LASE Implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) como alternativa a Reposição Florestal Obrigatória (RFO)
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1 Implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) como alternativa a Reposição Florestal Obrigatória (RFO) LASE 218 Samuel Cardoso, Analista Ambiental Enel 9º Congresso de Licenciamento e Gestão Socioambiental no Setor Elétrico
2 Índice Conceito Alternativa à Reposição Florestal Obrigatória (RFO) Conversão de Mudas para Valor Monetário Projeto Rede RestaurAÇÃO Conclusão
3 Conceito Sistemas Agroflorestais (SAFs) Reposição Florestal Obrigatória (RFO) Os SAFs são alternativas sustentáveis capazes de intensificar a produtividade e o rendimento econômico rural. São consórcios de culturas agrícolas com espécies arbóreas que podem ser utilizados para restaurar florestas e recuperar áreas degradadas. É a compensação do volume de matériaprima extraído de vegetação natural pelo volume de matéria-prima resultante de plantio florestal para geração de estoque ou recuperação de cobertura florestal. São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou que detenham autorização para supressão de vegetação nativa.
4 Alternativa à Reposição Florestal Obrigatória (RFO) Como alternativa a RFO o Governo do Estado do RS através da Instrução Normativa SEMA nº 2/213 estabeleceu procedimentos para o fortalecimento da Gestão Ambiental no Estado.
5 Instrução Normativa SEMA nº 2/213 Art. 3º. A conversão do número total ou parcial de mudas decorrentes da reposição florestal obrigatória oriundas do licenciamento do manejo da vegetação nativa, somente será admitida para os casos que envolvam a implantação e manutenção de empreendimentos considerados de utilidade pública (transporte, energia, telecomunicações, saneamento), mediante formalização de proposta e posterior aprovação de projetos técnicos pela Divisão de Licenciamento Florestal (DLF) ou Agências Regionais Florestais. 1º Entende-se por conversão de que trata o caput, a transformação do número de mudas devidas da RFO em valor monetário a ser aplicado diretamente e exclusivamente no projeto técnico aprovado, tomado como referência o indexador UPF-RS. 2º Os projetos técnicos para cumprimento de RFO oriunda de obras lineares de utilidade pública admitidos no caput poderão ser viabilizados através de ações conservacionistas/preservacionistas diversas, desvinculadas do plantio de mudas, direcionadas para educação ambiental, restauração de matas ciliares, corredores de biodiversidade, recuperação de remanescentes de diferentes formações fitogeográficas do Estado, bem como através do apoio a projetos de pesquisa e divulgação do uso sustentável e conservação de produtos florestais não madeiráveis, além de projetos que subsidiem ações de manejo nas Unidades de Conservação Estadual.
6 Conversão do Número de Mudas para Valor Monetário Conversão do número de mudas para valor Monetário em Real (R$) adotando o critério informado pela SEMA-RS. Valor Monetário =,5 x UPF-RS x nº Mudas Exemplo de Conversão Empresa que possua dívida de plantio equivalente a 1. mudas. UPF-RS do ano de 218 R$ 18,894 Valor para aplicação em projetos R$ ,
7 Projeto Rede RestaurAÇÃO Consiste na valorização e restauração da vegetação nativa na região Noroeste do Rio Grande do Sul: apoio à coleta de sementes, à produção de mudas e à formação de viveiros comunitários.
8 O que vale mais? Plantio Convencional Projeto
9 O que vale mais?
10 Stakeholders Parceiros Público Alvo Cooperativa Agropecuária dos Agricultores Familiares de Tenente Portela (CooperFamiliar) Enel Cien Alunos de Universidades (Ufpel, UFSM e Unijuí) Indígenas Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA/RS) Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (AREDE) Tecnicos de secretarias de agricultura e meio ambiente Agricultores Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Clima Temperado; Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo do RS (EMATER/RS) Técnicos de extensão rural e ONGs
11 Curso de Coleta de Sementes e Produção de Mudas O momento é de compartilhar conhecimento. Proposta Objetivo foi a capacitação em técnicas de germinação de sementes e melhores práticas de produção de mudas. Público de quase 6 pessoas contemplando indígenas, agricultores, técnicos de extensão rural, de ONGs e de secretaria de agricultura e meio ambiente, e alunos da Ufpel, UFSM e Unijuí.
12 Oficinas de Plantio de Mudas Objetivo de capacitar agricultores e multiplicadores para o plantio de mudas em campo. Sistemas Agroflorestais
13 Oficina de Despolpa de Frutas Nativas Esta oficina teve por objetivo despertar usos possíveis para as frutas nativas, e assim motivar os agricultores, estudantes e professores na produção de mudas e plantio de espécies frutas. A prática da oficina envolveu o processamento de frutas armazenadas pelas famílias, onde os produtos ficam acondicionados em embalagens seladas com posterior armazenamento em congeladores.
14 Certificação de Exploração da Vegetação Nativa Junto à SEMA Florestas nativas plantadas Apoio à certificação florestal com informações relacionadas ao manejo e exploração da vegetação nativa, geradas a partir dos resultados da avaliação dos plantios (monitoramento) realizados no projeto. A certificação é direcionada a agricultores com interesse pelo uso comercial de produtos madeireiros e nãomadeireiros. Sistemas Agroflorestais
15 Certificação Extrativismo Sustentável do Butiá Extrativismo 11 agricultores familiares regularizaram suas atividades de extrativismo sustentável, para utilização do fruto do butiá, da qual retiram a polpa para posterior venda e fabricação de sucos, sobremesas e licores, além da possibilidade de utilização das folhas em trabalhos artesanais.
16 Certificação Imagem de uma área certificada Vistoria para certificação Evento de entrega dos certificados Vistoria para certificação
17 Unidade de Referência Tecnológica (URT) URT É um modelo físico de sistema de produção, implantada em área pública ou privada, visando à validação, demonstração e transferência de tecnologias geradas, adaptadas e (ou) recomendadas pelo Sistemas Nacional de Pesquisa Agropecuária (SPNA), considerando as peculiaridades de cada região (Balbino et al., 211). Principais Tipos de URTs SAFs (Sistema Agroflorestais); ILPFs (Integração lavoura-pecuária-floresta); Cortinas multipropósito; e Técnicas de restauração ecológica em APP ou RL.
18 Unidade de Referência Tecnológica (URT) Primeira etapa: visitadas nas unidades produtivas agrícolas com o intuito de fazer a apresentação do projeto. Segunda etapa: realização de diagnóstico da propriedade, produzindo um croqui, evidenciando seus tipos de plantio e o espaçamento das mudas, através de uma escala de cores. Terceira etapa: apresentação do croqui com a alocação dos plantios, ocorrendo ou não nesse momento alterações no desenho e redimensionamento das áreas. Quarta etapa: entrega do croqui para o agricultor junto com a orientação do manejo da área, que deve ser implementado sob acompanhamento dos técnicos. Nesse momento também realizouse a escolha das espécies para as URTs, conforme a necessidade de cada área, de acordo com a sua função.
19 Conclusão Após 1 meses de projeto, tivemos resultados significativos e satisfatórios, onde o apoio a projeto se mostrou economicamente vantajoso com custo 4% menor que o plantio convencional, além dos resultados socioambientais listados abaixo: Plantio de mudas de espécies nativas em 25 URTs Coleção de Germoplasma de espécies florestais nativas do Noroeste do RS, disponibilizada a Unijuí Capacitação de multiplicadores em plantio de mudas, despolpa de frutas nativas Apoio a certificação de 11 agricultores em exploração da vegetação nativa Ainda estão previstos para 218 e 219 Curso de Adequação Ambiental no Bioma Pampa: Enfoque no Programa de Regularização Ambiental (PRA). Oficina de montagem de viveiros, com a implantação de 5 unidades modelo Oficina de SAF e Restauração Ecológica Plantio de mudas de espécies nativas
20 Depoimento Brasília de Freitas, membro do povo Kaingang da comunidade indígena do Guarita, no município de Tenente Portela. É imprescindível pensar na sustentabilidade ambiental para a manutenção da vida na terra. Essa organização é importante não só para o país, mas para o mundo. Se nós não optarmos pelo reflorestamento comprometeremos a vida.
21 Obrigado! Samuel Santos Cardoso Engenheiro Agrícola e Ambiental samuel.cardoso@enel.com
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