4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Projeto Educacional Poetinha Centenário Versinhos Imaginários Para você, o que é poema? VERSOS E ESTROFES Poema é um texto organizado em versos e estrofes. Cada linha de um poema é chamada de verso. E, quando esses versos são agrupados em um único bloco, recebem o nome de estrofe. Veja: (...) Em bola de meia VERSO (cada linha do poema) Jogando de meia-direita ou de ponta estrofe Passava da conta De tanto driblar estrofe Amava era amar Amava Leonor Menina de cor 1) Quantos versos e quantas estrofes há no poema O poeta aprendiz?
RECURSOS POÉTICOS RIMA A rima é um recurso usado pelo poeta para dar ritmo aos versos. Mas você sabe o que é rima? A rima é a repetição de um mesmo som no final dos versos. 2) Observe as sílabas finais dos versos e retire do poema O poeta aprendiz as palavras que rimam com menino: escuro: infante: anjo: dez: mergulho: bodoque: ponta: verde-gaio: primas: tangerina: bonita: moreno: sofria: 3) Num poema, geralmente, não se escreve até o final da linha. O poeta é livre para voltar a linha quando quiser. O poema a seguir é do nosso poetinha centenário Vinicius de Moraes. Ele é formado apenas por uma estrofe e treze versos que dispusemos todos juntos. Reescreva-os, fazendo a distribuição correta deles. Para auxiliá-lo, usamos este sinal: /. Vamos começar? A cachorrinha título Mas que amor de cachorrinha! / Mas que amor de cachorrinha! / Pode haver coisa no mundo / Mais branca, mais bonitinha / Do que a tua barriguinha / Crivada de mamiquinha? / Pode haver coisa no mundo / Mais travessa, mais tontinha / Que esse amor de cachorrinha / Quando vem fazer festinha / Remexendo a traseirinha? / Uau, uau, uau, uau / Uau, uau, uau, uau! Tom Jobim / Vinicius de Moraes
Agora, vamos cantar! 4) Ilustre, neste espaço, a cachorrinha do poema. Se quiser, pode colar uma imagem ou a foto de sua cachorrinha, se tiver.
RITMO Além da rima, o poeta pode usar outros recursos para dar ritmo à poesia: repetição de alguns sons no começo ou no meio da palavra; repetição de algumas palavras; destaque de algumas sílabas do verso. Veja a seguir como Vinicius de Moraes usou esse recurso para sugerir o andar do pato. O PATO Lá vem o pato Pata aqui, pata acolá Lá vem o pato Para ver o que é que há. O pato pateta Pintou o caneco Surrou a galinha Bateu no marreco Pulou do poleiro No pé do cavalo Levou um coice Criou um galo Comeu um pedaço De jenipapo Ficou engasgado Com dor no papo Caiu no poço Quebrou a tigela Tantas que o moço Que foi pra panela. Disponível em: <http://espacoeducarliza.blogspot.com.br >. Acesso em: 25 abr. 2014 Vinicius de Moraes. A arca de Noé. São Paulo: Companhia de Letrinhas, 2004
Para você perceber o ritmo do poema de Vinicius de Moraes, vamos realizar as seguintes atividades. Pense num pato andando. Com seu andar meio desajeitado, ele pisa com uma pata, depois com a outra, movendo levemente o corpo para um lado e para o outro. Agora, leia, em voz alta, a primeira estrofe do poema. Lá vem o pato Pata aqui, pata acolá Lá vem o pato Para ver o que é que há. Procure imitar, com o movimento do corpo, o andar do pato, acompanhado da fala, em voz alta, da primeira estrofe do poema. Você deve ter notado que o poeta escreveu esses versos procurando sugerir o andar do pato. Ele conseguiu isso fazendo uso de alguns recursos: repetição de alguns sons; repetição de algumas palavras; destaque de algumas sílabas do verso. 5) No poema, há algumas consoantes, vogais, sílabas e palavras que se repetem. Identifique: a) a consoante repetida: b) a vogal repetida: c) as sílabas que se repetem: d) as palavras que se repetem: Além das repetições evidenciadas anteriormente, o poeta pode repetir versos e estrofes. Veja como o nosso poetinha centenário usou esses recursos:
O GIRASSOL Sempre que o Sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Roda, roda, roda Rodador Vai rodando, dando mel Vai rodando, dando flor Sempre que o Sol Pinta de anil Todo o céu O girassol Fica um gentil Carrossel Roda, roda, roda Carrossel Gira, gira, gira Girassol Redondinho como o céu Marelinho como o Sol Vinicius de Moraes
O PERU Glu! Glu! Glu! Abram alas pro peru! O peru foi a passeio Pensando que era pavão Tico-tico riu-se tanto Que morreu de congestão. O peru dança de roda Numa roda de carvão Quando acaba fica tonto De quase cair no chão. O peru se viu um dia Nas águas do ribeirão Foi-se olhando foi dizendo Que beleza de pavão! Glu! Glu! Glu! Abram alas pro peru! Vinicius de Moraes. A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2004. 6) Grife, nos dois poemas, a repetição: de palavras; de versos; de estrofes.
7) Ilustre, ao lado do poema O girassol, lindos girassóis. 8) Pinte o peru e, para enfeitar a cauda dele, cole casquinhas de lápis coloridos. Que tal criar um cenário para ele?
INVERSÃO DE PALAVRAS O poeta, em busca de um ritmo melhor para o poema, ainda pode alterar as palavras no verso. Leia um verso de O poeta aprendiz: Anos tinha dez O poeta poderia ter escrito Tinha dez anos. Na sua opinião, por que ele inverteu as palavras? Volte ao texto O poeta aprendiz. Exatamente! Ele inverteu as palavras para rimar dez com pés. Veja: 9) Agora é você! Inverta as palavras com a intenção de dar mais ritmo aos seguintes versos. a) Tu és o meu grande amor. És a linda flor do meu jardim. b) Pula, pula, coelhinho sapeca. Teca é a sua dona. c) Peru que tem cauda colorida Bela vida você tem!