22/11/2016. Cálculo de Ganhos Financeiros com as Melhorias Ergonômicas. Argumentos Possíveis

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Transcrição:

Cursos: Cálculo de Ganhos Financeiros com as Melhorias Ergonômicas Curso 3: DEMONSTRAÇÃO DOS GANHOS FINANCEIROS E DE PRODUTIVIDADE COM A APLICAÇÃO DA ERGONOMIA Curso 4: EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE GANHOS FINANCEIROS E DE PRODUTIVIDADE COM A ERGONOMIA Prof: HUDSON DE ARAÚJO COUTO, MG Médico do Trabalho, Doutor em Administração Coord: Thays Faucz Ianoski Coord: Lucimara Roldan Boaretti Argumentos Possíveis Cálculo de Ganhos Financeiros com as Melhorias Ergonômicas Hudson Couto Aumento de produtividade decorrente da própria solução ergonômica Redução de perdas Redução de passivos Ganhos financeiros com novas tecnologias de maior produtividade alavancadas pela necessidade de melhoria ergonômica UA: 22/11/2016 PONTO DE EQUILÍBRIO 1º. Efeito da Ergonomia: AUMENTO DA PRODUTIVIDADE PONTO DE EQUILÍBRIO 1

1º. Efeito da Ergonomia: AUMENTO DA PRODUTIVIDADE PONTO DE EQUILÍBRIO Produtividade= Faturamento/Custo Boa ergonomia: Impacto na produtividade Aumento da taxa de ocupação do trabalhador Melhor posicionamento do corpo para trabalhar Redução da fadiga Redução de tempos de preparação (setup)- TRF Redução do tempo de preparo da produção seguinte (ex:bobinadeiras) Redução do tempo de recuperação da produção em quebras Redução do tempo de manutenção e maior disponibilidade do equipamento para operação Redução no tempo de determinada operação crítica e maior disponibilização do trabalhador para a produção Redução no tempo de operação e maior número de peças produzidas Redução de retrabalho Redução da movimentação de materiais (não agrega valor) Utilização de ferramentas corretas Redução dos afastamentos por dores nos braços e na coluna contribui para o cumprimento do programa de produção 2º. Efeito da Ergonomia: REDUÇÃO DE PERDAS PONTO DE EQUILÍBRIO 2º. Efeito da Ergonomia: REDUÇÃO DE PERDAS PONTO DE EQUILÍBRIO Boa Ergonomia: Impacto na Redução de Perdas Redução de aprox. 37% dos acidentes do trabalho Redução de 40% dos defeitos em manufaturas Redução de absenteísmo por transtornos osteomusculares em 66% Redução do absenteísmo por transtornos mentais em 50% Redução do presenteísmo (por acidentes do trabalho ou por remanejamentos) Redução no custo com infindáveis tratamentos médicos-fisioterápicos de baixa resolubilidade Redução do FAP Boa Ergonomia: Impacto na Redução de Perdas Redução das despesas com mão de obra substituta Recrutamento e atração Seleção Treinamento Realocação Redução de multas trabalhistas Redução da participação financeira dos sócios não desejados Advogados Peritos assistentes Peritos para justificativa de B91 Pessoal próprio exercendo trabalho de correr atrás do prejuízo 2

PONTO DE EQUILÍBRIO 3º. Efeito da Ergonomia: PONTO DE REDUÇÃO DE PASSIVOS EQUILÍBRIO TRABALHISTAS 3º. Efeito da Ergonomia: PONTO DE REDUÇÃO DE PASSIVOS EQUILÍBRIO TRABALHISTAS Boa Ergonomia: Redução de Passivos Redução de B91 e seu impacto de curto, médio e longo prazo Redução de litígios trabalhistas Redução de processos de reparação pelo dano Redução de ações regressivas PONTO DE EQUILÍBRIO 4º. Efeito da Ergonomia: ALAVANCADOR DE NOVOS INVESTIMENTOS COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE E FINANCEIROS PONTO DE EQUILÍBRIO 3

1º. 4º. Efeito da Ergonomia: ALAVANCADOR AUMENTO DA DE PRODUTIVIDADE NOVOS INVESTIMENTOS COM GANHOS DE PRODUTIVIDADE E FINANCEIROS PONTO DE EQUILÍBRIO Produtividade= Faturamento/Custo Processos tecnologicamente mais evoluídos Automatização eliminando esforços manuais Meios mecânicos de movimentação de peças eliminando esforços humanos Transportando peças evitando sobrecarga para coluna Afastando o trabalhador do calor e de agentes agressivos eliminando também acidentes Todas as situações em que a exposição estiver bem acima dos limites e que a adequação se relevar muito difícil ou de alto custo Demonstrações Financeiras Economia e ganho direto pós-melhoria Payback ROI- Retorno do Investimento VRA- Valor Real Agregado VPL Valor Presente Líquido TIR Taxa Interna de Retorno Demonstrações Financeiras Economia e ganho direto pós-melhoria Payback ROI- Retorno do Investimento VRA- Valor Real Agregado VPL Valor Presente Líquido TIR Taxa Interna de Retorno Economia e Ganho Direto Pós-Melhoria Aplicável principalmente a melhorias de baixo investimento Apurar dados Exemplo 1 Dispositivo para troca de rolos no transportador de minério Exemplo 2-Garras para substituir borrachas na laminação de bobinas de alumínio VERIFICAÇÃO RESULTADOS ALCANÇADOS PELO GRUPO: SEGURANÇA Minimização de riscos de acidentes pessoais; Minimização de riscos de acidentes com equipamentos. MORAL Redução significativa de trabalho pesado Melhores condições de trabalho (ergonomia), eliminando postura inadequada, esforço físico, e peso excessivo; Satisfação, autoestima, autorrealização do pessoal envolvido. 4

VERIFICAÇÃO GANHOS OBTIDOS MEIOAMBIENTE Contribuição ao meio ambiente, eliminando acúmulo de sucatas ao longo dos transportadores. Eliminação de ruído de fundo no Bairro Pilar e Condomínio Curral Del Rei. ENTREGA Menor tempo para execução da tarefa TEMPO MÉDIO 0:40 MINUTOS. Consequentemente, obtendo ganhos na produtividade. GANHOS OBTIDOS GANHOS OBTIDOS CUSTO VERIFICAÇÃO Diminuição de homem hora aplicada durante as corretivas passando de quatro para três homens; Eliminação de contratação de quatro mecânicos paraefetuaratrocadosrolosdebackloogdurante as preventivas gerando uma economia de: R$ 1.920,00 / mês R$ 23.040,00 / ano. Demonstrações Financeiras Economia e ganho direto pós-melhoria Payback ROI- Retorno do Investimento VRA- Valor Real Agregado VPL Valor Presente Líquido TIR Taxa Interna de Retorno Custo para implantação baixo 5

Payback Tempo necessário para recuperar o investimento Unidade: Tempo Formas de usar o Payback Considerando a não ocorrência de perdas de valor já conhecido e/ou incidência já conhecida Ajustando a taxa de ocupação entre a real e a permitida Treino do Cálculo do Payback Exemplo Simulado Um estudo mostrou que, quando mal sentado, um trabalhador de escritório trabalha 50 minutos a menos durante uma jornada Sabendo-se que o custo de uma boa cadeira ergonômica é de R$ 800 Qual é o tempo em que essa melhoria se paga em uma pessoa com salário de R$ 2.100 Uso do Payback Melhorias ergonômicas na cabine do Picador de Madeira Características técnicas: Classificação Vibração de Corpo Inteiro Tempos Seguros Caracterização (Aceleração) m/s 2 Temposegurode exposição (minutos) Picador Móvel DDC 5000G Peso total 48 ton 15,8 m comprimento 3,58 m largura 4,09 m altura Motor Caterpillar 3412E com 1000 HP. Consumo diesel - 108 l/h Média-produção/hora: 86,8 m³/hora Quase imperceptível < 0,43 480 Não desconfortável 0,44 a 0,60 360 Pouco desconfortável 0,61 a 0,87 240 Medianamente 0,88 a 1,22 120 desconfortável Inconfortável 1,23 a 1,71 60 Muito inconfortável 1,72 a 2,9 30 Extremamente inconfortável >= 3,0 10 (*) Tabela construída segundo os critérios do item C.2.3 do anexo C da norma ISO 2631-1 de 1997 em contraste com a duração da exposição prevista no Health guidance caution zones do item B.3.1 do anexo B da mesma norma. Por Vendrame e Couto (2012) 6

Antes da melhoria Melhorias ergonômicas na cabine do Picador de Madeira Dados: Uso do Payback Antes da melhoria Vibração 1,78 m/s 2 Tempo de trabalho seguro 30 minutos Taxa de ocupação segura 6,25% Banco Mecânico original sem coxin, com regulagens limitadas tanto para altura quanto distância. Banco Mecânico sem apoio paraospés. Adequações ergonômicas realizadas Aquisição de um banco pneumático igual ao da máquina Clambunk com regulagens de altura conforme o peso e distância. Adquirido 01 coxim pneumático com 04 cilindros. Abertura do coxim pneumático Depois da melhoria cilindro do coxim Confeccionados: Suporte para apoio dos pés com regulagens acoplado ao banco, sendo que o operador nãotemcontatocompisodacabine. Banco Pneumático do Clambunk com diversas regulagens, e adaptação de coxim pneumático com quatro cilindros. Suporte para apoiar os pés com regulagens. Melhorias ergonômicas na cabine do Picador de Madeira Dados: Uso do Payback Antes da melhoria Depois da melhoria Vibração 1,78 m/s 2 0,57 m/s 2 Tempo de trabalho seguro 30 minutos 360 minutos Taxa de ocupação segura 6,25% 75% Sabendo-se que o custo da melhoria em uma máquina foi de R$ 7.171,00 Pergunta: Em quanto tempo essa melhoria se pagou? Uso do Payback Melhorias ergonômicas na cabine do Picador de Madeira Dados: Antes da melhoria Depois da melhoria Vibração 1,78 m/s 2 0,57 m/s 2 Tempo de trabalho seguro 30 minutos 360 minutos Taxa de ocupação segura 6,25% 75% Salário: R$ 2.000 Encargos: 90% Letras: 4 Horas de trabalho por semana: 40 Semanas de trabalho por mês: 4,5 Sabendo-se que o custo da melhoria em uma máquina foi de R$ 7.171,00 Pergunta: Em quanto tempo essa melhoria se pagou? R: 7

Cálculo do Payback Item Antes Depois Salário + encargos por letra R$ 3800 x 4= R$ 15.200 R$ 15.200 Salário +encargos por dia R$ 15.200 / 22= R$ 690 R$ 690 Tempo efetivo de trabalho permitido (seguro) Ganho de produtividade em salário com a melhoria ergonômica por dia 6% ou R$ 41,00 75% ou R$ 517 R$ 517 41 = R$ 476 Custo da melhoria R$ 7.171,00 Cálculo do Payback Item Antes Depois Salário + encargos por letra R$ 3800 x 4= R$ 15.200 R$ 15.200 Salário +encargos por dia R$ 15.200 / 22= R$ 690 R$ 690 Tempo efetivo de trabalho permitido (seguro) Ganho de produtividade em salário com a melhoria ergonômica por dia 6% ou R$ 41,00 75% ou R$ 517 R$ 517 41 = R$ 476 Custo da melhoria R$ 7.171,00 Payback (dias) 21 Conclusão: Essa melhoria ergonômica se paga em dias Payback (dias) 21 Conclusão: Essa melhoria ergonômica se paga em 21 dias Produtividade Máxima Considerando a Ergonomia Em atividades fisicamente pesadas Em atividades em ambientes quentes Em situações de vibração de corpo inteiro Em atividades com vibração manual Em atividades repetitivas e de montagem de componentes Em atividades de escritório Em atividades intelectuais Demonstrações Financeiras Economia e ganho direto pós-melhoria Payback ROI- Retorno do Investimento VRA- Valor Real Agregado VPL Valor Presente Líquido TIR Taxa Interna de Retorno ROI Return on Investment Desde 1920, HBR Sinônimos: taxa de retorno (ROR-rate of return), taxa de lucro, retorno 3 formulações: retorno previsto (em função do preço ou custo do investimento e o fluxo de caixa futuro atribuído ao investimento) retorno exigido (para avaliar investimento) retorno efetivo (a posteriori) ROI - Fórmula ROI = (CTE x p) -GE x 100 VI CTE: Custo Total Estimado p: Risco de ocorrência da doença ou evento GE- Gasto Efetivo VI = valor do investimento (ou CIL=Capital Investido Líquido- ROI posteriori) Unidade: % em relação ao valor investido 8

ROI - Fórmula ROI = (CTE x p) -GE x 100 VI CTE: Custo Total Estimado p: Risco de ocorrência da doença ou evento GE- Gasto Efetivo VI = valor do investimento (ou CIL=Capital Investido Líquido- ROI posteriori) Exemplo fictício para Aprender a usar a planilha ROI Em suma ROI = Retorno / Investimento RETORNO: Redução da sinistralidade, do absenteísmo, de afastamentos previdenciários, impacto no FAP, redução do turnover, das despesas judiciais e passivos, das perdas em geral, aumento da produtividade INVESTIMENTO: Quanto a empresa gastou ou gastará para produzir a ação: Custos diretos Pagamento a fornecedores da melhoria, custos de instalação, de alterações da infraestrutura, de licenças, de consultoria, etc Custos indiretos: homem-hora da equipe de saúde, da equipe de projetos, da infraestrutura compartilhada, dos exames periódicos para avaliar a intervenção, da variação da inflação, da manutenção da nova condição instalada, do retreinamentoda equipe, da depreciação dos equipamentos, etc ROI Em suma ROI = Retorno / Investimento RETORNO: Redução da sinistralidade, do absenteísmo, de afastamentos previdenciários, impacto no FAP, redução do turnover, das despesas judiciais e passivos, das perdas em geral, aumento da produtividade INVESTIMENTO: Quanto a empresa gastou ou gastará para produzir a ação: Custos diretos Pagamento a fornecedores da melhoria, custos de instalação, de alterações da infraestrutura, de licenças, de consultoria, etc Custos indiretos: homem-hora da equipe de saúde, da equipe de projetos, da infraestrutura compartilhada, dos exames periódicos para avaliar a intervenção, da variação da inflação, da manutenção da nova condição instalada, do retreinamentoda equipe, da depreciação dos equipamentos, etc Ao calcular o ROI: Um exemplo de cálculo do ROI (Retorno Previsto sob a forma de Evitar Gastos) Mudança do local das bombas de amido da Máquina de Papel 2 Fábrica de Papel- Local das bombas de amido Fábrica de Papel- Local das bombas de amido Esta era a condição para se fazer reparos nas bombas de amido da máquina de papel: porão de 110 cm de altura, tendo que remover bombas de 160 kg Esta era a condição para se fazer reparos nas bombas de amido da máquina de papel: porão de 110 cm de altura, tendo que remover bombas de 160 kg 9

Dados Um caso real de hérnia de disco com condenação transitado e julgado (Sr.Jacinto Dores Aquino Costa): R$ 160 mil 8 mecânicos expostos salário mensal R$ 3.000 encargos 1,9 Taxa prevista de ocorrência de lombalgias graves disco entre expostos a exigências tão intensas:22,5% Custo de tratamento médico por caso: R$ 10.000 Projeto de mudança do local das bombas de amido para fora do galpão: R$ 94.000 Calcular o ROI Relação entre Incidência de Lombalgia e Força de Compressão em L5-S1 Incidência de Lombalgias (frequência de casos para 200.000 HHT) Chaffin e Park,1973 20 10 0-2500- 4500- >6500 FORÇA DE COMPRESSÃO 2500 4500 6500 Ou 22,5% ROI - Fórmula ROI = (CTE x p) -GE x 100 VI CTE: Custo Total Estimado p: Risco de ocorrência da doença ou evento GE- Gasto Efetivo VI = valor do investimento (ou CIL=Capital Investido Líquido- ROI posteriori) Calculando o ROI Mudança do local das bombas de amido Número previsto de acometidos: 1,8 Custo total estimado por acometido: R$170.641 Custo Potencial: R$ 289.154 Gasto efetivo no projeto: R$ 0 Calculando o ROI Mudança do local das bombas de amido Número previsto de acometidos: 1,8 Custo total estimado por acometido: R$170.641 Custo Potencial: R$ 289.154 Gasto efetivo no projeto: R$ 0 Custo Potencial - Gasto Efetivo: R$ 307.154 ROI: 307.154/94.000= 3,27 ROI = (CTE x p) -GE x 100 VI CTE: Custo Total Estimado p: Risco de ocorrência da doença ou evento GE: Gasto Efetivo VI = valor do investimento (ou CIL=Capital Investido Líquido- ROI posteriori) ROI - Fórmula CTE: R$ 175.130 p: 1,8 GE: 0 VI = R$ 94.000 ROI = (175.130 x 1,8) 0 x 100 = 3,27 94.000 10

Calculando o ROI Mudança do local das bombas de amido Número previsto de acometidos: 1,8 Custo total estimado por acometido: R$170.641 considerando a indenização a Jacinto Dores (R$ 160.000) Custo Potencial: R$ 307.154 Custo Potencial - Gasto Efetivo: R$ 307.154 ROI: 327% (-100) ou 227% Estima-se que gastando R$ 94 mil com a mudança ergonômica a empresa ganhará 227 % desse valor sob a forma de gastos que não terá Fábrica de Papel- Local das bombas de amido As bombas foram passadas para o lado de fora do galpão, com total conforto Fábrica de Papel- Local das bombas de amido As bombas foram passadas para o lado de fora do galpão, com total conforto ROI- Vantagens e Limitações Vantagens ROI previsto: abre caminho para os investimentos ROI efetivo: coloca de forma clara o impacto do investimento Dois cuidados importantes ao calcular o ROI: Demonstrações Financeiras Economia e ganho direto pós-melhoria Payback ROI- Retorno do Investimento VRA- Valor Real Agregado VPL Valor Presente Líquido TIR Taxa Interna de Retorno Em Ergonomia VRA (Valor Real Agregado) VRA= (GF$RM + CI CM) ou VRA= (LC$RCA + CI CM) Onde GF$RM= Ganho Financeiro Relacionado à Melhoria (pode ser também LC$RCA) Lucro Cessante Relacionado Condição Atual CI = Custo da Intervenção CM= Custo da Melhoria 11

Indústria de Celulose TAREFA: Foto Antes Tarefa Nº 54 - Dificuldade para operar a válvula manual na sucção da 93-3001 do tq de WBR da Máquina 2. Devido à dificuldade, foi considerada a instalação de uma válvula automática. Valor do investimento: R$ 30.000 + R$ 10.000 de instalação Indústria de Celulose TAREFA: Foto Antes Tarefa Nº 54 - Dificuldade para operar a válvula manual na sucção da 93-3001 do tq de WBR da Máquina 2. Essa válvula está diretamente relacionada ao fornecimento de licor para a fabricação do produto final. Quando o fluxo para, de forma direta interrompe-se a produção da celulose. Calcular o Valor Real Agregado Média de intervenção: uma vez por ano Dados: Cada intervenção para consertar o volante: Exigia 4 profissionais, 4 horas de parada e mais o custo apurado: R$ 7.500,00 Lucro cessante: 40 t/h x 900 dólares x R$ 3,80) Comentários: FOTO 1 Essa foto demonstra a válvula manual na sucção do tq de WBR que trazia dificuldade para a operação. Comentários: FOTO 1 Essa foto demonstra a válvula manual na sucção do tq de WBR que trazia dificuldade para a operação. US$ 900 = Preço de venda de uma tonelada de celulose Indústria de Celulose Foto Antes Indústria de Celulose Foto Antes TAREFA: Tarefa Nº 54 - Dificuldade para operar a válvula manual na sucção da 93-3001 do tq de WBR da Máquina 2 TAREFA: Tarefa Nº 54 - Dificuldade para operar a válvula manual na sucção da 93-3001 do tq de WBR da Máquina 2. VRA= (LC$RCA+ CI CM) LC$RCA= 40 t/h x U$900 x R$ 3,80= R$ 547.200 VRA= (LC$RCA+ CI CM) LC$RCA= 40 t/h x U$900 x R$ 3,80= R$ 547.200 VRA= (547.200 + 7.500 40.000) VRA= (547.200 + 7.500 40.000) VRA= R$ 514.700,00 VRA= R$ 514.700,00 Comentários: FOTO 1 Essa foto demonstra a válvula manual na sucção do tq de WBR que trazia dificuldade para a operação. Comentários: FOTO 1 Essa foto demonstra a válvula manual na sucção do tq de WBR que trazia dificuldade para a operação. Isto quer dizer que o VALOR REAL de uma melhoria que custará R$ 40.000 é R$ 514.700 Indústria de Celulose Foto Antes - Depois Tarefa Nº 54 - Dificuldade para operar a válvula manual na sucção da 93- TAREFA: 3001 do tq de WBR da Máquina 2. Fábrica de Artigos de Vestuário Melhoria na área de Costura Havia uma condição ergonômica desfavorável que exigia das trabalhadoras abduzir o braço esquerdo. Nessa condição, a taxa de ocupação máxima era de 80,5%. Foi desenvolvido um protótipo de solução que custaria o seguinte: Comentários: FOTO 1 Essa foto demonstra a válvula manual na sucção do tq de WBR que trazia dificuldade para a operação. Comentários: FOTO 2 Essa foto demonstra a válvula automática que foi colocada na sucção da 93-3001. Peças = R$ 980,00 x 12 máquinas = R$ 19.600,00 1mês de mecânico com encargos = R$ 3.750,00 Necessidade = 1,8 mecânico = 5.625,00 Custo total para implantação da melhoria em 12 máquinas = R$ 25.225,00 Calcule o payback (tempo de amortização do investimento) 12

Melhoria na Área de Costura Dados para cálculo do Payback Taxa de Ocupação Máxima atual = 80,5% = 425 min. Taxa de Ocupação Máxima com a melhoria = 84,0% = 443 min. (18 min a mais por costureira por turno) Ganho de tempo: 1mês x 12 costureiras x 20 dias x 2turnos x 18min. = Ganho de 8.640 min. 1mês de costureira com encargos = R$ 2.340,00 = R$ 0,187 p/min (26 dias por mês trabalha-se 480 minutos por dia) 8.640 min x R$ 0,221= R$ 1.615 Calcule o tempo de paybackem meses. Resposta: Você acha que a direção irá considerar atrativo? Melhoria na Área de Costura-Cálculo do VRA VRA= (GF$RM + CI CM) VRA= (GF$RM + 0 25.225 Ganho Financeiro (Faturamento Direto) Relacionado à Melhoria: (acréscimo de 8.640 minutos de tempo produtivo) Modelo Em condições normais de venda de toda a produção, cada peça a mais produzida pela costureira se reflete diretamente em faturamento, que pode ser quantificado. Tempo padrão Produção a mais de peças (por mês) Valor de faturamento de cada peça Faturamento a mais A 7,93 1.089 R$ 15,69 R$ 17.086 B 17,85 484 R$ 24,74 R$ 11.974 C 15,29 565 R4 20,09 R$ 11.350 Média R$ 13.994 Cálculo do VRA (para um ano-11 meses) Em condições normais de venda de toda a produção, cada peça a mais produzida pela costureira se reflete diretamente em faturamento, que pode ser quantificado. VRA= (GF$RM + CI CM) VRA= (GF$RM + 0 25.225) Ganho Financeiro (Faturamento Direto) Relacionado à Melhoria: (acréscimo de 8.640 minutos de tempo produtivo) média: R$ 13.994,00 por mês VRA= (13.994 x 11) 25.225,00 = R$ 128.709,00 Cálculo do VRA (para um ano-11 meses) Em condições normais de venda de toda a produção, cada peça a mais produzida pela costureira se reflete diretamente em faturamento, que pode ser quantificado. VRA= (GF$RM + CI CM) VRA= (GF$RM + 0 25.225) Ganho Financeiro (Faturamento Direto) Relacionado à Melhoria: (acréscimo de 8.640 minutos de tempo produtivo) média: R$ 13.994,00 por mês VRA= (13.994 x 11) 25.225,00 = R$ 128.709,00 Dito de outra forma: Na vigência de condições de mercado em que haja demanda de produção, o valor investido de R$ 25.225,00 agregará um valor de R$ 128.709,00 no primeiro ano e de R$ 153.934,00 nos anos subsequentes Tarefas compatíveis com a aplicação do cálculo do VRA Quando a parada gera lucro cessante Quando a melhoria gera maior faturamento direto Quando a melhoria elimina tempos não produtivos de equipamentos Demonstrações Financeiras Economia e ganho direto pós-melhoria Payback ROI- Retorno do Investimento VRA- Valor Real Agregado VPL Valor Presente Líquido TIR Taxa Interna de Retorno 13

VPL- Valor Presente Líquido Sinônimos: VAL-Valor Atual Líquido ou MVA-Método do Valor Atual Determina o valor no momento presente de remunerações futuras comparadas a uma taxa de juros apropriada menos o custo do investimento inicial e outros É a diferença entre o valor a ser resgatado ao final do investimento e o valor a ser investido, trazida ao valor presente Ou quanto vale hoje o dinheiro futuro, tanto o que vai gastar no investimento quanto o que vai faturar por conta do investimento Unidade: $ (moeda) VPL- Valor Presente Líquido Comparado com TMA (Taxa Mínima de Atratividade) Se VPL < TMA = projeto pouco atraente Se VPL= TMA = indiferente VPL- Valor Presente Líquido Comparado com TMA (Taxa Mínima de Atratividade) Se VPL < TMA = projeto pouco atraente Se VPL= TMA = indiferente Se VPL > TMA = decisão favorável ao investimento O projeto cobre o investimento inicial, a remuneração mínima exigida pelo investidor e ainda gera excedente financeiro Ou seja, gera mais recursos do que a melhor alternativa ao investimento para risco equivalente VPL- Valor Presente Líquido Informações para cálculo: $ investimento inicial $ a ser gasto ao longo do período de implantação do projeto $ a ser faturado com a melhoria definindo época e até 10 anos (tempo de amortização) Setor VPL- Valor Presente Líquido- Exemplo 1 Porcentagemde Descrição afastados Alimentação 22,9% Colocar fardos de chapas de papelão ondulado na impressora Empilhamento 18,5% Retirar os fardos de embalagens das esteiras e colocá-los sobre o palete Ações técnicas críticas Elevar peso de 15 kg colocar na pilha IL NIOSH: 1,45 Fardos de 7,5 kg; alta frequência IL NIOSH: 4,0 Solução de Engenharia Automação da alimentaçãoequipamento Prefeeder (US$ 80 mil) Automação equipamento elevação automática (US$ 300 mil) Total: R$ 1.958.000 +Inst: R$ 2.500.000 VPL- Valor Presente Líquido- Exemplo 1 Em determinada indústria de papel, foi calculado que um investimento em equipamento (R$ 2,1 milhões), cujo período de amortização é de 10 anos, considerando a realidade de hoje, tem um VPL de R$ 4,5 milhões. Significa que o projeto gerará receitas, estimadas em R$ 6,6 milhões. Descontado investimento inicial: R$ 2,1 milhões. Logo: investimento atraente 14

TIR Taxa Interna de Retorno Desde KEYNES, 1945 Sinônimo: IRR (Internal Rate of Return) Taxa de desconto hipotética que, quando aplicada ao fluxo de caixa, faz com que os valores das despesas, trazidos ao valor presente, seja igual aos valores de retornos dos investimentos, também trazidos ao valor presente Significa a taxa de retorno de um projeto atual Geralmente expresso em % por ano É comparado com TMA (Taxa Mínima de Atratividade) Unidade: % ao ano TIR- Taxa Interna de Retorno Comparado com TMA (Taxa Mínima de Atratividade) Se TIR < TMA = projeto pouco atraente Se TIR = TMA = indiferente Se TIR > TMA = decisão favorável ao investimento O investidor ganhará mais com aquele projeto do que se estivesse aplicando em bancos ou em outras aplicações com o mínimo de retorno já definido TIR- Taxa Interna de Retorno- Exemplo 1 Na mesma indústria de papel, foi calculado que um investimento em equipamento (R$ 2,1 milhões), tem uma taxa interna de retorno de 47,70% ao ano A Taxa Selic no Brasil, no mês apurado, era de 13,5% ao ano Logo: 47,70% > 13,5% - Ou seja, investimento atraente Caso Empresa X Investimentos necessários para resolver dois problemas ergonômicos importantes: R$ 2,1 milhões Investimento Bruto (R$ milhões) VPL 10 anos (R$ milhões) TIR Payback (anos) ROI 2,5 4,5 47,70% 2,1 79,10% continua 15

Alguns números para estimar Custo Total Banco de Dados B91 na construção civil brasileira: cada caso custa de R$ 70 mil a R$ 120 mil Situações de ciclos muito curtos (<5s) sem as medidas preventivas: 12 a 20% de acometimentos Situações de altíssima exigência para a coluna vertebral: 22,5% de lombalgias graves Quanto custam os transtornos decorrentes da má ergonomia Tempo de afastamento-transtornos mentais e transtornos musculoesqueléticos no Brasil O peso da má condição ergonômica na origem dos acidentes do trabalho Custo de reclamatórias trabalhistas Eficácia das ações de ergonomia: pesquisas de Couto Eficácia das ações de ergonomia dados da WDSI Lesão Custo de Adoecimentos Relacionados às Más Condições ergonômicas Lombalgia 8.723 Custo (US$) Lombalgia com cirurgia 57.688 Cervicalgia 11.520 Dor em ombro 11.565 Lesão de manguito rotador 24.626 Distúrbiodolorosoem cotovelo e antebraço 6.516 Lesão Epicondilite 9.723 Distúrbio doloroso em mão e punho Custo (US$) 8.562 Tendinite de mão/ punho 10.724 Síndrome do Túneldo Carpo Todosos demais casos de DORT em membros superiores 18.216 9.208 Richard Goggins, 2015 Tempos de Afastamento - Transtornos Mentais no Brasil Transtorno CID Dias de Observação afastamento Transtornos mentais e comportamentais devido ao uso do F10 21 dias Quando necessário; tempo abstinência álcool Sedativos e hipnóticos F11 30 dias Período de abstinência Cocaína e Crack F15 30 dias Período de abstinência Outros estimulantes (cafeína, anfetaminas, femproporex, dietilpropiona, MDMA) F13 30 dias Uso por caminhoneiros, vigias noturnos e em festas Canabinóides F12 - - Fonte: INSS- Diretrizes de Conduta Médico-Pericial em Transtornos Mentais do Ministério Da Previdência Social e do Instituto Nacional do Seguro Social, Brasília, Junho de 2007 Tempos de Afastamento - Transtornos Mentais no Brasil Transtorno CID Dias de afastamento Observação Depressão F32 (Depende da intensidade, presença e persistência dos sintomas) Leve a moderada-prognóstico bom F32.0 e 2 a 6 semanas Adaptação ao F32.1 medicamento em até 60 dias Depressão grave F32.2 6 meses 1/3 têm recaída Ansiedade F41 Não há necessidade de afastamento; porém pode cair em depressão Estresse pós-traumático F43 3 a 12 meses Depende da personalidade Transtornos de adaptação Prognóstico bom Síndrome do esgotamento profissional (burnout) Z73.0 classificar em depressão grave ou relação com stress F43.2 30 a 120 dias Divórcio, perda de filho Z73.0 Fonte: INSS- Diretrizes de Conduta Médico-Pericial em Transtornos Mentais do Ministério Da Previdência Social e do Instituto Nacional do Seguro Social, Brasília, Junho de 2007 Tempos de Afastamento -Transtornos Musculoesqueléticos no Brasil - INSS CID Discriminação Tempo de Afastamento Página M50.1 Transtorno do disco cervical com 60 a 90 dias 87 radiculopatia M51.1 Transtornos de discos lombares e 30 a 60 dias 89 outros discos com radiculopatia M54.4 Lumbago com ciática 30 a 60 dias 91 M65 Sinovites e tenossinovites Tendinoses- apresentação inicial 6 a 10 semanas p.97 Tendinoses- apresentação crônica 3 a 6 meses p.97 Tendinites- apresentação inicial Dias a 2 semanas p.97 Tendinites apresentação crônica 4 a 6 semanas p.97 G56.0 Síndrome do Túnel do Carpo Quadros iniciais leves Não possuem p.99 incapacidade laborativa Casos mais complexos, após tratamento clínico ou cirúrgico M65.4 Tenossinovite est. DeQuervain Fonte: INSS- Diretrizes de Apoio à Decisão Médico-Pericial em Ortopedia e Traumatologia- Instituto Nacional do Seguro Social, Brasília, Março de 2008 16

Tempos de Afastamento -Transtornos Musculoesqueléticos no Brasil - INSS CID Denominação Tempo de Afastamento Página M65.3 Dedo em gatilho 30 dias após cirurgia 101 M75.1 Síndrome do manguito rotador M75.4 Síndrome do impacto no ombro Estágio 1 Até 60 dias p.106 Estágio 2 Até 6 meses p.106 Estágio 3 12 a 18 meses p.106 M75.2 Tendinite bicipital Após meses p.107 M75.3 Tendinite calcificada no ombro 6 meses p.108 M75.5 Bursite de ombro 60 dias p.110 M77.0 Epicondilite medial 60 dias p.114 M77.1 Epicodilite lateral 90 dias p.115 M96.1 Síndrome pós-laminectomia Longa, sem definição p.128 5 ESTATÍSTICA DE 5 EMPRESAS: O PAPEL DOS FATOR CONDIÇÕES ERGONÔMICAS NA ORIGEM DOS ACIDENTES Fonte: INSS- Diretrizes de Apoio à Decisão Médico-Pericial em Ortopedia e Traumatologia- Instituto Nacional do Seguro Social, Brasília, Março de 2008 Resultado Geral EMPRESA EMPREGADOS ACIDENTES V 640 157 TM 1200 39 F-A 1897 98 F-J 1127 77 F-P 928 41 TOTAL 412 FATOR ERGONÔMICO % Resultado Geral EMPRESA EMPREGADOS ACIDENTES FATOR ERGONÔMICO % V 640 157 67 43% TM 1200 39 17 44% F-A 1897 98 27 28% F-J 1127 77 28 36% F-P 928 41 15 37% TOTAL 412 154 37% A B C D Chave de Classificação Layout inadequado Ferramenta imprópria/não existe Falta de meio de movimentação de materiais/ adequado Posição forçada do corpo ao fazer o trabalho E Plataforma inadequada / inexistente F G H Escada/rampa/condição de acesso inadequado Piso inadequado Válvulas de acionamento difícil I J K L M N O p Esforços intensos decorrentes de problemas de lubrificação/manutenção Sobrecarga de trabalho ligada à tarefa Hora extra Sobrecarga de trabalho ligada à jornada Altura excessiva de armários ou suportes Visão da tarefa comprometida Equipamento inadequado Padrão de trabalho inadequado (porque não considera o aspecto ergonômico) Principais questões ergonômicas P Padrão de trabalho não contempla ergonomia 50 B Ferramenta- imprópria ou não existe 31 D Posição forçada do corpo para fazer o trabalho 29 C Meios inadequados de movimentação de materiais A Layout inadequado 17 I Esforços intensos devido falta de manutenção 17 O Equipamento inadequado para o trabalho 16 J Sobrecarga de trabalho ligada à tarefa 15 F Acesso inadequado (escada/rampa/outro) 14 25 17

CASO Números de Reparação Financeira pelo Dano SALÁRIO POR ANO VOPMM 2.379 44250 ACORDO PMV VOPMM 2.379 DANO MORAL 2ª. INST AAOPM 1.500 CONT. PASSIVO TRAB TIPO VALOR VEZES SALÁ- RIO ÉPOCA 400.000 168 MAR 2016 50.000 21 MAR 2016 500.000 333 MAR 2016 Setores Número de Colaboradores Redução das Situaçõesde Risco Ergonômico Absenteísmo por questão ergonômica- Porcentagem de Tempo Perdido Afastamentos previdenciários por questão ergonômica - CASOS NOVOS- 2009 2010 2009 2010 A 43,2% 0,69 0,28 5 1 B 10,7% 0,52 0,32 3 1 C 19,2% 0,39 0,25 1 - D 27,5% 0,29 0,18 2 - E 36,5% 0,58 0,24 9 6 F 20% 0,45 0,22 6 4 G 20,4% 0,40 0,19 3 1 H 21,9% 0,28 0,18 1 - I 25,4% 0,18 0,06 - - Média /total 25% 0,42 0,21 30 13 Couto, H.A.- Eficácia das Ações de Ergonomia Caso 1-Indústria Elétrica de Grande Porte- 2010 Com 25% das ações de Ergonomia sobre as situações de risco e alto risco, já se obtém - Redução de 50% do absenteísmo devido a questões ergonômicas - Redução de 66% dos casos novos de afastamento na Previdência Social Método de Avaliação: 14 grupos foram acompanhados turno a turno antes e durante a instituição do TRF: (28 equipes) Total: 305 trabalhadoras Antes: De 27 de setembro até 15 de outubro de 2010 Instituídos 3 TRF de 8 minutos ao longo da jornada Durante: 19 de outubro até 9 de dezembro/2010 Acompanhamento de eficiência; Acompanhamento da produtividade (eficiência + interferência) dos 15 grupos, por turno. Acompanhamento das queixas no ambulatório (procura espontânea) Couto, H.A.- Eficácia das Ações de Ergonomia Caso 2-Confecção de Grande Porte- Instituição dos Tempos de Recuperação de Fadiga 2010 Produtividade= Eficiência - Interferências Antes dos TRF Com os TRF 1º. Turno 68,39 69,41 2º. Turno 68,02 71,44 Geral 68,2% 70,4% QUEIXAS Queixas osteomusculares Queixas psíquicas Antes do TRF Durante TRF Durante TRF 27/9 a 18/10 1º. Período 2º. Período (19/10 a (9/11 a 8/11) 30/11) 16 16 4 22 14 15 Couto, H.A.- Eficácia das Ações de Ergonomia Caso 2-Confecção de Grande Porte- Instituição dos Tempos de Recuperação de Fadiga 2010 A ação ergonômica resultou em redução de 75% das queixas osteomusculares e 32% das queixas psíquicas Ano Porcentagem de Laudos Periciais Favoráveis à Empresa 2010 42% 2011 32% 2012 44% 2014 62% Couto, H.A.- Eficácia das Ações de Ergonomia Caso 3-Indústria Mecânica de Grande Porte-Reversão do Laudo dos Peritos 4 anos de Ação Ergonômica Em médio prazo, a ação ergonômica reduz em 35% os laudos desfavoráveis (e as consequentes perdas financeiras) Detalhamento da Pesquisa do WSDL&I Não Escritórios (114 ) Escritórios (40prog) Serviços de Saúde(36p) N estudos % N estudos % N estudos % Número casos de DORT e lombalgia 66 57% 5 61% 21 61% Incidência de DORT e lombalgias 24 57% 1 64% 10 56% Dias perdidos 44 72% 4 88% 15 74% Dias de restrição 9 46% 1 100% 8 49% Custo do seguro (Worker s Compens) 42 67% 3 81% 13 70% Custo por queixa 6 32% 1 81% 1 20% Custos com salários 2 28% Erros(2) 32% Turnover 9 36% 2 87% 8 37% Absenteísmo 2 79% 3 46% 1 98% Tempo de payback 1 2,3 meses 3 4,8 meses 4 3,4 meses Relação custo: benefício 1 1:2,8 3 1:1,78 Aumento de Produtividade 6 46% 25 17% Richard Goggins, Estimatingthe Effectivenessof Ergonomics InterventionThrough Case Studies- Journal of Safety Research 39 (2008) 339-344 18

Eficácia Estimada das Diversas Ações na Redução de Queixas Tipo de Solução Faixa de Redução Estudo de 2009 Valor proposto Documento 2015 Eliminação da exigência 60 a 100% 70% Redução da intensidade da exposição 40 a 60% 40% Redução do tempo de exposição 10 a 40% 15% Orientação comportamental 5 a 20% 10% Richard Goggins, 2015 19