Fisiopatologia Laboratorial Exames Complementares de Diagnóstico e sua Validade Fisiopatologia Laboratorial Objectivos Adaptar o exame complementar de diagnóstico à finalidade clínica Reconhecer o conceito de validade Interpretar e calcular sensibilidade, especificidade e valores preditivos dos dados clínicos e complementares Identificar e utilizar diferentes metodologias de recolha de amostras 1
Fisiopatologia Laboratorial Objectivos Criticar a interpretação de dados clínicos e a selecção de exames complementares de diagnóstico Estabelecer metodologias de interpretação de Casos-Problema Desenvolver competências na resolução de Casos Clínicos Estimular a auto-avaliação Exames Complementares Diagnóstico Para Quê? Controlo Prognóstico Rastreio 2
Exames Complementares Diagnóstico Permite identificar a Doença Exemplo: Punção biópsia de um nódulo Identifica o nódulo como Benigno ou Maligno! Exames Complementares Prognóstico Permite antever a evolução da doença Exemplo: Estudos histopatológicos para estadiamento tumoral 3
Exames Complementares Rastreio Efectuados em grupos populacionais permitem a identificação dos indivíduos em risco de contrair a doença Exames Complementares de Diagnóstico Tome em atenção as informações que se seguem e resolva o Problema que lhe é proposto 4
Exames Complementares de Diagnóstico Verdadeiro Positivo (VP) Verdadeiro Negativo (VN)! Falso Positivo (FP)! Falso Negativo (FN)! Problema! Num determinado estudo, os resultados de testes de tolerância ao exercício (TTE) foram comparados entre indivíduos com e sem arteriopatia coronária. O critério diagnóstico de referência baseou-se na constatação arteriográfica de um estreitamento luminal de pelo menos 70% em um ou mais vasos coronários major.! Um teste de exercício positivo foi definido mediante a ocorrência de uma elevação ou depressão do segmento ST com mais de 1 mm (em pelo menos 0,08 segundos) face à linha de base, correspondente ao estado de repouso.! Dos 1465 homens estudados, encontraram-se 1023 com evidência de arteriopatia coronária. Destes, 815 tinham um teste de tolerância ao exercício positiva.! Dos 442 homens sem evidência de arteriopatia coronária, 115 tinham um teste positivo. 5
Problema Construa uma tabela de dupla entrada onde possa indicar os dados que lhe são fornecidos, bem como os respectivos totais DOENTES NÃO DOENTES TOTAL POSITIVOS NEGATIVOS TOTAL Exames Complementares de Diagnóstico DOENTES NÃO DOENTES TOTAL POSITIVOS 815 115 930 NEGATIVOS 208 327 535 TOTAL 1023 442 1465 6
Exames Complementares de Diagnóstico Sensibilidade: Probabilidade de obter um resultado Positivo relacionado com a doença em causa Especificidade: S= VP x 100 VP +FN Probabilidade de obter um resultado Negativo na ausência de Doença E= VN x 100 VN + FP Problema Determine a sensibilidade e a especificidade fazendo uso da tabela que elaborou para o nosso Problema 7
Exames Complementares de Diagnóstico Sensibilidade = 815 / 1023 x 100 = 80 % Especificidade = 327 / 442 x 100 = 74 % Falsos negativos = 208 / 1023 x 100 = 20 % Falsos positivos = 115 / 442 x 100 = 26 % Exames Complementares de Diagnóstico Valor Preditivo De um resultado Positivo, é a possibilidade de se ter a Doença quando o resultado é Positivo VPP = VP x 100 VP + FP De um resultado Negativo, é a possibilidade de não ter a Doença quando o resultado é Negativo VPN = VN x 100 VN + FN 8
Problema Determine o valor preditivo positivo e o valor preditivo negativo fazendo uso da tabela que elaborou para o nosso Problema Exames Complementares de Diagnóstico Valor preditivo positivo = 815/930 x 100 = 87,6 % Valor preditivo negativo = 327/535 x 100 = 61,1 % 9
Exames Complementares de Diagnóstico Porque poucos testes são simultaneamente muito sensíveis e muito específicos, usam-se muitas vezes dois ou mais testes associados, em paralelo ou em série, para avaliar uma hipótese diagnóstica. 10