Princípios básicos para o projeto de arborização urbana

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Transcrição:

Princípios básicos para o projeto de arborização urbana Respeitar os valores culturais, ambientais e de memória da cidade. Proporcionar conforto sombreamento, abrigo e alimento para avifauna, diversidade biológica, diminuição da poluição, condições de permeabilidade do solo e paisagem. Contribuir para a melhoria das condições urbanísticas.

NORMAS Arborização em logradouros públicos - NATIVAS DE PEQUENO PORTE (até 5,0 m de altura) - NATIVAS DE MÉDIO PORTE (5 a 10 m) - NATIVAS DE GRANDE PORTE (acima de 10,0 m) - Frutos pequenos, - Flores pequenas, - Folhas coriáceas pouco suculentas, - Não apresentar princípios tóxicos perigosos, - Apresentar rusticidade, - Ter sistema radicular que não prejudique calçamentos, - Não ter espinhos, - Ser resistente ao ataque de cupins, brocas e doenças. Fonte: Manual Técnico de Arborização Urbana de São Paulo

CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS -Altura : 2,5 m - D.A.P. (diâmetro a altura do peito) : 3 cm - altura da primeira bifurcação : 1,8 m - ter boa formação, - ser isenta de pragas e doenças, - ter sistema radicular bem formado e consolidação nas embalagens, Fonte: Manual Técnico de Arborização Urbana de São Paulo

ESCOLHA DA ESPÉCIE DE ARBÓREA PARA PASSEIOS EM VIAS PÚBLICAS PORTE LARGURA DO PASSEIO Pequeno porte - Pequeno e médio - (até 8,00 m de altura) Pequeno, médio e Grande porte - (até 12,00 m de altura) 1,50 m a 2,00 m 2,00 m a 2,40 m 2,40 m até 3,00 m Fonte: Manual Técnico de Arborização Urbana de São Paulo

ACESSIBILIDADE

Distanciamentos adequados DISTÂNCIA PEQUENO PORTE MÉDIO PORTE GRANDE PORTE Esquina 5 m 5m 5m Equipamento urbano 2m 2m 3m Caixa de 2m 2m 3m inspeção Poste com transformador 5m 8m 12m Poste 3m 4m 5m Placas 3m 3m 3m Árvores 5m 8m 12m Fonte: Manual Técnico de Arborização Urbana de São Paulo

Luiz Paulo Meinberg Sacchetto Jr. - Curso sobre Arborização Urbana do CADES Pinheiros - 12-05-14

Nome científico Espécies para arborização PORTE PEQUENO - Consagradas Nome popular Altura Diâmetro do caule Tipo de copa Lagerstroemia indica Resedá 3-5m 15-30cm globosa Observações decídua; muito ornamental Grupo de trabalho atualização do manual técnico de arborização urbana

PORTE MÉDIO - Consagradas Nome científico Nome popular Altura Diâmetro do caule Bauhinia variegata Pata de vaca 7-10m 20-40cm globosa Handroanthus chrysotrichus Ipê-amarelo 4-10m 30-40cm elíptica vertical Sapindus saponaria Sabão-desoldado 5-9m 30-40cm globosa atrai fauna Tabebuia roseo-alba Ipê-branco 7-12m 40-50cm cônica Tipo de copa Observações

PORTE GRANDE - Consagradas Nome científico Nome popular Altura Diâmetro do caule Tipo de copa Observações Caesalpinia pluviosa Sibipiruna 10-18m 40-70cm flabeliforme semidecídua Handroanthus heptaphyllus Ipê-roxo-7- folhas 10-20m 40-80cm globosa Jacaranda mimosifolia Jacarandá mimoso 12-15m 30-50cm globosa decídua elíptica Tipuana tipu Tipuana 15-20m 60-90cm horizontal decídua Caesalpinia ferrea Pau-ferro 20-30m 50-80cm flabeliforme semidecídua

Nome científico Nome popular Altura Diâmetro do Tipo de copa caule POTENCIAIS PORTE PEQUENO Observações Jacaranda puberula Carobinha 4-7m 30-40cm aberta decídua tronco tortuoso; atrai Psidium cattleianum Araçá 3-6m 15-25cm aberta fauna PORTE MÉDIO Plinia edulis Cambucá 5-10m 30-40cm cônica atrai fauna PORTE GRANDE Hymenaea courbaril Jatobá 15-20m 80-100cm globosa semidecídua; atrai fauna Myroxylum peruiferum Cabreúva 10-20m 60-80cm flabeliforme decídua PORTE GIGANTE Cariniana legalis Jequitibá-rosa 30-50m 70-100cm elíptica vertical Cedrela fissilis Cedro 20-35m 60-90cm flabeliforme decídua

PROBLEMAS NA ARBORIZAÇÃO URBANA

Limite de Segurança Este limite é dado pelas distâncias de dois metros e um metro entre o condutor e a vegetação, nas redes primária e secundária, respectivamente nas tensões de 13.800 Volts e 220/127 Volts,

PRÁTICAS DE PODAS NA ARBORIZAÇÃO Quando a poda é conduzida sem o uso de técnicas específicas, prejudica a planta, deixando-a exposta a agentes externos e desconfigurando sua arquitetura. No Brasil, segundo Brazolin (2010), os cupins são responsáveis por grandes prejuízos à arborização urbana, não sendo rara a presença de ninhos nas árvores.

É necessário escolher a árvore certa para o espaço certo com o intuito de se evitar eventuais transtornos ocasionados pela incompatibilidade do vegetal para com a área, reduzindo assim, o número de podas praticadas e consequentemente contribuindo para uma melhor saúde do vegetal.

Principal legislação vigente sobre arborização urbana no Município de São Paulo. Dispõe sobre dispõe sobre a limpeza de imóveis, o fechamento de terrenos não edificados e a construção e manutenção de passeios públicos, bem como cria o Disque-Calçadas. Lei Municipal nº 15.442, de 9 de setembro de 2011 Decreto Nº 52.903, DE 6 DE JANEIRO DE 2012 Dispõe sobre a criação das Calçadas Verdes no Município de São Paulo. Lei Municipal 13.293/02 Decreto Municipal 42.768/03 Dispõe sobre Campanha Permanente de Incentivo à Arborização de Ruas, Praças e Jardins da Cidade. Lei Municipal 12.196/96 Decreto Municipal 37.587/98 Portaria Municipal 91/SVMA/98 Dispõe sobre a Obrigatoriedade de Arborização de Vias e Áreas Verdes nos Planos de Parcelamento do Solo para Loteamentos e Desmembramentos. Lei Municipal 10.948/91 Decreto Municipal 29.716/91 Dispõe sobre a celebração de termos de cooperação com a iniciativa privada, visando a execução e manutenção de melhorias urbanas, ambientais e paisagísticas, bem como a conservação de áreas públicas. Lei Municipal 13.525/03 Decreto Municipal 45.850/05 Disciplina critérios e procedimentos para compensação ambiental pelo manejo de exemplares arbóreos e interferência em Área de Proteção Permanente APP. Portaria Municipal n 130/SVMA.G/2013 Disciplina o Corte e a Poda de Vegetação de Porte Arbóreo Existente no Município de São Paulo. Lei Municipal 10.365/87 Decreto Municipal 26.535/88 Decreto Municipal 28.088/89 Dispõe sobre a legislação de arborização nos logradouros públicos do Município de São Paulo Lei 13.646/03 Institui o Programa Municipal de Arborização Urbana Lei 14.186/06 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente (Lei do Meio Ambiente, de Crimes Ambientais, da Natureza). Lei Federal 9.605/98 Decreto Federal 3.179/99 Medida Provisória 2.163-41/01 Estabelece Orientação Técnica para Projeto e Implantação de Arborização em Vias e Áreas Livres Públicas Portaria Municipal 05/SMMA/SIS/02 Código Florestal LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

CONTATOS: (11) 3283-1631 lsacchetto@prefeitura.sp.gov.br OBRIGADO! Luiz Paulo Meinberg Sacchetto Jr. - Curso sobre Arborização Urbana do CADES Pinheiros - 12-05-14