Arborização no contexto do planejamento urbano
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- Luciano Rosa
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1 Arborização no contexto do planejamento urbano Eng. Florestal Edinilson dos Santos Prefeitura de Belo Horizonte Dr. Edinilson dos Santos Prefeitura Municipal São João Evangelista de - MG, Belo 08 de Horizonte junho de 2016
2 Cidade: aglomeração humana localizada numa área geográfica circunscrita e que tem numerosas casas, próximas entre si, destinadas à moradia e/ou a atividades culturais, mercantis, industriais, financeiras.
3 Ambiente urbano: impermeabilização, uso de materiais manufaturados, poluição, redução da cobertura vegetal.
4
5 A arborização é um contrapeso à artificialidade, resgatando o natural e gerando benefícios. Estabilização microclimática: temperatura, umidade relativa e circulação do ar; Redução da poluição: absorção de gases, retenção de partículas; Biodiversidade: flora e fauna; conservação genética; Estética: embelezamento da paisagem; Outros: elementos referenciais, históricos e culturais; valorização econômica; Ação na saúde física e mental: direta ou indireta.
6 Benefícios da Arborização Urbana Estabilidade microclimática
7 Benefícios da Arborização Urbana Atração à fauna Efeito paisagístico
8 Benefícios da Arborização Urbana
9 Benefícios da Arborização Urbana Referência histórica e cultural
10 Benefícios da Arborização Urbana Valorização econômica
11 Benefícios da Arborização Urbana Valorização econômica
12 Benefícios da Arborização Urbana Valorização econômica
13 Benefícios da Arborização Urbana Valorização econômica
14 As cidades e suas relações Os homens constroem seus ambientes e mantém artificialmente um equilíbrio. Os elementos que compõem a cidade estão em constante interação, necessitando adaptações permanentes. A cidade sempre se transforma em razão das interferências externas (do meio) e humanas. Ao compreender a cidade como sistema de relações entre seus elementos, se identifica a existência de redes interconectadas: vias, energia elétrica, coleta de resíduos, abastecimento de água etc., e arborização.
15 Conceito de Arborização Urbana Conjunto da vegetação arbórea de uma cidade, presente tanto em terras públicas como em terras particulares. Componente público: ao longo de vias e em áreas verdes públicas. Componente privado: em áreas de domínio privado (cobertura vegetal significativa, cabendo ao Poder Público assegurar sua preservação).
16 Arborização Urbana
17 Fatores impeditivos Vários fatores impedem o desenvolvimento normal de uma árvore na área urbana: compactação do solo necessária para a pavimentação ou fundação de prédios, porém, prejudicial ao desenvolvimento das plantas; depósitos de resíduos de construção e entulhos no subsolo; pavimentação do leito carroçável e das calçadas impedindo a penetração do ar e das águas de chuvas; poluição do ar, com suspensão de resíduos industriais, fumaça dos escapamentos de veículos automotores e de chaminés industriais, impedindo a folha de exercer livremente suas funções, uma vez que a poeira e as gotículas de óleo existentes no ar se acumulam sobre a superfície das folhas, obstruindo total ou parcialmente os estômatos, dificultando a respiração e a fotossíntese; podas drásticas, muitas vezes obrigatórias e abertura de valas junto à arvore, mutilando o seu sistema radicular. Demóstenes F. da Silva Filho et al; Arborização Urbana - Bol. Acad. - UNESP/FCAV/FUNEP - Jaboticabal, SP
18 Problemas da escolha errada
19 Premissas e princípios do manejo A cidade existe em função dos homens. Árvores são componentes essenciais, assim como demais itens da infraestrutura. O manejo visa o máximo benefício mediante o mínimo prejuízo para as árvores, demais elementos urbanos e munícipes (relação custo/benefício favorável). A poda não é obrigatória, só deve ser realizada em caso de real necessidade, para evitar danos à árvore e altos custos de manejo. O manejo da arborização exige capacitação técnica.
20 Planejamento da arborização viária O planejamento adequado da arborização viária se pauta na elaboração de um plano que responda as perguntas: O que plantar? Como plantar? Onde plantar? Quando plantar?
21 A árvore certa no lugar certo
22 Condicionantes do plantio Características da espécie: estéticas e botânicas, resistência à pragas e doenças, adaptação ao clima local; O ambiente urbano: condições naturais alteradas (disponibilidade hídrica, solo, poluição); O espaço físico disponível (tridimensional); Legislação pertinente; Envolvimento da comunidade (egoísmo e tolerância).
23 Considerações - Espécie
24 Considerações - Espécie Origem: exóticas x nativas. Efeitos práticos da escolha.
25 Considerações - Espécie Exóticas invasoras
26 Conflitos com equipamentos Fatores impeditivos
27 Considerações - Meio Legislação ambiental e de uso e ocupação do solo Objetivo: atingir o equilíbrio entre os anseios dos que vivem nas cidades, com seus pares e com o meio ambiente. O controle ambiental determina limites do relacionamento legal entre população, árvores, órgãos ambientais e concessionárias. Instrumentos: zoneamento ambiental; plano diretor; espaços protegidos; parâmetros de qualidade; licenciamento; fundos; educação; incentivos e fiscalização.
28 Parcelamento do solo O parcelamento destina parte da gleba dividida à função de área verde, e deve obrigar o empreendedor a implantá-la; As novas ruas devem ser arborizadas mediante normas técnicas adequadas; Estas obrigações legais identificam a arborização urbana como um serviço idêntico ao demais do parcelamento.
29 Considerações - Meio Legislação urbanística: estabelece normas para parcelamentos, parâmetros urbanísticos e localização de usos e atividades. Códigos de obras e posturas que norteiam a possibilidade de implantação da arborização viária.
30 Poda - solução ou problema? Retirada de partes de uma planta para estimular a floração, a frutificação, ou formar madeira sem nós. Na Arborização Urbana, o objetivo é a eliminação de conflitos.
31 Problemas da poda Redução dos benefícios; Alteração nas relações entre a parte aérea e as raízes da planta; A planta é forçada a repor as partes removidas e a cicatrizar a ferida provocada pelo corte; Acesso de fungos, bactérias e insetos, que a planta nem sempre pode evitar mediante seus mecanismos fisiológicos normais; Surgimento de ramos ladrões em pontos próximos ao local do corte.
32 Alternativas à poda
33 Cultura da poda A SMA iniciou a poda das árvores de todas as vias (...). Este trabalho será feito seguindo um projeto ambiental estabelecido com critérios e orientações técnicas para recuperar e ampliar as áreas verdes (...). Quem ganha são os moradores, que terão um visual melhor da cidade, com mais sombras e melhor qualidade do ar. A poda, além de proporcionar a vitalidade das árvores, melhora o aspecto estético das ruas (...). A Prefeitura está executando através da Secretaria de Obras, poda das árvores que enfeitam os canteiros centrais de (...). A execução de podas periódicas faz parte do esforço do poder público municipal em garantir a beleza e o crescimento controlado da cobertura vegetal urbana e se insere no rol de intervenções destinadas a levar qualidade de vida à população.
34 Diretrizes do Plano Diretor Conjunto de métodos e medidas adotadas na preservação, manejo e expansão da arborização nas cidades, de acordo com demandas técnicas e manifestações da comunidade. Quanto ao planejamento da arborização: Estabelecer um programa de arborização considerando as características de cada região da cidade; Planejar a arborização conjuntamente com os projetos de implantação de infraestrutura urbana; Considerar áreas privadas no planejamento da arborização.
35 Diretrizes do Plano Diretor Quanto ao instrumento de desenvolvimento urbano: Utilizar a arborização para revitalizar pontos de encontro, incentivando eventos culturais na cidade; Em projetos de recomposição considerar os conjuntos caracterizados por determinadas espécies; Integrar a arborização com monumentos, prédios históricos e detalhes arquitetônicos de edificações; Planejar a arborização como meio de tornar a cidade mais atrativa ao turismo (desenvolvimento econômico).
36 Pretória - África do Sul
37 Maringá - PR
38 Diretrizes do Plano Diretor Quanto ao equilíbrio ambiental: Priorizar espécies nativas regionais com vistas à promoção da biodiversidade; Diversificar as espécies como forma de assegurar a estabilidade e a preservação da arborização; Em áreas ambientalmente sensíveis, utilizar somente espécies típicas da regiões; Estabelecer programas de arborização em logradouros que constituam corredores de ligação entre áreas verdes.
39 Diretrizes do Plano Diretor Quanto ao monitoramento da arborização: Estabelecer um cronograma integrado de plantio com obras, com prazos adequados para implementação; Para manutenção de redes de infraestrutura existentes, adotar cuidados e medidas que compatibilizem o serviço com a proteção da arborização; Organizar todas as ações, dados e documentos referentes à arborização, com vistas a manter cadastro atualizado, mapeando todos os exemplares arbóreos.
40 Participação da população Informar e conscientizar a comunidade da importância da preservação e manutenção da arborização; Desenvolver programas para reduzir a depredação e o número de infrações relacionadas à vegetação; Estabelecer convênios ou intercâmbios com a academia, com intuito de pesquisar espécies para uso na arborização; Compartilhar ações público-privadas para viabilizar a implantação e manutenção da arborização urbana.
41 Programa de adoção Exemplos de áreas adotadas e detalhe da placa alusiva à adoção
42 Reserva Particular Ecológica Detalhes do acesso e placa indicativa da reserva particular ecológica
43 Instrumentação do Plano Diretor O Plano Diretor pode incluir diretrizes para produção de mudas; plantios; podas; supressões; destinação dos resíduos; transplantios; tratos culturais; manejo da vegetação em áreas privadas; adequação dos equipamentos urbanos. O mais interessante é incluir o detalhamento destes tópicos no conjunto legal e em manuais práticos.
44 Conclusões Plante a árvore certa no lugar certo. Planeje a arborização pensando na cidade em todos os seus aspectos. Cuide da árvore para cuidar das pessoas. Obrigado! Contato: (31) / edinilsons@gmail.com
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