B O L E T I M OFERECIMENTO SEXTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 100 mi cobra na Justiça Floyd Landis, ex-colega de time de Lance Armstrong, pego no doping EDIÇÃO 273 Para aumentar vendas, Nissan troca Olimpíadas por Huck POR DUDA LOPES A Nissan lançou nova campanha publicitária na última quinta-feira. E, apesar do alto investimento da montadora no patrocínio aos Jogos Olímpicos de 2016, a estrela do comercial não foi nenhum atleta, mas sim o apresentador da TV Globo Luciano Huck. À Máquina do Esporte, a comunicação da Nissan explicou a estratégia. Para os profissionais do marketing da empresa, Jogos Olímpicos compõem a imagem institucional da companhia. E não é esse o objetivo do novo comercial, que passa a integrar a chamada campanha de varejo. A escolha de Luciano Huck é um caminho seguro para o mercado publicitário. O bom moço da Globo mantém popularidade alta entre o público e, não por acaso, é o rosto de marcas como TIM, Perdigão e Itaú, todas com comerciais veiculados na televisão. Segundo a Nissan, nenhum atleta carrega tanta notoriedade quanto Huck, e por isso seu uso se faz necessário em campanhas que têm a venda como prioridade. Você não vai só trocar de carro, você vai trocar de marca, sentencia o apresentador no vídeo apresentado pela empresa. A questão é que venda é agenda urgente para o mercado automobilístico no país. Segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), maio apresentou nova queda nos emplacamentos de carros; dessa vez foram 2%. Em comparação ao mesmo período de 2014, a queda é de 24,5%. A Nissan possui 2,5% do mercado nacional. Os números reafirmam a dificuldade vivida pelo setor. A própria Fenabrave mantém projeções pessimistas para o ano. A previsão é que 10% das concessionárias fechem as portas, e até 40 mil trabalhadores sejam demitidos. A campanha com Huck não deverá ser um passo definitivo da Nissan; a empresa planeja voltar a acionar os Jogos Olímpicos até o evento. Antes do apresentador, Robson Caetano e Hortência estrelavam campanha da marca. Além do patrocínio aos Jogos, a Nissan possui um time de 29 atletas. Formada em 2012, a equipe reúne nomes promissores para o evento e aos Jogos Paralímpicos. 1
O dilema entre vendas e marca dita o marketing no esporte DA REDAÇÃO POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Não deve ter sido fácil aos executivos da Nissan colocarem no modo de espera toda a comunicação voltada para os Jogos Olímpicos. A quase um ano do evento, a marca interrompeu a campanha institucional que envolvia o time de atletas patrocinados e focou na propaganda básica das montadoras, usando um rosto conhecido da Globo com a esperança de elevar as vendas. A situação da Nissan reflete, basicamente, o dilema de toda marca que investe em esporte. Um patrocínio deve ser visto como investimento de longo prazo. Ele é a construção de uma relação da marca com o público, por meio do esporte. Logo, o objetivo primário é institucional. Mas o que fazer quando você precisa aumentar as vendas? O esporte pode ajudar nisso, mas para isso o patrocínio necessita de um extenso plano de ativação de marca. Para não ficar restrito à exposição durante os eventos, o relacionamento tem de ser construído ao longo dos anos. É, basicamente, o que faz a Heineken na Liga dos Campeões, ou a Ambev no Movimento Por um Futebol Melhor. As marcas são construídas atreladas à propriedade patrocinada, e as vendas aumentam a partir disso. O processo de construção de marca por meio do esporte passa, necessariamente, pela compra de mídia para ativar o patrocínio. O torcedor tem de ser impactado em todos os meios, além do evento, para que a comunicação seja mais do que institucional. O dilema que a Nissan vive é, basicamente, o primeiro aprendizado que a marca passa a ter da necessidade de ativar seu patrocínio. CBF aprova mudança de estatuto que limita mandato de presidente a 8 anos POR REDAÇÃO Em meio a uma das maiores crises de imagem e credibilidade da história, a Confederação Brasileira de Futebol promoveu mudança histórica para o meio esportivo no Brasil. A CBF aprovou a limitação do mandato do presidente da entidade para apenas uma reeleição, o que representa um período máximo no poder de oito anos. Essa é a principal mudança aprovada em reunião extraordinária com os presidentes das 27 federações filiadas. O encontro foi feito após a deflagração do escândalo de corrupção no futebol que levou à prisão José Maria Marin, antigo presidente da entidade e que era o atual vice. A diretoria da CBF havia trabalhado nos bastidores para tentar emplacar a primeira vitória de Marco Polo Del Nero na entidade depois de ter sido empossado presidente, em 16 de abril. O dirigente queria modificar o artigo que estabelecia que, em caso de saída do presidente, o vice-presidente mais velho assumiria o cargo. A mudança gerou um racha entre as federações e, na última hora, a mudança desse artigo do estatuto foi retirada pela entidade. Assim, Del Nero conseguiu evitar mais pressão sobre ele. Além da limitação do mandato, a CBF decidiu entregar aos clubes a decisão sobre formato de disputa do Campeonato Brasileiro e as datas de realização do torneio, atitude que freou a criação de uma liga. 2
Por relacionamento, Truck cria competição dos patrocinadores POR REDAÇÃO A Fórmula Truck encontrou um jeito diferente para ampliar o relacionamento entre os patrocinadores da competição que reúne caminhões. Na quinta-feira, antes da quarta etapa da temporada, a organização criou o Desafio de kart Fórmula Truck 20 Anos. A corrida de kart foi realizada entre os principais patrocinadores da categoria, num evento feito para aproximar as empresas e estreitar o relacionamento entre as marcas. Cada empresa teve o direito de escolher dois representantes para a prova, com apenas uma regra: eles não poderiam ser pilotos profissionais. A prova aconteceu no kartódromo do Velopark, em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). No domingo, o autódromo será sede da quarta etapa da F-Truck. Cada piloto da categoria também indicou um representante dos patrocinadores de sua equipe para correr. Essa pessoa também não podia ser um piloto profissional. Assim, os pilotos atuaram como uma espécie de treinador, podendo apenas torcer e orientar os competidores. O evento faz parte das comemorações dos 20 anos da categoria, celebrados neste 2015. Outra novidade, esta para os torcedores acompanharem a etapa no Velopark, foi a criação de uma área camping para o público. Montada no estacionamento do autódromo, as pessoas pagrão entre R$ 5 (motos) a R$ 50 (motorhomes) para ficar no local antes da etapa de Porto Alegre. No local de camping foi dada a permissão para o público fazer churrasco, transformando a área numa espécie de casa para o torcedor de fora ficar hospedado. 4
Nike investe US$ 3 bilhões e vira dona de ligas americanas POR PRISCILA BERTOZZI Fornecedora oficial de NFL e MLB, faltava à Nike a NBA para consolidar o domínio nas ligas esportivas americanas mais valiosas. A empresa de Oregon desbancou nesta semana a concorrência da Under Armour e vai pagar US$ 1 bilhão por oito anos para assumir a liga de basquete a partir de 2017, no lugar da rival Adidas. Com o novo contrato, a Nike soma cerca de US$ 3 bilhões destinados às competições mais importantes de seu país de origem. Desse montante, US$ 1,1 bilhão vai para a NFL, em cinco anos de contrato. Só o SuperBowl, final da liga de futebol americano, representa US$ 100 milhões da verba direcionada ao esporte. Já a MLB recebe cerca de US$ 700 milhões, divididos em dez anos. Os números são superiores aos contratos da Liga de Hóquei (NHL) com a Reebok e da Major League Soccer (MLS) com a Adidas. O hóquei fatura US$ 200 milhões por ano com a parceria de material esportivo. O último contrato foi assinado em 2012 e se encerra no ano que vem, totalizando US$ 800 milhões. Os valores da MLS são mais modestos: US$ 200 mi por dez anos. O vínculo da Nike com a NBA é válido por oito anos e representa um aporte 245% maior do que os US$ 400 milhões pagos pela marca das três listras por 11 temporadas seguidas. A Adidas desistiu do investimento por considerá-lo alto demais para o baixo retorno. A grande novidade do contrato e que justifica o valor mais alto pago pela Nike é que, pela primeira vez, a empresa terá o direito de usar seu logotipo na camisa dos jogadores. Atualmente, o símbolo da Adidas só aparece no uniforme de aquecimento. O basquete já representa cerca de 11% das vendas totais da Nike, segundo levantamento divulgado em 2014. Horas depois do anúncio da parceria com a NBA, as ações da empresa subiram 0,8% no índice Dow Jones. Os fornecedores das ligas nos EUA NFL MLB NHL MLS DESDE 2012 A NIKE É A O BEISEBOL TAMBÉM TEM A LIGA DE HÓQUEI TEM, NANICO, O FUTEBOL TEM FORNECEDORA OFICIAL A NIKE COMO MARCA ATÉ O FINAL DE 2016, UM O CONTRATO MAIS BAIXO DA LIGA MAIS VALIOSA DO ESPORTIVA. NUM ACORDO CONTRATO AVALIADO EM ENTRE AS LIGAS NOS EUA; MUNDO. O CONTRATO VALE DE DEZ ANOS, A LIGA US$ 200 MILHÕES AO ANO US$ 200 MILHÕES QUE A US$ 1,1 BI POR CINCO ANOS RECEBE US$ 700 MILHÕES COM A REEBOK, DA ADIDAS ADIDAS PAGA POR 10 ANOS 5