notícias esportes entretenimento vídeos rede globo nordeste Produção de cordeiros para abate

Documentos relacionados
Criação de Novilhas Leiteiras

ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL EM BUBALINOS


Prof. Sandra Gesteira Coelho Departamento de Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais

CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS DA CARCAÇA

Pastagem para ovinos e caprinos

Valor das vendas dos principais produtos Agropecuários em 2008

Fortalecimento da Ovinocultura de Corte no Município de Dormentes, Alto Sertão de Pernambuco

Gerenciamento da Ovinocultura

Exterior do Suíno. Exterior do Suíno

TECNOLOGIAS APLICADAS PARA INTENSIFICAR O SISTEMA DE PRODUÇÃO

ESTAÇÃO DE MONTA: POR QUE INVESTIR? EDSON RAMOS DE SIQUEIRA FMVZ / UNESP Botucatu- SP

EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO COM MANEJO DE BEZERROS BUBALINOS

Bancos de proteína abandonados o que fazer frente aos desafios e inovações atuais do setor?

Série NUPEEC Produção Animal Caprinocultura

Estratégias de Alimentação Anual de Rebanhos Bovinos Leiteiros e de Corte e Ovinos MAÍRA SCHEID THIAGO LUIS ROCKENBACH

MELHORES OS LUCROS DA PECUÁRIA UTILIZANDO TÉCNICAS COMPROVADAS DE BAIXO CUSTO

O desmame e suas implicações em gado de corte

Série NUPEEC Produção Animal Ovinocultura

Resultados do 3º Teste de Desempenho de Ovinos da Raça Morada Nova

PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE

2. RESULTADOS DE CRUZAMENTOS ENTRE RAÇAS DE BOVINOS NO BRASIL

Planejamento Alimentar na Bovinocultura Leiteira

Manual de Instruções DataCollection. Nome do Documento. Novas Funcionalidades DataCollection versão 3.0

fmvz Prof. Dr. André Mendes Jorge UNESP - FMVZ - Botucatu - SP- Brasil Pesquisador do CNPq

Ultrassonografia como suporte para a seleção de características de carcaça e de qualidade da carne

A PARCEIRA DO CRIADOR

Manejo Reprodutivo. Introdução. Manejo do Garanhão. Garanhão. Égua. facilitar o manejo durante a estação número de éguas a serem cobertas.

Manejo reprodutivo I. Fernando Miranda de Vargas Junior Zootecnista, DSc.

ESTAÇÃO DE MONTA: UMA FERRAMENTA PARA MAXIMIZAR A EFICIÊNCIA REPRODUTIVA E O MELHORAMENTO GENÉTICO DOS REBANHOS

ASPECTOS IMPORTANTES PARA O SUCESSO DA. Zootecnista: Cledson Augusto Garcia Docente da Graduação

DESEMPENHO DE CABRITOS LACTENTES EM DIFERENTES PERIODOS DE ACESSO AO CREEP FEEDING. Apresentação: Pôster

ALIMENTOS COMPOSTOS PARA ANIMAIS DE EXPLORAÇÃO ANO DE

Importância Reprodutiva em Gado de Leiteiro

MANEJO DA NOVILHA EM GADO DE CRIA

CLASSIFICAÇÃO E TIPICAÇÃO DE CARCAÇAS OBJETIVOS OBJETIVOS

ZOOTECNIA I (Suínos) Sistemas de produção de suínos. Sistemas de produção de suínos 01/04/2014

Alto grão,dieta que vai bem,

COMPONENTE CURRICULAR

MANEJO DE GADO DE CORTE

MANEJO NUTRICIONAL DO CAVALO ATLETA

Utilização de cruzamentos e resultados em rebanhos de Girolando. José Reinaldo Mendes Ruas Pesquisador Epamig Norte de Minas

MANEJO DO CORDEIRO RECÉM-NASCIDO. C. Otto de Sá e J. L. Sá

Simpósio. Cria Fértil. Gestão e Produção de Bovinos. Goiânia 2008

Desenvolvimento Tecnológico Aplicado ao Acasalamento de Novilhas de Corte aos 18 Meses

Manejo reprodutivo em bovinos

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Medicina Veterinária EMENTA OBJETIVOS

ABSI e a organização de criadores de ovinos Santa Inês. Contexto de Fundação: Com a explosão da ovinocultura nacional 2013/2014

Caracterização do rebanho bovino de corte presente na 61ª Expocrato-2012

Criação de bezerros de corte

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS FES DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE DECON. Aula nº. 06

Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP

Maneio reprodutivo de caprinos. Carlos M.V. Bettencourt CEBA/DRAPAL - Herdade da Abóbada

Nutrição e alimentação de ovinos. Profª Drª Alda Lúcia Gomes Monteiro 2013

RESUMO DE ABATE DE ANIMAIS DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Nutrição do Gado de Cria no Inverno e no Período Reprodutivo

Melhoramento Genético de Suínos

Importância Reprodutiva em Gado de Leiteiro

Reservando pastos e forragem para uso na seca. ABC da Agricultura Familiar Alimentação das criações na seca 1.

PESQUISA EM ANDAMENTO

A marca que valoriza o seu rebanho

Sistemas de produção de suínos

Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão

PESQUISA EM. ANDAMENTO

Cristina Maria Pacheco Barbosa Zoot., Dra., PqC da UPD Itapetininga do Polo Regional Sudoeste Paulista/APTA

Orçamentação forrageira e desenvolvimento da pecuária

NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO. Recria - Gestação Lactação. Cachaço 08/06/2014. Levar em consideração: Exigências nutricionais de fêmeas suínas

Custos de produção e Planejamento do rebanho

Produção de Leite de Cabras

MÁXIMA PERFORMANCE O ANO TODO

Orçamento Forrageiro: Planejamento alimentar visando garantir a sustentabilidade da produção animal no semiárido nordestino

Questionário Para Seguro de Rebanho Ovinos

ft- 15Gtfç ...,.. ABC da Agricultura Familiar Alimentação das criações na seca 2 Preparando 2004 FL

Potencial de IG para raças locais: caso do Bovino Pantaneiro. Raquel Soares Juliano

Introdução. Seleção de Reprodutores. Importância das Fêmeas. Importância dos Machos. O que selecionar. Como selecionar

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO CORPORAL EM OVINOS E A CORRELAÇÃO COM PRODUÇÃO DE CARNE

TERMINAÇÃO. Sistemas de produção de carne no Brasil Sistema de 2010 (x 1000) 2010 (%) Sistemas de Produção 11/03/2015

MÁXIMA PERFORMANCE O ANO TODO

Suinocultura. Revisão. Luciano Hauschild Departamento de Zootecnia Sistemas de produção; Modelos de produção;

DESEMPENHO DE CORDEIROS FILHOS DE MATRIZES SUPLEMENTADAS EM PASTO DIFERIDO. Apresentação: Pôster

Ultrassonografia como suporte para a seleção de características de carcaça e de qualidade da carne

Programa Analítico de Disciplina ZOO416 Caprinocultura

Suinocultura. Luciano Hauschild Departamento de Zootecnia Jaboticabal, Raças mais utilizadas na suinocultura;

OVINOPLUS PROGRAMA DE AVALIAÇÃO GENÉTICA DE OVINOS DE CORTE

Suplementação de gordura para vacas leiteiras em pasto

DIFERIMENTO DE PASTAGENS

Treinamento: Bovinocultura de corte (manejo e sanidade) Cód. 403

A PESQUISA EM MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL DA EMBRAPA PECUÁRIA SUDESTE

FERTILIDADE DE OVINOS DA RAÇA MORADA NOVA NA REGIÃO SEMIÁRIDA 1

Manejo nutricional nas. diferentes fases da vida. de cães e gatos

Programa Analítico de Disciplina AGF473 Produção de Ruminantes

45 Circular. Técnica. Formação de um Rebanho de Corte Utilizando Novilhas Cobertas aos 15 e 18 Meses de Idade. Autor

Manejo de pastagens Consumo de forragem

Carlos Gottschall Professor do curso de Med. Veterinária da ULBRA Mestre em Zootecnia - Consultor em Produção Animal

Manejo e nutrição de bezerras e novilhas. Luciana Ferri Frares Médica Veterinária

CARACTERíSTICAS DE CRESCIMENTO DE CORDEIROS ½ SANGUE PARA ABATE NO NORDESTE DO BRASIL

ESPECIALIZAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL DISCIPLINAS DE NÚCLEO COMUM

REPRODUÇÃO EM BOVINOS

Confira o que preparamos para você neste mês e leia até o final, temos certeza que são assuntos essenciais no campo como a Nogueira.

Transcrição:

1 de 5 17/01/2012 09:20 notícias esportes entretenimento vídeos rede globo nordeste e-mail central globo.com todos os sites Aboios e Repentes Aqüicultura --> Aves Cães Causos Na Beira do Fogo Agricultura Bovinos e Bubalinos Casa de Fazenda Equinos Fruticultura Ovinos e Caprinos Cavalo e Cia Ciência no Campo Debate Rural Dog Foto Blog Dúvidas? O especialista ajuda Empregos no Campo Exposições e Leilões Feira Livre Galeria de Fotos Rurais Meio Ambiente Notícias do Campo Receitas do Campo Suínos Turismo Rural quinta-feira, 6 de novembro de 2003 Produção de cordeiros para abate Por Nelson Nogueira Barros * Marco Aurélio Delmondes Bomfim * A fase de produção compreende o período entre a concepção e o desmame. Esta fase envolve dois períodos do ciclo produtivo do ovino, o de prenhez e o de cria. Ambos são de grande importância, sob o ponto de vista nutricional, no sentido de se desmamar animais pesados, passo importante para leva-los ao abate em idade precoce, quando a carne ainda guarda todas as características de qualidade (cor, odor, maciez e suculência) condizentes com as necessidades do mercado. No Nordeste, as ovelhas têm um comportamento de poliestria contínua, isto é, apresentam estro o ano inteiro. Assim, deve-se buscar obter intervalos entre pastos de sete a oito meses. A estação de monta deve ter a duração de 49 dias. Ressalte-se que a estação de monta melhora o manejo do rebanho por favorecer a concentração de nascimento das crias. Ainda, esta prática permite programar, mais eficientemente, o ajuste da alimentação das matrizes durante o último terço da prenhez, o desmame, a separação das crias por sexo, o acabamento e a comercialização das crias e o descarte orientado. A primeira estação de monta deve ser direcionada no sentido de que os últimos 50 dias de prenhez e a lactação ocorram na época de abundância de alimento nas pastagens. As estações de monta subsequentes devem ter início ainda na fase de cria, isto é, com as crias aos pés das mães, entre 40 e 60 dias após ter nascido a primeira cria no rebanho. Vale a pena lembrar que, este manejo reprodutivo enseja o nascimento de crias durante todo o ano. Ressalte-se que, no final da prenhez e o no início do pós-parto as matrizes são mais susceptíveis às verminoses clínicas o que justifica a realização de exames parasitológicos e, quando Fale Conosco Expediente Anuncie

2 de 5 17/01/2012 09:20 necessário a realização de vermifugação. O desempenho produtivo do rebanho depende de muitos fatores, dos quis se destacam: 1. Condição corporal da matriz e do reprodutor. A condição corporal das matrizes, ao longo do ciclo reprodutivo, exerce grande influência no desempenho produtivo do rebanho. Numa escala de um a cinco (Figura 1), estas devem apresentar escore de composição corporal de 2,5 por ocasião da estação de monta, 3,5 ao parto, podendo este ser reduzido para até 2 do parto ao pico da lactação. O reprodutor, deve estarem boas condições nutricionais além de recebe reforço alimentar 20 dias antes e durante a estação de monta, para garantir a boa qualidade do sêmen; FIGURA 1 Escala de avaliação de escore corporal para ovinos Palpar o processo espinhoso, no contorno da linha lombar das ovelhas, atrás da última costela e na frente do osso do quadril. Palpar acima do processo transverso

3 de 5 17/01/2012 09:20 Palpar o preenchimento de cobertura de músculo e gordura ESCORE 1 (Emaciada). O processo espinhoso na linha central do lombo está agudo, cortante e proeminente. O músculo do olho de lombo, está raso, sem nenhuma cobertura de gordura. O processo transverso está agudo, cortante e pode-se passar os dedos sobre as extremidades. ESCORE 2 (Magra) Processo espinhoso agudo e proeminente. O músculo do olho de lombo está raso, e tem pouca cobertura de gordura, mas está cheio. O processo transverso está plano, macio e levemente arredondado. É possível passar os dedos sobre as extremidades dos processos transversos com uma pequena pressão. ESCORE 3 (Média) - Os processos espinhosos estão planos, macios e arredondados e pode-se apalpar apenas com pressão. Os processos transversos estão planos e bem cobertos e uma pressão forte é necessária

4 de 5 17/01/2012 09:20 para palpar as extremidades. O músculo do olho de lombo está cheio e com alguma gordura de cobertura. ESCORE 4 (Gorda) O processo espinhoso pode ser sentido apenas com pressão na linha média. Os processos transversos não podem ser sentidos ou palpados. O músculo da área de lombo está cheio e com espessura ou camada de cobertura de gordura. ESCORE 5. (OBESA) - Os processos espinhosos não podem ser detectados. Há uma depressão entre a gordura onde a espinha poderia, normalmente, ser sentida. Os processos transversos não podem ser detectados. O músculo da área de lombo está muito cheio com uma camada de cobertura de gordura muito grande. 2. Saúde dos sistemas reprodutor e locomotor. Ressalte-se a importância dos aprumos, especialmente os das patas traseiras, de suma importância para o salto nos machos; 3. Potencial genético dos reprodutores. Práticas de manejo relativas à saúde do rebanho, devem ser de natureza profilática. Vale salientar que, independente da época do ano, as primeiras três semanas são críticas para a sobrevivência das crias. Assim, para maximizar a taxa de sobrevivência é de extrema importância que a primeira mamada bem como o corte e cura do cordão umbilical, com tintura de iodo a 10%, sejam efetuados no menor espaço de tempo após o parto. Considerando que, especialmente no semi-árido existem duas épocas muito distintas o manejo alimentar das matrizes e das crias deve ser diferenciado em função

5 de 5 17/01/2012 09:20 destes períodos do ano. Na época chuvosa ambas, matrizes e crias, devem ser mantidas a pasto recebendo somente suplemento mineral. Na época seca as matrizes devem ser suplementadas, especialmente nos últimos cinqüenta dias de prenhez e primeiros trintas dias de lactação, porém, deve-se priorizar o final da prenhez. O suplemento deve ser aquele produzido na região ou na propriedade, de tal forma a não elevar muito o custo de produção das crias. Estas (crias) devem permanecer no campo com as mães o dia inteiro, nos primeiros 15 dias de vida. A partir desta idade devem ser retidas no aprisco durante todo o dia. Assim a amamentação ficará restrita a uma mamada pela manhã, antes das mães saírem para o pasto, e outra quando estas retornarem ao aprisco. Durante o período em que as matrizes estiverem no pasto colocar a disposição das crias um volumoso de boa qualidade (capim elefante e/ou feno de leguminosas, a exemplo daqueles de cunha, leucena, feijão guandu, etc. ou qualquer outro bom volumoso). O feno de leucena não deve ser usado como único volumoso, devido conter minosina e a flora ruminal dos animais ainda não se encontrar completamente desenvolvida. Oferecer, também, concentrado com 15 a 20% de proteína bruta, dependendo do tipo de volumoso utilizado (leguminosa ou gramínea, respectivamente) além de água fresca. Todos os alimentos devem ser oferecidos à vontade, limitando somente o concentrado, porém, somente no momento em que este passar a ser considerado elevado. O desmame deve ser efetuado, preferencialmente, entre 70 e 84 dias de idade das crias. Ressalte-se que 24 a 48 horas antes do desmame as matrizes devem ser submetidas a jejum de água e alimento e, logo após o desmame colocadas em uma pastagem de ma qualidade até que cesse totalmente a produção de leite, visando reduzir a possibilidade de ocorrência de mastite. * Pesquisador da Embrapa Caprinos. Da Redação do Nordeste Rural Voltar Imprimir LEIA MAIS: 07.07.2011 05h14> Como iniciar uma criação de caprinos e ovinos 2003 TV Globo LTDA. Todos os direitos reservados.