AULA 04 Profº André Luis Torres SABERES E PRÁTICAS
Selma Garrido Pimenta, Evandro Ghedin
Em sua obra, Pimenta traz a tona o pensar e o refletir que é próprio do ser humano e evidencia a contribuição da reflexão no exercício da profissão de professor.
A proposta é discutir criticamente o conceito do professor reflexivo, destaca ainda as origens, os pressupostos, os fundamentos e as características deste termo e questiona: Como os professores inseridos na realidade educacional participaram de sua construção? A reflexão sobre a prática basta para melhorar a atividade docente e satisfazer as necessidades da aprendizagem de alunos e professores?
Propõe um outro olhar, que compreende a atuação docente como uma prática social e as escolas como comunidades de aprendizagem. Destaca a importância de se considerar o contexto, de ir além da reflexão, utilizando a teoria e articulá-las.
Destaca também três conceitos de flexibilidade: Consciência dos próprios atos; Relação entre pratica e pensar; Entendimento da realidade.
Agrega a flexibilidade, a outras abordagens, como: Fenomenológica ; Estruturalista; Positivista.
Faz um breve histórico do conceito metodológico reflexivo, desde os anos 60 com Ver-Julgar-Agir, passando pela competência do pensar nos anos 70, a proposta de Freire, nos anos 80, a teoria da ação comunicativa, o professor critico reflexivo, o intelectual critico e etc...
Abordagem continua com três capacidades que devem ser desenvolvidas pelos professores: Assimilação dos temas teórico critico da realidade; Assimilação de metodologia de ação; Contextos sociais.
Os professores aprendem seu oficio, estudando as teorias e, também, com suas próprias experiências
A escola é o lugar da reflexividade, onde se pratica o pensar e o desenvolvimento da razão. Esta obra fala de modo critico sobre a investigação, sobre a formação do professor Pós positivista Pós weberiana
Usa um senso comum para realização da análise proposta com a realidade dos professores: A partir das condições de trabalho; É preciso melhorias no salário do professor para que ele possa oferecer uma cultura que nem sempre ele mesmo tem ; A ciência dada ao professor não serve para que ele reflita, trazendo o fracasso em sua formação.
Falar que o professor ensina de acordo com a cultura por ele recebida, quer dizer que é necessário considerar o ambiente de aprendizagem e as condições de trabalho que vai enfrentar.
A questão da formação do professor é abordada sobre três aspectos: A pesquisa educacional realizada fora da sala de aula Questões entre teoria e prática Relação entre a pratica dos alunos e dos professores
As situações apresentadas nas pesquisas nem sempre são aquelas apresentadas na realidade da sala de aula, como exemplo a quantidade de alunos por sala, que nas pesquisas apontam uma quantidade e na pratica ao numero é bem mais elevado
O pesquisador é visto como avaliador do professor, trazendo certa opressão, contando ainda com a hierarquia intelectual, onde o pesquisador pertence a uma Instituição Universitária e o professor ministra aula para o E. F. e E. M. O pesquisador também pode ser visto como o elo entre o professor e aquele que solicita a pesquisa. O fracasso escolar, já não é baseado no desempenho do aluno.
Fica claro que existe duas teorias: Uma vertente teórica, prioriza a área da pesquisa e outra prioriza a pratica Fica claro que um aluno com dificuldade, não é um aluno fracassado Há também a preocupação por parte dos professores de tornar inteligível a matéria que tem que ser ensinada.
O trabalho do professor é fazer o aluno aprender o que significa que o professor auxilia o desenvolvimento intelectual do aluno. O que vale é sempre conhecer o desenvolvimento das práticas dos alunos e professores, em cada situação
O prazer esta ligado a existência, pois há necessidade de atingir determinados objetivos, o prazer não deve ser imediato, mas deve estar ligado ao desejo e a formação do individuo.