INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 DE 2015
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- Raquel Cesário Sanches
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1 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 DE 2015 A Secretaria da Qualidade Ambiental de Pelotas, criada pela Lei nº 3.381, de 05 de fevereiro de 2001, de acordo com a Lei nº 4.594, de 20 de outubro de 2000 e Lei nº 4.428, 08 de novembro de 1999 alterada pela Lei nº de 25 de abril de 2007 bem como com a IN nº 01 DEFAP/SEMA de 04 de agosto de 2006 e Resoluções do Conselho Estadual do Meio Ambiente/RS nº 102 de 24 de maio de 2005 e 288 de 02 de outubro de 2014 e, considerando a necessidade de adequação dos parâmetros utilizados para a definição do cálculo da Reposição Florestal Obrigatória oriundos de processo de licenciamentos e/ou autorizações ambientais, RESOLVE: Art. 1º A quantificação da Reposição Florestal Obrigatória deverá ser efetuada com base no volume da matéria prima florestal e o número de árvores a serem suprimidas. Art. 2º O cálculo do número de mudas para a Reposição Florestal Obrigatória, originado de licenciamento para corte de vegetação nativa, dar se á no montante de 15 (quinze) mudas para cada exemplar de árvore nativa suprimida, com diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou superior a 15 (quinze) centímetros. Art. 3º O cálculo do número de mudas para a Reposição Florestal Obrigatória, originado de licenciamento para corte de vegetação nativa que apresentam diâmetro a altura do peito (DAP) inferior a 15 (quinze) centímetros, dar se á no montante de 10 (dez) mudas por estéreo de lenha a ser gerado, contados cumulativamente com o estabelecido no artigo segundo. Art. 4º O cálculo do número de mudas para a Reposição Florestal Obrigatória, originado de licenciamento para corte de vegetação exótica, dar se á no montante de 5 (cinco) mudas para cada exemplar de árvore exótica suprimida, com diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou superior a 15 (quinze) centímetros. Parágrafo único No caso de Reposição Florestal Obrigatória originado de licenciamento para corte de vegetação exótica que caracterize monocultura, reconhecida em parecer técnico, a reposição estabelecida no caput do artigo quarto, dar se á no montante de 1 (uma) muda para cada exemplar de árvore exótica suprimida. Art. 5º O cálculo do número de mudas para a Reposição Florestal Obrigatória, originado de licenciamento para corte de vegetação exótica que apresentam diâmetro a altura do peito (DAP) inferior a 15 (quinze) centímetros, dar se á no montante de 3 (três) mudas por estéreo de lenha a ser gerado, contados cumulativamente com o estabelecido no artigo quarto. Parágrafo único No caso de Reposição Florestal Obrigatória originado de licenciamento para corte de vegetação exótica que caracterize monocultura, reconhecida em parecer técnico, a reposição estabelecida no caput artigo quinto, dar se á no montante de 1 (uma) muda para cada estéreo de lenha a ser gerado.
2 Art. 6º As mudas referentes à Reposição Florestal Obrigatória oriunda de corte de vegetação nativa ou exótica que tratam os artigos desta norma, deverão ser de essências nativas e seguir um padrão estabelecido de no mínimo 1 (um) metro e 50 (cinqüenta) centímetros de altura e possuírem excelente estado fitossanitário. Art. 7º As mudas referentes à compensação ambiental por Reposição Florestal Obrigatória previstas nesta norma serão doadas ao Horto Municipal. Parágrafo único Em caso de plantio a ser executado pela parte, a requerimento próprio mediante aprovação ou em local indicado pela Secretaria da Qualidade Ambiental, a quantificação das mudas estabelecidas em cálculo para Reposição Florestal Obrigatória deverá ser reduzido em 50% (cinquenta por cento) e atender o disposto no Guia de Arborização Urbana, contido no Anexo I. Art. 8º O padrão de qualificação das mudas estabelecido no artigo sexto poderá ser diminuído para 50 (cinqüenta) centímetros de altura mediante manifestação expressa de apoio a projetos de requalificação paisagística, preservação, conservação e recuperação ambientais da Secretaria da Qualidade Ambiental através de firmamento de termo de compromisso ambiental. Parágrafo primeiro Ainda que o padrão de qualificação das mudas restem diminuídos, a quantificação calculada e destinada à Reposição Florestal Obrigatória oriunda de corte de vegetação nativa ou exótica permanece inalterada e idêntica para ambos os padrões de mudas e seguirá o estabelecido nos artigos anteriores. Parágrafo segundo O valor destinado ao apoio de projetos mencionado no caput deste artigo, será o resultado da diferença monetária de compra entre o padrão de mudas estabelecido no artigo sexto diminuído o valor de aquisição das mudas do padrão estabelecido no caput do artigo oitavo. Parágrafo terceiro Para fins de cálculo estabelecido no parágrafo segundo, deverá ser apresentado um orçamento que conste o valor dos 2 (dois) padrões de mudas. Art. 9º O cálculo de Reposição Florestal Obrigatória oriunda de corte de vegetação nativa ou exótica previsto nesta norma deverá ser reduzido em 50% (cinquenta por cento) para projetos destinados à habitação de interesse social. Art. 10 Todo manejo de vegetação nativa ou exótica que incluam os trabalhos de podas, corte e transplante arbóreo bem como implantação do plantio compensatório deverá ser realizado e/ou supervisionado por profissional técnico habilitado com Anotação de Responsabilidade Técnica. Parágrafo primeiro no caso de perda de exemplar nativo decorrente de transplante arbóreo, a Reposição Florestal Obrigatória dar se á na proporção de 15 (quinze) mudas por espécime não sobrevivente e que obedeçam ao padrão estabelecido no artigo sexto. Parágrafo segundo no caso de plantio compensatório admitir se á uma perda de no máximo 20 % (vinte por cento).
3 Parágrafo terceiro as atividades previstas no caput deste artigo só serão dadas como cumpridas mediante apresentação à Secretaria da Qualidade Ambiental de Relatórios Técnicos de Acompanhamento, elaborados por profissional técnico habilitado com Anotação de Responsabilidade Técnica, pelo período mínimo de 1 (um) ano. Art.11 Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 12 Revogam se as disposições em contrário. Pelotas/RS, 08 de Novembro de Fabrício Tavares Secretário Municipal da Qualidade Ambiental ANEXO I (Guia de Arborização Urbana) 1. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS: As ações propostas a seguir deverão ser efetivadas quando da execução da arborização urbana nas vias a serem pavimentadas. a) Tutores e protetores: Os tutores e protetores para as espécies a serem plantadas, deverão seguir os modelos propostos a seguir: TUTORES Amarração em forma de 8 deitado
4 Terra fofa da cova Poderão ser utilizados dois tipos de tutores: madeira serrada ou varas de eucalipto. 1 Madeira serrada (caibrinho) medidas 2,5x2,5cm e 2m de altura. 2 Varas de eucalipto diâmetro mínimo entre 5 e 7cm e 2m de altura. 3 Os tutores devem ser fixados antes do plantio das mudas para evitar danos às raízes. PROTETORES b) Distância para plantio: Do alinhamento predial e das esquinas: Deverá ser obedecida a distância mínima de 03 metros a partir do alinhamento predial, assim como, também deverá ser considerado este distanciamento igual a 03 metros para cada esquina. Para o plantio das espécies em calçadas, devem ser considerados outros critérios, tais como: acesso a garagens, áreas de carga e descarga, distância dos postes de
5 energia, equipamentos urbanos e outros impedimentos (distância mínima de 1m), com espaçamento mínimo de 05m entre indivíduos. c) Forma de plantio: Os indivíduos, com altura mínima de 1,5m e raízes acondicionadas em embalagens individuais, deverão ser plantados em (canteiros) espaços com dimensões de 80X80cm ( faixa verde ), e abertura de covas de 60x60X60cm, com uso de adubação específica para a espécie (terra vegetal e composto orgânico), no espaçamento estabelecido no item b, a utilização de tutores e protetores definido no item a, observando as podas de formação e a época de plantio, se necessário, em todas as vias a serem pavimentadas constante neste Edital. d) Definição das espécies: As espécies a serem plantadas, deverão ser as indicadas por profissional técnico habilitado da área ou definidas nos nos projeto da Secretaria da Qualidade Ambiental SQA. A seguir segue, nos quadros 01,02 e 03, sugestão de espécies para plantio, meramente exemplificativa, seguindo o critério da posição da rede de energia. Nos casos de presença de rede em ambos os lados da via, deverão ser plantadas somente as espécies indicadas do quadro 01. Em vias onde há ocorrência de canteiro central, as espécies plantadas deverão ser de médio e grande porte (quadros 02 e 03). Espécies de pequeno porte (plantar sob rede) Quadro 1 Nome popular Hibisco Fedegoso Pitangueira Quaresmeira Alecrim Grevilha anã Nome científico Hibiscus spp. Cássia corymbosa Eugenia uniflora Tibouchina granulosa Rosmarinus officinalis Grevillea banksii
6 Cássia aleluia Cássia multijuga Espécies de médio porte (plantar no lado oposto à rede) Quadro 2 Nome popular Ipê amarelo Pitosporo Murta Extremosa Pata de vaca Anacauíta Chal chal Cocão Uvaia Camboim da folha larga Tarumã preta Guabiju Nome científico Tabebuia chrysotricha Pittosporum undulatum Blepharocalyx salicifolius Lagerstroemia indica Bauhinia forficata Schinus molle Allophylus edulis Erythoxylum argentinum Eugenia pyriformis Myrcia multiflora Vitex montevidensis Myrcianthes pungens Espécies de grande porte (plantar em canteiros centrais e áreas verdes) Quadro 3 Nome popular Paineira Louro Pardo Corticeira do banhado Caroba Jacarandá Açoita cavalo Ipê roxo Aroeira vermelha Nome científico Chorisia speciosa Cordia trichotoma Erythrina crista galli. Jacarandá micrantha Jacarandá mimosaefolia Luehea divaricata Tabeluia avellanedae Schinus terebinthifolius e) Quantitativo de espécies:
7 Deverá ser cumprido o plantio mínimo de 10 indivíduos por quadra, exceto em trechos onde esta ação não for possível. A Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental SQA definirá a forma de compensação ambiental em relação aos gabaritos menores ou iguais a 2,10m, compensação esta que poderá ser na forma de ilhas paralelo ao passeio público a ser arborizado ou em plantação em áreas adjacentes (áreas verdes), definidas pela Secretaria Municipal de Qualidade Ambiental e Secretaria Municipal de Urbanismo. f) Passeios a serem arborizados: Somente os passeios públicos com largura igual ou superior a 2,10m (dois metros e dez centímetros) deverão ser arborizados, conforme autorização do órgão municipal, sendo que os de medida inferior a esta não deverão receber arborização. Nos casos do plantio deverão ser observadas as seguintes restrições: Os passeios destinados à instalação de equipamentos públicos, tais como rede de energia elétrica e telefônica, entre outros, podem ser arborizados, ficando, porém, o plantio restrito às arvores de pequeno porte, até 4,00m (quatro metros) de altura, enquanto que, para os passeios sem rede, fica liberado o plantio de árvores de pequeno porte e médio porte até 6,00m (seis metros) de altura; A área sem pavimentação, reservada para o plantio da arborização, não poderá ter dimensão inferior a 0,80m (oitenta centímetros) de largura e comprimento. g) Composição florística da arborização: A biodiversidade na arborização das vias urbanas pavimentadas, deverá manter a quantidade mínima de 06 espécies por quadra objetivando reduzir riscos de perda por aspectos fitossanitário, proporcionar melhor função estética, aumento da avifauna e do equilíbrio ecológico. 2. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:
8 Os responsáveis pela execução deste processo de arborização deverão considerar desde a preparação das covas, seleção, aquisição, plantio de espécies, implantação dos tutores e protetores, irrigação, acompanhamento fitossanitário e/ou substituição dos indivíduos avariados, e troca dos depredados, por período a ser estipulado pela Secretaria da Qualidade Ambiental SQA com entrega de Relatórios Técnicos Periódicos elaborados por profissional técnico habilitado da área com Anotação de Responsabilidade Técnica.
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