FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA.



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Transcrição:

FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Administração Curso (s) : Administração - Joinville Nome do projeto: O Enfoque da Gestão de Recursos Humanos no Modelo de Consultoria Interna: Análise das Empresas de Médio Porte de Joinville. Nome do(s) acadêmico(s) envolvido(s): Nome do professor orientador: Professora Claudia Maria Huber Nome do professor co-orientador: Nome do coordenador(a) do Curso: Professor Claudio Sergio Moreira Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense FERJ, mantenedora do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº ----/2013 - PROINPES, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe, utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no formulário anexo. Joinville/SC, 01 de abril de 2013. Acadêmico(a) Acadêmico(a) Claudia Maria Huber Professor orientador Professor coorientador Claudio Sergio Moreira Coordenador do Curso 1

2 DESCRIÇÃO DO PROJETO Título do Projeto: Tipo de Projeto ( 06 meses ) O Enfoque da Gestão de Recursos Humanos no Modelo de ( ) Elaborado pelo acadêmico em Consultoria Interna: Análise das Empresas de Médio Porte de conjunto com o professor Joinville. orientador; (X) Apresentado pela instituição; Resumo do Projeto A presente pesquisa tem como objetivo identificar o atual perfil da área de Recursos Humanos nas empresas de médio porte de Joinville e quais as condições necessárias para a implementação de um sistema de Recursos Humanos fundamentado nos princípios do Modelo de Consultoria de Recursos Humanos nas respectivas empresas, tendo os Gestores de Linha como Gestores de Pessoas, e a Área de Recursos Humanos como parceira estratégica na missão desses gestores e alinhada ao negócio das empresas. A revisão da literatura contemplará a Evolução e Contextualização da área de Recursos Humanos; A Administração de Recursos Humanos (ARH) Contemporânea; Consultoria; Modelo de Consultoria Interna de Recursos Humanos; e Consultor Interno de Recursos Humanos. A metodologia de pesquisa estará baseada em doze variáveis, quais sejam: concepção sobre as pessoas, ações, objetivos, reporte, políticas, processos, orçamento, visão perante a concorrência, foco, resultados, gerenciamento e perfil do profissional de recursos humanos. Sendo assim, após o levantamento de dados, tabulação, elaboração do diagnóstico e identificação do atual estágio de Gestão de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville, a visualização das lacunas a serem supridas para a implantação efetiva de um sistema de Consultoria Interna de Recursos Humanos nas empresas de médio porte de Joinville. Problematizacão No atual contexto, caracterizado pela evolução na gestão de negócios e o acirramento da globalização, os gestores das empresas necessitam remodelar suas formas de gestão. Assim, a Área de Recursos Humanos, com o intuito de contribuir na missão da gestão dos Recursos Humanos das organizações, necessita estabelecer uma nova dinâmica de trabalho, articulada com o Planejamento Estratégico Institucional, de modo a envidar esforços para que os grandes objetivos de resultados da organização sejam atingidos. Este novo enfoque de Gestão de Recursos Humanos exige um reposicionamento da área e reestruturação organizacional, como área de apoio estratégica na gestão dos resultados organizacionais. Este tipo de atuação encontra embasamento no Modelo de Consultoria Interna de Recursos Humanos. Diante dessas considerações, o problema de pesquisa do presente projeto fica assim caracterizado: Qual o atual perfil da área de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville e quais as condições necessárias para a implementação de um sistema de Recursos Humanos fundamentado nos princípios do Modelo de Consultoria de Recursos Humanos nas respectivas empresas? Justificativa As organizações estão passando por um processo de profundas transformações, incorporando mudanças na linha do profissionalismo da gestão, que tem como princípio a gestão por resultados. Nesse processo, a Administração de Recursos Humanos pode contribuir de maneira significativa na implantação de um novo sistema de gestão das empresas por meio de uma gestão de pessoas. Ao mesmo tempo em que precisa qualificar e comprometer as pessoas no contexto deste novo momento de mudanças que vivem as empresas, deve buscar um alinhamento estratégico do seu trabalho com os objetivos de gestão por resultados na organização. Este processo exige um novo enfoque e um 2

novo Modelo de Gestão de Recursos Humanos, que passa de um enfoque de cunho meramente técnico para um enfoque estratégico, que se configura na consultoria interna. Considera-se fundamental o conhecimento a respeito da Consultoria Interna de Recursos Humanos, bem como a construção de pesquisa adequada, já que a consultoria surge como uma das tendências da Gestão de Pessoas. Somado aos demais recursos, como a tecnologia, os processos e o capital financeiro, o capital humano contribui de modo essencial para a competitividade organizacional. A Consultoria Interna atua como multiplicadora de soluções e oportunidades nas organizações, principalmente nas organizações que estão buscando novo modelo de gestão. Na prática organizacional, a Consultoria Interna de Recursos Humanos se adequada à cultura empresarial, gera resultados valiosos. Assim, esta pesquisa é oportuna como orientadora e facilitadora na decisão de implantação e desenvolvimento da Consultoria Interna de Recursos Humanos em empresas de médio porte de Joinville que buscam diferencial competitivo. Objetivo Geral: Identificar o atual perfil da área de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville e quais as condições necessárias para a implementação de um sistema de Recursos Humanos fundamentado nos princípios do Modelo de Consultoria de Recursos Humanos nas respectivas empresas, tendo os Gestores de Linha como Gestores de Pessoas, e a Área de Recursos Humanos como parceira estratégica na missão desses gestores e alinhada ao negócio das empresas. Objetivos específicos - Identificar, em literatura especializada, os pressupostos do modelo de Gestão de Recursos Humanos com enfoque na consultoria interna; - Fazer um levantamento de dados para identificar o atual estágio de Gestão de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville; - Elaborar um diagnóstico com vistas à avaliação do estágio em que se encontram a Gestão de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville; - Identificar as lacunas a serem supridas para a implantação efetiva de um sistema de Consultoria Interna de Recursos Humanos nas empresas de médio porte de Joinville. Metodologia A pesquisa terá uma contextualização bibliográfica que se utilizará fundamentalmente das contribuições dos diversos autores. Incluindo-se pesquisa de campo para identificar o perfil das empresas, onde o universo estará formado pelas empresas de médio porte de Joinville. Os sujeitos da pesquisa serão os gestores de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville, os quais serão submetidos a entrevistas semi-estruturadas (Apêndice A). A coleta de dados contará com: a) pesquisa bibliográfica em livros, revistas especializadas, artigos publicados, teses e dissertações com dados relativos ao assunto, e b) para a pesquisa de campo, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com os Gestores de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville. Para as entrevistas, o roteiro contemplará questões que atendam aos principais objetivos da pesquisa permitindo aos entrevistados discorrerem livremente sobre os temas tratados, ampliando as informações para análise. A Administração de Pessoal remonta às Fases Pré-jurídico-laboral, Burocrática, Tecnicista e Sistêmica, com atuação nos subsistemas de Recursos Humanos. A Administração de Recursos Humanos está orientada para a fase estratégica com o surgimento do Planejamento Estratégico e os Recursos Humanos oferecendo suporte para o corpo funcional das organizações. Já a Consultoria Interna de Recursos Humanos abarca uma fase de atuação generalista com ações dos profissionais de Recursos Humanos voltadas aos Gestores de Linha (Gestores de Pessoas). A adoção deste modelo (quadro 1) tem como objetivo identificar o perfil de Gestão de Recursos Humanos em que as empresas de médio porte de Joinville se encontram. 3

Modelos Variáveis Análise Concepção sobre as pessoas Ações Administração de pessoal São alocados de acordo com sua experiência e sua especialização. Direcionadas ao cumprimento das rotinas operacionais, visando à legislação vigente. Objetivos Fazer cumprir controles administrativos e a legislação trabalhista. Reporte A média gerencia ou diretoria, em muitas empresas hoje, reporta-se a área financeira. Administração de recursos humanos Valorização experiências. das Consultoria interna de recursos humanos Valorização das competências e do capital intelectual. Mediante especialidades. Com foco em atingir os objetivos estratégicos da empresa, com visão global e ação local. Selecionar e treinar. Ajustar às estratégias de Recursos Humanos as estratégias da empresa, A Diretoria de Recursos Humanos. Políticas Inexistentes Implícitas, algumas vezes formalizadas. Processos Execução de trabalhos nos prazos. Solucionar problemas. Orçamento Pessoas são despesas. Treinamento é um custo necessário. Visão perante a concorrência preparando-o para o futuro. Ao principal executivo da empresa, visando facilitar a tomada de decisão. Explicitas, formalizadas e relacionadas aos objetivos estratégicos da empresa. Pró ativos, buscando melhoria contínua e alinhado a estratégia da empresa. Treinamento é investimento, pois é direcionado para que o colaborador se torne um diferencial e contribua para os resultados da empresa. Gestão tradicional. Especializada. Estão em acordo com as estratégias da empresa, visando a otimização dos trabalhos facilitando a tomada de decisão e a perenidade da empresa. Foco Cumprimento da legislação. Atender demandas. Resultado para o negócio, consultoria ao board e ao cliente interno. Resultados Pagamento de salários e benefícios. Atender demandas. Gerenciamento Dar ordens e monitorar. Reconhecer as expectativas dos funcionários. Perfil Profissional Burocrata/operacional. Atuação nos de Recursos subsistemas/especialista. Humanos Quadro 1: Modelos de Gestão de Pessoas - variáveis de análise Fonte: Adaptado de Orlickas (2010, p. 24). Qualidade, retorno para acionistas e para colaboradores. Promover atitudes de autodeterminação e autogerenciamento entre os colaboradores. Conhecer negócio, e atuação generalista. O design da pesquisa demonstra a seqüência lógica que conecta os dados empíricos com as questões iniciais e suas conclusões. Isto é, procura demonstrar as diferentes etapas que serão seguidas na pesquisa, como também o caminho a ser percorrido para a resposta aos objetivos da mesma. O quadro 2 mostra o desenho com o detalhamento das fases que a pesquisa percorrerá. Objetivos da Pesquisa - Identificar, em literatura especializada, os pressupostos do modelo de Gestão de Recursos Humanos com enfoque na consultoria interna; - Fazer um levantamento de dados para identificar o atual estágio de Gestão de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville; - Elaborar um diagnóstico com vistas à avaliação do estágio em que se encontram a Gestão de 4

Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville; - Identificar as lacunas a serem supridas para a implantação efetiva de um sistema de Consultoria Interna de Recursos Humanos nas empresas de médio porte de Joinville. Quadro de Referência - Evolução e Contextualização da área de Recursos Humanos; - A Administração de Recursos Humanos (ARH) Contemporânea; - Consultoria; - Modelo de Consultoria Interna de Recursos Humanos; - Consultor Interno de Recursos Humanos. Procedimentos Metodológicos da Pesquisa (Coleta e Análise de Dados) Fase I: Aplicação do Questionário aos Gestores de Recursos Humanos das empresas de médio porte de Joinville. Fase II: Sistematização das entrevistas e dos dados secundários. Elaboração do diagnóstico. Fase III: Identificação das lacunas para implementação do Modelo de Consultoria Interna de Recursos Humanos a partir do diagnóstico. Descrição e Análise Teórica do Estudo Considerações Finais e Contribuições da Pesquisa Quadro 2: Fases da Pesquisa Fundamentação Teórica 1. Evolução e contextualização da Área de Recursos Humanos A função gerencial de gestão de pessoas visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos, tanto organizacionais quanto individuais. Trata-se, a rigor, da evolução das áreas designadas antigamente como Administração de Pessoal, Relações Industriais e Administração de Recursos Humanos (GIL, 2001). O quadro 3 demonstra a evolução da função de Recursos Humanos no Brasil de forma sucinta. Período Fase Característica Antes da década de 30 Pré jurídicolaboral - Inexistência de legislação laboral e de uma área especifica. - Funções descentralizadas. Décadas de 30 e 50 Burocrática - Surgimento de uma legislação laboral. - Surgimento do Departamento de Pessoal para o cumprimento das exigências legais. Décadas de 50 e 60 Tecnicista - Implementação da indústria automobilística. - Implementação dos subsistemas de Recursos Humanos. - Preocupação crescente com o desempenho e a eficiência. Meados da década de 60 e década de 70 Sistêmica Décadas de 80 e 90 Estratégica - Profundas alterações. -Descentralização das funções. - Surgimento das gerencias de Recursos Humanos e dos responsáveis pelas relações industriais. - Integração dos enfoques comportamentais, administrativo e estrutural. 5

- Diversidade de enfoques. Quadro 3: Evolução da função de Recursos Humanos no Brasil Fonte: Christensen (2010, p. 76). O trabalho e a gestão com pessoas existem desde a Antiguidade, mas somente no final do século passado é que essa questão começa a passar por um processo de sistematização dos conhecimentos acumulados até então (DUTRA, 2002). Nesse sentido, verifica-se, na Inglaterra, a preocupação com a gestão de pessoas desde a Revolução Industrial. Nos EUA ocorrem por pressões dos sindicatos e do parlamento e por receio da organização dos trabalhadores, respectivamente. A partir disso, criaram-se os secretários do bem-estar para atender as necessidades dos trabalhadores e impedir que eles formassem sindicatos. Este novo posto de trabalho marcou o surgimento da administração especializada de Recursos Humanos na Inglaterra. Nos EUA, a gestão de pessoas está sistematizada no movimento de Administração Científica. A Escola de Administração Científica condiciona a gestão de pessoas, durante todo o século XX, aos paradigmas de gestão criados por esse movimento (DUTRA, 2002), que teve origem com as experiências de Frederick W. Taylor (1856-1915), nos Estados Unidos, e Henri Fayol (1841-1925), na França. Gil (2001) afirma que esse movimento tinha como objetivo fundamental fundamentar cientificamente as atividades administrativas, substituindo a improvisação e o empirismo. Essa teoria mostrou ao mundo que o estudo sistemático e científico do trabalho podia levar à melhor eficiência nas organizações. Entretanto, esse modo de organização do trabalho foi criticado por tornar o trabalho humilhante e degradante e por não permitir um processo de desenvolvimento das pessoas por si mesmas. Em busca da valorização das relações humanas no trabalho surgiu a necessidade de se considerar a relevância dos fatores psicológicos e sociais na produtividade, cuja base foi dada pelos estudos desenvolvidos pelo psicólogo americano Elton Mayo (1890-1949). De acordo com Gil (2001), esse autor desenvolveu uma experiência pioneira no campo do comportamento humano no trabalho, cujos resultados demonstraram que os fatores psicológicos e sociais influenciam no produto final do trabalho, embora esse não tivesse sido o objetivo inicial da pesquisa dele. A partir dessa pesquisa, outras foram realizadas e, como conseqüência, passou-se a valorizar as relações humanas no trabalho (GIL, 2001). Dessa forma, a comunicação, a motivação, a liderança e os tipos de supervisão passaram a ser, também, considerados na Administração de Pessoal. Após a II Guerra Mundial, afirma Gil (2001), ocorreram mudanças significativas na administração de pessoal das empresas, cujas atividades se limitavam às rotinas de pessoal sob o enfoque legal e disciplinar. Tais mudanças começaram a ocorrer nos Estados Unidos devido ao crescimento do poder dos sindicatos dos trabalhadores. Em virtude disso, as empresas passaram a prestar atenção nas condições de trabalho, a conceder benefícios a seus empregados e, também, a sentir a necessidade de negociar com as entidades representativas dos trabalhadores. Para tanto, foram alteradas as estruturas voltadas à administração de pessoal. Segundo Gil (2001), nesse momento, a seção de pessoal deu origem ao departamento de relações industriais e alterou o perfil requerido de seus dirigentes. Na década de 60, os termos Administração de Pessoal e Relações Industriais começaram a ser substituídos pela expressão Administração de Recursos Humanos (GIL, 2001). À época, segundo Dutra (2002), começaram a ser percebidas as primeiras fraquezas nos modelos de gestão de pessoas centrados no paradigma de Administração Científica. Foi na década de 70, no entanto, que críticas mais bem fundamentadas provocaram uma ruptura no modelo até então seguido no que tange à gestão de pessoas. Na década de 80, conforme Gil (2001), a Administração passou por um período de crise de referenciais, tanto teóricos como técnicos. Não se aceitava mais o que se tinha e não se tinha um modelo novo pronto. Dessa forma, às empresas foram-se apresentando desafios, como a globalização 6

da economia, a evolução das comunicações, o desenvolvimento tecnológico, a competitividade etc. Sem fundamentação, nem todas as empresas conseguiram se ajustar ao ambiente, e as que superaram os desafios passaram pelas experiências da reengenharia, da terceirização e do downsizing. Nesse contexto, surgiu a Administração de Recursos Humanos, cuja origem se deve à introdução de conceitos originários da Teoria Geral de Sistemas à Gestão de Pessoal. A partir da década de 90, começou a ser questionada a forma como vinha sendo desenvolvida a Administração de Recursos Humanos nas organizações, principalmente pelo fato de tratar as pessoas pela nomenclatura de recursos. Propôs-se que começassem a ser tratadas como parceiras da organização não seu patrimônio (GIL, 2001). Essas críticas mostram que se continua evoluindo nas discussões, por enquanto no meio acadêmico, sobre uma nova forma de Gestão de Recursos Humanos, que começa a assumir o nome de Gestão de Pessoas ou Gestão de Talentos, Gestão de Parceiros, Gestão do Capital Humano etc. Além disso, a tendência é de que esse setor assuma lugar estratégico nas organizações. A gestão de pessoas em todas as organizações é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformações nos últimos anos. A gestão de pessoas tem, hoje, uma visão completamente diferente da sua tradicional configuração. A nova visão é de que as pessoas não são um recurso organizacional, uma peça de uma engrenagem ou meros sujeitos passivos do processo, mas sujeitos participativos, tomadores de decisões, empreendedores das ações e criadores das inovações. Todos os profissionais que ocupam cargo de liderança são vistos como gerentes de Recursos Humanos. Com isso, o perfil do profissional especialista em Recursos Humanos também se altera. Ele passa a ser um consultor especializado dentro da empresa, cabendo-lhe atender às demandas dos demais gerentes no que se refere ao pessoal. Segundo Gramigna (2002), a área de Recursos Humanos, antes centralizada e responsável por todos os processos de pessoal, vem assumindo, finalmente, seu espaço estratégico, descentralizando-se, distribuindo as responsabilidades pelo desenvolvimento das pessoas aos agentes diretos, instrumentalizando-se para uma nova ordem e partindo para uma gestão integrada e enfocada no negócio. No Brasil, para Dutra (2004), poucas empresas estão adotando políticas e práticas avançadas de Recursos Humanos. Inclusive, alerta que a maneira como é tratado o tema gera uma imagem cor de rosa da realidade, o que não é uma verdade. Isto se apresenta devido a vários fatores, mas os que mais influenciam são a presença do Estado intervindo nas negociações entre capital e trabalho e a pouca importância proporcionada pelas empresas ao fator humano. 2.Consultoria Durante muito tempo, o suporte que as organizações utilizavam para introduzir algum tipo de mudança organizacional era buscado em consultoria externa. Dessa forma, no âmbito do senso comum, sempre que se pensa numa atividade de Consultoria, ela é associada imediatamente a uma atividade independente, portanto, de Consultoria Externa. Além disso, a literatura reforça que uma das características da atividade de Consultoria é sua natureza independente (KURB, 1980). Logo, pode parecer uma incoerência falar sobre Consultoria Interna, pelo fato de que o consultor não pode estar inserido no contexto organizacional com vínculo direto. Pelo fato de a Consultoria Interna se apresentar como um novo cargo nas organizações, cuja atividade tanto parece ser uma resposta às exigências do cenário, quanto parece indicar uma nova forma de trabalho, pelo menos ao que concerne ao fato de estar inserida no ambiente organizacional, julga-se necessário estudar o tema. A conceituação da Consultoria é ampla na literatura, porém, é possível observar uma relação entre os conceitos no que diz respeito à sua concepção como atividade de parceria entre a organização e um profissional apto a orientar, a gerar mudanças e a desenvolver soluções capazes de agregar valor à 7

organização. Partindo de uma definição geral de Consultoria, Orlickas (2010) a define como o fornecimento de certa prestação de serviço por um profissional qualificado, provido de remuneração, efetuada por meio de diagnósticos e processos com o propósito de levantar as necessidades organizacionais, indicar soluções, recomendar ações, efetivamente implantá-las e acompanhá-las. A autora pondera que entre as diversas formas da Consultoria figura a Consultoria Interna de Recursos Humanos. Algumas definições sobre o tema são expostas no quadro 4. Orlickas (2010) Gil (2001) Leite et al. (2005) França (2007) Processo que exige a atuação multidisciplinar do profissional de Recursos Humanos na organização, como elo entre o cliente interno e o Recursos Humanos corporativo e agente facilitador que efetua levantamentos e diagnósticos, oferecendo sugestões e busca soluções. Prestação de serviços focados na identificação e análise de problemas relacionados à política, organização e métodos na área de Recursos Humanos e recomendação de ações preventivas e corretivas à organização. Intervenção planejada na organização e nos seus processos de mudança, que afeta diretamente as pessoas, os grupos e a própria coletividade. Função de Recursos Humanos onde são realizadas atividades de apoio, orientação e supervisão para as demandas da organização. Quadro 4: Definições de Consultoria Interna de Recursos Humanos Fonte: Huber, (2011, p.38) O modelo de Consultoria Interna pode ser muito mais que uma simples atividade diferenciada e vir a tornar-se um recurso eficaz para fazer frente a novos modelos de gestão. Sua prática em outros países foi sendo estruturada e sedimentada lentamente, por isso, acreditamos que a tendência nas empresas brasileiras é a de aderir a este modelo, embora nenhuma pesquisa tenha sido feita para avaliar em que medida esta prática tem se consolidado. (MÂNCIA, 1997, p. 42). Segundo Orlickas (2010), as empresas que fizeram a implementação da Consultoria Interna de Recursos Humanos, estavam preocupadas, não apenas em facilitar a tramitação da comunicação e informação, mas também em oferecer melhor atendimento ao seu cliente interno, em ir ao encontro das reais necessidades de seus funcionários e em aproximar-se dele. Isso permite que se concentre todo o trabalho de desenvolvimento no atendimento das necessidades e preferências do cliente interno, dando respostas únicas e reduzindo o ciclo de tempo do serviço prestado. A Consultoria Interna de Recursos Humanos, que atua em todos os níveis organizacionais, na busca da ligação entre as atividades de cada uma das áreas e os objetivos estratégicos, necessita ter a multifuncionalidade e a visão sistêmica desenvolvida amplamente, o que permite uma atuação com maior efetividade na Gestão de Pessoas. De modo geral, a Consultoria Interna de Recursos Humanos, na abordagem de vários autores, traz em seu contexto a atuação na cultura organizacional, no gerenciamento, planejamento estratégico e na assessora à organização. Para tanto, exige dos componentes da estrutura de Recursos Humanos a capacidade de comunicação em todos os níveis organizacionais, de influência e uma série de habilidades e atitudes. Requer ainda uma visão sistêmica, atuação em níveis de topo e base da hierarquia organizacional e uma prestação de serviços que vise integrar esses níveis em um conjunto com vistas à estratégia das empresas. Esse é um dos maiores objetivos do processo de Consultoria Interna de Recursos Humanos. Considera-se um grande desafio das empresas construir uma visão de fora para dentro de seus negócios. Com isso, podem reconhecer que o ambiente de Gestão de Pessoas está constantemente oferecendo novas oportunidades e apresentando novas ameaças. É de vital importância o monitoramento e a adaptação continua às mudanças ambientais. 3. Modelo de Consultoria Interna de Recursos Humanos 8

A busca por qualidade, produtividade, redução de custos, tempo e movimento está levando algumas organizações a utilizarem a figura do Consultor Interno. Uma justificativa para esta tendência é o maior conhecimento do negócio, o que é fundamental para a intervenção ou para a implantação de mudanças organizacionais. Entende-se por Consultoria de Organização (CO) a atividade que visa à investigação, identificação, estudo e solução de problemas gerais ou parciais, atinentes à estrutura, ao funcionamento e à administração de empresas e entidades privadas ou estatais. Compreende a indicação dos métodos e soluções a serem adotados e a criação de condições para sua implantação nas organizações assessoradas (IBCO, 2008). Quanto ao setor da empresa em que se trabalha com consultoria, Leite et al (2005) afirmam que a Área de Recursos Humanos é uma provedora de serviços de Consultoria Interna em gestão de pessoas nas organizações. Isso se deve ao redesenho das estruturas e das funções gerenciais que está transferindo as operações de Recursos Humanos para a linha de frente. Diz, também, que se criou um Modelo de Consultoria Interna com funções especializadas e centralizadas. O apoio à linha é feito por generalistas pertencentes à estrutura de Recursos Humanos. Quando os conhecimentos especializados não estão disponíveis aos gestores, é necessário garantir a disseminação das políticas e práticas corporativas. Segundo Leite et al (2005, p. 62), Este desenho, de certa forma, traduz uma mudança de papel da Área de Recursos Humanos, que passa a se definir como parceira estratégica e não apenas processadora de normas e rotinas. Um dos principais objetivos da implantação de um projeto de Consultoria Interna de Recursos Humanos é prover a organização de informações descentralizadas e a inovação na empresa, conforme afirma Orlickas (2010). Para implantar um processo de Consultoria Interna de Recursos Humanos, Orlickas (2010) aponta os seguintes passos: executar benchmark; conscientizar todos na organização; desburocratizar e racionalizar; ter políticas de Recursos Humanos definidas; Job rotation; sustentação administrativa e funcional; capacitação de cada profissional de Recursos Humanos; definição do papel do Consultor Interno; profundo comprometimento da alta direção; gerentes de linha como gestores de seus Recursos Humanos; tornar a Área de Recursos Humanos em uma unidade de negócios; acompanhamento constante; adequação de perfis; valorização do background e da competência individual; revisões e avaliações; administração dos dificultadores e coragem. Conforme Orlickas (2010), o Consultor Interno geralmente ocupa um cargo técnico ou gerencial na empresa como funcionário. Ele tem um perfil generalista de sua área de atuação e faz a interface entre o cliente interno e a gerência ou direção da área. Ou seja, ele é um facilitador. Além disso, elabora diagnóstico, sugere, opina, critica e busca soluções para os problemas que lhes são apresentados. Entretanto, poucas empresas adotam a nomenclatura de Consultor Interno para esse profissional que acaba assumindo as denominações de analista, assistente e supervisor. Nesse sentido, Eltz e Veit (1999) relatam que o Consultor Interno de Recursos Humanos assume diferentes papéis na organização, como negociador, comunicador e líder. Dessa forma, a descrição da função do Consultor Interno de Recursos Humanos deve ser feita considerando-se que seu papel é de assessoramento estratégico aos clientes internos, cujas responsabilidades são colaborar, acompanhar a solução de problemas, participar em projetos de seu cliente, acompanhar as tendências de Recursos Humanos, assessorar as áreas no levantamento de necessidades de treinamento, colaborar na identificação de novos talentos, oferecer suporte na execução de programas específicos de cargos, salários, benefícios (ORLICKAS, 2010). Na Consultoria Interna de Recursos Humanos, a condução dos processos do setor fica assim dividida, segundo Orlickas (2010, p. 55), [...] o Consultor Interno orienta e instrui, e todas as demais etapas (recrutamento, seleção, treinamento) são executadas pelos Gerentes de Linha, com políticas e 9

diretrizes oferecidas pelos Recursos Humanos corporativo. Trata-se de um trabalho compartilhado, conduzido a quatro mãos. É importante na definição da estrutura de Consultoria Interna de Recursos Humanos determinar quem serão os clientes internos, visto que há uma variedade de arranjos possíveis, conforme destaca Orlickas (2010). Há empresas em que apenas o Gerente de Linha é considerado o cliente interno e somente ele mantém proximidade com o Consultor Interno, como elo entre os funcionários e o respectivo departamento. Contudo, há outras em que o conceito de cliente interno é mais amplo e considerado para todos os funcionários da organização. Do profissional que assume o cargo de Consultor Interno de Recursos Humanos, espera-se a multifuncionalidade, a interação com o cliente, o reconhecimento dos Recursos Humanos como um todo, e que entenda do negócio de seu cliente, pois, conhecendo-o, poderá orientá-lo com maior eficácia quanto ao melhor instrumento de avaliação e poderá negociar melhor junto ao Recursos Humanos corporativo. Essas características partiram da necessidade de se exterminarem as soluções isoladas e departamentalizadas nas organizações (ORLICKAS, 2010). Nessa realidade empresarial, surge a tendência de os demais executivos, além de exercerem suas competências profissionais de forma mais atuante, tornarem-se gestores de sua equipe, selecionando, demitindo, promovendo, avaliando, propondo treinamento etc. É com essa forma compartilhada de gestão que Orlickas (2010) afirma que todos os gestores caminharão em prol de um interesse comum: o crescimento da empresa. De acordo com Orlickas (2010), a Consultoria Interna de Recursos Humanos é um processo que exige de cada profissional de Recursos Humanos, dentro de uma estrutura organizacional, seja indústria, comércio ou serviços, atuação de forma multidisciplinar. Este perfil generalista da Área de Recursos Humanos funciona como um link entre o cliente interno e os Recursos Humanos corporativos. 3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPA OU FASE DO PROJETO Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?) Início Semanas e meses - Identificar, em literatura Proceder a Realizar pesquisa Junho especializada, os pesquisa embibliográfica em livros, pressupostos do modelo de material revistas especializadas, Gestão de Recursos científico para artigos publicados, Humanos com enfoque na base conceitual teses e dissertações consultoria interna; do projeto de com dados relativos ao pesquisa. assunto. Fazer um levantamento de Aplicação da Setembro, dados para identificar o entrevista semi-outubrestruturada atual estágio de Gestão de com os Novembro. Recursos Humanos das Viabilizar a a Gestores de Recursos empresas de médio porte de aplicação da Humanos das empresas Joinville; pesquisa. de médio porte de Joinville. Término Semanas e meses Agosto Dezembro 10

Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?) Início Semanas e meses - Elaborar um diagnóstico Elaboração do Tabulação dos dados Janeiro com vistas à avaliação do diagnóstico. colhidos nas fevereiro estágio em que se entrevistas e encontram a Gestão de elaboração do Recursos Humanos das diagnóstico quantiqualitativo. empresas de médio porte de Joinville; Identificar as lacunas a Conclusões sobre Resumo,Artigo Abril e maio. serem supridas para a a pesquisa ecientifico e banner. implantação efetiva de um redação do sistema de Consultoria artigo. Interna de Recursos Humanos nas empresas de médio porte de Joinville. Término Semanas e meses e Março Junho 11

4. REFERÊNCIAS CHRISTENSEN, D. R. P. Identificación de competencias y evaluación de gestión para el lineamento estratégico em empresas de tecnología de información. Argentina: Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad Nacional de Misiones Misiones, 2010. DUTRA. J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.. Competências conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004. ELTZ, F.; VEIT, M. Consultoria interna. Salvador: Casa da Qualidade, 1999. FRANÇA, A. C. L. Práticas de recursos humanos: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007. GIL, A; C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. GRAMIGNA, M. R. Modelo de competências e gestão de talentos. São Paulo: Makron Books, 2002. HUBER, C. M. O Enfoque da Gestão de Recursos Humanos no Modelo de Consultoria Interna: Análise do Caso de uma Cooperativa de Serviços Médicos. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento) - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2012. IBCO Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização, 2008. Disponível em: <http://www.ibco.org.br/codigo-de-etica.html>. Acesso em: 28mar. 2013. KURB, Milian. Consultoria, um guia para profissão. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. LEITE, L.A.M.C. et al. Consultoria em gestão de pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2005. MÂNCIA, L. Os desafios do modelo de consultoria interna: uma experiência gaúcha. Dissertação (Mestrado em Administração) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997. ORLICKAS, E. Consultoria de recursos humanos: conceitos, cases e estratégias. 10. ed. São Paulo: Danelli, 2010. 12