MANEJO NUTRICIONAL DO CAVALO ATLETA
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- Mônica Silveira Aveiro
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1 MANEJO NUTRICIONAL DO CAVALO ATLETA Pâmela Lais Pontes Gomes 1, Geraldo Nardi Junior 2 1 Discente do curso de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Tecnologia de Botucatu Fatec Botucatu, pamelalpg12@hotmail.com 2 Professor doutor do curso de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Tecnologia de Botucatu Fatec Botucatu, gjunior@fatec.edu.br. 1 INTRODUÇÃO A alimentação equina deve ser adequada a cada tipo de modalidade que o cavalo deve enfrentar como: Corrida, provas de força máxima, ou até mesmo lida de gado dentro de sua propriedade. Deve-se sempre se atentar ao modo de como seu cavalo ira trabalhar e qual alimentação deve ser usada de forma a não agredir o animal e ainda o nutrir (CINTRA, 2005). Conforme Priminiano (2010), A base para a alimentação de um cavalo atleta e a colocação de sais minerais nas fórmulas das rações pois implica na melhoria no ganho de peso e ajuda na absorção das deficiências nutricionais de um cavalo, ajudando e fortalecendo cada vez mais o cavalo atleta. Quando alimentamos um eqüino precisamos entender como funciona o sistema digestivo, incluindo limitações físicas e áreas importantes de digestão e absorção. Portanto muita atenção deve ser dada à mudança de dieta, que deve ser lenta (entre 1 e 2 semanas). Outro aspecto importante é o consumo de alimentos, que pode diminuir a medida que aumenta-se a quantidade de concentrado (ração) na dieta, principalmente quando incorpora-se uma porção extra de concentrado previamente à algum evento, provas, exposições. É de suma importância o fornecimento fracionado do concentrado, em no mínimo duas vezes ao dia e lembrando que os comedouros devem ser limpos das sobras da porção oferecida anteriormente (DE OLIVEIRA, 2010). A influência do exercício ou trabalho sobre as exigências nutricionais depende da intensidade, da duração, do tamanho do animal e do peso do cavaleiro. Exercícios leves podem ser considerados como uma cavalgada leve sem exigir do animal, moderados como trabalho com gado em fazenda, provas de freio executadas em torneios, exposições e provas de saltos. Como exercícios pesados, podem ser considerados as corridas em jóquei, jogos de pólo. Quando os animais estão se exercitando, há perdas de minerais e água do organismo através do suor sendo necessário fazer a reposição (DE OLIVEIRA, 2010).
2 Deve-se sempre incluir forragens (bons pastos, fenos) na dieta dos animais para que seja mantido um bom funcionamento do trato digestivo. Como regra geral, a exigência de forragem pode ser preenchida fornecendo em torno de 1 % do peso vivo do animal (ex: feno). Em algumas situações onde exige-se muito dos animais ou, com fêmeas lactantes, é necessário fornecer algum tipo de concentrado (incluindo aquirações comerciais) que são mais digestíveis do que as forragens (DE OLIVEIRA,2010). De acordo com as regras gerais para a alimentação dos equinos são as seguintes (DE OLIVEIRA, 2010): 1) Alimente os animais no mínimo 2 vezes por dia; 2) Seja consistente na quantidade e no tipo de alimento fornecido. Se qualquer mudança for necessária, promova-a gradualmente (entre uma e duas semanas); 3) Garanta acesso facilitado ao sal mineralizado; 4) Mantenha água limpa e fresca à vontade em bebedouros limpos; 5) Lembre-se de montar um esquema de vermifugação eficiente; 6) Estabeleça cronograma para checagem periódica dos dentes; 7) Monitore a condição corporal (peso) regularmente; 8) Garanta exercício regular e contínuo; 9) Nunca permita que o animal exercitado ainda quente tenha livre ácesso à água; A nutrição animal é a base de um cavalo campeão pois e na alimentação que se tira a melhor qualidade do animal, estudando a força que um cavalo faz para competir se adequada uma alimentação para que este cavalo não tenha nenhum dano e que faça deste cavalo um animal competidor e que não sofra nenhuma lesão com uma alimentação de má qualidade (CINTRA, 1999). Sendo fundamental a utilização de minerais na alimentação de cavalos atletas, muitas vezes, não se da à devida importância desse suplemento a dieta dos animais. De fato, este trabalho é voltado para essas precisas atenções, dando uma ampla visão quanto ao fornecimento de suplementação a cavalos que são submetidos a diversos tipos de esportes. Existem alguns nutrientes importantes na alimentação de equinos como: água, proteínas,
3 minerais, carboidratos e vitaminas, as quais, exigem uma maior atenção no manejo alimentar desses animais (DE OLIVEIRA, 2010). Outro foco muito importante para a nutrição de um cavalo atleta é a visão das deficiências nutricionais deste cavalo pois os cavalos precisam estar em dia com sua alimentação, e utilizar quantidade mais elevada e que devem ser suplementados na alimentação (Cloro, Sódio, Potássio, Cálcio e Magnésio), que ajudam na fortificação e nutrição do animal (CINTRA, 1999). Segundo Lewis (2000), uma nutrição não adequada ao animal pode acarretar sérios danos ao animal, podendo levar a perda de suas exigências nutricionais e com isso exigir muito mais de uma alimentação podem ocorrer sérios riscos que podem levar a lesões internas deste animal, provocando a ineficiência deste animal para ser um atleta. A nutrição inadequada pode resultar em carências minerais. A osteodistrofia fibrosa em equinos ou mais conhecida como doença da cara inchada é comum e ocorre por deficiência da ingestão de cálcio ou ingestão excessiva de fósforo (farelos de milho e trigo) e seu resultado é um aumento dos tecidos ósseos da face, forçando o organismo a retirar cálcio depositado nos ossos. Em sua consequência, os ossos ficam porosos e quebradiços (DE OLIVEIRA, 2010). O objetivo do trabalho foi avaliar o plano nutricional dos equinos em um centro de treinamento e o descrito pela literatura. 3 MATERIAL E MÉTODOS Foi realizado estudo de caso em centro de treinamento na cidade de Bofete - SP, onde foi comparado o plano nutricional dos animais na propriedade e o descrito pela bibliografia consultada. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES O trabalho foi realizado na cidade de Bofete- SP em um centro de treinamento de equinos atletas da raça Quarto de Milha que conta com ajuda de dois treinadores e dois tratadores. Onde são encontrados 36 animais sendo 8 matrizes, 4 cavalos atletas (cavalos pronto pra competições), 3 potros em fase de doma, 18 potros em desmama, 3 recém nascidos. A alimentação desses animais são diferenciadas de acordo com seu trabalho e esforço físico.
4 A alimentação das matrizes e potros recém nascidos: as matrizes podem pesar até 600kg, sendo 3kg ração laminada e 2 kg de feno na parte da manhã por volta das 07:00 horas e na parte da tarde por volta das 15:00 horas são 3kg ração laminada e 17:00 horas 2kg de feno, sal mineral a vontade as matrizes são encontradas em piquete coletivo de 160m², conforme (figura 1). Em potros recém nascidos ainda em faze de aleitamento (leite materno) encontram-se em piquetes junto as mães e vão aprendendo a comer feno com a égua. Conforme De Oliveira (2010) o peso das matrizes pode chegar em torno de 400 á 600 kg, e sua alimentação está na base de 4 kg dia de feno e 5 kg de ração concentrada ao dia. E os potros recém nascidos se alimentando de leite materno comem feno a vontade. Conforme encontrado no centro de treinamento estudado. Figura 1. Matriz em amamentação. A alimentação de potros desmamados: na fase de desmama os potros podem pesar entre 250 a 300 kg, é fornecido, feno a vontade, 2kg de ração laminada por potro na parte da manhã e sal mineral a vontade. Os potros são encontrados em piquete coletivo de 160m², (figura 2). Conforme De Oliveira (2010), os potros em fase de desmama no período entre 6 meses pesam em torno de 215 á 250 kg e sua alimentação em torno de 3 kg de feno no dia e 2 kg de ração balanceada ao dia, de acordo com o encontrado no estudo. Figura 2. Potros em desmama.
5 A alimentação dos potros em fase de doma (2 a 3 anos): pesam entre 400 á 450kg (Figura 3) é realizada na parte da manhã por volta das 07:00 horas 4kg de feno, 2kg de aveia, por volta das 15:00 horas é realizado 2 kg de ração laminada as 17:00 horas 4kg de feno e sal mineral a vontade, os animais são encontrados em baias individuais de 16m². De acordo com De Oliveira (2010) os potros pesam e torno de 450 kg onde sua base de alimentação é de 7 kg de feno ao dia e de 6 kg de ração concentrada ao dia. Figura 3. Potros em fase de doma. A Alimentação dos equinos atletas: pesam de 450 á 500 kg é realizada por volta das 07:00 horas 2,5 kg de ração laminada e 4 kg de feno ás 15:00 horas é servido 2,5 kg de aveia e as 17:00 horas 4 kg de alfafa e sal mineral á vontade, os animais são encontrados em baias
6 individuais de 16m² (Figura 4), conforme com a literatura estudada sugere que um animal adulto nessa faixa de peso consuma 6kg de ração por dia e 7 á 8 kg de feno ao dia. (DE OLIVEIRA, 2010). Figura 4. Cavalo atleta (garanhão). 5 CONCLUSÃO Cabe aos profissionais do agronegócio definir o correto manejo nutricional dos animais para que estes expressem todo o seu potencial genético. Conforme observado no estudo de caso existem pequenas diferenças no manejo nutricional, porém os animais apresentam bom desempenho e se mantém saudáveis. 6 REFERÊNCIAS CINTRA, A.G. Nutrição do cavalo atleta, Disponível em: < Acesso em: 03 junho CINTRA, A. G. Alimentação de equinos, (O Portal do cavalo crioulo). Disponível em: < Acesso em: 03 junho DE OLIVEIRA, D. ASPECTOS SOBRE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE EQUINOS Agroceres Nutrição Animal, p. 2 á 21, {s.d.}. Acesso em: 04 de Agosto de LEWIS, L. D. Nutrição clínica equina. São Paulo: Roca, PRIMIANO, F. M. Manejo e nutrição do cavalo atleta, Revista PETFOOD. Disponível em: < Acesso em: 03 junho 2015.
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