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ENTENDA MELHOR! O TAC da tábua de mortalidade e o crédito gerado na conta do Plano B 1

Relembrando os critérios de cálculo da MAT vitalícia O participante do plano B tem a opção, quando atingidos os critérios de elegibilidade (10 anos de filiação, 25 anos de contribuição para Previdência Social, se mulher, e 30 anos, se homem), de requerer o benefício vitalício com ou sem pensão. Em termos práticos, trata-se de uma renda mensal, paga a vida inteira pela Forluz ao participante e, se houve opção, aos seus beneficiários após sua morte. Trata-se do benefício de MAT Melhoria de Aposentadoria por Tempo de Contribuição. Quando a Forluz calcula o valor do benefício mensal, dois dados essenciais são utilizados: a expectativa de sobrevida do participante e o retorno financeiro esperado ao longo do tempo (taxa de juros). Para ter a segurança do pagamento e por questões legais, a Entidade deve adotar parâmetros realistas para os dois fatores. A expectativa de sobrevida é fornecida pela chamada tábua de mortalidade. Evolução do uso das tábuas no Plano B O que é este TAC? Em 2005, através de estudos feitos pela consultoria atuarial responsável pelo plano, verificou-se que os participantes do Plano B estavam vivendo mais do que estimava a tábua de mortalidade então adotada, a AT 49. Concluiu-se, à época, que a tábua adequada seria a AT 83, que projeta uma expectativa de vida maior. Isso significava, em termos práticos, a redução do benefício, uma vez que se tem o mesmo recurso para um período maior de pagamento. Para minimizar a perda financeira que o aumento da expectativa de vida geraria, foi proposta pela consultoria e aprovada pelo Conselho Deliberativo uma nova forma de cálculo do benefício, utilizando duas tábuas. Em relação ao saldo da conta de aposentadoria acumulado até dezembro de 2005, seria usada a tábua AT 49. Para o saldo da conta de aposentadoria acumulado após dezembro de 2005, seria a tábua AT 83. Em 25 de outubro de 2006, a SPC (o órgão fiscalizador da época) aprovou as alterações regulamentares. Em função da alteração aprovada, o extrato da conta de aposentadoria de todos os participantes, disponível no portal da Forluz, passou a dividir o saldo em: saldo composto até 31/12/2005 cálculo pela AT 49 e saldo composto após 31/12/2005 cálculo pela AT 83. Além disso, para cobrir o déficit que o novo critério causaria ao plano, devido ao emprego da tábua AT 49, foi criado um fundo financeiro denominado Fundo de Mudança de Tábua. Esse fundo foi constituído com parte dos recursos do chamado Fundo de Risco. Esses recursos tiveram como origem contribuições realizadas pelas patrocinadoras, no período de 2005 a 2007, para cobrir os eventos de invalidez e morte, que ocorreram em frequência menor do que a estimada. Fiscalização Previc: entendimento contrário 2 Em fiscalizações realizadas entre 2008 e 2010, a SPC e, posteriormente, a Previc (novo órgão supervisor) questionaram o critério de cálculo então adotado no Plano B, sob alegação de que não possuía respaldo regulamentar e normativo. A Forluz, no período de discussão com o órgão, que durou aproximadamente cinco anos, argumentou inúmeras vezes que a metodologia possuía respaldo técnico, tendo sido proposta e validada

por três das principais consultorias atuariais do país. E era legal, já que o órgão fiscalizador havia tomado conhecimento das alterações no ano de 2006 e aprovado as alterações regulamentares. Apesar disso, os argumentos da Entidade não foram aceitos. Em 2 de janeiro de 2013, a Forluz recebeu o Ofício nº 001/2013/ERMG/PREVIC, determinando que a Entidade não mais poderia adotar o critério de conversão dos saldos em benefício considerando duas tábuas distintas. Consequentemente, a Fundação teria que utilizar, no cálculo do benefício vitalício do plano B, a tábua de mortalidade mais aderente, no caso, a AT 2000. Discussão com a Previc e aprovação do TAC Em função da determinação da Previc, foi convocada, em janeiro de 2013, reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, com o intuito de discutir as medidas a serem tomadas, incluindo a abertura de negociação com o órgão fiscalizador para a busca de solução que minimizasse a perda financeira dos participantes. Ao longo do primeiro semestre de 2013, a Forluz realizou estudos atuariais e jurídicos, tendo sido aprovada pelo Conselho Deliberativo, em abril, minuta do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que seria encaminhado à Previc. Após a realização de inúmeras reuniões e ajustes exigidos pela Previc, o TAC foi finalmente aprovado pelo órgão fiscalizador e publicado no Diário Oficial da União, no dia 7 de janeiro de 2014. O TAC foi aprovado! O que é e o que prevê o TAC O TAC é um documento que estabelece um acordo entre a Entidade, no caso a Forluz, e o órgão supervisor, a Previc. Nele, a Entidade se compromete a atender determinadas exigências em condições específicas, e, em contrapartida, a Previc suspende o processo administrativo. Nesse caso, o TAC estabelece que a Forluz acatará recomendação da Previc de utilizar a tábua aderente no cálculo do benefício vitalício do Plano B, atualmente a AT 2000. Com isso, não há mais necessidade do Fundo de Mudança de Tábua. Os recursos desse fundo podem, então, ser distribuídos entre os participantes, reduzindo o impacto da nova tábua no cálculo. Por outro lado, o Fundo de Risco do plano acumulou mais recursos do que o esperado devido à redução dos eventos de invalidez e morte de ativos. Parte desses recursos também podem ser revertidos para os participantes, mantendo os atuais níveis de contribuição para o fundo. O TAC determina ainda os critérios de distribuição dos fundos entre os participantes do Plano B. Quem receberá aporte na conta de aposentadoria De acordo com o TAC, terão direito ao aporte: Participantes ativos; Autopatrocinados; Participantes em BPD (Benefício Proporcional Diferido); Participantes que resgataram ou portaram recursos em 2013; Assistidos que recebem o benefício de MAT Temporária em Valor Variável ( cotas ); Assistidos cujo benefício teve início em 2013 e que optaram pela retirada de parcela à vista. 3

Como é calculado o aporte Consulte nosso portal! O cálculo do aporte leva em consideração o saldo total da conta, excluida a conta adicional, segmentado entre recursos constituídos até dezembro de 2005 (cálculo pela tábua AT 49) e após dezembro de 2005 (cálculo pela tábua AT 83). A partir desses dados, calcula-se, com base na idade atual do participante, o benefício considerando os fatores atuariais de cada tábua (AT 49 e AT 83). Na sequência, apura-se a reserva matemática através da multiplicação do fator atuarial considerando a tábua AT 2000 B M e o somatório dos benefícios apurados em separado com a AT 49 e a AT 83. O valor do aporte equivale à diferença entre a reserva matemática apurada e o saldo da conta de aposentadoria. No caso dos participantes ativos, autopatrocinados, em BPD e em gozo de MAT em cotas, o cálculo foi feito com valores de dezembro de 2013. Para os participantes que resgataram, portaram ou receberam parcela à vista de benefício em 2013, o cálculo foi realizado com os dados da data do resgate, portabilidade ou concessão do benefício, conforme o caso. Divulgação dos valores do aporte O valor do aporte e a memória de cálculo estão disponíveis no portal da Forluz, por meio dos itens do serviço de Autoatendimento, que você acessa da seguinte forma: www.forluz.org.br > Previdência > Plano B > Autoatendimento. O aporte constará do seu extrato no item Extrato de conta de aposentadoria. A Forluz incluiu o aporte na conta de aposentadoria dos participantes ativos, em BPD e autopatrocinados no mês de janeiro de 2014. O valor foi lançado na coluna da subconta patronal com o título Aporte Tábua de Mortalidade. Da mesma forma, o aporte foi incluído na conta de aposentadoria remanescente dos assistidos em cotas no mês de janeiro de 2014. O valor foi lançado no final do extrato com o título Aporte Tábua de Mortalidade. Confira os exemplos dos extratos seguir: 4

Extrato da conta de ativos Extrato da conta de assistidos ( cotas ) 5

Memória de cálculo A memória de cálculo detalhada do aporte foi disponibilizada no Autoatendimento. Para conferir o demonstrativo de cálculo entre em Demonstrativo Aporte TAC Tábua de Mortalidade. Veja o exemplo a seguir: Esclarecimento de dúvidas Em caso de dúvidas acerca do aporte, os participantes devem entrar em contato com a Forluz através do e-mail tabuademortalidade@forluz.org.br. 6