos e inhs do sorgo form, respetivmente, 11 e 19 vezes superiores os teores oservdos nos limos folires (Figur ). Esses resultdos são ons inditivos d pidde desss espéies de reterem prte dos íons potenilmente tóxios, em prtiulr o N+ evitndo, ssim, seu exesso, nos teidos fotossintetizntes (Azevedo Neto & Tos, ; Trindde et l. 6; Aquino et l., 7). No mior nível de slinidde, o sorgo tmém presentou, em relção o feijão-de-ord, mior úmulo do íon sódio ns rízes (9% mis) e menor n prte ére (35% menos), podendo est ser um rterísti responsável pels diferençs nos grus de tolerâni desss dus espéies. O lgodão e o feijão-de-ord presentrm os miores teores de loreto n prte ére, notdmente nos limos folires, o que resultou no umento d suulêni folir nesss espéies (Figur 1A), visto que o úmulo de loreto está diretmente ssoido o umento d suulêni (Lerd et l., 6). Emor o úmulo de loreto tenh sido mior no lgodão que no feijão-de- Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1 B C A

C + (g kg -1 MS) K + (g kg -1 MS) C + (g kg -1 MS) K + (g kg -1 MS) C + (g kg -1 MS) k + (g kg -1 MS) 33 ord, isto não resultou em mior iniição do resimento d primeir espéie, sugerindo que o lgodoeiro present, em relção o feijão-deord, menismos de proteção mis efiientes, em dição à diluição pril dos sis pelo umento no gru de suulêni. Esses menismos podem envolver produção de ntioxidntes, tividde do ilo sorto-gluttion (Ashrf, ), omprtimentlizção vuolr dos sis potenilmente tóxios umuldos e o justmento osmótio elulr pelo úmulo de solutos omptíveis, menismos onsiderdos efiientes n proteção ds estruturs e proessos elulres (Hsegw et l., ). Ao ontrário do lgodoeiro e do feijão-de-ord, o sorgo mostrou menores teores de loreto ns folhs resultntes, provvelmente, d menor sorção rdiulr e d forte retenção desse íon nos olmos (Figur ). O menor úmulo de loreto pode ter osiondo ert desidrtção folir ds plnts de sorgo, omo oservdo n Figur 1A. Resultdo semelhnte foi otido por Trindde et l. (6). De modo gerl, os teores de C+ form em menores n prte ére ds plnts de sorgo que ns de lgodão e feijão-de-ord (Figur 3), o que deve estr ssoido às diferentes exigênis por álio ds espéies em estudo (Mrshner, 1995). Verifi-se que o umento d slinidde d águ não influeniou negtivmente no suprimento de álio às plnts de lgodão e feijão-de-ord tendo, porém, reduzido os teores desse íon n prte ére do sorgo. De ordo om Grieve & Ms (1988) os ereis, omo por exemplo, sorgo, milho, rroz e evd, são prtiulrmente sensíveis à elevção n relção N+/C+ em solos fetdos por sis, exiindo redução no resimento e defiiênis de C+. Os teores de K+ diferirm entre s espéies e entre s prtes d plnt e, qundo form sumetids slinidde, s espéies presentrm resposts em diferenids (Figur 3). Enqunto o umento d slinidde provoou pequens vrições nos teores de K+ ns rízes e prtes éres ds plnts de lgodão, oservou-se lr tendêni de redução no teor desse íon n prte ére ds plnts de sorgo. De modo ontrário, onsttou-se úmulo de K+ n prte ére ds plnts de feijão-de-ord e redução nos teores desse íon em sus rízes. As reduções nos teores de K+ n prte ére ds plnts de sorgo, pel slinidde, podem ontriuir pr iniição do resimento (Tleisnik & Grunerg, 1994; Igrtu et l., 1995) e preem ser resultntes, em grnde prte, d menor sorção usd pel ompetição dos íons N+ pelos mesmos sítios de sorção de potássio, n memrn plsmáti ds éluls rdiulres, em omo d redução de seu trnsporte pr prte ére (Mrshner, 1995). Por outro ldo, o úmulo de K+ em função d slinidde, omo oservdo n prte ére ds plnts de feijão-de-ord, pode estr ssoido à redução n trnsloção desse íon em função d menor demnd pr o resimento ds plnts so ondições de estresse (Lerd et l., 6). Este úmulo tem sido oservdo em espeil pós períodos reltivmente longos de estresse, qundo o resimento tem sido fortemente iniido. 1 8 6 4 1 8 6 4 1 8 6 4 Figur 3. Teores de álio e potássio n mtéri se de rízes (A), ules (B) e folhs (C) de plnts de sorgo, feijão-de-ord e lgodão, irrigds om águs slins de ondutividdes elétris de,5 ( ), 4, ( ) e 8, ( ) ds m-1. Coluns dentro d mesm espéie, presentndo s mesms letrs, não diferem esttistimente entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. Aúmulo de prolin N Figur 4, pode ser oservdo que slinidde exere pou influêni nos teores folires de prolin, porém se oservrm diferençs mrntes entre s espéies. A espéie que mis umulou prolin foi o feijão-de-ord, om teores médios de 5,66 µmol g-1 de mtéri se, seguido 5 4 3 1 Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1 5 4 3 1 5 4 3 1 B A C

Prolin (µmol g -1 MS ) 34 do lgodão om 1,48 µmol g-1 e do sorgo, om 1,18 µmol g-1 de mtéri se. O umento d slinidde d águ de irrigção não influeniou os teores de prolin em feijão-de-ord e sorgo, ms promoveu umento ns folhs ds plnts de lgodão. A flt de úmulo de prolin ns folhs de feijão-de-ord estressds om NCl tem sido onfirmd em outros estudos (Silv et l., 3). Por outro ldo, em sorgo muitos estudos têm omprovdo úmulo desse soluto (Lerd et l., 3), o qul tem sido interpretdo omo sinl de injúri os teidos folires. O úmulo de prolin em lgodão vem sendo onsttdo em outros estudos, so ondições de estresse hídrio e slino. 6 5 4 3 1 Figur 4. Teores de prolin em folhs de plnts de sorgo, feijão-de-ord e lgodão, irrigds om águs slins de ondutividdes elétris de,5 ( ), 4, ( ) e 8, ( ) ds m-1. Coluns dentro d mesm espéie, presentndo s mesms letrs, não diferem esttistimente entre si pelo teste de Tukey 5% de proilidde. CONCLUSÕES O lgodão se difereniou do sorgo e feijão em rzão de presentr mior úmulo e retenção de N+ e Cl- ns rízes, miores teores desses íons nos limos folires, menores lterções nos teores de K+ e umento nos teores de prolin em respost à slinidde; O sorgo presentou menores teores de íons potenilmente tóxios (N+ e Cl-) nos limos folires, ms mostrou reduções nos teores de K+ e C+ em função d slinidde, lém disso, retenção dos íons N+ e Cl- nos olmos induziu desidrtção dos limos folires medid pelo gru de suulêni; O elevdo úmulo de Cl- ns folhs, ssoido, possivelmente, à flt de outros menismos efiientes de proteção, ontriuiu, pelo menos em prte, pr mior sensiilidde do feijão-de-ord o estresse slino. AGRADECIMENTOS Os utores grdeem à Fundção Cerense de Apoio o Desenvolvimento Científio e Tenológio (FUNCAP) e o Fundo Setoril CT-HIDRO/CNPq, pelo suporte finneiro. Tel 1. Produção de mss se e áre folir de plnts de sorgo, feijão-de-ord e lgodão, irrigds om águs de diferentes níveis de slinidde (CE) 1 CE (ds m -1 ) Sorgo Feijão-de-ord Algodão Mtéri se d riz (g plnt -1 ),5 1,47 (1) 1 16,53 (1) 5,8 (1) 4, 11,16 (89,5) 8,46 (51,8) 4,8 (7,1) 8, 3,58 (8,7) 3,44 (,8) 3, (51,6) Mtéri se d prte ére (g plnt -1 ),5 1,7 (1), (1) 9,4 (1) 4, 8,81 (8,) 14,63 (65,9) 5,84 (63,) 8, 5,41 (5,5) 6,81 (3,7) 4,57 (49,5) Relção Riz/Prte Aére,5 1,16,74,63 4, 1,6,58,69 8,,66,5,65 Mtéri se totl (g plnt -1 ),5 3,19 (1) 38,73 (1) 15,6 (1) 4, 19,97 (86,1) 3,9 (59,6) 9,93 (65,9) 8, 8,98 (38,7) 1,5 (6,5) 7,57 (5,3) Áre folir (m plnt -1 ),5 1381,78 (1) 355,4 (1) 679,33 (1) 4, 113, (79,8) 178,15 (53,1) 553,55 (81,5) 8, 56,4 (4,6) 977,3 (3,) 443,7 (65,3) 1 Médis dentro d mesm olun, seguids pels mesms letrs, pr d espéie, não diferem entre si pelo teste de Tukey,5 de proilidde. Os vlores entre prênteses representm s perentgens reltivs d produção de iomss em relção o nível,5 ds m -1 Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1

35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. AQUINO, A. J. S; LACERDA, C.F.; BEZERRA, M. A.; GOMES-FILHO, E. ; COSTA, R.N.T. Cresimento, prtição de mtéri se e retenção de N+, K+ e Clem dois genótipos de sorgo irrigdos om águs slins. Revist Brsileir de Ciêni do Solo, v. 31, p.961-971, 7.. ASHRAF, M. Slt tolerne of otton: some new dvnes. Critil Review Plnt Siene, v.1, p.1-3,. 3. AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. A qulidde de águ n griultur. UFPB: Cmpin Grnde, 1999. 153p. (Estudos FAO: Irrigção e Drengem, 9). 4. AZEVEDO NETO, A. D.; TABOSA, J. N. Estresse slino em plântuls de milho: Prte I Análise de resimento. Revist Brsileir de Engenhri Agríol e Amientl, v.4, p.159-164,. 5. BATES, L. S.; WALDEN, R. P.; TEARE, J. D. Rpid determintion of free proline for wter-stress studies. Plnt nd Soil, v39, p.5-7, 1973. 6. BERNSTEIN, N.; SILK, W. K.; LÄUCHLI, A. Growth nd development of sorghum leves under onditions of NCl stress. Plnt, v.191, p.433-439, 1993. 7. COSTA, P.H. A.; SILVA, J. V.; BEZERRA, M. A.; ENÉAS-FILHO, J.; PRISCO, J. T.; GOMES-FILHO, E. Cresimento e níveis de solutos orgânios e inorgânios em ultivres de Vign unguiult sumetidos à slinidde. Revist Brsileir de Botâni, v.6, p.89-97, 3. 8. GAINES, T. P.; PARKER, M. B.; GASCHO, G. J. Automted determintion of hlorides in soil nd plnt tissue y sodium nitrte. Agronomy Journl, v.76, p.371-374, 1984. 9. GRIEVE, C. M.; MAAS, E. V. Differentil effets of sodium/lium rtio on sorghum genotypes. Crop Siene, v.8, p.659-665, 1988. 1. HASEGAWA, P.; BRESSAN, R. A.; ZHU, J. K.; BOHNERT, J. Plnt ellulr nd moleulr responses to high slinity. Annul Review Plnt Physiology nd Plnt Moleulr Biology, v.51, p.463-499,. 11. IGARTUA, E.; GRACIA, M. P.; LASA, J. M. Field responses of grin sorghum to slinity grdient. Field Crop Reserh, v.4, p.15-5, 1995. 1. JÁCOME, A. G.; OLIVEIRA, R. H; FERNANDES, P. D.; GHEYI, H. R. Cresimento de lgodoeiro em função d slinidde d águ de irrigção. At Sientrum, v.5, p.35-313, 3. 13. LACERDA, C. F.; ASSIS JÚNIOR, J. O.; LEMOS FILHO, L. C. A.; GUIMARÃES, F. V. A.; OLIVEIRA, T. S.; GOMES-FILHO, E.; PRISCO, J. T.; BEZERRA, M. A. Morpho-physiologil responses of owpe leves to slt stress. Brzilin Journl of Plnt Physiology, v.18, p.455-465, 6. 14. LACERDA, C.F.; CAMBRAIA, J.; CANO, M.A.O.; RUIZ, H.A.; PRISCO, J.T. Solute umultion nd distriution during shoot lef development in two sorghum genotypes under slt stress. Environmentl nd Experimentl Botny, v.49, p.17-1, 3. 15. MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avlição do estdo nutriionl ds plnts: prinípios e plições. Piri: Assoição Brsileir pr Pesquis d Potss e do Fosfto, 1989. 1p. 16. MARSCHNER, H. Minerl nutrition of higher plnts. Sn Diego: Ademi Press, 1995. 889p. Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1

36 17. MÜHLING, K. H.; LÄUCHLI, A. Effet of slt stress on growth nd tion omprtmenttion in leves of two plnt speies differing in slt tolerne. Journl of Plnt Physiology, v.159, p.137-146,. 18. MUNNS, R. Comprtive physiology of slt nd wter stress. Plnt, Cell nd Environment, v.5, p.39-5,. 19. MURTAZA, G.; GHAFOOR. A.; QADIR, M. Irrigtion nd soil mngement strtegies for using sline-sodi wter in otton whet rottion. Agriulturl Wter Mngement, v.81, p98-114, 6.. NOBLE, C. L.; ROGERS, M. E. Arguments for the use of physiologil riteri for improving the slt tolerne in rops. Plnt nd Soil, v.146, p.99-17, 199. 1. RHOADES, J. D.; KANDIAH, A.; MASHALI, A. M. Uso de águs slins pr produção gríol. UFPB: Cmpin Grnde,. 117p. (Estudos FAO: Irrigção e Drengem, 48).. SHARMA, D.P.; RAO, K. V. G. K. Strtegy for long term use of sline dringe wter for irrigtion in semi-rid regions. Soil & Tillge Reserh, v.48, p.87-95, 1998. 3. SILVA J. V.; LACERDA, C. F.; AZEVEDO-NETO, A. D.; PRISCO, J. T.; ENÉAS-FILHO, J.; GOMES-FILHO, E. Cresimento e osmorregulção em dois genótipos de sorgo forrgeiro sumetidos estresse slino. Revist Ciêni Agronômi, v.33, p.15-131, 3ª 4. SILVA J. V.; LACERDA, C. F.; COSTA, P. H. A.; ENÉAS-FILHO, J.; GOMES-FILHO, E.; PRISCO, J. T. Physiologil responses of NCl stressed owpe plnts grown in nutrient solution supplemented with CCl. Brzilin Journl of Plnt Physiology, v.15, p.99-15, 3. 5. TALEISNIK, E.; GRUNBERG, K. Ion lne in tomto ultivrs differing in slt tolerne. I. Sodium nd potssium umultion nd fluxes under moderte slinity. Physiologi Plntrum, v.9, p.58-534, 1994. 6. TRINDADE, A. R.; LACERDA, C. F.; GOMES-FILHO, E.; BEZERRA, M. A.; PRISCO, J. T. Influêni do úmulo e distriuição de íons sore limtção de plnts de sorgo e feijão-de-ord, o estresse slino. Revist Brsileir de Engenhri Agríol e Amientl, v.1, p.84-81, 6. Agropeuári Téni v. 31, n., p 9 36, 1