GUIA SOBRE RISCOS DE RENDA VARIÁVEL V1. 04_2012



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Transcrição:

AO FINAL DESTE GUIA TEREMOS VISTO: GUIA SOBRE RISCOS DE RENDA VARIÁVEL V1. 04_2012 O objetivo deste material é prestar ao investidor uma formação básica de conceitos e informações que possam auxiliá-lo na tomada de decisões antes da realização de seus investimentos. Os Riscos do Mercado Acionário. Demais Riscos. Risco de Derivativos. Risco de Operações de Opções. Risco de Operações de Termo. OS RISCOS DO MERCADO ACIONÁRIO Para aplicar na bolsa de valores o investidor tem que se conscientizar que se trata de uma modalidade de investimento de renda variável portanto com variações tanto positivamente quanto negativamente. É o risco associado às variações do valor dos ativos que integram ou que venham a integrar a carteira do cliente em função das flutuações de preços e cotações nos mercados de câmbio, juros e bolsas de valores. Entre os fatores que afetam estes mercados, destacamos fatores econômicos gerais, tanto nacionais quanto internacionais, tais como ciclos econômicos, política econômica, situação econômico-financeira das empresas emissoras de ações e títulos e outros. Em caso de queda do valor dos ativos que compõem a carteira, o patrimônio do cliente pode sofrer perdas, dependendo do momento quando o cliente necessite se desfazer de suas posições. DOS DEMAIS TIPOS DE RISCO Risco de Crédito É o risco de inadimplemento ou atraso no pagamento de juros ou principal dos títulos que compõem a carteira. Neste caso, o efeito no Fundo é proporcional à participação na carteira do título afetado. O risco de crédito está associado à capacidade de solvência do Tesouro Nacional, no caso de títulos públicos federais, e ao da empresa emissora do título, no caso de títulos privados. Risco de Liquidez É o risco associado à ausência de demanda pelos ativos que compõem a carteira, tanto por questões relacionadas diretamente ao ativo ou por fatores específicos do mercado em que este ativo é negociado. Neste caso, o cliente poderá:

(i) encontrar dificuldades para converter seus ativos em reservas (caixa) e atender a eventuais necessidades; (ii) liquidar posições oferecendo descontos nos preços dos ativos para fazer caixa acarretando em perdas ao cliente. RISCO DE DERIVATIVO Risco Proveniente do Uso de Derivativos É o risco associado ao uso de derivativos à título de proteção da carteira (hedge) ou alavancagem do carteira. (i) Hedge: derivativos são utilizados para proteção de flutuações de mercado dos ativos que compõem a carteira. Eventualmente, por questões técnicas do instrumento derivativo utilizado, este pode não oferecer uma proteção perfeita da carteira do cliente, causando descasamento de preços entre o ativo protegido e seu derivativo. (ii) Alavancagem: instrumentos derivativos permitem ao cliente tomar posições nos mercados sem utilização do seu caixa (alavancagem). Neste caso, grandes oscilações no mercado podem levar a perdas superiores àquelas que o cliente possa suportar. MERCADO DE OPÇÕES Quem se interessa por opções deve estar ciente dos riscos de perda total ou parcial do capital investido. É importante que se leve em consideração a conjuntura econômico-financeira do país e da empresa, bem como os riscos da própria ação-objeto. Portanto, todas essas informações são necessárias para um conhecimento mínimo dos níveis de risco. Escolhido o objetivo financeiro do aplicador, deve-se analisar as duas posturas possíveis no mercado de opções: a de titular e a de lançador. Opção de Compra Aquisição Ao se decidir pela compra de uma opção, o aplicador espera beneficiar-se de uma elevação do preço da açãoobjeto, com a consequente valorização do prêmio da opção. Pensando assim, e levando em conta seus objetivos de atuação no mercado, o aplicador pode: I. Utilizar opções de compra para obter maior retorno, ou seja, alavancar seus ganhos Como isso significa buscar maior lucratividade, implica também expor seu investimento a um maior grau de risco

Como o prêmio de uma opção é sensivelmente menor do que o preço da ação-objeto a que se refere, uma determinada quantia em dinheiro pode comprar certo número de opções correspondentes a uma quantidade de ações muito maior do que a que seria possível adquirir no mercado a vista. Assim, cada aumento no preço da ação-objeto costuma corresponder a um aumento no prêmio da opção e a maiores retornos sobre a aplicação, pois a variação percentual é maior para o prêmio. O mecanismo de alavancagem atua também no sentido inverso: a queda na cotação pode até levar à perda integral da aplicação, ou seja, do prêmio pago. II. Utilizar as opções de compra como alternativa para adquirir uma ação-objeto A compra de uma opção sobre ações que se deseja adquirir, e para as quais se prevê uma alta de preço, permite ao aplicador reduzir o risco de que a cotação da ação-objeto sofra uma grande alta. Dessa forma, o aplicador assegura seu ganho em caso de alta e, em caso de baixa, sua perda se resume ao prêmio pago pela opção, ou apenas parte dele. Em ambos os casos, porém, o aplicador tem vantagens, seja porque ganhou na elevação do preço da ação-objeto, ou porque apesar de perder o prêmio no caso de baixa, pode adquirir o título por um preço bem menor do que no momento inicial. E ainda, como aplicou em opções apenas parte de seus recursos, pode, por exemplo, fazer aplicações alternativas durante o período, aumentando seus ganhos ou, se for o caso, diminuindo ou talvez anulando suas perdas. III. Utilizar opções de compra como proteção para uma venda em margem Um aplicador que realizou uma venda em margem, e que teme uma elevação no preço da ação-objeto, pode, comprando uma opção, prevenir-se contra uma possível alta. Se a cotação da ação realmente baixar, o lucro obtido na operação de venda em margem será reduzido pelo valor do prêmio pago pela proteção da opção. Se, por outro lado, o preço se elevar, o investidor estará protegido contra uma perda grande. IV. Utilizar opções de compra para fixar o preço de uma futura aquisição de determinada ação Se um aplicador acredita que o preço de uma ação é atrativo, mas não tem os recursos necessários para comprála naquele momento, pode comprar uma opção e assim fixar o preço. Quando puder concluir a compra da ação, exercerá a opção dentro de seu prazo de validade e pagará o preço que julgou conveniente. Essa prática é particularmente interessante para os fundos, pois, comprando opções, pode beneficiar-se das diversas variações de preço no tempo, sem comprometer seu fluxo de caixa.

O Lançamento de Opção de Compra Diz-se que uma opção é coberta quando o lançador deposita, em garantia, a totalidade das ações-objeto a que se refere a opção lançada. O objetivo básico do lançamento coberto é obter um retorno maior do que o que seria conseguido com a simples posse ou venda imediata das ações. Coberto o lançamento, o aplicador reclassifica o seu nível de risco, deslocando o seu ponto teórico de venda para um valor igual ao preço a vista da ação-objeto, menos o prêmio recebido. Com o mercado em baixa, o lançador coberto se protege até o ponto em que o preço a vista da ação-objeto for igual ao preço que ele pagou por ela, menos o valor do prêmio recebido. Somente a partir deste ponto é que incorrerá em prejuízo. O lançador coberto pode fechar sua posição (veja adiante o texto sobre fechamento de posição) e desta forma encerrar a obrigação assumida, liberando suas ações para a venda imediata ou para a espera de maior valorização da ação-objeto O Lançamento de Opção de Compra Descoberta Uma opção é considerada descoberta quando o lançador não efetua o depósito da totalidade das ações-objeto. Nesses casos, o lançador descoberto deve atender a exigência de margem por meio do depósito de ativos aceitos em garantia pela CBLC (ações que compõem o Índice BM&FBOVESPA, títulos públicos federais e privados, cartas de fiança bancária incondicionada e outros). A exigência de margem é reavaliada diariamente. Essa operação serve aos aplicadores que acreditam em uma queda nos preços, e que, portanto, lançam opções sobre ações que não possuem ou que pretendem vender rapidamente. Dessa maneira, se o mercado realmente cair, o lucro dos aplicadores (no caso o recebimento do prêmio) estará assegurado. Mas, se o preço da ação-objeto superar o preço de exercício da opção, o lançador poderá, a qualquer momento, até a data do vencimento, ser designado para atender o pedido de exercício e entregar as ações a que se refere a opção. O risco envolvido nessa segunda hipótese é ilimitado pois, além das chamadas de recomposição de margem (que ocorrerão à medida que o prêmio de opções desta série for se elevando), o lançador descoberto estará sujeito, se designado a atender o exercício, a adquirir as ações em mercado a um preço, talvez superior ao preço de exercício mais o prêmio recebido. O lançamento descoberto é, portanto, mais aconselhável para aplicadores acostumados a riscos maiores e com capacidade financeira suficiente para atender a chamadas de recomposição de margem (em casos de prejuízos na posição descoberta) e/ou comprar as ações-objeto para cobertura de posição ou entrega definitiva, caso ocorra o exercício.

O lançador descoberto que julgar conveniente pode, à semelhança do coberto, fechar sua posição para encerrar suas obrigações, e apurar o lucro ou prejuízo até então acumulado. Pode, também, cobrir sua posição, depositando as ações-objeto da opção. Opção de Venda Aquisição Ao adquirir uma opção de venda, o aplicador procura se beneficiar da queda no preço a vista da ação-objeto e, por extensão, da valorização do prêmio da opção. Dessa forma, e de acordo com a postura que pretenda assumir nesse mercado, o aplicador pode: I. Realizar operação oposta de opção de venda Um investidor que tem uma expectativa baixista, em relação à tendência de preços de uma determinada ação, pode assumir uma posição titular de venda. Se suas expectativas se concretizarem poderá, a qualquer tempo, reverter sua posição em mercado ou, na data de vencimento, exercer seu direito de vender a ação-objeto da operação ao preço de exercício, auferindo o lucro resultante da diferença entre os preços de exercício e a vista e o valor do prêmio pago para adquirir a opção. Por outro lado, se as cotações da ação-objeto se elevarem, no mercado a vista, acima do preço de exercício de sua opção, esse investidor não exercerá seu direito de vender a ação-objeto e incorrerá em um prejuízo equivalente ao valor do prêmio desembolsado. No entanto, visando se proteger contra eventuais erros de avaliação, o aplicador poderá, simultaneamente à aquisição de uma opção de venda, assumir uma posição lançadora de opção de venda, a um preço de exercício menor ou igual ao preço de exercício da posição titular. A abertura dessa posição oposta, na qual provavelmente o prêmio pago será maior do que o prêmio recebido, resultará em desembolso líquido de prêmios. Dessa forma, se realmente o preço da ação-objeto baixar no mercado a vista, o investidor exercerá seu direito de vendê-la a um preço superior ao vigente no mercado a vista. Esse lucro será crescente quanto maior for a queda dos preços a vista, até o ponto em que atinja o preço de exercício da posição lançadora, ponto de lucro máximo do investidor. Por outro lado, se o preço a vista situar-se acima do preço de exercício da posição titular, esse investidor incorrerá em máximo prejuízo, que é o desembolso inicial de prêmios. II. Utilizar opções de venda como proteção para uma compra a termo

Assim, se o preço da ação subir, o lucro apurado na operação será reduzido pelo valor do prêmio pago pela opção. Por outro lado, se a cotação cair, o aplicador estará protegido contra uma elevada perda ou, em alguns casos, terá garantido o lucro na operação original de compra. III. Utilizar opções de venda como proteção para ações de sua carteira Um aplicador inseguro quanto à tendência futura do mercado e, portanto, quanto ao comportamento de algumas ações de sua carteira, pode, mediante a aquisição de opções, prevenir-se contra uma possível queda. Desse modo, se os preços de alguns de seus títulos declinarem no mercado a vista, o aplicador terá fixado um preço de venda (igual ao preço de exercício) que considera adequado, deixando de correr os riscos de uma possível inversão de tendência. Neste caso (queda do preço a vista), o aplicador pode fechar sua posição, ou na data de vencimento, exercer a opção, lucrando em ambos os casos o equivalente ao que teve de prejuízo no mercado a vista. Note-se que, se o mercado tivesse continuado seu processo de alta (expectativa principal de quem possui ações), o aplicador continuaria participando das elevações de preço, aumentando seu retorno ainda mais, o que não aconteceria a quem tivesse vendido as ações a vista no primeiro momento. IV. Utilizar opções de venda para atender expectativa de queda Um aplicador que preveja queda nas cotações de ações que não detém, pode adquirir uma opção de venda sobre essas ações e lucrar, se suas expectativas estiverem corretas (isto possibilita a participação deste tipo de aplicador, o especulador, atraindo-o ao mercado também na baixa). Se, ao contrário, o preço se elevar, o aplicador perderá o prêmio pago pela opção. Lançamento de Opção de Venda O lançador de opções de venda deve atender a exigência de margem por meio do depósito de ativos aceitos em garantia pela CBLC (ações que compõem o Índice BM&FBOVESPA, títulos públicos federais e privados, cartas de fiança bancária incondicionada e outros). A exigência de margem é reavaliada diariamente. O lançamento de opções de venda serve aos aplicadores que, acreditando em alta, procuram receber rendas adicionais (prêmios) e/ou que aceitam a possibilidade de adquirir a ação por um custo líquido inferior ao valor atual de mercado. Assim, se o mercado subir ou se mantiver estável, o lançador terá assegurado o seu lucro (igual ao valor do prêmio). Por outro lado, se o preço da ação-objeto, na data de vencimento, cair abaixo do preço de exercício da opção, o lançador poderá ser designado para atender ao pedido de exercício, tendo então de adquirir as ações e entregar o valor de exercício. O risco no lançamento de opção de venda é elevado, mas ao contrário do risco de lançar opção de compra a descoberto, é limitado, isto é: o prejuízo potencial máximo que um lançador pode ter é conhecido no momento em

que é feita a venda da opção em pregão, sendo igual ao preço de exercício menos o preço a vista do momento do exercício e o prêmio recebido pelo lançamento (observe que o limite máximo do prejuízo potencial ocorre se o preço a vista cair a zero). O lançador de opções de venda deve, como os demais participantes desse mercado, estar sempre atento à possibilidade de fechar sua posição, o que pode se revelar mais aconselhável, em caso de lucro ou mesmo de prejuízo. ALERTA SOBRE OPÇÕES Risco do Titular (Comprador) da Opção de Compra O risco do titular de uma opção está limitado ao valor pago pelas opções (o prêmio). No entanto, é necessário que o investidor esteja consciente de que ele poderá perder até a totalidade de seu investimento, se o comportamento do preço a vista, após a aquisição das opções e até o seu vencimento, não for favorável à sua posição (as opções são válidas apenas por determinado período, ao final do qual expiram). Explicando melhor, no caso de opções de compra, se o titular permanecer de posse da opção até o vencimento e, nessa data, o preço a vista da ação estiver abaixo do preço de exercício, ele não a exercerá (não seria vantajoso comprar as ações por um preço maior do que o do mercado), nem tampouco conseguirá transferi-la para outro investidor. No jargão do mercado, a opção terá "virado pó" e o investidor terá perdido integralmente a quantia que gastou para adquiri-la. Opções de compra que "Viram Pó" Se no vencimento das opções de compra o preço a vista do papel for inferior ao seu preço de exercício, não será vantajoso para o investidor que a possui (o titular) exercê-la. Como as opções expiram (perdem sua validade) na data de vencimento, elas também não terão qualquer valor de negociação, pois não existirão investidores interessados em comprá-las. No jargão de mercado, terão "virado pó". Para o titular das opções de compra nessa condição, significa que ele perdeu integralmente o investimento que fez para adquiri-las (o prêmio pago). Risco na Venda a Descoberto (Lançamento de Opções de Compra) O lançamento de opções de compra a descoberto, ou seja, o recebimento de uma quantia em dinheiro (o prêmio) para assumir o compromisso de vender ações, que o investidor não possui, é uma estratégia que envolve um elevado grau de risco. Explicando melhor, o titular dessa opção (o investidor que pagou o prêmio para o lançador assumir o compromisso) somente vai exercê-la se isso for interessante para ele, ou seja, se o preço a vista do papel for superior ao preço de exercício da opção. Para o lançador, isso significa que ele será obrigado a adquirir as ações

no mercado a vista para entregá-las pelo preço de exercício. A partir do momento em que a diferença entre o preço a vista e o de exercício for maior que o prêmio recebido, o lançador estará incorrendo em prejuízo, que aumentará de acordo com a valorização da cotação a vista. Outro aspecto a ser considerado nessa estratégia é que, durante toda a vigência de sua posição, o lançador descoberto estará obrigado a depositar garantias para cobrir os prejuízos potenciais da operação, cujo valor é calculado diariamente. Prazo de Expiração das Opções É importante que o investidor que adquiriu uma opção (o titular) esteja consciente de que seu direito de exercê-la é válido apenas durante seu período de vigência. Após a data de vencimento, a opção expira, perdendo totalmente sua validade. Outro ponto importante a destacar é que na BM&FBOVESPA o exercício da opção não é automático, ele deve ser solicitado pelo titular da opção. Isso significa que, mesmo nos casos em que o exercício é claramente vantajoso para o titular, ele somente ocorrerá se for comandado pela Corretora, atendendo as instruções recebidas do titular. O pedido de exercício pode ser transmitido pelo investidor à Corretora através de "e-mail", telefone, fax ou outro meio previamente acertado entre ambos. Na hipótese de um titular, nessas condições, deixar de solicitar o exercício, a opção vai expirar e o investidor, além de não ter se aproveitado de uma citação vantajosa, ainda perderá integralmente o prêmio pago quando da aquisição das opções. Opções de Compra que "Viram Pó" Se no vencimento das opções de compra o preço a vista do papel for inferior ao seu preço de exercício, não será vantajoso para o investidor que a possui (o titular) exercê-la. Como as opções expiram (perdem sua validade) na data do vencimento, elas também não terão qualquer valor de negociação, pois não existirão investidores interessados em comprá-las. No jargão de mercado, terão "virado pó", para o titular das opções de compra nessa condição, isso significa que ele perdeu integralmente o investimento que fez para adquiri-las (o prêmio pago). * Esta modalidade de investimento pode causar perda total do capital investido Identificação das Opções (Código de Negociação) No sistema de negociação da BOVESPA, as séries de opções são identificadas de acordo com as seguintes estruturas de codificação: a) Na relação de séries autorizadas (disponível no site da BOVESPA: selecionar "Informações ao Mercado" e depois "Séries Autorizadas (CBLC)").

AAAA A NN "_" ou E Indicador do Tipo Indicador do estilo Campo em Código alfa da Indicador numérico (compra ou venda) do branco = opções americanas empresa da opção mês de vcto. E = opções europeias b) No MEGA BOLSA e listagens de negociação ver exemplos com a codificação de negociação, abaixo: Código do MEGA Identificação do MEGA Descrição TNLP J38 TNLP PN 38,00 Opção de Compra americana sobre Telemar PN com vcto. em outubro (letra J) e preço de exercício igual a R$ 38,00 NETC X16 NETC PN 16,00 Opção de Venda européia sobre NET PN com vcto. em dezembro (letra X) e preço de exercício igual a R$ 16,00 Tabela do código alfabético para diferenciação de opções de compra e de venda e mês de vencimento: Opção de Compra Opção de Venda Mês de Vencimento A M Janeiro B N Fevereiro C O Março D P Abril E Q Maio F R Junho G S Julho H T Agosto I U Setembro J V Outubro K W Novembro L X Dezembro

OPERAÇÕES A TERMO Toda aplicação em ativos de renda variável tem um grau de risco que é assumido pelo investidor. Quando realiza operações no "Mercado à vista", caso as ações venham a sofrer desvalorização, o prejuízo só será efetivado no momento da venda do ativo, e é por esse motivo que sempre recomendamos aplicações de longo prazo pois, podem suportar momentos de crise ainda que mais prolongados. O mesmo não acontece com as operações registradas no "Mercado à termo" (financiamento de ações). Para que essa operação seja realizada, a CLEARING-CBLC, exige aporte de garantias na conta do investidor financiado que são valores variáveis de acordo com o ativo adquirido. Estas garantias podem ser em ações (desde que pertençam ao Índice Bovespa), em espécie, carta de fiança bancária, Títulos Públicos ou Privados (CDB). Toda vez que o ativo objeto de financiamento ou os ativos depositados em garantia tenham suas cotações depreciadas a CBLC fará novo aporte de garantia, eliminando assim o risco ao financiador. Veja que nesse caso o prejuízo será liquidado diariamente e, caso o investidor não possua garantias suficientes para cobrir estas oscilações, poderá ter sua posição liquidada antecipada e compulsoriamente. Na liquidação do contrato à termo, seja qual for a cotação no mercado à vista, do ativo objeto do contrato, o financiado pagará ao financiador o valor pré-estabelecido na data do registro da compra à termo * Esta modalidade de investimento pode causar perdas superiores ao capital investido. Antes de executar qualquer investimento esclareça com seu assessor todos os riscos que ele envolve. A SLW AGRADECE A LEITURA. PARA UMA MELHOR ORIENTAÇÃO DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO SUGERIMOS A LEITURA DOS DEMAIS GUIAS.