CUSTOS DE ACIDENTES. Prof.ª Rosana Abbud

Transcrição

1 CUSTOS DE ACIDENTES Prof.ª Rosana Abbud

2 Acidente do trabalho: É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

3 Acidentes do trabalho ocasionam custos à empresa: - perda de material; - perda de tempo; - perda humana; - etc...

4 SESMT: incentivo à investimentos em prevenção. Prevenção Não ocorrência de Acidentes

5 Deve ficar claro que: Verbas efetivadas com segurança e saúde não devem ser consideradas como custos para a empresa e sim como INVESTIMENTOS!

6 Argumento?? - Que acidente do trabalho gera custos! Mas como mostrar esses valores??

7 Muitos programas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente - dispendiosos Falta de exatidão nos números apresentados. Pessoas chaves da empresa não assimilam os números ou não os aceitam.

8 Números: Entre 1990 a 1995: Acidentes do Trabalho/ano; Óbitos Em 1995, gastou-se R$ ,00 com Acidentes do Trabalho Fonte: INSS

9 Ano de 2000: Acidentes do Trabalho Óbitos Gastou-se R$ ,00 Fonte: INSS

10 Ano de 2008: acidentes óbitos Ano de 2009: acidentes de trabalho óbitos

11 Causas: Limitação de investimentos em prevenção; Falta de pessoal qualificado na área; Desvio de função dos profissionais da área;

12 É preciso a conscientização pela parte patronal de que a Segurança e Saúde no Trabalho deve integrar o dia-a-dia da empresa.

13 Todo acidente de trabalho traz prejuízo: - Empresa; - Acidentado; - Família; - Sociedade; - Nação.

14 Exemplo: Queda de um fardo de algodão mal armazenado Consequências: - Retrabalho: o empregado encarregado da rearmazenagem despenderá esforço para o retrabalho; - Nova exposição ao Risco: esse trabalhador, ao fazer o retrabalho, estará exposto novamente ao risco inerente à atividade;

15 - O empregador pagará duplamente pelo serviço; - O trabalhador poderia estar na sua função original, gerando lucros para a empresa; Etc...

16 Se o empregado for atingido pelo fardo e necessitar de afastamento, terá como consequências: - Haverá prejuízo da saúde do empregado; - O empregador arcará com as despesas de salário do acidentado, do dia do acidente até os 15 dias seguintes;

17 - O INSS pagará as despesas a partir do 16º dia, até o retorno do acidentado ao trabalho normal. Mas temos os custos imensuráveis... - no caso de morte, há os prejuízos econômicos e emocionais...

18 Várias causas que aumentam os custos de um acidente: a) salário pago ao acidentado no dia do acidente; b) salários pagos aos colegas do acidentado, que deixam de produzir para socorrer a vítima, auxiliar na remoção, avisar os superiores, etc...

19 c) despesas decorrentes da substituição de peças danificadas ou manutenção e reparo de máquinas, equipamentos e ferramentas envolvidas no acidente; d) prejuízos decorrentes de danos causados ao produto em processo; e) gastos para a contratação de um substituto, quando o afastamento for prolongado;

20 f) pagamento dos primeiros 15 dias de afastamento; g) pagamento de horas extras aos empregados para cobrir o prejuízo causado à produção pela paralisação decorrente do acidente;

21 h) gastos extras de energia elétrica e demais facilidades, em decorrência das horas extras prestadas; i) transporte do acidentado, assistência jurídica, etc...

22 Então, o custo envolve vários fatores de produção: - pessoal; - máquinas, equipamentos e ferramentas; - materiais; - tempo; - instalações, etc...

23 Como calcular esses Custos?? Várias ferramentas: Custo Direto x Custo Indireto; Custo Segurado x Custo Não-Segurado; Etc...

24 Custo Direto x Custo Indireto H. W. Heinrich Companhia de Seguros dos Estados Unidos da América. Custo Direto: gastos da companhia seguradora com a liquidação dos acidentes de trabalho; Custo Indireto: perdas sofridas pelas empresas. Ex.: danos materiais.

25 Nessa análise: Custos indiretos eram quatro vezes maiores que os custos diretos. Proporção inviável e inadequada.

26 Custos Segurados e Não Segurados R. H. Simonds Substituiu a terminologia: Custos Segurados = Custos Diretos Custos Não Segurados = Custos Indiretos.

27 Cada empresa deve levantar os custos relacionados à quatro tipos de acidentes: - lesões incapacitantes; - casos de assistência médica; - casos de primeiros socorros; - acidentes sem lesão.

28 O Método de Simonds é mais preciso do que o de Heinrich, porém também tem falhas em sua aplicação prática.

29 Nova Sistemática: Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) Francesco M. G. A. F. de Cicco. - Custo Efetivo de Acidentes Enfoque mais prático.

30 Custo Efetivo de Acidentes Ce = C i onde: Ce = Custo efetivo de acidente C = Custo do Acidente; i = indenizações e ressarcimentos recebidos por meio de seguro ou de terceiros

31 C = C1 + C2 + C3 onde: C1 = Custo correspondente ao tempo de afastamento (até os 15 primeiros dias) em consequência de acidente ou lesão; C2 = Custo referente aos reparos e reposições de máquinas, equipamentos e materiais danificados (acidentes com danos à propriedade)

32 C3 = Custos complementares relativos às lesões (assistência médica e primeiros socorros) e aos danos à propriedade (outros custos operacionais como resultantes de paralisações, manutenção e lucros cessantes).

33 Prática tem demonstrado: - C1 é de fácil cálculo; - C2 e C3 depende da organização interna da empresa para seu levantamento.

34 Conclusão: Apresentando os altos custos à empresa que um acidente do trabalho pode gerar tornar-se-á mais fácil o convencimento sobre os investimentos que são necessários para a prevenção de acidentes.

35 Exercício!