O Laboratório no Diagnóstico Alergológico

Documentos relacionados
Dermatologia e Alergologia Veterinárias Évora, 30 de Abril a 2 de Maio de 2010 Luís Martins Departamento de Medicina Veterinária Instituto de

Imunologia 2ª parte. Aplicações práticas (alguns exemplos) Técnicas laboratoriais para diagnóstico e monitorização. das imunodeficiências primárias:

Embora tenhamos coisas em comum, não somos iguais

Imunoensaios no laboratório clínico

Provas. Diagnóstico. em Alergia

Alergia. Risco de desenvolvimento de alergia em pacientes com parentes com antecedentes alérgicos. Nenhum membro da família com alergia 5 a 15 %

Imunologia Clínica e Esofagite Eosinofílica

TESTES ALÉRGICOS E PARA INTOLERÂNCIA ALIMENTAR DETECÇÃO POR IGG. A RN 428, atualmente vigente, confere cobertura, na área da Imunologia, para:

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32.

Papel da IgE sérica específica no diagnóstico da alergia a epitélio e proteínas de animais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais

Bio12. Unidade 3 Imunidade e Controlo de Doenças. josé carlos. morais

Imunidade Humoral. Células efectoras: Linfócitos B. (Imunoglobulinas)

Aplicações de anticorpos em métodos diagnósticos

ALERGIA x INTOLERÂNCIA. Mariele Morandin Lopes Ana Paula Moschione Castro

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA

4ª Ficha de Trabalho para Avaliação Biologia (12º ano)

PROPOSTA DE TUTORIA DE PROJECTOS Disciplinas de Investigação do Mestrado Integrado em Medicina

[Título do documento]

Alergia à proteína do leite de vaca (APLV)

Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes

ANTÔNIO CARLOS FERNANDES, SIMONE DE OLIVEIRA BITTENCOURT BITU, FRANCISCO HÉLIO VIOLANTE JÚNIOR

FORMAÇÃO AVANÇADA EM ALERGOLOGIA PEDIÁTRICA PROGRAMA. Módulo 1 Conceitos Gerais de Imunologia e Doença Alérgica

Não existe uma única resposta!!

Introdução a imunologia clínica. Alessandra Barone

As reacções adversas a medicamentos são extremamente

FORMAÇÃO AVANÇADA EM ALERGOLOGIA PEDIÁTRICA PROGRAMA. Módulo 1 Conceitos Gerais de Imunologia e Doença Alérgica

Interação Antígeno Anticorpo. Profª Heide Baida

TESTES ALÉRGICOS INTRADÉRMICOS COMO AUXÍLIO DO DIAGNÓSTICO DA DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC) Introdução

DESORDENS ALIMENTARES: PANORÂMA GERAL

APLV - O que é a Alergia à Proteína do Leite de Vaca: características, sinais e sintomas. Dra. Juliana Praça Valente Gastropediatra

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio

15/09/2016. Renata Rodrigues Cocco Universidade Federal de São Paulo. PROAL 2004 J Pediatr (Rio J). 2004;80(3):203-10

Molecular para Diagnóstico Clínico Western blotting. Prof. Dra. Marieta Torres de Abreu Assis

Reações de Hipersensibilidade

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus

Técnicas Moleculares: PCR, Sequenciamento e Southern Blot Técnicas Sorológicas

Ensaios imunes. Profª Heide Baida

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier

As doenças alérgicas são um importante problema. Curso sobre alergia alimentar da EAACI. Training course in food allergy of EAACI

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado

ALERGIA AO LEITE DE VACA. Novidades no Consenso Brasileiro de Alergia Alimentar

Saúde e Desenvolvimento Humano

Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida

Alérgenos de origem alimentar: eles são preocupantes? Flavio Finardi Filho FCF USP

Interacções anticorpo-antigénio

Imunoterapia com extratos padronizados Avanços e tendências

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS BARREIRO

Resposta imune adquirida

Alergia alimentar a rosáceas e frutos secos. A propósito de um caso clínico

Alergia e Resposta Imune. INFLAMAÇÃO e ALERGIA

RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Pedro e Camila 12/09/2017. Semelhanças. Diferenças

Alergia ao dióspiro. Allergy to persimmon CASO CLÍNICO

Faculdade da Alta Paulista

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS

PLANO DE ENSINO EMENTA

Sala Oswaldo Seabra Simpósio Internacional Inscrição Inscrição Inscrição Inscrição. As IDP na América Latina: o que aprendemos com nossos pacientes:

Interações Ag-Ac: reações sorológicas e testes sorológicos secundários. Viviane Mariguela- pós-doutoranda

Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. Teste prático de Imunologia (2º ano) 2014/2015

Reações de Hipersensibilidade. Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes

Replicação. Transcrição. Antígenos Recombinantes e suas aplicações em Imunologia 22/03/2016

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo

Alimentos alergênicos e suas proteínas antigênicas

Imunologia. Introdução ao Sistema Imune. Lairton Souza Borja. Módulo Imunopatológico I (MED B21)

Objectivo: Separar uma proteína das restantes no extracto celular. Estratégia: Existem inúmeras técnicas de purificação disponíveis.

Métodos Analíticos de Controle de Alergênicos em Alimentos Juliana Ramos - R-Biopharm Brasil

Estrutura de um anticorpo

Biologia 12º ano Imunidade e controlo de doenças; Biotecnologia no diagnóstico e terapêutica

HIPERSENSIBILIDADE. Acadêmicos: Emanuelle de Moura Santos Érica Silva de Oliveira Mércio Rocha

Electroforese de proteínas plasmáticas

Se você tem qualquer dúvida sobre seu resultado ImuPro ou sobre alergias alimentares tipo III, favor entrar em contato conosco.

Biologia 12 Sistema imunitário

Diagnosis and treatment of asthma in childhood: a PRACTALL consensus report. Allergy Global Initiative for Asthma

Anafilaxia à maçã. Anaphylaxis to apple CASO CLÍNICO. Natacha Santos, Ângela Gaspar, Graça Pires, Mário Morais -Almeida RESUMO

Olátex natural é uma substância extraída da

Carina Sofia Medeiros Pavão

Impacto no Estado Nutricional

Sábado, 1/novembro INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO. sala3 BRUM NEGREIROS. sala 1 ERNESTO MENDES. sala 4 OSVALDO SEABRA

FORMAÇÃO AVANÇADA EM ALERGOLOGIA PEDIÁTRICA PROGRAMA

Cargo: E-27 - Tecnólogo - Farmácia - Análise de proteínas por técnicas eletroforéticas em gel

Antígenos e Imunoglobulinas

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio. Técnicas sorológicas e de biologia molecular no diagnóstico de agentes infecciosos

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

PEDIATRIA 1 AULAS TEÓRICAS. DOENÇAS ALÉRGICAS EM PEDIATRIA José António Pinheiro

ANTÍGENOS & ANTICORPOS

Alergia alimentar em idade pediátrica

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

As doenças alérgicas são um importante problema. EAACI / GA 2 LEN Allergy School Hannover 2006: Allergy, from diagnosis to treatment

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Alergia à Proteína do Leite de Vaca

Imunologia. Propriedades das Respostas imunes e órgãos linfóides. Bibliografia Básica. Introdução. Tipos de imunidade. Histórico 12/03/2012

Diagnóstico Virológico

Antígenos Recombinantes e suas aplicações em Imunologia

Cargo: D-41 Técnico Laboratório - Biotecnologia - Análise de Proteínas

!"#$%&'()%*+*!,'"%-%./0

Imunoterapia na Asma - Anafilaxia por ferroada de inseto: sobreposição com síndromes de ativação mastocitária -

Alergia à proteína do leite de vaca: abordagem bibliográfica de causas, fatores de risco e diagnóstico

Ativação de linfócitos B mecanismos efetores da resposta Humoral Estrutura e função de imunoglobulinas

Transcrição:

O Laboratório no Diagnóstico Alergológico Jornadas de Actualização Diagnóstica em Dermatologia e Alergologia Veterinárias Évora, 30 de Abril a 2 de Maio de 2010 Luís Martins Departamento de Medicina Veterinária Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas Universidade de Évora

Alergia Reacção patológica no contacto com substâncias do meio ambiente que não provocam doença nos indivíduos normais. Clemens Von Pirquet, 1906

Atopia Tendência de base genética, frequentemente hereditária, para produzir IgEcom especificidade para diversos antigénios (alergénios) ambientais, resultando numa frequência acrescida de hipersensibilidade de tipo I. Thompson, 1995 Tendência individual ou familiar para produzir IgEem resposta a doses baixas de alergénios, normalmente proteínas, e desenvolver sintomas típicos como asma, rinoconjuntiviteou eczema/dermatite. Johanssonetal. -EAACI, 2001

Sensibilização Produção de IgEapós contacto com níveis inócuos de alergénios ambientais Reacção Clínica ALÉRGICO Sem Reacção Clínica NÃO ALÉRGICO

Phadia Manual de Alergologia, 2002

Métodos Laboratoriais Imunidade Humoral IgE total IgE específicas ECP Western Blotting Microarrays e CRD Imunidade Celular Teste de libertação de histamina TTL Imunofenotipagem Teste de activação de basófilos

Métodos Laboratoriais Imunidade Humoral

IgEtotal ELISA

IgEtotal Unicap (Phadia)

IgEespecíficas ( RAST ) ELISA

IgEespecíficas ( RAST ) Unicap (Phadia)

IgEespecíficas ( RAST ) 1U IgE= 2,4 ng

ECP (Proteína catiónicados eosinófilos) Mede a inflamação eosinofílica Reflecte o efeito da medicação Permite calcular a mínima dose eficiente Permite seguir a aderência à terapêutica (compliance) Doseamento no soro e secreções respiratórias Método de Radioimunoensaio(detecção: 2 200 µg/l)

ECP (Proteína catiónicados eosinófilos) Útil no diagnóstico e acompanhamento de: Processos inflamatórios obstrutivos das vias respiratórias Rinite alérgica Dermatite atópica

Western Blotting ou Imunoblotting O que é? Para que serve? T ML MP T ML MP PM (kda) 208 144 AC AC AC AC Mb B B B Mb MbB B B Mb 87 44,1 32,7 17,7 7,1 Miosina de vaca Miosina de porco

Western Blotting ou Imunoblotting Qual o procedimento? T ML MP AC AC AC MbB B B Mb

Western Blotting Objectivo: IDENTIFICAR e CARACTERIZAR ALERGÉNIOS + Obtenção de ALERGOGRAMAS e ESPECTROTIPOS Via: Apresentação das proteínas separadas ao reconhecimento pelas Ig

Western Blotting Fontes Alergénicas

Western Blotting Alergénios Antigénios que induzem a produção de IgE Em geral, proteínas com 3 a 80 kda Via de contacto ou sensibilização Pneumalergénios Trofalergénios de Contacto

Western Blotting Alergénios Fontes alergénicasconhecidas = 1736 (acréscimode cerca de 700 em 4 anos) Fontes alergénicas com alergénios identificados = 753 Alergéniosconhecidos, exc. isoformase epitopos= 1779 (acréscimo de cerca de 600 em 4 anos) Isoformas conhecidas de alergénios = 1218 www.allergome.org 15/4/10

Western Blotting Alergénios Com PM ou pipróximos e homologiasequencial 67% constituem 1 grupo Identificados 28 grupos de alergénios,de acordo com a semelhança estrutural, independentemente da origem biológica KlysnerS, Lowenstein H. Allergen extracts and standardization. InAllergic Diseases. Kay AB (ed.). vol 2. Blacwell Science, 1997:825-834.

Western Blotting Alergénios Nomenclatura (ex.): Amba 1.0101 o alergénio com maior taxa de reconhecimento da espécie Ambrosiaartemisiifolia(Herbácea); subtipo 1 da isoforma 1 Chapman MD, PomésA, BreitenederH, Ferreira F. Nomenclature and structural biology ofallergens. J. Allergy Clin. Immunol. 2007:119(2); 414-420. Der p1 o alergénio com maior taxa de reconhecimento da espécie Dermatophagoides pteronyssinus(ácaro) Taxa de reconhecimento (pacientes): Major > 50% > Minor KlysnerS, Lowenstein H. Allergen extracts and standardization. InAllergic Diseases. Kay AB (ed.). vol 2. Blacwell Science, 1997:825-834.

Western Blotting Procedimento : a sequência 1º Obtenção das fontes alergénicas 2º Extracção proteica

Western Blotting Procedimento : a sequência 3º Padronização dos extractos Remoção de insolúveis Ajuste da Concentração ao protocolo de separação

Western Blotting Procedimento : a sequência 4º Separação das proteínas em gel, de acordo com: i) Ponto Isoeléctrico(pI) Isoelectrofocalização(IEF) ii) Peso molecular SDS PAGE iii) pi+ Peso molecular IEF + SDS PAGE SDS PAGE bidimensional (2D) iv) Reconhecimento dos alergénios pelas IgE dos pacientes Western Blotting

Western Blotting Procedimento : a sequência 4º Separação das proteínas em gel de acordo com i) Ponto Isoeléctrico(pI) Isoelectrofocalização(IEF) Influência do ph na carga líquida de uma molécula proteica. Esta proteína apresenta: predomínio de duas cargas positivas a ph = 6 predomínio de uma carga negativa a ph = 9. equilíbrio de cargas positivas e negativas (pi) ocorre a ph = 8.

Western Blotting Procedimento : a sequência Isoelectrofocalização(IEF) Separação das proteínas em gel de gradiente de ph + Aplicação Focalização Gradiente de ph 3 No seu pi (ph=7), esta proteína apresenta uma carga líquida nula - ph < pi Proteína carregada positivamente ph > pi Proteína carregada negativamente

Western Blotting Procedimento : a sequência ii) Pesomolecular SDS PAGE Migração competitiva em gel

Western Blotting Procedimento : a sequência ii) Pesomolecular SDS PAGE Proteínas tratadas com SDS Aplicação da amostra Proteínas em fase de separação Gel de poliacrilamida Coloração Tratamento desnaturante prévio Visualização das bandas proteicas separadas

Western Blotting Procedimento : a sequência iii) pi + Massa molecular IEF + SDS PAGE SDS PAGE bidimensional (2D) Separação em 1ª dimensão por pi Migração competitiva em gel ph 3 ph 10 Separação em 2ª dimensão por MM

Western Blotting Procedimento : a sequência iv) Reconhecimento dos alergénios pelas IgE dos pacientes Western Blotting 1. Transferência das proteínas separadas para membrana de fixação (Blot) 2. Imuno-reconhecimento (Western Blotting) 3. Identificação dos alergénios por revelação das IgE reconhecedoras dos alergénios separados

Western Blotting Procedimento : a sequência Corte da membrana de Blot em tiras perpendiculares à separação

Western Blotting Procedimento : a sequência Numeração das tiras

Western Blotting Procedimento : a sequência Tiras numeradas

Western Blotting Procedimento : a sequência Controlo da transferência

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento (Western Blotting)

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento (Western Blotting)

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento (Western Blotting)

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento / Western Blotting 1D (IEF) ph 2,8 AC Mb 58 33596017 1534 353637 38394041 4243 44 45 4647 Mb Mb 48 4950 51 52535455 56 57 B1 B2 B3 P 61 B1 626364 Mb AC 3,5 4,15 4,55 5,85 6,55 IgG4

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento / Western Blotting 1D (IEF) ph ph 2.8 AC Mb 58 33 59 60 17 15 34 35 36 37 38 3940 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 B1B2B3 P B 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 B 12 13 14 15 16 17 18 19 20 1 21 22 23 24 25 26 27 4 28 29 30 6 7 31 10 32 12 Mb AC 3.5 4.15 4.55 5.85 6.55 IgG4

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento / Western Blotting 1D (SDS PAGE) ph PM (kda) 58 33596017 1534 353637 383940414243 44454647 48 4950 51 52535455 56 57 B1B2B3 P AC Mb 63 62 61 I2 I1 P MbB2 B1 23 24 25 2729 4 28 30 9 1113 32 Mb AC Mb 6463 62 61 I2 I1 P B2 B1 2324 25 2729 4 28 30 9 11 13 32 Mb AC AC PM (kda) 220 94 67 43 30 20,1 14,4 67 60 36 18,5 D. pteronyssinus H. aspersa IgG4

Western Blotting Procedimento : a sequência Imuno-reconhecimento / Western Blotting 1D (SDS PAGE) D. pteronyssinus H. aspersa ph PM (kda) 58 33596017 1534 353637 383940414243 44454647 48 4950 51 52535455 56 57 B1B2B3 P Mb Mb Mb 14 58 12 10 31 7 6 5 22 17 59 35 6036 40 4142 Mb Mb AC 208 144 87 44.1 32.7 17.7 7.1 IgG4

Western Blotting Imuno-reconhecimento / Western Blotting Espectrotipos ph Mb Mb 58 33 59 60 17 15 34 35 36 37 38 3940 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 B1B2B3 P Mb Mb Mb AC IgG4

Western Blotting Imuno-reconhecimento / Western Blotting 2D (IEF+SDS PAGE) 58 33596017 1534 353637 383940414243 44454647 48 4950 51 52535455 56 57 B1B2B3 P ph Western Blotting 2D Separação 2D corada SDS PAGE 1D IgG4

Western Blotting Imuno-reconhecimento / Western Blotting 2D (IEF+SDS PAGE) ph 58 33 59 60 17 15 34 35 36 37 38 3940 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 B1B2B3 P Permite: I -Elevada Definição de Separação IgG4

Western Blotting Imuno-reconhecimento / Western Blotting 2D (IEF+SDS PAGE) II - Diferenciar espectrotipos individuais próximos na 1D ph Indivíduo 1 Indivíduo 2 58 33 59 60 17 15 34 35 36 37 38 3940 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 B1B2B3 P Proteinograma Indivíduo 3 In Allergome: the characterization of allergens based on a 2D gel electrophoresis approach. Chardin H, Peltre G. Expert Rev. Proteomics (2005) 2(5): 757-765. IgG4

Western Blotting Imuno-reconhecimento / Western Blotting 2D (IEF+SDS PAGE) III - Relacionar expressão de alergénios com o estado da fonte ph Extracto Prick 58 33 59 60 17 15 34 35 36 37 38 3940 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 B1B2B3 P Extracto Manufacturados Chardin H, Peltre G. Allergome: the characterizationofallergensbasedona 2D gel electrophoresisapproach. Expert Rev. Proteomics (2005) 2(5): 757-765. IgG4

Western Blotting Imuno-reconhecimento / Western Blotting 2D (IEF+SDS PAGE) IV -Melhorar consideravelmente a identificação da pequena porção do proteoma constituída pelos alergénios V ph- Relacionar comportamentos clínicos com reconhecimento molecular VI - Aprofundar a necessária relação entre diagnóstico in vitro e in vivo VII - Contribuir para a utilização de imunoterapia mais dirigida e eficaz VIII -Evoluir para Micro-ou Nanotecnologias, no princípio do reconhecimento da diversidade alergénica intra-específica IX -Melhorar consideravelmente o diagnóstico alergológico, passo essencial para uma verdadeiramente eficaz terapia alergénio-específica IgG4

Identificação de Reacções Cruzadas Sensibilização ao pó de alho asma após ingestão Sensibilização a crustáceos por inalação dos vapores de ph cozedura reacção anafiláctica após ingestão Sensibilização ao pólen do girassol urticária após ingestão de mel de girassol Sensibilização ao ananás (bromelaína) asma após ingestão Sensibilização a macrólidos (ex: espiramicina) rinite após ingestão de ovos com resíduos IgG4

Identificação de Reacções Cruzadas ph Componentes antigénicascomuns entre fontes alergénicas diferentes Partilha de epitopos comuns Proximidade taxonómica Diferentes espécies de: Vespas, abelhas, ácaros, crustáceos, caracóis Estruturas proteicas conservadas durante a evolução Profilina: pólen da bétula / cenoura, batata,... Actinidina: Kiwi, banana, papaia, noz,.../látex Caracóis / ácaros IgG4

Identificação de Reacções Cruzadas Exemplos de epitopos comuns partilhados por alimentos e partículas inaladas, provenientes de fontes não relacionadas: Avelã Betuláceas ph Pêssego Maçã Alperce Gramíneas Tomate Banana Ambrósia Artemísia Gema do ovo Aipo Penas IgG4 Melão Cenoura

Identificação de Reacções Cruzadas Outras reacções cruzadas: ph Com o látex Castanha Espinafres Kiwi Noz Banana Melão Com ácaros Caracóis Entre diversas espécies de Caracóis Crustáceos Entre amendoim e tremoço IgG4

Identificação de Reacções Cruzadas ph 1º Incubação prévia dos soros a testar com o extracto da fonte alergénica A(Inibidora) 2º RAST de Inibição com a fonte alergénica B Extracto inibidor da fonte A em concentrações crescentes + Soro do animal alérgico RAST para a fonte B Gráfico de inibição IgG4

Identificação de Reacções Cruzadas Exemplos práticos: ph 100 90 80 % de inibição 70 60 50 40 30 20 10 Ácaro inibindo camarão Caracol inibindo caracol Ácaro inibindo caracol Caracol inibindo ácaro 0 IgG4

Identificação de Reacções Cruzadas... Inibição do W. Blotting ph Inibição do W. Blotting do Phlppela Betv Inibição do Kiwipelo Phlp IgG4

Microarrayse CRD ISAC(Immuno Solid-phase Allergy Chip) Phadia, Suécia ph Permite: Detectar IgEespecíficas para 103 alergénios recombinantesdiferentes num só ensaio e com apenas 20 µl soro IgG4

Microarrayse CRD ISAC (Immuno Solid-phase Allergy Chip) ph IgG4

Microarrayse CRD ISAC (Immuno Solid-phase Allergy Chip) ph IgG4

Microarrayse CRD Níveis no diagnóstico IgE: CRD (Component Resolved Diagnosis) ph Perfil molecular Fonte alergénica Screening IgG4

Microarrayse CRD CRD (Component Resolved Diagnosis) ph Maior sensibilidade dos testes Diagnóstico diferencial Melhor selecção dos pacientes para imunoterapia Imunoterapia à medida Previsão de reactividade cruzada Prognóstico Futuro IgG4

CRD (Component Resolved Diagnosis) Possível organigrama decisório para o tratamento de alergia a pólen de gramíneas ph Alergia IgE-mediada confirmada ao pólen de gramíneas Extracto de Phlp Alergia ao pólen de gramíneas improvável + CRD AlergéniosMinor, de reactividade cruzada rphlp 7; rphlp12 AlergéniosMajor de Phlp rphlp 1; rphlp 5 Elegibilidade para imunoterapia específica para gramíneas rphlp 1, 5 rphlp 7, 12 +/- rphlp 1, 5 + rphlp 7, 12 + rphlp 1, 5 + rphlp7, 12 - Baixa Média IgG4 Alta

Métodos Laboratoriais Imunidade Celular

Teste de libertação de histamina Quantificação da libertação de histamina dos basófilos Estudo in vitro de reacções de hipersensibilidade imediata A partir do sangue total (basófilos têm o exclusivo da histamina no sangue periférico) Reproduz invitroa reacção alérgica prova de provocação invitro Pequeno volume de sangue requerido ( 0,6-1mL) Método de Fluorimunoensaiocapaz de detectar 0,5 a >100 ng/ml

Teste de libertação de histamina Fase de estimulação Resultado: % LH induzida pelo antigénio testado

Teste de libertação de histamina Indicações e vantagens Sensibilidade Especificidade Alergia a inalantes Ácaros 87% 84% Fungos 90% 86% Alergia alimentar 56% 78% Conjuntivite alérgica Elevada Elevada Alergia a fármacos 51% 63%

Teste de libertação de histamina Rapidez de realização Complementar de métodos como o doseamento de IgE específicas Permite avaliar a resposta a alergénios para os quais não está disponível a determinação da IgE específica Permite avaliar o efeito da terapêutica farmacológica, quer in vitro, quer in vivo Útil para diagnóstico em pacientes com alterações cutâneas que impossibilitam a realização das provas cutâneas

TTL (Teste de transformação linfocitária) Linfócitosanteriormente sensibilizados sofrem regressão blásticae proliferam quando expostos, de novo, a esse estímulo antigénico Cultura de linfócitos em presença dos antigénios suspeitos Avaliação da blastogéneseproliferantepela incorporação de 3 H-timidina Vasto campo de aplicação

TTL

TTL (Teste de transformação linfocitária) Resultado expresso em CPM das culturas celulares obtidas IE = CPM células estimuladas / CPM células não estimuladas IE >3 Positivo Vantagem:> sensibilidade que outros testes de avaliação da hipersensibilidade a fármacos Desvantagem: fraca correlação com a clínica

Imunofenotipagem Identificação e caracterização de células em suspensão, de acordo com: Dimensão Complexidade ou granularidade celular Expressão molecular (à superfície e interna) Sem estimulação prévia Com estimulação prévia Recurso a Ac Mc marcados com fluorocromos Método de Citometria de Fluxo

Imunofenotipagem 1º Marcação celular

Imunofenotipagem 2ºDetecção celular (Aquisição em Citómetrode Fluxo)

Imunofenotipagem 3º Análise computacional dos eventos (células) adquiridos

Imunofenotipagem C. Neg. C. Pos. 3º Análise computacional dos eventos (células) adquiridos

Imunofenotipagem 3º Análise computacional dos eventos (células) adquiridos C. Neg. C. Pos.

Teste de activação de basófilos Activação antigénio-específica in vitro de basófilos Aumento da expressão à superfície da célula, da proteína granular CD63 Por Citometria de Fluxo Marcação dos basófilos com: Ac Mc anti-ige FITC (identifica os basófilos) + Ac Mc anti-cd63 PE (marca os basófilos activados)

Teste de activação de basófilos 1ºActivação em cultura... 2ºMarcação celular... 3ºAquisição

Teste de activação de basófilos 4ºAnálise computacinal

Teste de activação de basófilos 4ºAnálise computacinal

Teste de activação de basófilos 4ºAnálise computacinal

Teste de activação de basófilos 4ºAnálise computacinal

Teste de activação de basófilos Desempenho do método Inalantes Alimentos Beta-lactâmicos Metabizol Látex Sensibilidade 93,30% 82,30% 50% 42,30% 93% Especificidade 98% 63% 93,30% 100% 100% n 105 54 58 26 43